A escola como espaço de convivência para a diversidade.

THE SCHOOL AS A SPACE FOR COEXISTENCE FOR DIVERSITY

LA ESCUELA COMO ESPACIO DE CONVIVENCIA PARA LA DIVERSIDAD

Autor

Márcia Lopes Camões Caovila
ORIENTADOR
 Prof. Dr. Gilson Luiz Rodrigues Souza

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/6FA01D

DOI

Caovila, Márcia Lopes Camões . A escola como espaço de convivência para a diversidade.. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O presente estudo tem como tema a convivência, delimitando-se na análise sobre a escola como espaço de convivência para a diversidade. A pesquisa teve como problema a seguinte questão: como a escola pode se tornar um espaço para a convivência e diversidade? Perante o problema, buscou-se compreender a escola como espaço de convivência para a diversidade. Com isso, mirou-se sobre a educação inclusiva e como ela pode ser adotada, refletindo as práticas pedagógicas como meios de inclusão dos alunos com deficiência e com necessidades educacionais especiais nos espaços de ensino, valorizando a diversidade. A pesquisa bibliográfica foi o método utilizado, na estrutura qualitativa, onde os estudos abordaram sobre a questão da inclusão. Observando a inclusão, o espaço educativo deve ser acolhedor, onde os professores necessitam se qualificar e devem ter um olhar de sensibilidade, não para as dificuldades dos alunos e sim respeitando o potencial de cada um.
Palavras-chave
Educação Inclusiva. Diversidade. Convivência. Espaço Escolar.

Summary

Tha present study’s theme is coexistence, delimiting itself in the analysis of the school as a space for coexistence for diversity. The research problem was the following question: How can the school become a space for coexistence and diversity? Faced with the problem, we sought to understand the school as a coexistence space for diversity. With this, we looked at inclusive education and how it can be adopted, reflecting pedagogical practices as a means of including students with disabilities and special educational needs in teaching spaces, valuing diversity. Bibliographical research was the method used, in the qualitative structure, where the studies addressed the issue of inclusive. Observing inclusion, the educational space must be welcoming, where teachers need to qualify and must have a sensitive approach, not towards the students’ difficulties but rather respecting the potential of each one.
Keywords
Inclusive Education. Diversity. Coexistence. School Space.

Resumen

El presente estudio tiene como temática la convivencia, delimitándose en el análisis de la escuela como espacio de convivencia para la diversidad. La investigación tuvo como problema la siguiente pregunta: ¿cómo puede la escuela convertirse en un espacio de convivencia y diversidad? Frente a la problemática, buscamos entender la escuela como un espacio de convivencia para la diversidad. Con ello, el foco estuvo en la educación inclusiva y cómo ésta puede ser adoptada, reflejando prácticas pedagógicas como medios para incluir a estudiantes con discapacidad y necesidades educativas especiales en los espacios de enseñanza, valorando la diversidad. La investigación bibliográfica fue el método utilizado, en la estructura cualitativa, donde los estudios abordaron la cuestión de la inclusión. Pensando en la inclusión, el espacio educativo debe ser acogedor, donde los docentes deben estar capacitados y deben tener una mirada sensible, no a las dificultades de los estudiantes sino respetando las potencialidades de cada uno.
Palavras-clave
Educación Inclusiva. Diversidad. Coexistencia. Espacio Escolar.

INTRODUÇÃO

A intenção deste artigo é apresentar como a escola pode ser um espaço atento e acolhedor para dedicar-se aos diversos públicos, pois é direito dos mesmos à educação e assegurado por lei, considerando as políticas públicas que assegurem o acesso das pessoas com necessidades especiais no ambiente escolar regular, assim como o desenvolvimento da humanidade e o respeito à diversidade.

