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Resumo
INTRODUÇÃO
Apresenta no presente estudo uma discussão referente às práticas de alfabetização dos alunos que apresentam diagnóstico de Transtorno Espectro Autista (TEA), é dada ênfase na questão do desafio pedagógico, visando identificar a responsabilidade da escola diante do processo ensino-aprendizagem na perspectiva inclusiva.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o autismo é uma síndrome presente desde o nascimento ou que começa quase sempre durante os trinta primeiros meses. Caracteriza-se por respostas anormais diante dos estímulos auditivos e/ou visuais, com a linguagem e falas comprometidas e importantes dificuldades na interação e no convívio escolar e social. Diante destes quadros, segue o desafio para “encaixar” essas pessoas.
Justifica que a escola guarda o papel de auxiliar a tarefa de ensinar e intermediar os sujeitos às exigências da sociedade. Busca o desenvolvimento intelectual e social dos estudantes, além da inclusão de pessoas com as mais diversas dificuldades de aprendizagem. Na prática, a operacionalização da inclusão escolar é complicada. Há peculiaridades caso a caso, diagnóstico e diagnóstico.
Objetiva abordar a respeito das intervenções que envolvem o processo de alfabetização de uma criança que apresenta o transtorno do espectro autista (TEA), partindo do pressuposto dos professores em trabalhar com as crianças com TEA, justifica descrever diferentes exemplos de atividades lúdicas de integração, jogos e brincadeiras, apresentar seus efeitos no comportamento do educando, bem como relacionar as intervenções específicas da área.
Destaca as terapias de integração, estímulos sensoriais com atividades lúdicas, jogos e brincadeiras complexas com o objetivo de incluir e orientar os movimentos sensoriais dos autistas intenciona incluir e alfabetizar uma criança autista. Contudo o presente projeto ressalta assuntos relacionados à Educação Especial e suas tecnologias, nos levando a importância da Educação Inclusiva, abordando a temáticas envolvidas no contexto educacional, contextualizando um pouco da história dessa linguagem, hoje considerada de fundamental importância para os alunos, e sua contribuição para o cenário escolar. Utilizando teoria e vivência, com o propósito de formular conhecimentos a respeito da inclusão escolar, no contexto de uma formação para a cidadania plena.
PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL-PAEE
O documento legislativo mais atual, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, programa e reconhece a ação política, cultural, social e pedagógica como movimento mundial pela inclusão no qual defende o direito de todos os alunos estarem aprendendo e participando juntos, considerando a igualdade e diferença como valores indissociáveis (Brasil, 2008). No entanto, a qualidade no atendimento educacional na escolarização de alunos PAEE na rede regular de ensino ainda está aquém do esperado, principalmente quando se tem um número expressivo de matrículas de alunos incluídos em classes comuns do ensino regular.
Conforme o censo escolar (Brasil, 2014), evidencia-se uma significativa mudança nas matrículas em todas as etapas de ensino, desde a educação infantil até o ensino profissional no período de 2007 a 2013, sendo uma queda de 154 mil matrículas em classes especiais ou instituições especializadas, para um aumento de mais de 342 mil matrículas nas classes comuns nesse mesmo período.
A expansão do acesso à escola básica requer mudanças necessárias na formação dos professores, nas políticas, nos currículos, nas condições de trabalho dos profissionais da educação, na infra-estrutura das escolas e na reorganização das condições de ensino (Gatti; Barretto, 2009). Tais condições são essenciais à melhoria da qualidade da educação para todos os alunos, inclusive para os alunos que são público alvo da educação especial (PAEE).
Compreende que o processo educativo ofertado ao PAEE (Público Alvo da Educação Especial), merece uma reflexão quanto a questão da democracia racial, cultural, racional, étnica, identidade ética e multiculturalismo, sendo que todas essas medidas irão agregar experiências socioculturais, e com isso estará contribuindo para repensar a prática pedagógica do professor e a formação do aluno enquanto sujeito das suas ações.
Vale ressaltar a real importância de informar às famílias sobre os direitos educacionais que a lei assegura aos alunos PAEE ligados ao processo de inclusão no ensino regular. Contudo ressalta-se a necessidade do âmbito escolar manter vínculo junto às famílias a fim de espreitar laços e melhorar a comunicação entre ambos, contudo evidenciar parceria.
