Educação Inclusiva na Educação Infantil

INCLUSIVE EDUCATION IN CHILDHOOD EDUCATION

EDUCACIÓN INCLUSIVA EN EDUCACIÓN INFANTIL

Autor

Elizabete Lopes do Nascimento
ORIENTADOR
 Profª Drª Adma Cristina Pontes da Silva Calux

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/2A3FD1

DOI

Nascimento, Elizabete Lopes do . Educação Inclusiva na Educação Infantil. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Este artigo enfoca os conceitos de educação especial relacionados à inclusão educacional e como ela contribui para o processo de inclusão. Na maioria dos casos, os professores não estão dispostos a gerir as diferenças que os alunos encontram na sala de aula para garantir que todos aprendam igualmente, sem exceção. Uma das melhores formas de trabalhar a inclusão é através dos jogos, pois, todos os alunos podem participar, cada um tem o seu papel e não se sente excluído dos seus pares. Assim, o objetivo deste trabalho é destacar a educação inclusiva, esclarecendo que existem leis que garantem os direitos de todos os alunos de forma igualitária. A Lei de Diretrizes Básicas para a Educação Nacional de 1986 iniciou progressos substanciais na legislação sobre formas de inclusão escolar. Para serem inclusivos, os professores devem ser formados para trabalhar com todos os alunos, independentemente da sua religião, características, género e cultura, exceto aqueles com necessidades especiais, uma vez que o tratamento diferenciado pode ter graves consequências psicológicas na vida das crianças. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi uma pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa, na qual se enfatiza a importância da inclusão de todos os alunos, garantindo que todos tenham uma participação efetiva no ensino, o que permite à escola buscar novos paradigmas.
Palavras-chave
Educação Especial. Inclusão escolar. Educação inclusiva.

Summary

This article focuses on the concepts of special education related to educational inclusion and how it contributes to the inclusion process. In most cases, teachers are not willing to manage the differences that students encounter in the classroom to ensure that everyone learns equally, without exception. One of the best ways to work on inclusion is through games, since all students can participate, each one has his or her role and does not feel excluded from his or her peers. Thus, the objective of this work is to highlight inclusive education, clarifying that there are laws that guarantee the rights of all students equally. The Basic Guidelines Law for National Education of 1986 initiated substantial progress in legislation on forms of school inclusion. To be inclusive, teachers must be trained to work with all students, regardless of their religion, characteristics, gender and culture, except those with special needs, since differential treatment can have serious psychological consequences in the lives of children. The methodology used to carry out this work was a qualitative bibliographical research, which emphasizes the importance of including all students, ensuring that everyone has an effective participation in teaching, which allows the school to seek new paradigms.
Keywords
Special Education. School inclusion. Inclusive education.

Resumen

Este artículo se centra en conceptos de educación especial relacionados con la inclusión educativa y cómo ésta contribuye al proceso de inclusión. En la mayoría de los casos, los profesores no están dispuestos a gestionar las diferencias que los estudiantes encuentran en el aula para garantizar que todos aprendan por igual, sin excepción. Una de las mejores formas de trabajar la inclusión es a través del juego, ya que todos los alumnos pueden participar, cada uno tiene su rol y no se siente excluido de sus compañeros. Por ello, el objetivo de este trabajo es resaltar la educación inclusiva, aclarando que existen leyes que garantizan los derechos de todos los estudiantes por igual. La Ley de Lineamientos Básicos para la Educación Nacional de 1986 inició avances sustanciales en la legislación sobre formas de inclusión escolar. Para ser inclusivos, los docentes deben estar capacitados para trabajar con todos los estudiantes, independientemente de su religión, características, género y cultura, excepto aquellos con necesidades especiales, ya que un trato diferenciado puede tener graves consecuencias psicológicas en la vida de los niños. La metodología utilizada para realizar este trabajo fue una investigación bibliográfica de carácter cualitativo, que enfatiza la importancia de incluir a todos los estudiantes, logrando que todos tengan una participación efectiva en la enseñanza, lo que permita a la escuela buscar nuevos paradigmas.
Palavras-clave
Educación Especial. Inclusión escolar. Educación inclusiva.