A escola necessita ser um ambiente benéfico ao acolhimento e isso se torna possível através da organização. As inovações são indispensáveis, no sentido de pensar e realizar aquilo que é visto como o melhor para todos. Para receber os alunos, a sintonia entre todos os envolvidos no processo educativo é vital. É necessário um trabalho com temas que conscientize sobre o preconceito e a diversidade, reconhecendo as diferenças na convivência com os outros, fazendo de uma maneira que a comunidade escolar veja, que os seres humanos são diferentes um dos outros, ou seja, nós somos constituídos pela diversidade e assim cada um deve ser respeitado e valorizado por sua individualidade.

As atividades no ambiente escolar, necessitam ser planejadas de forma que facilitem a aprendizagem e a interação entre os alunos com necessidades educacionais especiais e os demais e assim proporcionar a participação e o conhecimento de forma equitativa. Diante disso, a questão que guiou a pesquisa se dispôs com a seguinte indagação: Como a escola pode se tornar um espaço para a convivência e diversidade?

Nesse sentido, o referido artigo visa entender a escola como um ambiente inclusivo para diferentes realidades.

A opção pelo tema “A escola como espaço de convivência para a diversidade”, surgiu da urgência de que as escolas se entendam como locais de fomento e avanço da diversidade e explorem recursos para que a inclusão seja verdadeiramente realizada, utilizando hipóteses adequadas para com os alunos com deficiência e necessidades educacionais especiais. E isso é imprescindível para que os alunos se sintam acolhidos e incluídos nos espaços escolares, com estratégias, propostas pedagógicas e educadores preocupados com suas necessidades, onde também respeitem suas limitações, especificidades e potencialidades. Além disso, destaca-se a importância da participação da família no ambiente escolar e no trabalho coletivo em benefício da inclusão.

Reconhece-se que a educação é direito de todos, não importa a cor, sexo, raça ou condições físicas, a partir disso, tem-se o aumento das discussões que permita a todos estarem presentes em sala de aula e terem acesso ao processo de ensino-aprendizagem de qualidade. A construção de propostas pedagógicas que atendam à diversidade entre os alunos torna-se necessária, embora se saiba que isso não é algo fácil, especialmente porque nem sempre o professor é qualificado para compreender e saber lidar com as diferenças, trazendo assim dificuldades ao processo de inclusão.

Além da postura do professor, a falta de infraestrutura, o trabalho coletivo, o investimento na qualificação dos profissionais da educação e mais participação da comunidade nesse meio, tudo isso faz com que a inclusão passe por muitas barreiras, não vertendo as propostas teóricas.

A inclusão é uma realidade na vida de praticamente todos os educadores, mesmo aqueles que não atuam diretamente com alunos com deficiência. Isso se dá porque o processo é parte do cotidiano de uma sociedade que é apontada por pessoas que tem necessidades e características diferentes, onde necessitam de um ambiente escolar que atenda suas limitações e desenvolva suas potencialidades. Os docentes são membros fundamentais nesse processo, estes contribuem na criação de uma escola democrática e interativa, que inclui as diversidades e respeita o aluno em suas especificidades.

EMBASAMENTO TEÓRICO

INCLUSÃO E A DIVERSIDADE

Atualmente, a inclusão é um assunto quem vem sendo debatido em todo Brasil e de acordo com o dicionário Aurélio (2010), a palavra significa integração total das pessoas com necessidades especiais ou específicas numa sociedade. Portanto, no presente artigo, a ênfase se volta para a escola como um espaço de inclusão.

Dentro do contexto educativo a palavra inclusão alcança um movimento educacional, que busca defender o direito de todos os envolvidos no processo de ensino com responsabilidade e respeito, ou seja, independente da diferença apresentada, física ou intelectual, o ambiente escolar deve acolher e oferecer um ensino de qualidade a todos, dando assim oportunidade de desenvolverem suas potencialidades e competências. Entretanto, esse olhar é primordial, para que todos tenham o direito de exercer sua cidadania com dignidade, levando em considerações os deveres, interesses e qualidades.        