Considera-se que o autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há quase seis décadas, mas sobre o qual ainda permanecem divergências e grandes questões ainda indecifráveis. Esta síndrome foi descrita pela primeira vez em 1943 pelo Dr. Leo Kanner (médico austríaco, residente em Baltimore, nos EUA) em seu histórico artigo escrito originalmente em inglês: “Distúrbios Artísticos do Contato Afetivo”. Em 1944, Hans Asperger, um médico também austríaco e formado pela Universidade de Viena, escreveu outro artigo com o título “Psicopatologia Artística da Infância”, descrevendo crianças bastante semelhantes às descritas por Kanner.
Não deve ser descartada a questão da possível oportunidade de poder se trabalhar democraticamente para uma educação multicultural voltada para a diversidade dos alunos e suas diferenças culturalmente, e assim possibilitar um contexto democrático de decisões sobre os conteúdos do ensino, no qual o interesse de todos possa ser representado; contribuindo com isso para modificar a forma de entender, praticar e de atuar com a cultura dominante no ensino, integrando outras culturas não dominantes em relação a esses métodos.
Não devemos dispensar o suporte que as equipes pedagógicas precisam receber por parte dos pais e demais sociedade, para que aperfeiçoem suas práticas de ensino, podem atender à diversidade social. Avalia-se que essa questão multicultural na educação é um grande desafio para nossas gerações futuras, visto que esta questão acolhe significações que admitem objetivos diversos, fundamentos ideológicos específicos, cujos limites nem sempre são visíveis.
Geralmente nem sempre pais e professores de alunos portadores de algum tipo de deficiências múltiplas declaram que existem empecilhos para acreditar que no ensino regular possa ocorrer a inclusão, muitos apontam apenas para a questão da socialização, desconsiderando qualquer processo pedagógico efetivo a ser realizado, dentre as questões está a autonomia da criança especial.
É necessário tomar conhecimento da forma como a inclusão está ocorrendo na rede regular de ensino em termos de Brasil, vista tanto sob a ótica dos pais, quanto à dos educadores, quanto à questão dos professores em si, podemos afirmar que os mesmos muitas das vezes ainda estão focados na questão do letramento e aquisições matemáticas, o que dificulta a questão de poder detectar as potencialidades dos indivíduos com múltiplas deficiências.
Ainda, para que este desafio seja superado é necessário o desenvolvimento de pesquisas que invistam no conhecimento da relação família-escola (Oliveira; Bisinoto; Marinho-Araújo, 2010).
TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO( TEA)
O Transtorno do Espectro Autista teve sua descoberta há pouco tempo na história das psicopatologias do desenvolvimento. Inicialmente foi considerado pelo psicanalista Bruno Bettelheim, como uma doença relacional, com o foco do problema na relação didática, mãe bebê, originando a expressão “mãe geladeira”, e sua causa associada a fatores ambientais. Porém, na atualidade, considera- se o autismo como de ordem multifatorial, com etiologias variadas e de origem neurológica (Moreira, 2005).
Como diz Emílio (2004) o acolhimento emocional é imprescindível para todos os envolvidos no contexto escolar para que a inclusão ocorra com sucesso. O professor ou profissional que lidará com um aluno em condições especiais deve sentir-se amparado emocionalmente e ter todo o suporte em relação ao desenvolvimento da inclusão escolar com informações pertinentes servindo-lhe de holding, Winnicott (1960/1994), para que este possa desempenhar seu trabalho de forma mais humana e não apenas técnica, como atualmente oferece os cursos de especialidade, a respeito de inclusão escolar.
Quando falamos de pessoas com deficiência física ou intelectual, especificamente crianças e jovens, devemos problematizar o acesso a sua educação, por conta da dificuldade em encontrarem ensino e profissionais qualificados, que estejam prontos para lidar com a demanda, segundo alguns dados do censo escolar (1999), cerca de 52,3% dos alunos que possuem necessidades especiais estão matriculados em escolas regulares, entre esses alunos grande parte estão matriculados em escolas particulares, sendo também que cerca de 19% estão matriculados em creches ou pré-escolas. Como na própria lei diz, no Artigo 29 da Lei nº 9.394/96 (Lei de diretrizes e Bases – /LDB) afirma que:
[…] a educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. (Niskier, 1997, P. 309).
[…] as escolas estão, em geral, desaparelhadas para esse tipo de atendimento, e os professores não estão habilitados para lidar com essas crianças, uma vez que, até recentemente, não reconheciam como sua responsabilidade de educar crianças com necessidades especiais (Minto 2000, p.13).