INTRODUÇÃO

Sabe-se que todas as pessoas têm os mesmos direitos à educação, ao acesso e permanência em instituições de ensino de forma a construir sua trajetória escolar, objetivando a terminalidade da educação básica e o progresso dos estudos em nível superior e até onde desejarem.  Assim pensou-se de forma mais específica nos sujeitos portadores de algum tipo de deficiência.

A inclusão é uma temática muito abordada no cenário atual. Este processo exige modificações nas estruturas mentais e físicas das pessoas, afinal, falando de modo amplo, a sociedade ainda não valoriza e compreende as diferenças. Para que o processo de inclusão seja bem sucedido é necessário que haja mudanças no contexto da escola, que são feitas através da reflexão responsável e comprometida de quem participa da realidade que vivenciamos quanto à inclusão.

É importante frisar que a educação inclusiva não se faz apenas por Diretrizes e Decretos e sim com sistemas educacionais organizados e planejados que consigam atender a todos os alunos além de oferecer respostas adequadas às suas necessidades.

De acordo com a Lei 13.146/2015, a educação constitui direito do indivíduo com deficiência, proporcionando um sistema de educação com acesso e inclusão de todos, objetivando alcançar o maior desenvolvimento possível de habilidades sociais, intelectuais, físicas e sensoriais, de acordo com as características, necessidades, interesses, entre outros. De que modo a inclusão pode colaborar no processo de ensino aprendizagem?

Assim, o objetivo deste trabalho é averiguar a importância da inclusão no processo de ensino aprendizagem. Este tema foi escolhido pelo fato de ainda gerar muita polêmica, afinal os alunos com necessidades especiais têm direito de frequentar escola regular segundo a lei, porém na maioria das instituições não há profissionais capacitados para trabalharem com todos os alunos de maneira igual, incluindo os com deficiências pela falta de infraestrutura. Por este motivo, a pesquisa sobre a inclusão tem a finalidade de colaborar com o processo de ensino-aprendizagem, além de ensinar o respeito com as diferenças de cada indivíduo.

Este artigo visa demonstrar um estudo sobre a educação especial e a inclusão educacional de todos os alunos em todas as atividades, uma vez que não possuem formação adequada para atender todos os alunos do ensino regular, afinal, a responsabilidade de construir novas propostas de ensino é do professor. Os professores muitas vezes enfrentam medo na hora de mudar seus hábitos, o que pode causar desconforto e incerteza. Este tema surge da necessidade de compreender a educação inclusiva desde a primeira infância. Foi enfatizada a importância do estudo da inclusividade, uma vez que todas as escolas, conforme legislação, devem acolher alunos com necessidades especiais. Hoje, muitas crianças possuem necessidades especiais e às vezes o trabalho não é feito de forma eficaz, o que prejudica o desenvolvimento da criança no processo de ensino.

A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem (Brasil. Lei 13.146 de 2015. Art. 27).

Considerando a legislação vigente, entendemos a importância da inclusão qualitativa, que pode trabalhar para o desenvolvimento integral do sujeito, de suas características e de seu potencial de desenvolvimento. Os alunos com necessidades especiais devem ser apoiados com mais atenção, para contribuir no desenvolvimento do seu processo de desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem. O desenvolvimento deste tema é essencial para o ensino fundamental nas escolas públicas, pois o ensino fundamental é uma etapa importante na influência social na vida das crianças. 

A formação intelectual, educacional e social dos indivíduos começa na educação básica. É importante ressaltar que a educação inclusiva não se alcança apenas por meio de instruções e decretos, mas por meio de sistemas educacionais organizados e planejados que possam atender a todos os alunos além de dar respostas adequadas às suas necessidades.

