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Resumo
RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO
Uma importante ampliação da discussão sobre a efetivação da educação inclusiva é a utilização de recursos de acessibilidade. Como estamos na era marcada pelos avanços tecnológicos, principalmente o uso da internet, é fundamental usá-la como recurso metodológico para melhorar o processo de aprendizagem na educação inclusiva. “Há softwares que permitem a interação do aluno com o computador de maneira que este aprenda como os métodos tradicionais. ” (Falconi; Silva, 2002).
Além disso os usos de recursos tecnológicos fazem parte das tecnologias assistivas, conforme destaca Mercado (2002, p. 95), “[…] o uso adequado das tecnologias em processos de ensino e de aprendizagem favorece a representação mental do conhecimento. Para isso, o aluno usa de várias estratégias de pensamento e torna-se autônomo na construção do seu saber”
Comungando desse posicionamento, Mantoan, 2003 também destaca sobre a importância do trabalho do professor para o desenvolvimento do aluno com necessidades especiais enfocando que:
Superar o sistema tradicional de ensinar é um propósito que temos que efetivar com toda urgência. Essa superação refere-se ao “que” ensinarmos aos nossos alunos e ao “como” ensinarmos, para que eles cresçam e se desenvolvam sendo seres éticos, justos, pessoas que terão de reverter a situação […] mudar o mundo é torná-lo mais humano Mantoan, (2003, p. 61).
Nesta perspectiva, é preciso ter forte determinação profissional, sendo esta fundamental para que se possa desenvolver uma prática educacional adequada e eficaz, levando para a prática a atenção de seus direitos enquanto aluno no processo inclusivo. (Miranda e filho,2012, p. 12).
É muito importante o compromisso do professor e a escola deve desenvolver práticas pedagógicas voltadas para a inserção dos recurso tecnológicos digitais tendo em vista que é uma nova exigência da sociedade, “nossa sociedade vem sofrendo profundas transformações provocadas principalmente pela revolução das tecnologias de informação e comunicação (Masetto,2015 p.799).
Desta maneira, o professor deve, antes de tudo, ser um indivíduo preparado para dos acontecimentos do mundo. Guillot (2008, p.165), “o mundo concreto é irrigado pelas novas tecnologias. ” Para que isso seja possível, ele terá de recorrer as tecnologias digitais, uma vez que alguns alunos, por terem um maior acesso a esses recursos, possuem esse conhecimento, pois já pertencem a uma geração que não enxerga o mundo sem esses recursos. “É importante destacar que as instituições educativas e a profissão docente desenvolvem-se em contextos marcados por um ritmo, muito acelerado de inovação tecnológica” (Klock,2018, P. 79).
Comunga desse pensamento Batista e destaca que,
O professor, na perspectiva da educação inclusiva, não é aquele que ministra um ensino diversificado para alguns, mas aquele que prepara atividades diversas para seus alunos (com ou sem deficiência) ao trabalhar um mesmo conteúdo curricular. As atividades não são graduadas para atender a níveis diferentes de compreensão, e estão disponíveis na sala de aula para que os alunos as escolham livremente, de acordo com o interesse que têm por elas. (Batista, 2006, p. 13-14).
Outro ponto destacável é a premente necessidade de que os professores, proporcionem metodologias motivadoras, bem como desenvolva um trabalho que enfatize a igualdade de direitos independentemente das características específicas apresentadas pelos alunos. (Silva ,2006, P.17)
A implementação de práticas inclusivas bem-sucedidas passa necessariamente pela organização de novas situações de ensino/aprendizagem, que envolvem: a diferenciação do ensino; flexibilização das metodologias, adaptações curriculares e o trabalho cooperativo. (Veltrone, 2008, p. 37).
E para concretizar essas práticas bem-sucedidas o professor deve trabalhar de forma sempre a integrar o aluno com a turma, fazendo com que ele disponha de todo material didático que as demais crianças utilizam. (Veltrone, 2008).
