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Resumo
INTRODUÇÃO
A escola é um espaço em que se dá a atuação de profissionais e pela relação dialética com a sociedade. No entanto, é necessário buscar estratégias que ofereçam subsídios para realização da prática educativa no âmbito educacional e nesse cenário, destaca-se o pedagogo como profissional competente e responsável pelas devidas mudanças.
Adquirir conhecimento é um dos desafios enfrentados por crianças que têm dificuldades de aprendizagem. Com isso em mente, surge um desafio adicional para as instituições de ensino e seus professores: valorizar a interação entre educador e aluno, visando aprimorar as condições pedagógicas que promovam a aprendizagem. Ao desenvolver projetos educacionais que busquem fortalecer a autoconfiança, o sentimento de pertencimento e a certeza de que suas vozes são ouvidas, essas crianças podem se tornar mais competentes e seguras. O aprendizado é potencializado quando o ambiente em que a criança está inserida reconhece suas habilidades e competências, focando no desenvolvimento dessas capacidades.
Muitos alunos apresentam dificuldades no decorrer da aprendizagem e não conseguem finalizar a etapa de ensino devido a esses problemas. Essa constatação é perceptível tanto para os profissionais da educação quanto para as famílias dos alunos e, portanto, busca-se melhorar a prática pedagógica e consequentemente, a aprendizagem.
A educação genuinamente engajada com a sociedade e seus princípios básicos reconhece a necessidade urgente de erradicar a exclusão escolar, implementando e aperfeiçoando estratégias pedagógicas que possibilitem a total inclusão de crianças com dificuldades de aprendizado, proporcionando-lhes uma educação verdadeiramente significativa. Neste contexto, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 32) declara que: Cabe ao educador adaptar às situações de aprendizado oferecidas às crianças, considerando suas competências afetivas, emocionais, sociais e cognitivas, além de seu conhecimento sobre diversos temas e suas variadas origens socioculturais. Isso significa que o professor deve criar e oferecer uma gama de experiências que satisfaça tanto as demandas do grupo quanto às características individuais de cada criança.
DESAFIOS E DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Muitas vezes, os problemas de aprendizagem são erroneamente associados a distúrbios de aprendizagem. Contudo, é crucial enfatizar que a expressão distúrbio de aprendizagem se refere a uma condição de disfunção neurológica e a dificuldade de aprendizagem é intrínseca à criança. Em contrapartida, o problema de aprendizado está associado a elementos psicológicos e/ou socioculturais, ou seja, não se limita apenas à criança e só pode ser reconhecido em crianças cujo déficit de aprendizagem não esteja ligado a problemas neurológicos.
O termo dificuldades de aprendizagem se aplica ao indivíduo que não acompanha o avanço esperado do seu potencial cognitivo e, por causa dessa condição específica de aprendizagem, costuma apresentar desempenhos abaixo do esperado.
A escola desempenha um papel crucial na conversão das informações transmitidas ao estudante em conhecimento. Frequentemente, o insucesso do estudante acaba por ser apenas um reflexo do insucesso do ensino proporcionado a ele. A dificuldade de aprendizado do estudante pode ser afetada pelo ambiente onde a aprendizagem acontece, e não apenas por problemas cognitivos do estudante.
Indivíduos com Das têm a capacidade de se destacar em diversas habilidades além do seu campo de dificuldade. Podem ser incrivelmente criativos ou extremamente úteis. Vários são talentosos em áreas como música, artes, relações interpessoais ou ciências naturais. O estudante com problemas de leitura pode se destacar em matemática, ou o estudante com problemas de matemática pode se destacar em linguagem. É necessário auxiliar os estudantes a maximizar seu potencial e a aprender de forma que considere suas habilidades […] (Stanberg; Grigorenko, 2003 p. 331).
Atualmente, notamos que, mesmo sendo uma área complexa e resistente a transformações, a história está sendo reescrita no campo educacional. As práticas pedagógicas implementadas pelas instituições de ensino estão passando por uma constante transformação, voltando-se a incluir estudantes com dificuldades de aprendizado na aquisição de conhecimento através das informações fornecidas. Portanto, assumindo que a escola pode impactar positivamente esses estudantes.