Para que o processo de inclusão seja alcançado com sucesso, deve haver mudanças no contexto escolar, que são feitas por meio da reflexão responsável e comprometida pelos envolvidos referente à realidade que vivemos em relação à inclusão.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A educação inclusiva é uma ação, cultural, política, pedagógica e social desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, participando e aprendendo, sem exclusão (BRASIL, 1990). O que garantiu para pessoas portadoras de deficiências vagas em escolas públicas e particulares do país, bem como o direito de ser inserida em salas de aula tanto convencionais quanto especiais (constituídas somente de alunos portadores de deficiência) no intuído de integração deste aluno não só no ambiente escolar, mas também na sociedade.

A educação inclusiva ganhou grande importância e foi influenciada por diversas correntes de apoio como declarações, leis, políticas, decretos, planos de ação, entre outros. Começou com os princípios contidos na Constituição Federal de 1988, que protege igualmente os direitos dos cidadãos, independentemente de suas especificidades, que propunha:

Estabelece “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (art.3º inciso IV). Define, ainda, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). (Brasil, 1988).

A Declaração de Salamanca dispõe que: 

      • toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, 

      • toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas, 

      • sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais características e necessidades, 

      • aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades, 

      • escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional (Brasil, 1994, p1).

Segundo Pimenta e Libâneo (1992), o trabalho físico encontra-se ligado a cuidados físicos com o corpo, nos quais incluem hábitos higienistas como: tomar banho, lavar as mãos, entre outros. Deste modo, entende-se que cuidar da nova sociedade em construção, onde a força do trabalho produzida e colocada em ação pelo corpo é fonte de lucro. Exercícios físicos se ligam diretamente à higiene pessoal, além de colaborar com os cuidados da composição da comunidade.

Os exercícios físicos ajudam a manter o físico e o psicológico saudáveis, é importante para o desenvolvimento e na maioria das vezes impede que algumas doenças se desenvolvam além de diminuir as doenças crônicas já existentes, como a pressão arterial elevada (Gonçalves, 1997).

Freire (1989) afirma que a escola não pode ser apenas um lugar aonde as crianças vão por “obrigação” e fiquem sentadas frente à um professor passando apenas atividades teóricas, pois necessitam também praticarem atividades que se movimente todo o corpo, assim podendo dar um “descanso” para o psicológico, podendo voltar às próximas aulas com mais disposição para estudar. 

Para atender as necessidades de conhecimento de crianças e adolescentes, e ampliar as possibilidades de conhecimentos importantes da área, priorizando as questões julgadas imprescindíveis para a formação de indivíduos críticos, conscientes e reflexivos de seu papel na sociedade (Assunção, 2005).

Bonfim (1994), afirma que os jogos adaptados são um ramo universal de educação, que possui os mesmos objetivos dos jogos humanísticos críticos e, é destinado a apresentar atendimento a todos os indivíduos portadores de deficiência, respeitando-os e incluindo-os na sociedade.

É comum deparar com a associação da pessoa deficiente com falta de produtividade. Deste modo, automaticamente a sociedade exclui os indivíduos portadores de deficiência por associarem ao fracasso e, quando um sucesso é percebido, não é valorizado. Os jogos adaptados desempenham um papel essencial para o âmbito escolar e para a sociedade, afinal, combate este tipo de discriminação em relação aos estereótipos das pessoas deficientes. Os jogos adaptados podem ser realizados de maneira integrada, em pessoas portadoras ou não de algum tipo de deficiência, onde os indivíduos podem praticá-los juntos ou segregados (Gorgatti, 2005).

Atividade física trata-se de quaisquer movimentos corporais produzido por músculos esqueléticos que resultam em gasto de energia superior ao de repouso. Embora seja muito utilizado o termo exercício físico, o fato é que, o mesmo não é sinônimo de atividade física. Ambos possuem elementos em comum, como por exemplo envolver movimentos corporais, gasto energético em forma de quilocalorias, sendo também intimamente ligados com a aptidão física. Todavia, o exercício físico é uma subcategoria da atividade física, o qual é planejado, organizado e repetitivo, que busca um objetivo, seja uma melhor aptidão, habilidade motora, qualidade de vida e/ou tentativa de reabilitação (Caspersen, 1985).

