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Resumo
INTRODUÇÃO
A leitura e a escrita, na contemporaneidade, são compreendidas como práticas sociais fundamentais para a inserção do sujeito no mundo letrado. Desde a mais tenra infância, a criança estabelece relações com a linguagem por meio de suas experiências cotidianas, interações sociais e vivências no ambiente familiar e escolar. Na Educação Infantil, essa relação não deve ser reduzida ao ensino mecânico do código escrito, mas sim tratada como um processo amplo de construção de significados, onde ler e escrever se apresentam como formas de expressão, comunicação e entendimento do mundo.
Ao contrário da visão tradicional de alfabetização que associa a aprendizagem da leitura e escrita a um processo linear e exclusivamente cognitivo, a abordagem contemporânea entende que as crianças, mesmo antes de dominar o sistema alfabético, já participam de práticas de letramento. Segundo Emilia Ferreiro (2001), a criança é um sujeito ativo na construção do conhecimento escrito, elaborando hipóteses sobre a linguagem a partir de suas experiências e interações. Assim, o papel do professor é o de mediador que oferece um ambiente rico em linguagem, possibilitando a reflexão e o contato constante com diversos gêneros textuais.
Nesse contexto, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reforça o direito de toda criança à linguagem oral e escrita, destacando que a Educação Infantil deve garantir situações nas quais as crianças possam escutar, falar, ler, observar e expressar-se de diferentes formas. A leitura de histórias, as conversas mediadas, os jogos verbais, os registros gráficos e as brincadeiras simbólicas são estratégias fundamentais para o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da criatividade.
A Escola Aurora, onde foi realizada a presente experiência, tem se mostrado sensível à importância de práticas pedagógicas que valorizam o protagonismo infantil. Inserida em um contexto comunitário e multicultural, a escola investe em projetos que favorecem o desenvolvimento integral das crianças. Nesse ambiente, a leitura e a escrita foram trabalhadas de forma integrada ao cotidiano das turmas de Educação Infantil, com crianças de 0 a 6 anos, considerando seus interesses, curiosidades e níveis de desenvolvimento.
Este relato de experiência tem como objetivo apresentar as práticas pedagógicas implementadas na Escola Aurora com foco na leitura e escrita na Educação Infantil. A proposta foi construída com base em referenciais teóricos que valorizam a ludicidade, o afeto e a linguagem como instrumentos essenciais para o desenvolvimento infantil. Por meio de atividades planejadas, observações e registros, buscou-se estimular o prazer de ler e escrever, respeitando os tempos e as singularidades de cada criança.
Além disso, este trabalho visa refletir sobre os desafios e as possibilidades enfrentadas no contexto escolar, bem como evidenciar os resultados obtidos a partir do envolvimento das crianças, da equipe pedagógica e da comunidade escolar. A intenção é contribuir com outros profissionais da área da Educação Infantil, oferecendo subsídios teóricos e práticos que favoreçam a construção de propostas significativas de leitura e escrita desde os primeiros anos escolares.
OBJETIVOS DO PROJETO
O desenvolvimento da leitura e da escrita na Educação Infantil demanda uma compreensão sensível e fundamentada sobre o processo de alfabetização na infância. Diferente da concepção tradicional, que compreende a alfabetização como mera decodificação de símbolos, o projeto desenvolvido na Escola Aurora parte da ideia de que a linguagem escrita deve ser apresentada como uma experiência viva, significativa e prazerosa. Nesse sentido, o principal objetivo do projeto foi despertar o interesse pela leitura e escrita de forma lúdica e contextualizada, respeitando o tempo e as particularidades de cada criança.
