O Uso Das Plataformas Digitais Do Estado Do Paraná: Desafios Para A Educação

THE USE OF DIGITAL PLATFORMS IN THE STATE OF PARANÁ: CHALLENGES FOR EDUCATION

EL USO DE PLATAFORMAS DIGITALES EN EL ESTADO DE PARANÁ: DESAFÍOS PARA LA EDUCACIÓN

Autor

Lucimara Nakamura
ORIENTADOR
Prof. Dr. Luciano Santos de Farias

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/8FCB27

DOI

, . O Uso Das Plataformas Digitais Do Estado Do Paraná: Desafios Para A Educação. International Integralize Scientific. v 5, n 45, Março/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O presente artigo vem apresentar indícios de como a implantação das plataformas digitais na educação paranaense possibilitou mudanças consideráveis e inovadoras no processo de ensino e aprendizagem, instigando professores e alunos a se integrarem no mundo digital, abrindo novas portas na maneira de como ensinar e aprender. Por outro viés, também causou a rejeição ao novo e a modernização do sistema de ensino, forçando o governo a capacitar todos os atores escolares e tal desafio tem sido constante, pois tende a acompanhar as mudanças cotidianas, uma vez que todos os dias surgem novas dificuldades, porém, estas mudanças possibilitaram ao Estado do Paraná um avanço no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB, modernização nas metodologias e controle sobre as atividades realizadas, faltas e notas. Enfatiza-se que a observação dessas inovações deve ser constante, pois os princípios e objetivos da educação, do planejamento e da LDB não podem ser desvinculados de seus objetivos gerais e nem o trabalho desenvolvido pelos professores pode perder seu real valor.
Palavras-chave
Plataformas. Digitalização. Educação.

Summary

This article presents how the implementation of digital platforms in education in Paraná has enabled considerable and innovative changes in the teaching and learning process, encouraging teachers and students to integrate into the digital world, opening new doors in the way of teaching and learning. On the other hand, it also caused the rejection of the new and the modernization of the education system, forcing the government to train all school actors. This challenge is constant, as it tends to accompany daily changes, since new difficulties arise every day. , but all of this enabled Paraná to advance in IDEB, modernize methodologies and control over activities carried out, absences and grades. It is emphasized that the observation of these innovations must be constant, as the principles and objectives of education, planning and LDB cannot be separated from their general objectives nor can the work carried out by teachers lose their real value.
Keywords
Platforms. Digitalization. Education.

Resumen

Este artículo presenta cómo la implementación de plataformas digitales en la educación en Paraná ha permitido cambios considerables e innovadores en el proceso de enseñanza y aprendizaje, incentivando a docentes y estudiantes a integrarse al mundo digital, abriendo nuevas puertas en la forma de enseñar y aprender. Por otro lado, también provocó el rechazo a lo nuevo y la modernización del sistema educativo, obligando al gobierno a capacitar a todos los actores escolares. Este desafío es constante, pues tiende a acompañar los cambios diarios, ya que cada día surgen nuevas dificultades. , pero todo esto permitió a Paraná avanzar en el IDEB, modernizar metodologías y control de actividades realizadas, ausencias y calificaciones. Se enfatiza que la observación de estas innovaciones debe ser constante, ya que los principios y objetivos de la educación, la planificación y la LDB no pueden separarse de sus objetivos generales ni el trabajo realizado por los docentes puede perder su valor real.
Palavras-clave
Plataformas. Digitalización. Educación.

INTRODUÇÃO

O uso das plataformas digitais na educação no Brasil e no Paraná tem se mostrado um caminho promissor para transformar a maneira como o ensino é conduzido. As plataformas como Redação Paraná, Leia Paraná e Inglês Paraná têm introduzido metodologias inovadoras, como a gamificação e o uso de recursos multimídia, criando experiências mais dinâmicas e envolventes. Essas ferramentas se ajustam às necessidades individuais dos estudantes, proporcionando uma educação mais personalizada e adaptativa. De acordo com Costa (2022), essas plataformas são um exemplo claro de como a tecnologia pode ser uma aliada no processo de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de competências linguísticas e matemáticas de forma interativa.

A Plataforma Matific tem se destacado no ensino de Matemática, promovendo uma aprendizagem mais eficaz através da gamificação. Ela permite que os alunos explorem conceitos matemáticos de forma prática e divertida, ao invés de depender exclusivamente de métodos tradicionais. A gamificação é, conforme Ferreira (2024), uma metodologia que aumenta o engajamento e a motivação dos estudantes, além de promover o aprendizado ativo e contextualizado.