O professor pode se beneficiar de ter estudantes com variados níveis e estilos de aprendizado para fomentar situações de aprendizado que instiguem desafios, problematizações e questões a serem debatidas e investigadas. Isso deve estimular a escola como um todo a refletir em conjunto para solucionar problemas presentes no dia a dia escolar. A escola inclusiva exige uma reestruturação do trabalho pedagógico para satisfazer as necessidades educacionais especiais de todos os estudantes. Os sistemas de ensino precisam se reestruturar para estabelecer um ambiente escolar democrático que possa receber todos os estudantes, considerando suas diferenças (Tristão, 2006, p. 31).
No entanto dificuldade de aprendizagem são temas com vários debates no contexto da área da Psicologia e da Educação. Segundo Almeida et al (2016) a definição de dificuldades de aprendizagem é complexa e ampla no qual envolvem diversos fatores que interferem direta ou indiretamente na aprendizagem.
O conceito de “dificuldades de aprendizagem” foi proposto em 1962 por Samuel Alexander Kirk (1904 – 1996), referindo-se a obstáculos que incluem vários elementos, resultando em ciclos de aprendizado incompletos ou reduzidos (Reid; Lienemann; Hagaman, 2013).
Semkiw e Ansai (2014) declaram que esse conceito é frequentemente discutido entre profissionais da educação e psicólogos nas escolas. Segundo os escritores, essas dificuldades surgem devido ao fato de o estudante não obter o conhecimento almejado, mesmo sem apresentar nenhuma deficiência evidente, e não conseguir implementar ações de intervenção.
Também devemos levar em conta os transtornos de aprendizagem, que são disfunções orgânicas ligadas à aquisição e utilização de informações, incluindo a escrita, a leitura, a habilidade de leitura e a lógica-matemática (Alves; Nakano, 2015).
Com o surgimento recente de campos de estudo como as Ciências Cognitivas, que investigam a cognição e aspectos ligados ao cérebro (Oliveira, 2014), foi possível identificar alguns dos elementos que afetam a capacidade de aprendizado, seja de forma orgânica ou por influência de outros elementos.
Uma pesquisa realizada por Reid, Lienemann e Hagaman (2013) indica que problemas de aprendizado resultam em um progresso mais lento das competências acadêmicas, o que, por sua vez, impede novas aprendizagens, perpetuando o ciclo contínuo de “falha”.
Ferreira e Horta (2014) compartilham dessa perspectiva e acrescentam que essas dificuldades, particularmente as de leitura, representam um dos maiores desafios para um bom rendimento escolar. Se não houver uma intervenção específica, haverá graves consequências, inclusive na vida pessoal do estudante.
No que diz respeito ao aparecimento de problemas de aprendizagem, entende-se que podem existir variações conforme a idade, contudo, a maioria dos estudos indica que essas dificuldades se evidenciam, sobretudo, nos primeiros anos escolares.
No Brasil, as dificuldades acadêmicas afetam aproximadamente 5% dos estudantes (Brasil, 2014). Embora possa parecer um número reduzido, ao examinarmos algumas das causas e características que podem resultar em dificuldades de aprendizado, notamos a presença dos seguintes elementos: Problemas visuais, auditivos, motores, cognitivos, emocionais, alterações ambientais e fatores socioeconômicos (Cortiella et al., 2014).
É importante destacar que, de acordo com outras pesquisas, existem indícios de que cerca de 15% ou mais dos estudantes podem ter problemas de aprendizagem, mas que não foram avaliados. Tais problemas poderiam estar ou não associados a distúrbios de atenção, linguagem ou comportamento. Isso impacta a aprendizagem de diversas maneiras em cada indivíduo, o que complica uma avaliação inicial por parte do educador, resultando em um trabalho mais eficiente com o estudante.
Sobre isso, é importante mencionar um estudo de Tabile e Jacometo de 2017, que revelou que, frequentemente, o educador é o primeiro a detectar problemas na criança, antes mesmo dos pais ou responsáveis.