Pedrinelli (1994), afirma que os jogos esportivos possuem como objeto de estudo a motricidade para indivíduos portadores de deficiência, adequando técnicas de ensino para suprir as necessidades de cada indivíduo, além de respeitas suas diferenças individuais. 

Segundo Berger e Macianman, (2009) a atividade física regular pode trazer inúmeros benefícios à saúde do praticante, como por exemplo, melhor disposição física e mental, bem-estar psicológico, redução dos níveis de estresse, ansiedade e depressão, entre outros.

Os jogos adaptados devem oferecer atendimento especializado, onde as diferenças individuais são respeitadas, tornando possível o reconhecimento de sua integração na sociedade (Duarte; Lima, 2003).

Para garantir um ensino inclusivo, onde todos os alunos possam ter acesso às atividades desportivas é necessário um acolhimento à diversidade, além da aceitação das diferenças entre as pessoas, afinal, todo indivíduo é único (Brasil, 1996).

Vinnick (2004), afirma que a maior parte dos alunos que possuem deficiência física pode e deve praticar esportes. O tipo e grau de deficiência determinam as adaptações necessárias para que todas as crianças participem da mesma atividade sem passar por constrangimentos. Os professores precisam garantir que os indivíduos deficientes executem os jogos adaptados de maneira prazerosa e segura. 

De acordo com Gordatti et al. (2005), o professor precisa realizar uma avaliação de cada aluno portador de deficiência para realizar um plano de aula que o englobe nas atividades aos demais alunos de maneira igualitária. Antes de incluir o aluno portador de necessidades especiais nos jogos adaptados, deve-se proporcionar a prática de jogos introdutórios à modalidade. De maneira gradativa, o aluno irá realizar em seu limite as atividades, começando do básico até a inserção na prática esportiva.

A educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os estudantes de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. (Brasil, 1990). O que garantiu para pessoas portadoras de deficiências vagas em escolas públicas e particulares do país, bem como o direito de ser inserida em salas de aula tanto convencionais quanto especiais (constituídas somente de alunos portadores de deficiência) no intuído de integração deste aluno não só no ambiente escolar, mas também na sociedade.

A Declaração de Salamanca (Brasil, 1994, p.3) dispõe que: 

[…] as escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Elas deveriam incluir crianças deficientes e superdotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos desvantajados ou marginalizados.

As dificuldades de aprendizagem identificadas no aluno podem ter como motivo um desenvolvimento psicomotor atrasado. O lúdico deve ser introduzido diante das práticas dentro de sala de aula para promover um aprendizado mais favorável, ajudando também na socialização entre aluno-aluno e aluno-professor. Os jogos devem ser proporcionados por meio de atividades psicomotoras em um ambiente motivador. O movimento humano é simples, deslocam em todo corpo no lugar: constitui-se em um dialeto que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o corpo humano (Brasil, 1998).

Segundo Minetto (2008), cabe aos professores encontrar novas competências e formas de tratar todos os alunos de forma inclusiva, o que lhes permita compreender e intervir nas diferenças entre eles, além de serem mediadores em situações de diferentes que enfrentam, além de contribuir para a construção de uma proposta completa, trazendo mudanças positivas aos indivíduos.

É responsabilidade do aluno observar o nível de desenvolvimento das crianças para planejar as brincadeiras a serem realizadas, além das habilidades que cada indivíduo possui. Observar as relações entre as crianças durante as brincadeiras é a maneira mais fácil de identificar que tipo de atividade é adequada para ensinar as crianças que você ensina, sem deixar ninguém de fora por incapacidade ou vergonha de realizar uma atividade (Piaget, 1975).

A lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional de 1986 iniciou avanços essenciais na legislação da forma de inclusão na escola. Para que haja inclusão, é necessário que os professores tenham capacitação para lidar com todos os alunos, independentemente de suas religiões, características, gêneros e culturas, além dos que têm necessidades especiais, visando que o tratamento diferenciado pode trazer sérias consequências psicológicas na vida da criança que podem permanecer para toda a vida.