Plataformas como Google Classroom e Moodle têm sido essenciais para a integração das tecnologias no ambiente escolar. Elas não só possibilitam a gestão do ensino remoto, como também favorecem a inclusão digital e o desenvolvimento de competências digitais nos alunos, preparando-os para os desafios do mercado de trabalho. Segundo Martins (2023), essas ferramentas contribuem significativamente para a redução da desigualdade digital, proporcionando a todos os estudantes as mesmas oportunidades de acesso ao conteúdo e ao aprendizado.

A formação contínua dos professores é outro aspecto fundamental para o sucesso das plataformas digitais. Programas de capacitação, como os oferecidos pelo Ganhando o Mundo Professor, são essenciais para garantir que os educadores não apenas saibam operar as ferramentas tecnológicas, mas também possam integrá-las efetivamente nas práticas pedagógicas. Almeida (2023) afirma que o desenvolvimento profissional dos educadores é crucial para o uso eficaz da tecnologia na sala de aula.

As metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em problemas, também têm se beneficiado do uso das plataformas digitais. Elas incentivam os alunos a resolverem problemas de forma criativa e colaborativa, desenvolvendo competências críticas e criativas. Pereira (2024) destaca que essas metodologias são especialmente eficazes quando combinadas com as tecnologias, pois tornam o processo de ensino mais envolvente e focado no aluno.

Além disso, o uso de videoconferências e chats, presentes em muitas plataformas, tem facilitado a interação entre professores e alunos, criando um ambiente de aprendizagem mais colaborativo. Isso contribui não apenas para o aprendizado acadêmico, mas também para o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais dos estudantes, como ressaltado por Silva (2022).

Com o uso de recursos multimídia, as plataformas digitais também têm tornado o ambiente de aprendizagem mais inclusivo. A utilização de vídeos, áudios e gráficos torna o conteúdo acessível a estudantes com diferentes estilos de aprendizagem e necessidades especiais, como os que enfrentam dificuldades de leitura ou deficiências auditivas. Segundo Martins (2023), a personalização das plataformas é uma das suas principais vantagens, pois permite que o aprendizado seja adaptado às necessidades individuais de cada aluno.

Em termos de resultados, a educação no Paraná está em um processo de modernização, com o objetivo de garantir maior justiça e acessibilidade a todos os estudantes. A implementação contínua de ferramentas digitais e a adaptação das práticas pedagógicas são essenciais para que o ensino evolua de maneira inclusiva e eficaz. Santos (2023) enfatiza que o uso das plataformas digitais é uma forma de democratizar o acesso à educação de qualidade, atendendo às necessidades dos alunos de forma mais personalizada e eficaz.

DESAFIOS NO USO DE PLATAFORMAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO

Embora as plataformas digitais apresentem benefícios significativos, sua implementação no sistema educacional brasileiro, e especialmente no Paraná, também tem gerado uma série de desafios que dificultam sua plena eficácia. Um dos principais obstáculos é a infraestrutura insuficiente, que ainda impede que muitos alunos tenham acesso adequado às tecnologias necessárias para o aprendizado digital. A falta de dispositivos e conexão com a internet de qualidade é uma realidade em muitas escolas, especialmente nas zonas rurais e periféricas, o que agrava as desigualdades educacionais (Gomes, 2023; Ferreira, 2024).

Outro desafio importante é a formação inadequada dos professores. Apesar de muitos educadores estarem sendo capacitados no uso de plataformas digitais, ainda há uma lacuna significativa em relação à preparação pedagógica para utilizá-las de maneira eficaz (Martins, 2023). Muitos professores relatam dificuldades em integrar essas ferramentas às metodologias de ensino, o que limita o potencial das plataformas e prejudica a experiência de aprendizado dos alunos (Silva, 2022). A falta de um treinamento contínuo e aprofundado sobre as possibilidades pedagógicas das plataformas digitais também é uma das principais razões para a resistência de alguns educadores à adoção dessas ferramentas.

Além disso, a resistência institucional e cultural ao uso de tecnologias também tem sido um grande obstáculo. Muitos educadores e gestores escolares ainda preferem métodos tradicionais de ensino e têm uma visão cética sobre a eficácia das plataformas digitais. Isso pode ser atribuído a uma percepção de que as plataformas não substituem a interação pessoal entre professores e alunos, fundamental para o processo educativo (Santos, 2024). Esse tipo de resistência pode retardar a implementação de soluções tecnológicas nas escolas e diminuir sua eficácia no longo prazo.