Há estudos que relacionam essas e outras vulnerabilidades com outras queixas escolares, intensificando a chance de comportamentos inadequados no ambiente escolar e problemas emocionais fora dele (Marturano; Elias, 2016).
Inácio, Oliveira e Mariano (2017) propõem a utilização de diversas estratégias no processo de aprendizado. De acordo com as autoras, essas táticas simplificam a obtenção de conhecimento, associando e guardando informações e estabelecendo uma compreensão prática do que foi aprendido.
Levando em conta que a escola desempenha um papel crucial no crescimento social e cognitivo da pessoa, cabe ao docente a habilidade e sensibilidade para reconhecer indícios de que o estudante apresenta dificuldades significativas em comparação à média, possibilitando, assim, o encaminhamento para um psicólogo ou instituição que disponha de um psicólogo.
Lamentavelmente, a educação no Brasil ainda não possui a estrutura adequada para gerir sozinha todos esses elementos. Assim, fica evidente a utilidade de uma psicologia atuando no ambiente escolar. A Psicologia Escolar ou Educacional já é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia – CFP, de acordo com a resolução 013 de 2007.
A ideia de incluir o psicólogo nas escolas tem sido amplamente debatida no Senado, contudo, ainda não foi estabelecida uma lei.
A atuação da psicologia nas escolas, além do trabalho com os estudantes, permite a realização de atividades com pais e/ou responsáveis, e eventualmente com outros setores da equipe educacional. Para os docentes, também é viável destacar e sugerir estratégias pedagógicas que possam simplificar o trabalho com os estudantes.
Embora não existam normas específicas que assegurem a atuação completa da psicologia nas escolas, existem debates que nos levaram às seguintes questões: “É viável, com os recursos e métodos disponíveis, aplicar a psicologia na educação?” “Que estratégias pedagógicas podem ser empregadas em problemas de aprendizado?”
Neste contexto, o propósito deste estudo foi descrever e ponderar sobre algumas das dificuldades de aprendizado encontradas no ambiente escolar, destacando algumas das táticas didáticas e de intervenção que podem ser empregadas pelos docentes.
O procedimento de pesquisa foi realizado através de uma revisão narrativa da literatura, com análise de dados descritiva e qualitativa. Segundo Ănima (2014), a escolha do conteúdo neste formato permite uma investigação sobre um conceito particular ou em um campo específico, onde a pesquisa é resumida, examinada e as conclusões finais são obtidas. Esta abordagem também permite a pesquisa em várias bases de dados sem definir critérios de pesquisa precisos, sistemáticos ou repetitivos.
BREVE HISTÓRICO SOBRE A APRENDIZAGEM
Frequentemente, crianças com problemas de aprendizado acabam sendo marginalizadas pelos colegas. As dificuldades de aprendizado não se limitam a questões pedagógicas, mas também socioeconômicas. A sociedade, altamente competitiva, demanda indivíduos cada vez mais bem preparados, exigindo assim um completo sucesso escolar. Por outro lado, as crianças que demonstram dificuldades de aprendizado acabam sendo marginalizadas e rotuladas como inaptas.
Na perspectiva histórica, fica evidente que a escola tem uma trajetória baseada na exclusão de estudantes com algum tipo de dificuldade de aprendizado, sem nunca admitir ou se dar conta de que ela própria acaba sendo a responsável por tais dificuldades, resultando diretamente em reprovação e, consequentemente, na evasão escolar.
Para efetivamente erradicar essa história de exclusão, reprovação e abandono, é preciso modificar a metodologia e o comportamento do professor em sala de aula. Fazer uso do lúdico, a linguagem natural da criança, no contexto educacional, levando em conta uma revisão efetiva das políticas educacionais. Ao agir dessa maneira, a escola evidencia seu valor e compromisso com a educação de todos os estudantes que nela busquem conhecimento. Atuando diretamente na construção de uma sociedade mais justa.