No tocante a educação inclusiva, Rodrigues (2000) enfatiza:

 

A Educação Inclusiva é comumente apresentada como uma evolução da escola integrativa. Na verdade, ela não é uma evolução, mas uma ruptura, um corte, com os valores da educação tradicional. A Educação Inclusiva assume-se como respeitadora das culturas, das capacidades e das possibilidades de evolução de todos os alunos. A Educação Inclusiva aposta na escola como comunidade educativa e defende um ambiente de aprendizagem diferenciado e de qualidade para todos os alunos. É uma escola que reconhece as diferenças, trabalha com elas para o desenvolvimento e dá-lhe um sentido, uma dignidade e uma funcionalidade (Rodrigues, 2000, p. 10).

A inclusão deseja uma equidade educativa, onde todos os alunos tenham oportunidades, a começar pelas adequações e adaptações curriculares necessárias, garantindo assim o conhecimento e o desenvolvimento com oportunidades iguais, através de metodologias diferenciadas, sem discriminação e sem detrimento ao ensino-aprendizagem. Em razão disso, as escolas têm que estar atentas, para oportunizar a reorientação metodológica e de fato então acontecer a inclusão. Assim sendo, concorda-se com Victor, Vieira e Oliveira (2017), ao afirmarem que:

 

A necessidade de reordenamento das escolas comuns para que todos os estudantes venham ter o direito de aprender parte do princípio de que as unidades escolares precisam ser ambientes socialmente reorganizados para a mediação dos processos de apropriação dos conhecimentos elaborados na interface com a diversidade/diferença humana, defesa essa sustentada pelos pressupostos da inclusão social/escolar que simboliza um movimento ético, político e pedagógico que defende a ideia de que nenhuma pessoa pode ser discriminada na escola/sociedade e a ela negado o usufruto dos vários direitos sociais, aqui em destaque o direito à educação. (Victor; Vieira; Oliveira, 2017, p.18).

A educação na perspectiva inclusiva, é um direito de todos e está regulamentada na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional – LDB 9394/96 (1996) que no artigo 59 garante.

 

[…] Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, garantia de currículos, métodos, recursos e serviços especiais de ensino, terminalidade específica, professores especializados e capacitados para a educação de alunos com deficiência em classes comuns do ensino regular. (Brasil, 1996)

 

Grande parte das conquistas pela LDB é decorrência da Conferência Mundial de Jointiem (1990), realizada na Tailândia, que alegou uma educação para todos. Mais tarde houve uma nova discussão na Declaração de Salamanca, em 1994, e desde então a temática passou a ser estudada como meio de garantir a educação aos estudantes com necessidades educacionais especiais. Ademais, evidencia o discurso de Matos e Mendes (2015), o qual intensifica que a inclusão é resultado de um conjunto de mobilizações:

Nas últimas décadas, tanto na legislação mais ampla, quanto nas políticas educacionais, foi intensa a ação do governo federal para a área de educação especial, mas este evidente destaque também é resultado da mobilização das organizações civis, ligadas direta ou indiretamente às questões que afetam as pessoas com deficiência. (Matos; Mendes, 2015, p. 10).

Uma das visões da educação inclusiva está na inclusão dos alunos com deficiência ou necessidades educacionais especiais nas salas regulares, junto com os outros estudantes. A partir desse momento, iniciou-se uma luta para vencer o preconceito, em receber todos os alunos sem discriminação por cor, raça, sexo e condições físicas e intelectuais. Isso se aponta em um conceito vasto na Declaração de Salamanca (1994),

O princípio fundamental desta linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem-dotadas, crianças que vivem nas ruas e que trabalham, crianças de minorias linguística, étnicas ou culturais e crianças e crianças de outros grupos ou zonas desfavoráveis ou marginalizadas (Brasil, 1994, p. 17-18).

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP (2019) são 1.250.967 estudantes com necessidades educacionais especiais matriculados nas escolas de educação básica, número que representa 2,6% do total de estudantes.