Em relação à deficiência mental, Sousa (2008) descreve resultados nos quais a deficiência mental é percebida como uma condição determinada por variáveis orgânicas, principalmente por professores da escola pública que tendem a produzir generalizações e rotulações sobre a criança por meio de diagnósticos psiquiátricos.
Já para deficiência visual e auditiva, Maruyama, Sampaio e Rehder (2009) em uma pesquisa sobre a percepção de professores sobre a deficiência visual, verificaram que a maioria acredita que os alunos com visão deficitária têm dificuldades no processo de aprendizado. Lacerda (2006) afirma que a inclusão do aluno com deficiência auditiva é ineficiente, por conta da “desinformação dos professores e o desconhecimento sobre a surdez e sobre modos adequados de atendimento ao aluno surdo são frequentes” (p. 176).
Já a deficiência física, o problema não seria na deficiência, ou na criança em si, mas sim no ambiente que deve estar preparado para recebê-la. Para alunos com deficiências múltiplas, Kassar (1999) afirma que o aprendizado escolar pode ser um tipo de aprendizado novo na vida do sujeito, por ser acompanhado e sistematizado. Quando bem planejado, propicia o desenvolvimento do sujeito, possibilitando seu acesso sistematizado à cultura produzida historicamente” (Kassar, 1999, p. 86 apud Nery, 2004, p. 288).
Hoje, o conceito dado a uma pessoa com deficiência carrega, por si só, uma concepção de homem como sujeito de direitos, com capacidade de atuar em diferentes contextos sociais, sendo respeitadas as suas limitações individuais. Mas nem sempre foi assim. Historicamente, as pessoas com deficiências sofriam de: abandono, desprezo, execução e rejeição. Por muitos anos alegou-se também a incapacidade dos estudantes com deficiência de acompanharem os demais alunos.
Da idade primitiva aos dias atuais, a visão acerca da inclusão se modificou. Digamos que, em grande parte, devido aos avanços das Ciências e ao seu entendimento de como lidar e compreender os diferentes tipos de deficiências e possíveis formas de ingresso referentes à inclusão social. Capellini; RodrigueS (2012)
A prática inclusiva influencia diretamente na aprendizagem do aluno, pois sendo o professor uma figura mediadora de conhecimento deve transmitir isso a todos. Assim, o ensino tradicional massificante deve ser substituído por um ensino que atenda à diversidade (Figueiredo, 2008).
A INCLUSÃO COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO NO ENSINO REGULAR
Considerando o cenário educacional brasileiro atual tem buscado o acesso, a permanência e sucesso de toda criança na escola regular, sabendo que essa situação se concretiza como desafio. Haja vista que a escola possui o papel de incluir a todos, daí se faz extremamente importante proporcionar maior compreensão sobre a inclusão, no momento em que a obscuridade do autismo reforça a importância pela busca contínua de informação e pelos avanços científicos na área, assim, considera-se a importância do diagnóstico e do processo de reabilitação para esses indivíduos.
Observa-se que os sistemas de ensino têm lidado com esse tipo de situação através de medidas facilitadoras, como a inserção de cuidadores, também conhecidos como monitores, que são professores de reforço que atuam em salas de aceleração, infelizmente esses métodos não resolvem muito, e nem sempre tem atendido o desafio da inclusão.
É necessário qualificar as instituições de ensino para receber todas as crianças da melhor forma possível, e isso certamente implica medidas de natureza especializada, que visem reestruturar os métodos de ensino e práticas inclusivas, até porque nesse processo não é a criança que se adapta à escola, mas a escola que para recebê-la deve se transformar. De forma que vale buscar compreender a importância de preparar um plano pedagógico que possa atender crianças que apresentam sintomas de autismo.
Considera-se a importância de entender os motivos que justificam que alunos que apresentam TEA possuem o direito de receber uma educação de forma básica tanto quanto especializada, sem contar que as mesmas também precisam ser acompanhadas por um orientador terapêutico, contudo vale ressaltar que é na escola esse trabalho deve ocorrer de forma complementar.