“Platão defendia que os alunos deveriam buscar o conhecimento, superando os obstáculos impostos pela vida” (Moser, 2011, p.40). O insucesso escolar do estudante afeta a construção de sua identidade pessoal, que acaba se auto classificando como menos inteligente e se sente inseguro frente às diversas circunstâncias que a vida lhe apresenta.
Assim, fica evidente o quão crucial é o papel da escola, da educação e do aprendizado do estudante na formação dos aspectos subjetivos e objetivos da vida e estudantes com ]com problemas de aprendizagem. “O êxito na vida exige as mesmas estratégias para todos […], maximizar as capacidades e descobrir métodos para corrigir as fraquezas e gerenciá-las” (Stanberg; Grigorenko, 2003, p. 219).
Considerando que as dificuldades de aprendizado podem ser causadas por elementos emocionais ou até mesmo por questões orgânicas do estudante, é importante verificar se o problema de aprendizado não está relacionado ao esgotamento físico, desordem mental ou mente preguiçosa.
Ao acompanhar o aprendizado do aluno no dia a dia, o papel do educador é fundamental na detecção e solução dos problemas que causam obstáculos no aprendizado. É seu dever conversar com a família e propor um acompanhamento, que pode ser feito por profissionais de saúde, psicologia ou psicopedagogia, se necessário.
O termo “Aprender” sugere a aquisição de conhecimento teórico ou prático sobre algo ou algo específico. De acordo com Natel et al. (2013), o conceito de aprendizagem tal como o conhecemos e seu estudo têm suas raízes há muito tempo, mais precisamente na filosofia de Sócrates (469/399 a.C.), fundamentada na premissa da necessidade de autoconhecimento e nas afirmações de Platão acerca da relevância do saber.
A própria Filosofia tem em sua etimologia um elemento que nos orienta para o aprendizado: seus radicais: “Philo” quer dizer Amizade e “Sophia” quer dizer Saber. Em outras palavras, Filosofia significa “Amizade pelo conhecimento” (Silva, 2014).
Com o progresso científico, diversas disciplinas ligadas às Ciências Cognitivas permitiram estudos mais acurados sobre a interpretação e aquisição do aprendizado (Oliveira, 2014). Com essas novas descobertas, conseguimos compreender alguns elementos fundamentais que orientariam intervenções efetivas nas áreas de psicologia e educação.
Essas pesquisas científicas surgiram a partir de estudos empíricos da Psicologia, fundamentados no aprendizado através da experiência. Esta nova visão levou em conta uma variedade de associações, desde o momento do nascimento do indivíduo até o conceito de habilidades para a aquisição de conhecimento (Giusta, 2013) Sob esse ponto de vista, a aprendizagem é vista como um processo psicológico, mediado pela individualidade.
Cientistas como Piaget (1896-1980) e Vygotsky (1896-1934) desenvolveram pesquisas sobre aprendizagem e cognição, bem como sobre o desenvolvimento intelectual (Castro; Tredezini, 2014). Estes dois teóricos fizeram contribuições significativas nas áreas da Psicologia e Educação, sendo as figuras mais respeitadas no que diz respeito à aprendizagem.
Skinner (1904-1990) também conduziu pesquisas sobre aprendizagem por meio de teorias comportamentais, nas quais o comportamento seria adquirido e estimulado pelo ambiente e por forças internas e externas ao indivíduo (Feist, Feist; Roberts, 2015). A teoria de Skinner sustenta que o aprendizado é uma consequência da alteração de comportamento.
Bandura, outro notável teórico que contribuiu para o estudo da aprendizagem, sugeriu que os indivíduos aprendem a reagir de maneira subjetiva, observando outros indivíduos, que seriam os modelos (Papalia; Feldman, 2013) Bandura foi um dos pioneiros na definição de processos cognitivos, tais como pensamento e raciocínio, dando início a estudos conhecidos como aprendizagem social-cognitiva.
Com base nesses pressupostos, notou-se que a maioria dos debates sobre aprendizagem busca definir causas e princípios que auxiliam na compreensão de problemas ou complicações no aprendizado.