É necessário buscar um caminho com políticas públicas de ensino, para atender a grande quantidade de alunos com necessidades educacionais especiais, pois eles têm frequentado cada vez mais o ensino regular e é preciso haver capacitação de professores e conscientização da sociedade, da importância para o desenvolvimento intelectual desses alunos estarem juntamente com os demais alunos.

A batalha pela inclusão, está além da inserção de alunos com deficiência no ensino regular, pois ao incluir estas crianças na sala regular, a escola também tem que estar preparada para recebê-las, promovendo a permanência, transmitir os conteúdos de uma maneira que os mesmos entendam com qualidade, independentemente de suas dificuldades, fazendo com que eles participem com êxito do processo de ensino-aprendizagem.  

Trabalhando em conjunto, as escolas com certeza trarão muitos benefícios para todos os envolvidos na educação dos alunos, tanto dentro como fora dela, assim descreve Karagiannis (1999):

Educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiência têm oportunidade de preparar-se para a vida na comunidade, os professores melhoram suas habilidades profissionais e a sociedade toma a decisão consciente de acordo com valor social da igualdade para todas as pessoas, com os consequentes resultados de melhoria da paz social (Karagiannis, 1999, p. 21).

Tais opiniões são confirmadas por Silva e Sena (2015), como um novo paradigma social e requer:

[…] um processo de ressignificação de concepções e práticas, no qual os educadores passem a compreender a diferença humana em sua complexidade, não mais com um caráter fixo e um lugar predominantemente no outro, mas entendendo que as diferenças estão sendo constantemente feitas e refeitas e estão em todos e em cada um. Ao mesmo tempo, contribui para transformar a realidade histórica de segregação escolar e social das pessoas com deficiência, tomando efetivo o direito de todos à educação. (Silva; Sena, 2015, p.126).

 

Nesse sentido, Mantoan (2003), consolida que tradicionalmente, a escola se institui um espaço de exclusão, onde sucedeu um processo no qual o ambiente escolar se cobriu de formalidade e racionalidade, assegurando um ensino como uma prestação de serviços, com grades curriculares cheia de regras, controles e procedimentos. Com a proposta de inclusão, pretendendo romper com a estrutura organizacional, procurou-se maneiras para que a escola se voltasse para o seu principal objetivo, ou seja, formar e promover uma cidadania onde todos possam participar.

Para Mantoan (2003), a inclusão veio com o intuito de mudar o formato educacional, se encaixando na nova proposta da educação especial numa perspectiva inclusiva. Desde esse momento iniciou-se a alteração da educação tradicional, onde o ensino era voltado para os alunos que não apresentavam necessidades específicas. Inicialmente essa ideia teve uma resistência por parte dos educadores, que argumentavam não ter preparo para trabalhar com alunos com deficiência ou necessidades educacionais específicas, resultando então uma contestação da implantação desse novo formato de ensino.  

De acordo com alguns estudiosos, a educação no Brasil avança lentamente. Em relação às primeiras propostas sobre a educação inclusiva, o contexto educativo vivia um momento delicado, onde as metodologias mostravam sinais de esgotamento. Com a criação desta proposta educacional, achou-se neste novo formato de ensino, um período propício para transformações, principalmente ao se considerar que não bastava ter o aluno com necessidades educacionais especiais em sala de aula, sem que houvesse qualquer alteração no currículo para que realmente fosse integrado ao processo de ensino. Esta concepção é notória nas aquisições de Mello e Poker (2016), onde corroboram que:

Os documentos, em seu conjunto, apontam conhecimentos e aptidões necessárias para o professor, a fim de que se alcance uma boa pedagogia. Pensaríamos que tais cuidados e procedimentos incluem: a capacidade de avaliar as necessidades especiais, de adaptar conteúdo para programas de estudos, de programar o uso da tecnologia informatizada, de saber individualizar procedimentos pedagógicos quando houver tal demanda e, complementando a ação educativa, articular o trabalho especializado em conjunto com especialistas e pais. (Mello; Poker, 2016, p. 620)

Conforme Mantoan (2003), a educação inclusiva precisa suceder-se sem exceções e exclusões, buscando valorizar aquilo que o aluno já traz em sua bagagem, pois estes possuem experiências e vivências do seu meio e lembrar sempre que cada um deles é capaz de aprender e levar em consideração o tempo e o ritmo deles no processo de ensino-aprendizagem. Assim sendo, o educador deve ser motivo de motivação para seus alunos e acreditar na capacidade de cada um, estimulando-os a nunca desistirem.