De acordo Xavier, 2015 o “uso das NTICs passam a ter cada vez mais valor e utilidade, na educação a disponibilidade e o adequado uso desses recursos, tornaram-se um objetivo profissional a ser adequado (Xavier, 2015, p. 27).
As tecnologias digitais têm se mostrado fundamentais na educação, especialmente com o avanço da inteligência artificial (IA). Elas não só facilitam o acesso ao conhecimento, como também transformam a forma como os conteúdos são apresentados e processados pelos alunos. Na era da IA, o impacto dessas tecnologias é ainda mais significativo, trazendo uma série de benefícios para professores e alunos.
O PAPEL DO PROFESSOR DO SÉCULO XXI
As tecnologias estão cada vez mais presentes em nossas vidas, para tanto o professor precisa se preocupar em preparar o aluno para ser atuante em um mundo em transformação e ajudá-lo a desenvolver as demandas exigidas para o século XXI tornando-se desta forma, o facilitador do processo de aprendizagem o qual permite a intervenção na realidade social do aluno e por esse motivo estará respaldado pelas tecnologias digitais. (Mattos & Júnior ,2005).
Desse modo também descreve Flôr (2015, p.9) que,
Introduzir novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem é urgente, uma vez que as demandas socioculturais implicam na modernização da escola, tornando-a mais atrativa e próxima da realidade da comunidade escolar.
Neste contexto, a condição de trabalho docente na educação inclusiva está muito relacionada com a habilidade de reinventar sua prática pedagógica. Uma das muitas aptidões necessárias aos docentes desde os anos 2000 até hoje e que passou a ser exigida com o advento das tecnologias cada vez mais sofisticadas em nosso dia a dia, é a destreza com as TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação), bem como, com as ferramentas digitais educacionais. (Llibâneo, 2012). São “denominações sob a ótica da agilidade das inovações e as novas demandas em relação às tecnologias de informação e comunicação e o enfrentamento de seus impactos e desafios” (Clock et al.,2018, p. 78).
Assim sendo, os profissionais necessitam buscar a educação contínua e permanente em sua área de atuação, sendo um processo de aprendizagem para a competência em informação. Em consonância Masetto, (2015) assinala que há outros dois grandes desafios para os professores dessa categoria, sendo um deles as condições de trabalho e contextos profissionais totalmente novos, o que exige a superação de desafios intelectuais e emocionais diversos.
Assim sendo, portanto, a educação na contemporaneidade tem como atribuições “contribuir para que todos possam selecionar, coletar, ordenar, gerenciar e utilizar informações desse recurso para melhorar sua condição social e econômica”(Masetto, 2015, p. 780).
Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e os muitos procedimentos metodológicos. Mas também é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/telemática. Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas. É importante que cada docente encontre sua maneira de sentir-se bem, comunicar-se bem, ensinar bem, ajudar os alunos a aprender melhor. É importante diversificar as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar Moran, (2009, p.32).
Desse modo, para que sua atuação seja efetiva o docente da educação inclusiva necessita ter conhecimento de várias áreas, compartilhar as suas experiências com outros profissionais de áreas afins, ser flexível às novas ideias e técnicas que contribuíam para uma educação de qualidade e inclusiva. (Moran,2009).
Para o professor, passar do uso de instrumentos físicos para processos digitais exige preparo e reflexão crítico científica a respeito dos artefatos digitais. Se por um lado, o uso das NTICs passam a ter cada vez mais valor e utilidade, na educação a disponibilidade e o adequado uso desses recursos, tornaram-se um objetivo profissional a ser adequado (Xavier, 2015, p. 27).
O docente do século XXI deixou de ser simples transmissor de conhecimentos e passou a ser aquele que ensina e aprende com seus alunos, aprende a aprender, compreendendo e promovendo o saber.