Segundo Bezerra (2014), apesar dos esforços das escolas em melhorar a qualidade do ensino, ainda persistem problemas na aprendizagem de alguns estudantes, que supostamente apresentam dificuldades significativas. São frequentes as discrepâncias nessas discussões, com algumas destacando o ambiente e outras as características individuais.
PROFESSOR-ALUNO: A INTER-RELAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Inter-relação pode ser definida como uma conexão comum entre dois ou mais elementos. A interação é um processo natural no ambiente escolar, já que sem ela não há ensino, socialização e aprendizagem.
Mattos et al. (2013) compartilham dessa perspectiva e acrescentam que o discurso dos estudantes deve ser considerado durante o processo de aprendizado, sob uma perspectiva construtiva e de hierarquia horizontal.
A assimilação é o processo subsequente ao aprendizado, no qual o estudante compreende como aplicar aquela informação, seja naquele ou em outros contextos, através de dedução, analogia ou reflexo. No processo de assimilação, a afetividade é um elemento crucial nas interações, podendo servir como elemento motivador e reforçador (Fatel, 2016).
Conforme Silva (2016b) argumenta, a relação entre professor e aluno é semelhante à relação de ensino-aprendizagem. Com base nessa premissa, fica evidente a importância de existirem contextos específicos para o aprendizado e, consequentemente, para lidar com dificuldades de aprendizagem.
Assim, Mattos et al. (2013) sugerem a utilização de novas experiências (fora do habitual), a aplicação de metodologias alternativas (que podem ser desenvolvidas ou estimuladas pelos próprios estudantes) e aulas livres que promovam o debate sobre um assunto atual, de interesse de todos.
Entender o comportamento ético do professor também implica uma questão de inter-relação. É importante destacar que Freitas e Silva (2016) destacam a distinção entre ética e discurso ético. Contudo, não há educação sem ética, sendo esses elementos indissociáveis.
A função da escola na sociedade implica responsabilidades e obrigações éticas. No entanto, mesmo nesse contexto, alguns estudantes não conseguem atingir as expectativas e objetivos educacionais. Esse evento é referido na literatura como “fracasso escolar ou problemas de aprendizado”.
O insucesso escolar pode afetar a vida do indivíduo, causando consequências até mesmo além do ambiente escolar. Assim, Silva (2016a) argumenta que os aspectos éticos têm um alcance que ultrapassa os limites da escola, necessitando ser reconsiderados e reconsiderados antes de tomar decisões que possam afetar negativamente a vida do estudante.
A responsabilidade social proporciona qualidade na educação e na compreensão dos estudantes sobre o material didático. Mattos et al. (2013) discutem a necessidade ética de cuidado e a relevância do diálogo moral no âmbito educacional.
De acordo com a literatura, o tratamento de problemas de aprendizagem ou transtornos de aprendizagem, mesmo sendo amplamente discutido, ainda é um tema pouco explorado na prática em certas regiões. Isso ocorre porque se trata de questões multifatoriais que não fazem parte do currículo de formação de uma grande parte dos educadores (Gimenez, 2015).
Na literatura, as estratégias didáticas ou táticas de ensino-aprendizagem são percebidas como instrumentos que precisam se ajustar ao ambiente e às demandas individuais de cada estudante. Paiva e Silva (2015) destacam a relevância dessas táticas no processo de ensino-aprendizagem. Segundo essa visão, essas táticas deveriam refletir as condições reais da sala de aula. Segundo essas autoras, as táticas empregadas pelo docente, além de simplificar o processo de aprendizado, tornam as aulas dinâmicas, interessantes e participativas.
Mazzioni (2013) declara que, historicamente, o conceito de estratégia estava ligado aos planejamentos militares, particularmente em relação à guerra. O termo “estratégias de ensino” se refere precisamente à aplicação do planejamento, que é feito com base nas necessidades em sala de aula.