A DIVERSIDADE NO ENSINO REGULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Antigamente as salas de aulas, já recebia alunos de várias classes sociais, raças, etnias, com dificuldades de aprendizagem, limitações físicas ou intelectuais, entre outros. A educação na perspectiva inclusiva, vem aumentando cada dia mais a demanda por um público heterogêneo, onde os espaços escolares estão acolhendo alunos que frequentavam os centros especializados de ensino.

Por meio do processo inclusivo, os educadores necessitam a todo momento ter um olhar atencioso, para que o conhecimento esteja ao alcance de todos, pois as dificuldades se apresentam na rotina das crianças, onde podem refletir no desempenho escolar delas. Tal condição é notório no trecho do livro “Saberes e Prática da Inclusão” do Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial (2005):

Nossa experiência docente nos tem mostrado que se encontram na mesma sala de aula alunos que vivem na miséria, alunos que enfrentam violência familiar, alunos que cheiram cola, alunos que cresceram brincando com computador, alunos de classe média, alunos de classe alta, alunos de populações distantes, os nômades, alunos que trabalham para sustentar família, alunos que são moradores de rua, alunos que pertencem a minorias linguísticas, étnicas ou culturais, enfim, individualidades totalmente diferenciadas umas das outras, que constituem uma ampla dimensão de características. (Brasil, 2005, p. 93)

Conforme o trecho da obra, a diversidade que se encontra nas salas de aula é vasta, por isso ao planejar suas aulas, o professor deve ser cuidadoso, para que nenhum aluno fique excluído, isto é, fazendo assim com que todos estejam inseridos no processo de ensino-aprendizagem.  

A educação numa perspectiva inclusiva, representou um grande ponto de virada no desenvolvimento das políticas públicas de ensino, pois quando foi proposto esse modelo educacional, o ensino precisava ser reformulado, para atender com qualidade os estudantes; mas era preciso despertar nos educadores, o ato de aprimorar seus ensinamentos, trazendo para seus alunos mais qualidade ao ensino proposto. Deste modo segue com Rodrigues (2017), este afirma que o processo educativo da escola inclusiva, é social:

Na escola inclusiva, o processo educativo deve ser entendido como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal. A escola inclusiva deve ser entendida como um processo social, onde todas as crianças portadoras de necessidades especiais e de distúrbios de aprendizagem têm o direito à escolarização o mais próximo possível do normal (Rodrigues, 2017, p. 3).

Destaca-se que o principal fundamento da inclusão é amparar de maneira justa os estudantes com deficiência, que antes eram excluídos do convívio social escolar e estudavam nos centros de ensino especializados, criados somente para este público.

As instituições de educação, que já atendiam algumas crianças com necessidades educacionais especiais, passaram a receber todos os alunos, não importava o tipo de necessidade ou especificidade, no geral todos eram acolhidos. Conforme o tempo passava, os alunos iam sendo incluídos e recebidos por todos as escolas, mas os professores ainda mostravam uma certa resistência em recebê-los.

 

As escolas públicas, mostra uma realidade difícil, pois nem sempre possui condições e instrumentos educativos para auxiliar na inclusão. Para Batista e Cardoso (2020):

Diante das realidades das escolas públicas, detecta-se que ainda há muitas lacunas no que diz respeito ao atendimento adequado com instrumentos que venham realmente incluir o indivíduo no processo de ensino e de aprendizagem, não basta estar dentro da sala de aula para ser incluído. A escola precisa pensar como incluir o aluno para que ele tenha aprendizagem, que é um direito dele. A inclusão contrapõe-se a todo e qualquer tipo de discriminação, e nessa perspectiva é preciso que a escola reavalie todos os seus conceitos, em busca de uma educação que respeite a heterogeneidade. Todavia, esta é uma tarefa árdua para uma instituição que se acomodou com a padronização, excluindo de seu espaço qualquer forma de diversidade. (Batista; Cardoso, 2020, p. 3).