A proposta foi organizada em torno de objetivos gerais e específicos que norteassem as práticas pedagógicas e oferecessem às crianças um ambiente rico em experiências com a linguagem. Entre os objetivos gerais, destacam-se:
Os objetivos específicos buscavam promover ações concretas para atingir as metas do projeto, como:
A elaboração desses objetivos foi embasada em autores que defendem uma alfabetização significativa e contextualizada. Vygotsky (2007) destaca que o desenvolvimento da linguagem ocorre por meio da interação social, sendo o ambiente alfabetizador essencial para que a criança avance em suas zonas de desenvolvimento proximal. Piaget (1992), por sua vez, salienta a importância do jogo simbólico e da construção ativa do conhecimento, princípios também incorporados neste projeto por meio da ludicidade.
Na prática, os objetivos serviram como guias para o planejamento das atividades e para a observação dos avanços individuais de cada criança. Respeitar os diferentes ritmos e estilos de aprendizagem foi um dos compromissos assumidos ao longo do projeto, o que tornou o processo mais democrático e afetivo. Acredita-se que, ao possibilitar o acesso à leitura e escrita de forma prazerosa e respeitosa, a escola cumpre com um de seus principais papéis: formar sujeitos leitores, críticos e participativos desde os primeiros anos de vida escolar.
O projeto reafirma a importância de se planejar intencionalmente ações pedagógicas que promovam a linguagem escrita como algo vivo e necessário, e não como uma obrigação escolar desvinculada do cotidiano da criança. Assim, os objetivos traçados não apenas nortearam a experiência vivida na Escola Aurora, mas também apontam caminhos possíveis para que outras instituições repliquem e aprimorem tais práticas em favor da alfabetização na Educação Infantil.
METODOLOGIA UTILIZADA
A experiência relatada foi realizada na Escola Aurora, uma instituição que atende crianças de 0 a 6 anos na Educação Infantil, localizada em um bairro com características urbanas e de forte vínculo comunitário. A escola possui um ambiente acolhedor, com salas adaptadas para a faixa etária atendida, brinquedoteca, biblioteca, pátio e espaços destinados à leitura e à criação artística. Tais ambientes foram fundamentais para o desenvolvimento de atividades que estimulassem o contato das crianças com a linguagem escrita e oral de maneira lúdica e significativa.
A metodologia adotada teve como base a pesquisa qualitativa com caráter exploratório, pautada na observação participante e na escuta sensível das crianças durante as atividades. O planejamento das ações foi construído a partir dos interesses do grupo, priorizando o protagonismo infantil e a valorização da cultura da infância. Foram consideradas as especificidades de cada faixa etária e respeitados os diferentes ritmos de aprendizagem, conforme orientações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
As práticas desenvolvidas foram fundamentadas nas teorias de autores como Vygotsky, que defende a importância das interações sociais e da linguagem como instrumentos de mediação no processo de aprendizagem, e Emilia Ferreiro, que afirma que a criança constrói hipóteses sobre a linguagem escrita antes mesmo de ser formalmente alfabetizada. A metodologia também incorporou princípios da pedagogia da escuta, conforme defendido por Loris Malaguzzi, valorizando a escuta ativa e a participação das crianças nas decisões do cotidiano pedagógico.
As etapas metodológicas envolveram:
Durante todo o processo, o ambiente escolar foi preparado para ser letrado, acolhedor e estimulante, com materiais variados, como livros de diferentes gêneros, cartazes, letras móveis, papel, lápis, tintas, revistas e objetos do cotidiano com escrita (rótulos, embalagens, calendários). Além disso, houve a participação da família, por meio de rodas de leitura, empréstimo de livros e oficinas de criação de histórias.
A metodologia adotada buscou garantir que as crianças se vissem como leitoras e produtoras de textos, ainda que não dominassem plenamente o sistema alfabético. Ao trabalhar a leitura e escrita de forma natural, contextualizada e divertida, as práticas pedagógicas da Escola Aurora reforçaram a ideia de que toda criança tem o direito de aprender com prazer e significado, desde os primeiros anos de vida escolar.