A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. (Brasil. Lei 13.146 de 2015. Art. 27).

“A inclusão implica na mudança do atual paradigma educacional, habituando – se no mapa da educação escolar ao qual estamos projetando. ” (Mantoan,2003, p.8). Para isso é necessária, uma mudança da sociedade escolar, atualizando o sistema educacional, desprezando a educação antepassada, a qual foi formalizada de maneira engessada, investindo – se cada vez mais na inclusão de crianças especiais, promovendo a diversidade e a individualidade da criança. 

A legislação estabelece claramente que o direito à educação é garantido a todos indistintamente, com o objetivo de produzir o desenvolvimento integral da pessoa, formar a sua cidadania ativa e a consciência dos seus direitos, tanto no acesso à educação como na qualificação voltada para o trabalho. mercado.

Os exercícios considerados lúdicos, representados por jogos, dinâmicas diferenciadas e brinquedos são manifestações contidas no dia a dia dos indivíduos e, por este motivo, na sociedade desde o começo da humanidade. Todo indivíduo “sabe o que é brincar, como brincar e por que brincar” (Santos, 2010), mas, diversas vezes, o lúdico e as atividades lúdicas são resumidos apenas ao ato de brincadeira infantil, e associados diretamente às crianças, resultando em um possível “preconceito” culturalmente estabelecido ao brincar.

Incluir alunos com deficiência, sejam eles quais forem, é o primeiro passo para iniciar a inclusão. Dito isto, o próximo passo é respeitar todas as diferenças existentes. Para Monjon (1995), adaptação são aspectos que devem ser modificados nos programas escolares e no planejamento das aulas.

Dentre as deliberações legais existentes no Brasil, é essencial relembrar o Decreto Federal 3.298/99, dispõe que o indivíduo com deficiência deve ter inclusão em todas as inciativas do governo, além de outros dispositivos como lazer, aprendizagem, acessibilidade, cultura, esporte e turismo.  

Cabe frisar que a inclusão acontece na vida social em qualquer espaço instituído, seja ele no parque, na escola, no ambiente de trabalho ou qualquer maneira de organização social, além de ofertar acessibilidade ao indivíduo com deficiência, afinal a dimensão institucional existe em âmbito sócio-histórico-cultural.  

De acordo com o Projeto Lia, uma iniciativa da sociedade procura transmitir a essencialidade da inclusão das crianças portadoras de algum tipo de deficiência no quesito diversão e proporciona ações junto à sociedade e ao poder público para cobrar a implementação de brinquedos adaptados em parques, escolas e praças, para que estas, possam brincar junto às outras crianças, promovendo assim a inclusão na área do lazer.

Indivíduos com deficiência possuem direito à inclusão no âmbito da saúde, educação e trabalho, mas deixou de lado a área do lazer e brincadeiras que envolvem as crianças, além de promover o processo de ensino-aprendizagem.

Indivíduos com deficiência necessitam de brinquedos seguros, independente do grau e tipo de necessidade que tenha, seja elas menores mobilidades ou alterações intelectuais, por este motivo, os brinquedos precisam ser específicos e adaptados, possuindo travas que sustentem cadeiras de rodas ou estrutura para ampliar as experiências motoras das crianças, gerando assim prazer e inclusão.

A brincadeira é uma das coisas mais importantes para o desenvolvimento das crianças, independente se possuem ou não algum tipo de necessidade, afinal, através da brincadeira a criança desenvolve suas habilidades motoras, sensoriais e intelectuais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As práticas pedagógicas, são métodos organizados pela escola e corpo docente, com o objetivo de predispor o conhecimento e evolução dos alunos. Em especial na educação inclusiva são baseados na individualidade, necessidades e potencialidades destes alunos que igualam as chances de aprendizagem e desenvolvimento de todos estudantes com ou sem necessidades especiais.