Para Imbernón (2011 apud Masetto, 2015) isso os torna competentes e disseminadores de informação, sem perder de vista a construção da aprendizagem de seus estudantes ao desenvolverem suas aptidões e opiniões de forma criativa, incentivados para a responsabilidade social, a cultura, a ética e a política dando oportunidade para todos os alunos.
Valente (1993, p.115) considera que:
O conhecimento necessário para que o professor assuma esta postura não é adquirido através de treinamento. É necessário um processo de formação permanente, dinâmico e integrador, que se fará através da prática e da reflexão sobre esta prática – do qual se extrai o substrato para a busca da teoria que revela a razão de ser da prática.
Segundo Kenski (2012), as mudanças na educação neste contexto tecnológico são profundas e incluem posicionamentos, hábitos, maneiras diferentes de lidar com a informação e novos papéis para professores e alunos. A utilização de ferramentas digitais na educação prepara os alunos para o mercado de trabalho, incentivando o desenvolvimento de competências essenciais como pensamento crítico, resolução de problemas, criatividade e adaptação tecnológica, competências muito valorizadas na era digital.
Acresce a autora que, devido ao fato de que tanto a tecnologia quanto o significado da educação se referem ao desenvolvimento, a tecnologia é um componente essencial da educação. (Kenski, 2012), além disso, as novas tecnologias de comunicação e informação, são, vêm promovendo a socialização e novas formas de interação entre professores e alunos e com isso trazendo benefícios para a educação inclusiva. Por outro lado, nota –se que a adoção da tecnologia na educação enfrenta grandes obstáculos, incluindo a necessidade de repensar toda a prática docente, além dos desafios e conhecimentos técnicos necessários para sua aplicação. (Melo, 2006).
O despreparo do professor para enfrentar os desafios de ensinar e aprender num mundo congestionado de informações, onde o acesso ao conhecimento vai se tornando mais fácil, rápido e prazeroso, não decorre de sua pouca familiaridade com o computador. Decorre de sua fragilidade profissional, sua formação de base que foi aligeirada e de má qualidade, sua cultura geral que é restrita, sua falta de oportunidade para desenvolver a sensibilidade para problemas e tendências da vida contemporânea”. (Melo, 2006, p.1).
Portanto, é preciso que os professores da educação inclusiva recebam uma formação adequada para utilizar os recursos das TIC com o objetivo de melhorar a educação de todos os alunos, especialmente aqueles com deficiências que os impedem, ou dificultam os métodos tradicionais de aprendizagem contribuindo para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiências e, consequentemente, promover vida independente e inclusão. (Teixeira, 2010).
O século XXI está marcado pelo crescimento da tecnologia digital , com Atualmente, o meio em que vivemos está permeado pelo uso de técnicas e recursos tecnológicos, fazendo do computador uma ferramenta que auxilia o processo ensino/ aprendizagem na abordagem do cotidiano em sala de aula. Diante disso, o professor precisa se adaptar a essa tecnologia.
Segundo Libâneo,
Na vida cotidiana, cada vez maior número de pessoas é atingidas pelas novas tecnologias, pelos novos hábitos de consumo e indução de novas necessidades. Pouco a pouco, a população vai precisando se habituar a digitar teclas, ler mensagens no monitor, atender instruções eletrônicas. (Libâneo, 2012, p.).
Neste contexto é muito importante o compromisso do professor e a escola deve desenvolver práticas pedagógicas voltadas para a inserção dos recursos tecnológicos digitais tendo em vista que e uma nova exigência da sociedade “nossa sociedade vem sofrendo profunda transformações provocadas principalmente papel revolução das tecnologias de informação e comunicação (masetto,2015 p.799).