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
As atividades desenvolvidas na Escola Aurora foram cuidadosamente planejadas com o intuito de integrar a leitura e a escrita ao cotidiano das crianças de forma lúdica, envolvente e significativa. O objetivo principal era que as práticas de linguagem fossem vivenciadas pelas crianças como experiências prazerosas, despertando nelas o gosto por explorar, imaginar, criar e comunicar. Todas as ações respeitaram as fases de desenvolvimento infantil e consideraram os saberes prévios dos alunos.
A proposta pedagógica partiu da ideia de que a alfabetização na Educação Infantil não deve ser antecipada de forma mecânica, mas sim vivenciada como um processo de imersão em práticas sociais de linguagem. Dessa forma, a leitura e a escrita foram inseridas no cotidiano escolar por meio de projetos temáticos, sequências didáticas e atividades permanentes que promoviam o contato frequente com diferentes gêneros textuais e portadores de texto.
Todas essas atividades tinham como base o brincar, o imaginar e o experimentar. O papel da professora era o de mediadora, criando situações que favorecessem a interação entre as crianças e os textos, estimulando questionamentos, conversas e descobertas.
As práticas descritas contribuíram não apenas para o desenvolvimento da leitura e da escrita, mas também para fortalecer vínculos afetivos, promover a cooperação entre os alunos e ampliar o repertório linguístico e cultural das crianças, consolidando um ambiente educativo rico em linguagem, sentido e encantamento.
RESULTADOS OBSERVADOS
A implementação das atividades de leitura e escrita na Educação Infantil da Escola Aurora resultou em importantes avanços no desenvolvimento linguístico, cognitivo e socioemocional das crianças. Ao longo do processo, foi possível observar transformações significativas na forma como os alunos passaram a se relacionar com os textos, com os colegas e com os materiais pedagógicos. Os resultados não se limitaram ao reconhecimento de letras e palavras, mas se expressaram de maneira ampla no interesse, na participação e na autonomia demonstrada durante as atividades.
Um dos primeiros aspectos perceptíveis foi o aumento do vocabulário oral das crianças, que passaram a utilizar com mais frequência palavras novas, adquiridas por meio das histórias, músicas e conversas em sala. Durante as rodas de leitura, por exemplo, era comum ouvir as crianças recontando histórias com riqueza de detalhes ou fazendo conexões com suas vivências familiares. Essa oralidade mais estruturada foi fundamental para o processo de construção da linguagem escrita.
Além disso, houve um engajamento crescente nas atividades de escrita espontânea. Inicialmente, algumas crianças apresentavam resistência em usar lápis e papel, demonstrando insegurança ou desinteresse. Contudo, à medida que o projeto avançava e o ambiente se tornava mais estimulante, as produções gráficas passaram a surgir com mais frequência e espontaneidade. As crianças começaram a escrever seus nomes, tentar formar palavras, desenhar e inventar símbolos próprios, revelando hipóteses sobre a escrita compatíveis com o que defendem estudiosos como Ferreiro e Teberosky (1986).
Outro resultado relevante foi a autonomia no uso dos materiais. O “Cantinho da Leitura e da Escrita” tornou-se um dos espaços mais frequentados da sala, mesmo nos momentos livres. As crianças passaram a selecionar livros por conta própria, sentavam-se em duplas ou grupos para folheá-los, criavam suas próprias histórias e utilizavam recursos diversos, como carimbos e letras móveis, com criatividade e organização.
A socialização também se fortaleceu, pois muitas das atividades envolviam trocas entre os colegas: escrever bilhetes uns para os outros, ler em voz alta para a turma, criar histórias coletivas e participar de jogos linguísticos. Isso proporcionou um ambiente mais cooperativo e afetivo, no qual as crianças aprendiam juntas, compartilhando dúvidas e descobertas.
Em relação aos desafios enfrentados, foi necessário adaptar algumas propostas para atender às diferenças no ritmo de desenvolvimento entre as crianças. Algumas demonstravam avanços mais rápidos na produção escrita, enquanto outras necessitavam de maior tempo de exposição e incentivo. A escuta atenta da professora e o acompanhamento individualizado foram essenciais para garantir que todas se sentissem acolhidas e respeitadas em seu processo.