Segundo Mantoan (2003), 

[…] a inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência e/ou dificuldade de aprender. Os alunos aprendem nos seus limites e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta esses limites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. (Mantoan, 2003, p.67).

A escola deve ser a extensão do seu lar, da sua família e vice-versa. De acordo com a Declaração de Salamanca (Salamanca, 1994 p.43):

A educação de crianças com necessidades educativas especiais é uma tarefa compartilhada por pais e profissionais. Uma atitude positiva da parte dos pais ajuda na integração escolar e social. Os pais de uma criança com necessidades educativas especiais precisam de apoio para poder assumir suas responsabilidades.

Cabe aos profissionais da educação, ou seja, aos professores, dar o primeiro passo para que a parceria entre a escola e a família seja alcançada de forma eficaz e por meio de práticas educativas cotidianas.

De acordo com a LDB (1996) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as escolas têm obrigação de articulação com as famílias e os pais têm o direito de serem informados sobre o processo educativo. Assim, o exercício de tais práticas beneficia do apoio de políticas de participação pública que incentivam, regulam e controlam.

Ensinar através de jogos e atividades lúdicas é um caminho para o educador desenvolver aulas mais dinâmicas, podendo competir em igualdade de condições com os diversos recursos a que o aluno tem acesso fora da escola, estimulando sua vontade de frequentar com assiduidade a sala de aula e incentivando seu envolvimento nas atividades, sendo agente no processo de ensino e aprendizagem, já que aprende e se diverte, simultaneamente (Silva, 2005, p. 26).

Os maiores desafios na aprendizagem de alunos com necessidades especiais são persistentes, e a intervenção instrucional utilizada como estratégia fornece recursos e serviços especializados para tais dificuldades.

Na Instrução nº016/2011 – SEED/SUED a prerrogativa mais importante do educando em sala de aula é:

Elaborar Plano de Atendimento Educacional Especializado, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação psicoeducacional no contexto escolar.

As estratégias lúdicas possuem três missões, como afirma Ferreira (2001, p. 22):

-Socializadora: por meio do jogo, a criança desenvolve hábito de convivência; 

-Psicológica: pelo jogo, a criança aprende a controlar seus impulsos; 

-Pedagógica: o jogo trabalha a interdisciplinaridade, a heterogeneidade, o erro de forma positiva, tornando a criança agente ativo no seu processo de desenvolvimento.

METODOLOGIA

Este estudo tem como objetivo apresentar a educação especial e inclusiva de forma qualitativa e descritiva por meio de uma revisão de literatura. Uma revisão da literatura tem sido usada em muitos estudos. Pesquisas são feitas para mapear recursos arqueológicos, enquanto outras pesquisas são desenvolvidas através de experimentos e observações, mas é evidente a necessidade de uma revisão da literatura para apresentar os fatos. Ou seja, a revisão da literatura é importante porque o pesquisador possui um resumo completo de tudo o que já foi encontrado para otimizar seus esforços para encontrar pistas que ainda não descobriu. Considerando a tarefa principal desta revisão de literatura, podemos concluir que, mesmo que não seja exigido pela sua escola, é necessário porque é uma tarefa demorada (Botelho, 2011).

A pesquisa qualitativa que examina aspectos do mundo e do comportamento humano. O foco da pesquisa qualitativa está em fenômenos que ocorrem em um determinado tempo, lugar e cultura. A pesquisa qualitativa trata de questões que não podem ser determinadas por equações e estatísticas. Em vez disso, estudamos os símbolos, crenças, valores e relações de um grupo social. Uma abordagem qualitativa exige um exame aprofundado do projeto de investigação, tendo em conta o contexto em que é realizado e as circunstâncias da sociedade a que pertence. A escolha do método de pesquisa depende dos objetivos da pesquisa e das possibilidades da pesquisa (Vidich; Lymann, 2006). 