O professor deve, antes de tudo, ser um indivíduo preparado e a par dos acontecimentos do mundo. Para que isso seja possível, ele terá de recorrer aos meios d comunicação para posicionar-se diante de assuntos polêmicos destacados pela mídia de maneira geral, uma vez que alguns alunos, por terem um maior acesso a esses recursos, possuem esse conhecimento, pois já pertencem a uma geração que não enxerga o mundo sem esses meios. “É importante destacar que as instituições educativas e a profissão docente desenvolvem -se em contextos marcado por um ritmo muito acelerado de inovação tecnológica ”(Klock,2018, p,79)
Desta forma, é preciso buscar, novas atitudes e posturas e, tanto professores quanto alunos devem se adaptar às exigências de um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia. Conforme (Cunha, 2009) é preciso que o profissional do século XXI receba “ uma formação sólida integradora, sensível na que o formando participe ativamente no processo de construção de conhecimentos. Condição fundamental para a construção de um perfil profissional inovador capaz de lidar de forma crítica e criativa” .
O cenário educacional do século XXI necessita da superação do velho método da transmissão de conhecimentos do professor para o aluno, para o desenvolvimento de um ensino mais contextualizado onde o professor seja o articulador do processo de aprendizagem.
Para isso, é preciso que essa formação esteja em consonância com as mudanças que ocorrem na sociedade, como estamos na era digital é preciso inserir a tecnologia na prática diária de sala de aula. De acordo desta Xavier o “uso das NTICs passam a ter cada vez mais valor e utilidade, na educação a disponibilidade e o adequado uso desses recursos, tornaram-se um objetivo profissional a ser adequado (Xavier, 2015, p. 27).
Assim, o papel do professor, é cada vez mais marcado pela preocupação em criar situações de aprendizagem estimulantes, desafiar os alunos a pensar, apoiá-los no seu trabalho, favorecer a divergência e a diversificação dos percursos de aprendizagem, tornando-se desta forma em fator facilitador de um processo de mudança. Inferir que a profissão de professor é uma prática social a qual permite a intervenção na realidade social do aluno e, portanto, necessita que todo professor ao exercer sua função deve estar ciente de seu papel.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O professor do século XXI precisa ser mais do que um transmissor de conhecimento; ele se torna um facilitador da aprendizagem, um mediador entre as novas tecnologias e os alunos, e um guia para o desenvolvimento de habilidades essenciais para o século XXI. À medida que as tecnologias digitais e a inteligência artificial se tornam uma parte integral do ambiente educacional, o papel do educador evolui, exigindo maior flexibilidade, adaptação e disposição para aprender e integrar novas ferramentas no processo de ensino.
Em conclusão, o professor do século XXI precisa estar preparado para lidar com as mudanças tecnológicas, não apenas como um usuário de ferramentas digitais, mas também como alguém capaz de utilizar essas inovações para promover o aprendizado significativo. A capacitação contínua é fundamental, pois as tecnologias estão em constante evolução. Além disso, o educador deve fomentar uma cultura de colaboração, criatividade e pensamento crítico, preparando os alunos não apenas para usar as tecnologias, mas para compreender e aplicar os conceitos de forma ética e responsável.
Portanto, o professor do século XXI é aquele que combina conhecimento pedagógico com a competência digital, criando um ambiente de aprendizado dinâmico e inclusivo, capaz de preparar os alunos para os desafios do futuro. A educação torna-se, assim, um processo mais participativo, interativo e alinhado com as exigências de um mundo digitalizado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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LIBÂNEO, J. C. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2012.
Masetto, M. T. Desafios para a docência no Ensino Superior na contemporaneidade. In: Cavalcante, M. M. D.; SALES, J. A. M. de; Farias, I.M.S. de F.; Lima, M. do S. L. (org.). Didática e prática de ensino: diálogos sobre a escola e formação de professores e a sociedade. Fortaleza: Eduece, 2015. v. 4,p.779-795.
XAVIER, L. G. Para além da didática: desafios da escola e do professor do século, Exedra: Didática do Português: Investigação e Prática, Coimbra, Portugal, n. 1, p. 26-36, 20.
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