Também é importante destacar o envolvimento das famílias, que contribuíram positivamente ao participar do projeto “Leitor Mirim”. Muitos responsáveis relataram que passaram a incluir a leitura como parte da rotina em casa e observaram melhorias na linguagem e no interesse das crianças por livros.
Os resultados observados revelaram que a introdução da leitura e da escrita na Educação Infantil, quando realizada de forma planejada, lúdica e sensível, é capaz de transformar o ambiente escolar e ampliar significativamente o repertório linguístico e expressivo das crianças. Os efeitos positivos do projeto ultrapassaram os limites da sala de aula, alcançando a relação das crianças com o mundo ao seu redor e reforçando a importância da escola como espaço de encantamento, descoberta e formação de leitores desde os primeiros anos.
CONTRIBUIÇÕES PARA A PRÁTICA DOCENTE
A experiência desenvolvida na Escola Aurora com foco na leitura e escrita na Educação Infantil não apenas beneficiou o desenvolvimento das crianças, mas também proporcionou profundas reflexões e transformações na prática docente. O envolvimento direto com o planejamento, a execução e a observação das atividades contribuiu para que a professora ampliasse sua compreensão sobre os processos de ensino e aprendizagem da linguagem escrita, reconhecendo o valor do lúdico, da escuta ativa e da intencionalidade pedagógica.
Uma das principais contribuições desse trabalho foi a valorização do protagonismo infantil como eixo central do processo educativo. Ao observar atentamente as crianças, suas falas, gestos, produções e reações às propostas, a professora passou a construir planejamentos mais sensíveis, flexíveis e alinhados com os interesses e ritmos individuais. Isso possibilitou o fortalecimento do vínculo afetivo entre docente e aluno, elemento fundamental para a aprendizagem significativa.
Outro ponto importante foi a ressignificação do papel do professor como mediador do conhecimento. Longe de assumir uma postura transmissora de conteúdos, a docente se colocou como alguém que provoca, incentiva, escuta e acompanha o percurso de cada criança na construção do saber. Essa mudança de postura exige um olhar atento, capacidade de interpretar sinais e muita sensibilidade para perceber os pequenos avanços que fazem parte do processo de letramento.
A experiência também despertou a necessidade de repensar os instrumentos de avaliação. Ao invés de buscar resultados padronizados e imediatos, a prática docente passou a se apoiar em registros qualitativos: portfólios, fotos, vídeos, desenhos, escritas espontâneas e relatos das crianças. Esses registros se mostraram mais eficazes para acompanhar o progresso das crianças e para planejar novas intervenções pedagógicas.
Outro aspecto transformador foi o reconhecimento da importância de criar ambientes alfabetizadores intencionais, nos quais a leitura e a escrita estejam presentes de forma acessível e constante, integradas às brincadeiras e situações do cotidiano. A organização do espaço físico — como o Cantinho da Leitura e da Escrita —, o uso de materiais variados e a exposição de produções infantis nas paredes da sala revelaram-se estratégias fundamentais para valorizar a linguagem e promover o sentimento de pertencimento.
Além disso, a experiência reforçou a importância do trabalho coletivo na escola. A troca com outros educadores, a partilha de experiências bem-sucedidas e a construção de uma cultura de formação contínua entre os profissionais da instituição contribuíram para o fortalecimento de uma prática mais colaborativa e crítica. O projeto, por sua natureza integradora, envolveu professores, coordenadores, famílias e crianças, fortalecendo os vínculos e o sentido de comunidade escolar.
Outro impacto relevante foi o encorajamento da reflexão teórica constante. A professora buscou aprofundar-se em autores como Vygotsky, Ferreiro, Soares, Piaget e Malaguzzi, o que permitiu embasar suas práticas e compreender melhor as etapas do desenvolvimento infantil. Essa base teórica serviu como alicerce para tomar decisões pedagógicas mais conscientes e fundamentadas.