A sobrecarga de trabalho para os professores também é uma questão importante. Com a obrigatoriedade do uso de plataformas digitais e a necessidade de adaptar o currículo para incorporar essas novas ferramentas, muitos educadores se sentem pressionados e sobrecarregados (Pereira, 2024). Além disso, a obrigatoriedade de realizar avaliações e acompanhar os alunos por meio dessas plataformas tem gerado um aumento significativo na carga de trabalho dos professores, o que resulta em estresse e cansaço emocional (Gomes, 2023). Essa sobrecarga pode impactar a qualidade do ensino e afetar negativamente a saúde mental dos educadores.

A falta de personalização no uso das plataformas também é um ponto crítico. Quando os sistemas educacionais impõem o uso de plataformas de maneira uniforme e obrigatória, sem considerar as especificidades de cada turma ou aluno, isso pode resultar em uma experiência de aprendizado impessoal e ineficaz (Martins, 2023). As ferramentas digitais devem ser usadas de forma a complementar a didática de cada professor, permitindo a personalização do ensino e a adaptação às necessidades dos alunos, o que não está sendo plenamente alcançado em muitas escolas (Santos, 2023).

A inclusão digital também é um desafio significativo, já que nem todos os estudantes têm o mesmo acesso às tecnologias necessárias. Isso é particularmente evidente em regiões mais carentes, onde a desigualdade social e econômica se reflete na educação. As escolas nessas áreas frequentemente enfrentam dificuldades para garantir que todos os alunos tenham acesso a dispositivos e internet de alta qualidade, o que compromete a equidade do ensino (Silva, 2022). A falta de inclusão digital impede que a implementação das plataformas seja verdadeiramente inclusiva e igualitária.

Os desafios relacionados à resistência à mudança e à falta de formação continuada se intensificam quando se observa a pressão por resultados imediatos. As plataformas digitais muitas vezes são apresentadas como soluções rápidas para melhorar o ensino, o que leva a um foco excessivo em métricas quantitativas, como número de acessos ou notas em testes, em detrimento de uma abordagem mais qualitativa e holística (Ferreira, 2024). Esse enfoque pode prejudicar a percepção dos professores e alunos sobre a verdadeira finalidade das tecnologias no ensino.

A falta de suporte técnico contínuo também tem sido uma preocupação, especialmente quando as plataformas apresentam falhas ou dificuldades de operação. O suporte técnico inadequado ou inexistente dificulta a solução de problemas técnicos e pode interromper o uso eficiente das plataformas, prejudicando a aprendizagem dos alunos e gerando frustração nos educadores (Santos, 2024). Isso exige que as escolas desenvolvam sistemas de suporte mais robustos e eficientes para garantir a continuidade do uso das tecnologias.

A dependência das plataformas digitais para avaliação também tem levantado questões sobre a qualidade da avaliação formativa. Muitos sistemas de ensino utilizam essas ferramentas para aplicar provas e testes, mas essas avaliações não conseguem captar as complexidades do processo de aprendizagem. As avaliações digitais muitas vezes não oferecem um espaço suficiente para a reflexão crítica ou para a demonstração de competências em situações do cotidiano (Pereira, 2024). Além disso, a pressão por resultados imediatos tem levado a uma ênfase excessiva em métricas quantitativas, que nem sempre refletem de maneira precisa o aprendizado dos alunos.

Esses desafios ressaltam a necessidade urgente de uma abordagem mais reflexiva e holística na implementação das plataformas digitais na educação. Ao focar apenas em aspectos técnicos ou imediatistas, corre-se o risco de perder a oportunidade de transformar o ensino de maneira significativa e duradoura. O uso dessas ferramentas deve ser uma parte de um processo contínuo de melhoria educacional, onde a formação dos professores, a infraestrutura das escolas e as necessidades dos alunos são priorizados de forma equilibrada (Santos, 2023).

CAMINHOS PARA O FUTURO DAS PLATAFORMAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO

O uso de plataformas digitais na educação brasileira, especialmente no Paraná, tem se expandido de maneira significativa nos últimos anos. No entanto, para que esse uso seja eficaz e inclusivo, é essencial garantir uma infraestrutura robusta e acessível, permitindo que todos os alunos tenham acesso às ferramentas necessárias para seu aprendizado. Isso envolve fornecer dispositivos adequados e garantir uma conexão estável com a internet. Políticas públicas, como a distribuição de equipamentos de tecnologia para escolas públicas e o aumento do acesso à internet, são fundamentais para a inclusão digital verdadeira. Como observa Oliveira (2023), a inclusão digital é crucial para a equidade educacional no Brasil, pois permite que alunos de diferentes realidades tenham as mesmas oportunidades de aprendizado.