Portanto, as estratégias didáticas, também conhecidas como estratégias de ensino, são um conjunto de métodos e planejamentos destinados a executar atividades estruturadas, voltadas para o ensino e a compreensão dos estudantes através desse método. Felcher, Dias e Bierhalz (2015) vinculam essas táticas à interdisciplinaridade, um conceito amplamente debatido que oferece várias oportunidades de atuação.
Essas autoras exploraram diversas estratégias pedagógicas, incluindo a criação de maquetes virtuais e físicas, uma atividade que permite o aprendizado de maneira interdisciplinar e que reflete sobre questões ambientais, envolvendo os estudantes de maneira educativa.
Paiva e Silva (2015) ressaltam a importância crucial da etapa de planejamento, que deve ser ajustada à realidade da escola e do ambiente de sala de aula. O ambiente escolar deve proporcionar meios para a implementação dessas estratégias, esses meios podem incluir livros didáticos, o local onde a aula ocorre, recursos materiais e até mesmo a participação da família, em certas situações.
Mazzioni (2013) ressalta algumas estratégias pedagógicas que poderiam ser vistas como facilitadoras também no ambiente escolar. Entre as estratégias mencionadas, estão: aula expositiva/dialogada, estudo de texto (leitura), tempestade de ideias (Brainstorming), Grupo de verbalização e observação (GO/GV), dramatização, Role-Play – Interpretação de papéis, entre outras.
Segundo Paiva e Silva (2015), além de recursos materiais e funcionais, é imprescindível o uso da criatividade pelos docentes no processo de ensino-aprendizagem. Para isso, elas defendem a importância do planejamento fundamentado no contexto individual de cada estudante.
Alves (2017) declara que essas táticas vêm sendo criadas por psicólogos e especialistas em educação. A escritora também aborda táticas relacionadas ao vocabulário, incluindo a utilização de imagens e ilustrações, objetos reais, exemplos, definições, mapas conceituais e correspondência entre palavras.
Segundo Teixeira e Alliprandini (2013), a aplicação de estratégias de aprendizagem é relevante para estudantes com dificuldades, mesmo que sejam leves. Isso se deve ao fato de que o ambiente escolar é um local de aprendizado e deve se ajustar às demandas dos estudantes.
A subjetividade é crucial nas estratégias de aprendizagem, pois cada estudante se adapta e aprende de maneira distinta, sendo um fenômeno complexo, porém passível de estudo. Ferreira e Horta (2014) destacam a importância de métodos e táticas ativas e participativas que auxiliem o estudante a manter a consciência de seu progresso em termos de competência, de forma autônoma.
Entende-se que a autonomia no processo de aprendizado simplifica o trabalho do educador e deve ser promovida, precisamente por meio de estratégias didáticas. Essas estratégias atuam como um caminho recíproco, onde ocorre o aprendizado e uma espécie de flexibilidade para novas informações.
ASPECTOS DOS DESAFIOS E INTERVENÇÕES
Apenas ao reconhecer antecipadamente os problemas de aprendizado das crianças, podemos implementar intervenções pedagógicas que atendam às reais necessidades de cada criança.
Segundo Ribeiro (2012), as dificuldades de aprendizagem classificam-se em: dislexia, disgrafia, disortografia, dislalia, discalculia e o TDH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
Dislexia: caracteriza-se por apresentar problemas no aprendizado da leitura.
Disgrafia: apresenta dificuldades na escrita, podendo ou não estar relacionada dislexia.
Disortografia: é caracterizada pela dificuldade em reproduzir adequadamente a linguagem falada.
Dislalia: apresenta dificuldades na comunicação verbal. • Discalculia: é caracterizada por problemas com cálculos e números.
TDAH: caracteriza-se pela alta atividade e atenção combinada com impulsividade. Para elaborar estratégias de ensino mais apropriadas para lidar com crianças com algum tipo de dificuldade de aprendizagem, é essencial conhecer a criança, entender suas dificuldades, enfatizar e potencializar suas habilidades. Assim, podemos possibilitar que essas crianças aprendam, capacitando-as a perceber, entender, analisar, guardar, elaborar e expressar informações.