Essa pesquisa visa avaliar a dimensão do desafio pedagógico, considerando que certamente aumenta a responsabilidade da escola, não apenas no sentido do ensino- aprendizagem, mas acima de tudo à qualidade das práticas que são ofertadas. De forma que é necessário haver um plano de ensino que respeite a capacidade de cada aluno e que proponha atividades avaliativas de forma diversificada que inclua todos e considere o conhecimento que cada aluno traz para a escola, a grande proposta está na possibilidade de que o aluno com TEA possa se desenvolver diante de um grupo, incluindo suas características na forma de relacionamento social, interação e na comunicação, bem como nos comportamentos que podem incluir os interesses e os padrões de atividades, sintomas estes presentes desde a infância que limitam ou prejudicam o aprendizado da criança.
É necessário destacar a importância do diagnóstico e do processo de reabilitação no TEA com base nos avanços científicos na área, lembrando que a família do indivíduo autista frente ao diagnóstico, precisa ir à busca de mais informações sobre o diagnóstico estabelecido. Consequentemente a escolha do tratamento adequado é de extrema importância, sendo relevante que a mesma participe do tratamento, aumentando o estímulo ao desenvolvimento da criança, além de proporcionar a desconstrução de rótulos e inverdades sobre o transtorno
No que se refere à escola, a mesma recebe o papel de se estabelecer um processo de aprendizagem inclusivo com profissional habilitados e específicos que desenvolvam atividades de observação e inserção para com o aluno autista dentro do contexto escolar, fazendo com que esses alunos tenham oportunidade de ocupar seu espaço como todos os cidadãos, haja vista que o processo de desenvolvimento desse indivíduo será alavancado todas as vezes que ele estiver em situações legítimas de convivência.
É notório atentar às oportunidades, necessidades e subsídios que a escola precisa adotar a fim de desenvolver um trabalho otimista junto ao seu plano de escolaridade, já que a instituição é denominada como um espaço de relação, de construção de autonomia, de resolução de problemas e de aprendizagem, onde o processo pedagógico deve promover além de uma relação entre professor – aluno, estratégias inclusivas que possam oportunizar a participação de toda comunidade escolar, familiares dos estudantes, sobretudo vale garantir ações concretas para que a inclusão aconteça. O autismo é definido como um transtorno complexo do desenvolvimento, do ponto de vista comportamental, com diferentes etiologias que se manifesta em graus de gravidade variados (Gadia, 2006).
De acordo com Oliveira (2009), “autos” significa “próprio” e “ismo” traduz um estado ou uma orientação, isto é, uma pessoa fechada, reclusa em si. Assim, o autismo é compreendido como um estado ou uma condição, que parece estar recluso em si próprio. O termo “autismo” perpassou por diversas alterações ao longo do tempo, e atualmente é chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA) pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V) (APA, 2014).
As características do espectro são prejuízos persistentes na comunicação e interação social, bem como nos comportamentos que podem incluir os interesses e os padrões de atividades, sintomas que estão presentes desde a infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário do indivíduo (APA, 2014).
Déficits motores e sensoriais são comuns entre os indivíduos com TEA. Umas das abordagens que envolvem o arranjo dos estímulos sensórios às respostas apropriadas são os tratamentos passivos e ativos. O passivo inclui a orientação dos movimentos do autista pelo terapeuta, e o ativo o integra em atividades que fornecem informações sensoriais (Whitman, 2015).
Terapias de Integração Sensorial (TIS) estabelecem a estimulação sensorial, com atividades lúdicas, jogos e brincadeiras que gradativamente se tornam mais desafiadoras e complexas (Araújo; Schwartzaman, 2011). Seu objetivo é desenvolver no autista um nível crescente de alerta e ativação à medida que vai se deparando com diferentes informações de estímulos.
A realidade do aluno de um aluno com transtorno jamais poderá paralisar o desenvolvimento do sujeito. A educação inclusiva, em especial na área da deficiência deve atender às especificidades do aluno, garantindo os mesmos direitos aos demais alunos. A educação inclusiva perante a lei aponta que elas devem frequentar desde cedo escola, a qual deve valorizar, sobretudo, o acerto da criança, trabalhando sobre suas potencialidades para vencer as dificuldades. Inicialmente apresentará brevemente algumas concepções acerca da educação inclusiva na sua trajetória.
Vale verificar quais são as maiores dificuldades que a escola, funcionários e professores da rede regular de ensino encontram ao trabalhar com alunos que apresentam necessidades especiais, assim como também as dificuldades que os alunos com necessidades especiais têm enfrentado em relação ao preconceito e até onde um aluno com necessidades especiais pode desenvolver conhecimentos, contudo vale valorizar as diferenças e necessidades decorrentes da deficiência; Verificar como se dá abordagem de inclusão escolar.