 

Uma escola inclusiva deve garantir o acesso e permanência de todos os alunos, tendo como proposta a igualdade, oportunidade e valorização das diferenças, buscando cada vez mais, considerar a cultura, as práticas e as políticas internas que regem a escola. Conforme Gadotti (1992),

A escola que se insere nessa perspectiva procura abrir os horizontes de seus alunos para a compreensão de outras culturas, de outras linguagens e modos de pensar, num mundo cada vez mais próximo, procurando construir uma sociedade pluralista (Gadotti, 1992, p. 21).

As instituições de educação, necessitam se tornar ambientes socioculturais, sendo um privilégio receber todos os alunos e não uma obrigação, com preparo e acolhimento, valorizando as potencialidades diversas deles. Dessa forma, a educação inclusiva precisa se basear nos pilares educativos. Ferreira (2018) também se firma nesta ideia:

 

Para isso, a educação tem por base quatro pilares: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver; e aprender a ser. Firmar a educação inclusiva em todos esses pilares é garantir que a aprendizagem de crianças e jovens com deficiência aconteça por meio das várias possibilidades de desenvolvimento que podemos encontrar na escola (Ferreira, 2018, p. 4).

 

A escola deve incentivar a convivência harmoniosa e não temer, se reinventar para atender à demanda do seu momento; a organização das atividades a serem desenvolvidas devem ser realizadas com muita cautela e atenção às particularidades dos alunos, para que então a inclusão aconteça e seja significativa.

Na perspectiva de Mantoan (2003), para lidar com esses desafios no ambiente de trabalho, a primeira etapa e reinventar o modelo educativo voltado para todos, reorganizando pedagogicamente as escolas e promovendo o diálogo, solidariedade, criatividade, aceitando e aprimorando o espírito crítico por todos os que compõem a escola, visto que estas competências são fundamentais para o exercício da cidadania.

A escola deve proporcionar aos professores uma formação continuada, onde os mesmos possam aprimorar seus conhecimentos e devem ser valorizados, recebendo estímulos para ensinar a todos. 

Cada instituição educativa, a fim de acolher a visão da inclusão, deve se destacar por oferecer um aprendizado de excelência que forme indivíduos com as habilidades necessárias para satisfazer as exigências do mercado.

Mantoan (2003), defende que o sucesso do aprendizado está em explorar talentos, instigar o aluno a ter autonomia e ao mesmo tempo incentivar a capacidade de produzir de cada um, para isso, reconhecer limitações é importante, mas não deve ser vista como restrição para o aprendizado. Em sua aula o professor, deve trabalhar o mais natural possível, ensinando sem preconceitos, transformando o ambiente num espaço de inclusão e diversidade.   

METODOLOGIA DA PESQUISA

Este artigo foi elaborado por intermédio de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, de caráter fundamental, com categorização exploratória. A investigação visa reunir informações sobre determinado tema e aprofundar-se no conhecimento pertinente.

O conteúdo retratado neste artigo, com o tema a escola como espaço de convivência para a diversidade, foi realizado com base em estudos concretos de vários autores, para buscar explicações para a problemática, empenhando-se em achar caminhos para que a escola inclusiva seja aberta a todos.