Outro aspecto fundamental é a formação contínua de professores, essencial para que as plataformas digitais sejam utilizadas de maneira pedagógica e eficaz. Investir em programas de capacitação é necessário para que os educadores não apenas aprendam a operar as ferramentas, mas também integrem esses recursos ao currículo escolar. Almeida e Santos (2022) destacam que capacitar os docentes no uso de tecnologias educacionais é fundamental para transformar o ensino e ampliar suas possibilidades.

A personalização do ensino é outro benefício das plataformas digitais, permitindo adaptar conteúdos e ritmos de aprendizagem às necessidades individuais de cada aluno. Segundo Ribeiro e Lima (2023), a personalização proporciona um aprendizado mais eficaz, respeitando as diferenças de ritmo e estilo de aprendizado de cada estudante. Além disso, o uso de tecnologias adaptativas, que ajustam o conteúdo conforme o desempenho do aluno, favorece um aprendizado mais inclusivo e produtivo.

Metodologias inovadoras, como aprendizagem ativa e gamificação, também podem potencializar o uso das plataformas digitais, tornando o processo de ensino mais dinâmico e engajador. Silva (2022) enfatiza que a combinação dessas abordagens com as tecnologias digitais cria um ambiente de aprendizado mais interativo, estimulando a participação ativa dos alunos e o desenvolvimento de competências essenciais, como criatividade e pensamento crítico.

Além disso, as plataformas digitais oferecem um espaço para a integração de competências digitais, que são fundamentais para preparar os alunos para o mundo digitalizado. Costa (2023) argumenta que a formação de competências digitais, como programação, análise de dados e uso responsável da tecnologia, deve ser incorporada de maneira transversal no currículo escolar, preparando os estudantes para o mercado de trabalho e as demandas de um mundo cada vez mais conectado.

A avaliação também precisa ser repensada com a introdução das plataformas digitais. Avaliações baseadas em desempenho, projetos e autoavaliação, complementadas pelo uso de ferramentas digitais, proporcionam uma visão mais ampla e precisa do aprendizado dos alunos. Andrade e Souza (2022) afirmam que essas formas de avaliação estão mais alinhadas com as habilidades exigidas no mercado de trabalho, como a capacidade de resolver problemas de maneira criativa e colaborativa, em vez de se concentrar apenas no conhecimento factual.

O futuro da educação no Paraná também passa pela colaboração entre escolas, governo e empresas, por meio de parcerias público-privadas, que podem expandir o acesso às tecnologias educacionais e promover soluções inovadoras. Lima e Costa (2023) destacam que essas parcerias são essenciais para garantir a equidade no acesso às tecnologias, oferecendo oportunidades para escolas de diferentes contextos socioeconômicos.

Por fim, é fundamental que as plataformas digitais nas escolas sejam constantemente avaliadas e adaptadas conforme as necessidades de alunos e professores. A gestão adequada das tecnologias educacionais assegura que elas sejam ferramentas eficazes e não apenas adições superficiais ao ensino. Santos (2024) defende que a implementação e avaliação contínua das plataformas digitais são essenciais para que elas realmente transformem o processo de ensino-aprendizagem.

METODOLOGIA

Esta pesquisa adota uma abordagem metodológica qualitativa, dissertativa e bibliográfica, com o objetivo de analisar a implementação e o impacto das plataformas digitais no processo de ensino-aprendizagem no estado do Paraná. A escolha dessa metodologia justifica-se pela necessidade de investigar a prática docente atualizada, focando em como as plataformas digitais têm influenciado as dinâmicas pedagógicas e as interações entre professores e alunos. O estudo se baseia em fontes bibliográficas, como livros, artigos e revistas, que discutem tanto as tendências educacionais no Brasil quanto às especificidades do uso de tecnologias na educação (Santos, 2022; Souza, 2021).

A pesquisa qualitativa permite uma compreensão aprofundada do fenômeno estudado, considerando o contexto específico da educação no Paraná. Nesse sentido, a metodologia qualitativa visa explorar não apenas os dados quantitativos sobre o uso das plataformas digitais, mas também as experiências e percepções de professores e alunos. O pesquisador, portanto, assume uma postura de observador participante, buscando interpretar e compreender o impacto dessas tecnologias de maneira holística (Pereira, 2023). A análise se concentra em identificar como as plataformas digitais têm sido incorporadas ao currículo escolar e de que forma elas alteram a interação em sala de aula.

O caráter dissertativo da pesquisa se refere à forma como os dados obtidos nas fontes bibliográficas são organizados e discutidos. A revisão da literatura permite entender o panorama atual e histórico das tecnologias educacionais no Paraná, analisando as políticas públicas, os investimentos em infraestrutura e as práticas pedagógicas que envolvem o uso dessas ferramentas digitais. A análise bibliográfica, portanto, fundamenta-se em textos acadêmicos, pesquisas anteriores e relatórios institucionais que abordam a implementação de plataformas digitais em diferentes contextos educacionais (Martins, 2020).