Estratégias didáticas já são intervenções, enquanto as outras estratégias de intervenção surgem da necessidade de acompanhamentos que, frequentemente, não podem ser realizados nas escolas (quando não há um serviço especializado dentro delas). Esse serviço está disponível tanto na rede pública quanto na privada e oferece assistência didática, (neuro)psicológica e social. Esta rede também pode ser utilizada em situações de necessidades fora do ambiente escolar, na família.
A literatura indica que a maior parte dos casos encaminhados de escolas para serviços especializados está relacionada a problemas de aprendizado de fala, escrita e memória (Mazzarotto et al., 2016). No entanto, esses casos podem ocorrer por uma variedade de razões, que incluem maus-tratos, negligência e abusos de diversas naturezas.
Conforme a assistência social de Alagoas (2017), existem necessidades que impactam o contexto familiar, gerando vulnerabilidade e/ou risco social. Assim, é imprescindível a intervenção de uma instituição para assegurar ao usuário o acesso a renda, serviços, programas e projetos. Portanto, a escola pode solicitar esse acesso e intervenção.
A vulnerabilidade, seja ela psicológica, socioeconômica, sexual, entre outras, causa um grave prejuízo à sociedade e ameaça diversos direitos fundamentais que precisam ser salvaguardados e evitados.
É crucial que a instituição de ensino saiba identificar as medidas necessárias para as estratégias de ensino e a avaliação dos casos que requerem assistência especializada ou suporte familiar. Em situações onde algum elemento esteja interferindo no aprendizado do estudante, comprometendo a capacidade total e o direito à educação completa. Isso também reduziria os índices de exclusão, conforme sugerido por gussi (2016).
Sob essa mesma ótica, Gimenez (2015) declara que, mesmo com a existência dessas redes de suporte, ainda ocorrem vários encaminhamentos errôneos de estudantes que supostamente enfrentam dificuldades mais severas. Isso cria uma percepção de que o estudante não consegue responder ao longo do tempo, conforme as novas tarefas, sugerindo que essa incapacidade é exclusiva dele.
Reis e Pezzi (2016) destacam que o encaminhamento tem sido uma tática de intervenção, particularmente no que diz respeito a problemas de aprendizagem. Esses casos são mais frequentes do que reclamações mais complicadas. Contudo, as autoras destacam esses encaminhamentos realizados por docentes que não possuíam um entendimento claro ou um diagnóstico acurado de uma possível dificuldade ou distúrbio.
Igualmente, Mazzarotto et al. (2016) declaram que são frequentes as reclamações de crianças que não conseguem se apropriar da linguagem e da escrita. Essas indicações para serviços especializados seriam comuns e impulsionadas por reclamações de problemas de aprendizado.
Reis e Pezzi (2016) destacam a importância dos profissionais conhecerem a situação real que provoca problemas de aprendizagem para que possam intervir de maneira eficaz.
É crucial que o planejamento pedagógico da escola inclua espaço para capacitações contínuas focadas nas necessidades mais frequentes dos alunos, além de promover diálogo com a psicologia através de palestras, rodas de conversa, seminários e estudos de caso.
Gussi (2016) sugere aos professores que reflitam e reconheçam a natureza dos problemas, com a ajuda de outros especialistas, se necessário, para que possam propor e agir de acordo com as necessidades identificadas.
Conforme evidenciado na literatura, os desafios de aprendizagem podem ser vencidos se houver uma união de esforços escolares e não escolares para o progresso do estudante.
Em relação à dislexia, é necessário utilizar os recursos disponíveis na fase escolar dos primeiros anos, uma vez que é mais simples identificar e possivelmente diagnosticar (Barbosa, 2014).
Por outro lado, a dislalia pode ser mais evidente e requer acompanhamento fonoaudiológico, onde serão realizados procedimentos para prevenir o agravamento da situação (Ferreira, 2014).
Da mesma forma que a dislalia, Barbosa (2014) sustenta que a dislexia também pode ser detectada de forma precoce, especialmente quando se tem o suporte de outros especialistas.