Acerca da pesquisa bibliográfica, Gil (2002, p.44) evidencia que, “é desenvolvida com base em materiais já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. A partir das observações do autor, foram adotadas as obras com propósito exploratório, de forma detalhada e organizada para abordar os questionamentos que direcionaram a problemática e os objetivos deste estudo. Uma análise rigorosa dos textos foi efetuada, para buscar solução da situação problema. Da mesma forma, Gil (2002, p.78) destaca que “[…] a pesquisa exploratória exige bastante traquejo no manuseio de publicações científicas”. Caso contrário todo estudo será inútil e sem produtividade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A inclusão tornou-se uma dificuldade a ser vencida. Mesmo que a normatização aborde os direitos, principalmente os pedagógicos, isso não garante que todos os indivíduos estão efetivamente incluídos na escola. Pesquisas de Meletti (2014), indicam que mesmo com os progressos na educação inclusiva, a escola ainda permanece vinculada aos mesmos processos que favorecem a exclusão e a seletividade.

Kassar, Serafim e Françozo (2014) destacam o fato de que quando se compara determinado período, ano após ano, é possível avaliar que o índice de sujeitos com alguma deficiência ou necessidade educacional especial matriculados no ensino regular, com o tempo vão se distanciando da educação básica, ficando em maior número apenas nos anos iniciais do ensino fundamental.

Conforme afirmam Marques e Silva (2020) reforçam que a educação precisa ie além da estruturação do processo de ensino-aprendizagem desde as séries iniciais até a conclusão do ensino superior. É preciso desenvolver os parâmetros adequados para os alunos com deficiência ou com necessidades educacionais especiais, que estes façam parte de um contexto no qual seja possibilitado que a aprendizagem ocorra e assim privilegiar a inclusão e ir além de reconhecer e valorizar a diversidade.

Em se tratando de escola como um espaço acolhedor, ressalta-se que a mesma deve ser observada como um lugar relevante para que a cidadania seja construída. Isso implica formar uma identidade a partir de práticas nas quais os alunos se reconheçam enquanto cidadãos e isso precisa ser direcionado a todos.

Portanto, Marques e Silva (2020) destacam que a escola inclusiva precisa ser comprometida com os direitos humanos e os que deles derivam. Entende-se que o ambiente escolar deve ser formado por profissionais capacitados, dedicados à causa que a inclusão representa. Destaca-se, portanto, que a escola precisa estar organizada e estruturada para receber os alunos, sempre respeitando sua diversidade, especificidades e potencialidades.

Briant e Oliver (2012) ressalta que a inclusão também requer inovação, sobretudo ao se considerar a prática docente daqueles que atuam em salas que possuem alunos com deficiência ou alguma necessidade educacional especial de aprendizagem. 

Transformar não se resume a aprofundar-se em uma área específica, mas implica a exploração de metodologias e pontos de vista que se ajustem às demandas e movimentos da inclusão.

Para dedicar-se a essa finalidade, as próprias Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica definem que a inclusão prevê a necessidade de profissionais diferenciados, sendo eles:

Professores capacitados para cada situação: professores capacitados para classes comuns com alunos que apresentam necessidades educacionais especiais são aqueles que comprovem que, em sua formação, de nível médio ou superior, tiveram acesso a conteúdo sobre Educação Especial adequado para: perceber as necessidades dos alunos e valorizar a educação inclusiva; flexibilizar a ação pedagógica de modo adequado às necessidades de aprendizagem; avaliar a eficácia do processo e atuar em equipe, inclusive com professores especializados em Educação Especial compreensão das singularidades de seus alunos e do processo de aprendizagem. (Brasil, 2001, p. 59.)

Dessa forma, Belisário (2015) destaca que a inclusão exige que a escola apresente possibilidades em relação ao progresso dos alunos com deficiência.

A questão está principalmente na adequação das práticas pedagógicas, levando em conta a diversidade dos sujeitos. Assim, evidencia-se que somente há êxito na inclusão quando a escola aceita qye as dificuldades não são apenas responsabilidade dos alunos, mas decorrem da maneira como o ensino é estruturado e avaliado.