Além disso, a escolha do tema se deve à necessidade de registrar e analisar a prática docente no estado do Paraná, dado o contexto recente de transformação educacional impulsionado pela pandemia de COVID-19 e pela subsequente implementação de plataformas digitais. A pesquisa visa contribuir para o entendimento de como essas tecnologias podem promover ou desafiar a eficácia do ensino e da aprendizagem, levando em consideração as diversas realidades educacionais e sociais da região (Silva, 2021).

A abordagem metodológica proposta busca, portanto, não apenas descrever o fenômeno, mas também interpretá-lo dentro do contexto da educação contemporânea no Paraná. As fontes utilizadas irão oferecer uma análise crítica e reflexiva sobre a evolução das práticas pedagógicas e os desafios que surgiram com a introdução de plataformas digitais no ambiente escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implementação das plataformas digitais na educação, especialmente no estado do Paraná, apresenta um panorama complexo, onde as oportunidades de modernização e inovação pedagógica se entrelaçam com desafios significativos. As ferramentas tecnológicas, como as plataformas Redação Paraná, Inglês Paraná e Matific, têm mostrado avanços no processo de ensino-aprendizagem, promovendo maior dinamismo e personalização no ensino. Contudo, é importante destacar que, apesar dos benefícios, também surgem questões relacionadas ao acesso desigual, à formação dos docentes e à resistência à mudança, fatores que podem impactar a eficácia dessas ferramentas no cotidiano escolar.

A pesquisa revelou que, embora as plataformas digitais proporcionem uma série de vantagens, como a gamificação e a análise de desempenho, as desigualdades no acesso a tecnologias ainda são uma barreira significativa, especialmente para alunos de regiões mais periféricas ou com menor poder aquisitivo. Essa disparidade contribui para a ampliação das desigualdades educacionais, o que reforça a necessidade de políticas públicas que garantam um acesso mais equitativo às ferramentas digitais. Nesse sentido, a integração de plataformas digitais deve ser acompanhada de investimentos contínuos em infraestrutura, como o fornecimento de dispositivos e a expansão da conectividade, para garantir que todos os estudantes possam se beneficiar dessas inovações.

Outro ponto importante abordado nesta pesquisa foi a formação continuada dos docentes. Embora a utilização das plataformas digitais tenha sido estimulada, muitos professores ainda carecem de capacitação adequada para utilizá-las de maneira pedagógica eficaz. A formação docente, portanto, é um aspecto crucial para o sucesso da integração das tecnologias na educação. Programas de capacitação e apoio técnico contínuo são essenciais para que os professores possam usar essas ferramentas de forma criativa e personalizada, atendendo às necessidades de seus alunos. Além disso, o feedback contínuo dos educadores e a adaptação das plataformas ao contexto específico de cada escola são fundamentais para que essas tecnologias cumpram seu papel de forma efetiva.

Por fim, os impactos da utilização excessiva de plataformas digitais na saúde mental dos professores também merecem atenção. A sobrecarga de trabalho gerada pelo uso obrigatório de tecnologias, associada à pressão por resultados, tem levado a um aumento do estresse e a um desgaste emocional considerável entre os docentes. Assim, é imperativo que a implementação das plataformas seja acompanhada de políticas de apoio à saúde mental dos profissionais da educação, para que as inovações tecnológicas não sobrecarreguem ainda mais os educadores, mas contribuam para um ambiente escolar mais saudável e equilibrado.

Em suma, a integração de plataformas digitais no ensino paranaense representa uma tentativa de modernizar a educação, mas deve ser realizada de maneira cuidadosa e planejada. A superação dos desafios relacionados à infraestrutura, formação dos professores e inclusão digital, bem como a promoção de um uso equilibrado das tecnologias, são passos essenciais para garantir que o uso das plataformas digitais realmente beneficie todos os estudantes e professores, promovendo uma educação mais equitativa e de qualidade. A continuidade da pesquisa e o monitoramento constante dessas práticas permitirão ajustes e melhorias contínuas, garantindo que as inovações tecnológicas cumpram seu papel de forma mais eficiente e inclusiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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, . O Uso Das Plataformas Digitais Do Estado Do Paraná: Desafios Para A Educação.International Integralize Scientific. v 5, n 45, Março/2025 ISSN/3085-654X

Referencias

BAILEY, C. J.; LEE, J. H.
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v. 67
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Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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