É necessário compreender as perspectivas de atuação sob uma perspectiva ampla, que considere também as habilidades subjetivas de desenvolvimento. Ferrari (2013) adverte que é essencial compreender a aprendizagem da linguagem e da escrita como um processo estruturado em diversas etapas, sem um prazo estabelecido para que o indivíduo atinja um patamar superior.
Ademais, Gimenez (2015) sugere que não se deve levar em conta apenas o estudante e a família, mas todo um sistema que foi estabelecido ao longo dos anos. Esta perspectiva levanta uma questão crucial sobre a direção que a educação no país seguiu ao longo dos anos.
Embora a educação esteja mais acessível, seja no ensino básico ou superior, nota-se que algumas fases desse caminho são puladas, seja pelo aluno, pelos professores ou até mesmo pela inaptidão de algumas instituições em avaliar um estudante.
Entende-se as perspectivas de atuação como uma vasta gama de esforços que abrangem contextos formados ao longo do tempo, experiências e oportunidades concretas de intervenção. No entanto, deve-se considerar que existem ambientes que não avançam por falta de investimento, negligência política e ausência de políticas públicas locais, afetando todo um sistema (Pozzobon; Mahendra; Marin, 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A aprendizagem acontece quando existe uma interação entre o que é ensinado e o que é absorvido, aprimorando habilidades e competências como memorização, entendimento, aplicação, análise, síntese e avaliação. A dificuldade em adquirir essa aprendizagem é o que define a dificuldade de aprendizagem. A criança que enfrenta problemas de aprendizagem tem, de fato, dificuldades específicas de aprendizado, sendo totalmente normal, não devendo ser equivocadamente confundida com uma criança que tenha um quadro de distúrbio mental ou neurológico.
Sem entender a causa da dificuldade de aprendizagem do estudante, a intervenção pedagógica torna-se ineficaz para o aprendizado. É nesse ponto que surge a importância de entender as dificuldades particulares de cada criança. Isso permite que as crianças com dificuldades de aprendizado possam se adaptar a uma sociedade competitiva e desumana como a atual. É importante notar que frequentemente a dificuldade de aprendizagem não está no estudante, mas no ensino inadequado de um sistema educacional que tenta, mas ainda não consegue lidar com toda a diversidade humana, estabelecendo padrões únicos que excluem aqueles que não se adequam a eles.
As dificuldades de aprendizagem no contexto escolar são temáticas discutidas por profissionais da educação e por profissionais da saúde, que envolve desde psicólogos a acompanhamento médico. No entanto, as pesquisas demonstraram que ainda não existe clareza quanto aos procedimentos adequados para intervenção.
A inter-relação ética engloba elementos essenciais que precisam ser levados em conta para aprimorar a qualidade do ensino. A ética requer bom senso e cuidado. Assim, observou-se que o termo “fracasso escolar” ainda é utilizado na literatura. De acordo com a pesquisa realizada, esse termo gera estigma e segregação, o que é moralmente incorreto o seu uso.
Provavelmente, isso acontece por causa dos estudos do Ministério da Educação, que indicam que esses índices não são preocupantes. No entanto, é importante destacar que outros elementos como vulnerabilidade, violência, problemas visuais, motores e auditivos nas crianças podem resultar em dificuldades de entendimento, diminuindo sua capacidade em relação a outros estudantes e elevando, assim, os índices de dificuldades de aprendizado.
No entanto, é viável aplicar a psicologia e os conhecimentos da psicologia na educação, utilizando os recursos e meios disponíveis atualmente, mesmo que isso não seja o ideal. Existe uma extensa rede de suporte, repleta de recursos.
Em relação às estratégias, elas podem ser ajustadas conforme o ambiente e a realidade dos estudantes, podem ser inovadoras por meio da criatividade do docente, o que implica total liberdade para criar, melhorar e desenvolver métodos e recursos pedagógicos.
No entanto, enfatizamos a importância de pesquisas adicionais que tratem deste tema, capazes de identificar e introduzir novos pontos de vista, estratégias ou instrumentos que auxiliem no processo de aprendizagem.
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