Com o intuito de que a escola se torne genuinamente inclusiva, é essencial uma alteração de condutas, incluindo, dentre elas, a maneira de raciocinar, de desenvolver o processo pedagógico nas aulas. Além do mais, a escola que recebe e integra é a que intenciona o aprimoramento do educador, considerando que refletir sobre o estudante e suas características de maneira especial é tornar o conhecimento mais humano, ajustando-o, não apenas às dificuldades, mas também às habilidades.

Cardoso (2015) argumenta que a educação inclusiva é parte de um processo no qual a participação dos alunos é ampliada. Os propósitos principais da inclusão não se atêm apenas a ter o estudante em classe, mas a contribuir de forma significativa para seu crescimento pessoal, considerando suas particularidades, o que os distingue dos outros de maneira favorável. Se no decorrer da história, as pessoas com deficiência foram excluídas, cabe às instituições de ensino romper esse padrão e isso ocorre com a recusa e manifestação da sociedade.

Constata-se que a inclusão somente ocorrerá, quando houver uma mudança de postura, permitindo uma transformação de caráter pedagógico, histórico e cultural.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a conclusão da presente pesquisa, foi possível conhecer um pouco sobre a inclusão, entender qual é sua finalidade e como de fato deve ser a proposta para este público, que foi por muitos anos excluído e que hoje já está bem mais integrado.

Entretanto, para um avanço contínuo, especialmente os educadores, é essencial ampliar e pensar sobre a questão, levantando investigações futuras, vendo que esta necessidade se encontra no cotidiano da sociedade e em especial no meio educacional.

Para que fique evidente o verdadeiro papel da inclusão, a escola precisa pensar em meios de difusão de seus objetivos e uma das alternativas se encontra na promoção de rodas de conversa com toda a comunidade escolar. Além, de falar sobre o assunto e procurar caminhos em conjunto para melhor atender a todos, pois a principal ferramenta para uma educação de qualidade é o conhecimento.

Assim sendo, entende-se que, se todos tiverem entendimento de seus direitos e deveres, com certeza os objetivos da escola serão atingidos e a família pode ser uma grande parceira da escola para juntos buscarem a solução para o que é melhor para seus filhos em prol de uma educação de qualidade para todos.

A educação inclusiva no Brasil, em algumas instituições de ensino, necessita ser revisada e estruturada, vista com um olhar mais humanizado. Este tema é muito debatido entre os pesquisadores que defendem sua importância na vida de quem tem deficiência ou necessidades educacionais especiais e se sentem abraçados quando têm oportunidade de viver em conjunto e trocar experiências. Atualmente, nas instituições de ensino brasileiras, observa-se um aumento contínuo no número de alunos com necessidades educacionais especiais, devido à maior conscientização das famílias sobre a importância da educação no desenvolvimento integral do filho.

A inclusão é uma realidade vivida na rotina de quase todos os professores, inclusive os que não atendem diretamente alunos com deficiência ou com necessidades educacionais especiais, pois esse processo integra o cotidiano de uma realidade que inclui indivíduos com diversas exigências e que requerem uma escola que acolha suas diferenças e que favoreça suas potencialidades.

O docente é um componente essencial nesse cenário, pois são eles que contribuem para a formação de uma escola inclusiva e participativa, que reconhece as diversidades e respeita o aprendiz em suas individualidades. Entretanto, é necessário destacar que integrar não é apenas manter o aluno em sala de aula, mas proporcionar oportunidades de construção de saberes.

É essencial que os educadores estejam sempre buscando mais conhecimento sobre a inclusão, como ela de fato deve acontecer e isso só será alcançado através da ampliação dos estudos, com formação continuada e na busca em proporcionar aos alunos a alegria de saber que são únicos, diversos, diferentes e completos de potencialidades que podem e devem ser explorados, isto é, uma valorização da diversidade nos espaços escolares.

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Acesso em: 2024-09-03.

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Edição

v. 5
n. 46
A escola como espaço de convivência para a diversidade.

Área do Conhecimento

A competição como incentivo para a inclusão nas aulas de Educação Física
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Perspectivas sobre a atuação e contribuição dos profissionais de apoio na educação especial
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