Em síntese, as contribuições para a prática docente foram múltiplas: amadurecimento profissional, maior sensibilidade para a escuta da infância, uso mais eficaz dos espaços e materiais, valorização do planejamento e da avaliação formativa, e sobretudo, a certeza de que ensinar leitura e escrita na Educação Infantil é um ato de encantamento, cuidado e compromisso com a formação de sujeitos críticos e criativos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A experiência vivenciada na Escola Aurora, com foco no desenvolvimento da leitura e da escrita na Educação Infantil, revelou-se rica, transformadora e profundamente significativa — tanto para as crianças quanto para a professora responsável pelo projeto. Ao longo de sua implementação, foi possível perceber que, quando se respeita o tempo da infância, quando se confia nas capacidades dos pequenos e quando se investe em práticas lúdicas e contextualizadas, o processo de alfabetização acontece de forma natural, prazerosa e eficaz.
Os avanços observados no desenvolvimento linguístico das crianças foram visíveis não apenas nas suas produções orais e gráficas, mas também no entusiasmo e na curiosidade com que passaram a se envolver com os livros, com os materiais de escrita e com as atividades de leitura. Crianças que antes demonstravam pouco interesse por textos ou tinham resistência ao uso de lápis e papel passaram a se apropriar das práticas letradas com autonomia, criatividade e alegria.
Além do progresso individual das crianças, o projeto também contribuiu para o fortalecimento do ambiente escolar como espaço de construção coletiva do conhecimento, onde professores, alunos e famílias se reconhecem como partes fundamentais no processo educativo.
O envolvimento das famílias nas atividades de leitura em casa e nas devolutivas feitas pelas crianças em sala demonstrou que o estímulo ao letramento não deve se restringir aos muros da escola, mas pode (e deve) ultrapassá-los, alcançando o cotidiano da criança em todos os seus espaços de convivência.
A prática docente também foi significativamente impactada. A experiência proporcionou reflexões sobre o papel do educador como mediador sensível e atento ao universo infantil, provocando mudanças no planejamento, na escuta, na avaliação e no uso do espaço pedagógico. A leitura e a escrita deixaram de ser conteúdos isolados e passaram a integrar todas as dimensões do trabalho com a infância — da oralidade ao movimento, do desenho ao brincar, do afeto à criação.
Outro aspecto fundamental revelado pelo projeto foi a importância da ludicidade como estratégia pedagógica. A brincadeira, a imaginação e a fantasia são linguagens naturais da criança e, por isso, foram os principais canais de aproximação com o mundo da leitura e da escrita. Livros tornaram-se brinquedos; palavras, motivos de riso; histórias, pontes para o pensamento e a emoção. Ao se alfabetizar brincando, a criança se reconhece como autora, leitora e produtora de sentido no mundo.
Conclui-se que projetos como esse, realizados desde a Educação Infantil, são essenciais para garantir o direito de toda criança ao acesso à cultura escrita, ao mesmo tempo em que respeitam as especificidades da infância. Ensinar a ler e escrever, nesse contexto, não é apenas apresentar letras, sílabas ou regras gramaticais, mas sim proporcionar experiências significativas com a linguagem, que despertem o encantamento, o pensamento crítico e a criatividade.
A experiência na Escola Aurora mostra que a leitura e a escrita, quando inseridas com intencionalidade pedagógica, sensibilidade e ludicidade, têm o poder de transformar a sala de aula em um lugar de descoberta, expressão e construção de sentidos. Mais do que preparar para o futuro, alfabetizar na Educação Infantil é permitir que a criança viva intensamente o presente — com palavras, com histórias e com imaginação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRO, Emilia; Teberosky, Ana. Psicogênese da língua escrita. 23. ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.
MALAGUZZI, Loris. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. 3. ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2016.
NEVES, Maria Helena Menna Barreto. A construção da leitura e da escrita na Educação Infantil. 5. ed. São Paulo: Ática, 2006.
PIAGET, Jean. A psicologia da criança. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. 15. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
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