Pressupõe-se que essa falta de inclusão escolar pode ocorrer devido à dificuldade do professor em lidar com o aluno PAEE na sala regular de ensino; pela falta de formação e informação desse professor (Guadagnini; Duarte, 2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluiu ressaltando a questão da alfabetização de alunos com TEA, buscou dar ênfase aos desafios pedagógicos, compreendeu que esses alunos se tornam público alvo da educação especial no ensino, frente a essas considerações, trouxe algumas reflexões acerca da realidade do contexto da educação básica, demonstrando alguns dos obstáculos encontrados para a efetivação dos direitos inerentes a esses alunos, e acima de tudo, demonstrou as dificuldades encontradas por elas frente à integração social.
A partir de todo material trabalhado sobre autismo podemos dizer que, o processo de construção deste projeto se deu diante das observações do número de crianças autistas que vem aumentando nas instituições de ensino, a ideia inicial foi à construção de estudo de caso com um aluno de uma escola da rede Municipal de Ensino de Linhares que é portador de TEA, onde partiram da observação, atividades avaliativas com o aluno, além do suporte de pesquisas científicas de sites confiáveis.
Neste Projeto apresentamos características de um aluno que é autista sendo que foram apresentadas suas limitações e dificuldades no que diz respeito ao seu aprendizado, o objetivo da nossa pesquisa é mostrar o desafio do docente em alfabetizar um aluno com TEA. Diante de todas as características que a síndrome do espectro autista se desenvolveu é um desafio a inclusão de uma criança por existir dificuldades de integração social e restrições na comunicação.
Com este estudo de caso foi possível aprender muito sobre o autismo, pois realizamos pesquisa, participamos de palestra e cursos sobre o tema, com o objetivo de conhecer melhor o autismo, este trabalho nos possibilitou um o conhecimento de uma linguagem mais científica e melhoramos para uma melhor escrita. No entanto, para alfabetizar um autista não existe uma receita a seguir, pois cada criança autista é diferente uma da outra, não existe um padrão cognitivo, por isso cada criança deve ser analisada de acordo com sua individualidade.
Acreditou que para o melhor atendimento com a criança autista, o docente precisa receber mais apoio pedagógico com o plano de ensino que seja reconhecida cada especificidade de cada um, superando assim suas necessidades cognitivas. Por fim enfatiza a necessidade de haver um plano de ensino que respeite a capacidade de cada aluno, salientou-se a questão da alfabetização do autista, que seja proposto atividades avaliativas de forma diversificada que inclua todos e considere o conhecimento que cada aluno traz para a escola, a grande proposta está na possibilidade de que o aluno com determinado tipo de transtorno possa se desenvolver na sala de aula, contudo, socialmente.
Compreendeu-se o contexto da educação básica, demonstrando alguns dos obstáculos encontrados para a efetivação dos direitos inerentes a essas crianças, e acima de tudo, demonstrar quais são as dificuldades encontradas por elas em sua integração e inclusão social com o grupo. A questão atinente à inclusão social permeia todo o estudo, demonstrando a necessidade da inclusão social das pessoas com deficiência, objetivou compreender e refletir acerca da educação escolar oferecida aos alunos com deficiência, de maneira a conhecer as expectativas de aprendizagem e a concepção dos educadores acerca da deficiência, implicadas no ensino com tais alunos.
Esperam-se expectativas positivas em relação ao aprendizado escolar dos alunos, e contraditoriamente, um processo de naturalização do não aprender, numa concepção de incapacidade para o aprendizado dos conhecimentos científicos, centradas numa irreversibilidade orgânica. Assim, teve como conceito óbvio a capacidade de aprender depende simplesmente do aluno, e das relações existentes no processo de aprendizagem que envolve desde a negligência no papel do professor, da escola, da família, do Estado até as políticas assistenciais que visam o fortalecimento de ideais neoliberais.
Porém na medida em que compreende questões sociais como se individuais fossem, interrompendo qualquer ligação com sua construção histórica, se entende que é o serviço da educação especial desenvolvido na rede regular de ensino que organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, dessa forma cabe a esses eliminar barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas, contudo complementa-se a formação do aluno com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
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