A pesquisa descritiva é um dos níveis de pesquisa científica que se concentra na informação. O principal objetivo da pesquisa descritiva é descrever as características de uma população ou fenômeno. A realidade é sempre descrita com um olhar imparcial e científico e sem o envolvimento de pares. A naturalidade e a abrangência são as principais características desse tipo de pesquisa. O objetivo do estudo descritivo é examinar as características do grupo pesquisado. Durante o estudo, a relação entre as variáveis ​​é revelada. Essa rede de conhecimento é relevante para a tomada de decisões e prática em pesquisa. Em alguns aspectos, a pesquisa descritiva está próxima, especialmente quando procura determinar a natureza das relações. Também pode fornecer uma nova perspectiva sobre o problema, por isso é semelhante a estudos semelhantes (Medeiros, 2019).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Trabalhar com a diversidade ainda é um pouco difícil para alguns profissionais da área, essencialmente aos que já estão no ramo há anos, pois a formação foi diferente das atuais, onde possui matéria específica na graduação para trabalhar com indivíduos com necessidades especiais.

Desde cedo, devemos ensinar as crianças a socializar de modo eficiente e não excluir nenhum colega, porém não existe fórmula mágica para isso. O educando deve fazer um plano de aula no qual inclua a todos os alunos, propondo atividades e jogos que os incluam, mesmo que uma criança seja mais hábil que a outra em alguma característica, afinal cada um é melhor em alguma coisa. 

O professor é a peça chave para concretizar a inclusão. É responsabilidade do mesmo se esforçar para passar um aprendizado digno às crianças nas quais possam levar para a vida toda, ensinando que nenhum colega deve ser excluído, afinal cada um tem um potencial diferente. 

Há inúmeras atividades e jogos que o professor pode desenvolver para dispor às crianças, basta se atentar às necessidades de cada um e incluí-lo naquilo que ele faz melhor, deste modo garantindo maior integração da turma, fazendo com que a competitividade e a hostilidade façam parte entre eles. A prática de jogos adaptados está em constante desenvolvimento. A quantidade de praticantes cresce a cada dia que passa.

As brincadeiras são atividades essenciais para a infância. O brincar favorece a imaginação, o pensamento, a criatividade, a concentração, entre outros, imprescindíveis para o desenvolvimento do indivíduo. Deste modo, as brincadeiras são essenciais para a inclusão de todos os alunos na hora das atividades, inclusive na alfabetização.

A legislação considera a inclusão escolar de todos os tipos de deficiência e, diante do exposto, acredita-se que a participação dos mesmos crescerá de maneira significativa nos programas desportivos adaptados. 

Há necessidade de frisar a importância de uma formação continuada para educadores no ensino regular, para que compreendam as características dos alunos deficientes, para que possam vir a trabalhar de maneira eficaz, com estratégias de ensino que possibilitem a inclusão de todos os alunos.

O trabalho do professor na escola é a realização de umas práxis psicopedagógica que fomente no aluno seu potencial para aprender, desenvolvendo assim no educando a compreensão da importância de educar para a vontade de aprender.

A convivência com outras crianças é essencial, afinal permite o confronto com o “outro”. Se a criança convive apenas com crianças que possuem as mesmas necessidades, não haverá outros parâmetros. Respeitar as diferenças é respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um, considerando-se que aprender é para a vida inteira,

No âmbito escolar, o professor poderá avaliar o aluno, no sentido de encontrar o que dificulta o processo de aprendizagem no caso dos alunos com dificuldades na mesma. No caso dos alunos com deficiência o professor deverá orientar os professores quanto às necessidades específicas, adaptações curriculares, métodos adequados, habilidades e dificuldades da criança além de ajudá-la com em seu processo de aprendizagem, criando estratégias que favoreçam o desejo de aprender.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Medeiros, J. B. Redação científica: prática de fichamentos, resumos e resenhas. 13º ed. São Paulo, Atlas, 2019.

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Referencias

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Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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Edição

v. 5
n. 46
Educação Inclusiva na Educação Infantil

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Impacto do autismo e síndromes no ambiente escolar: Intervenções e resultados acadêmicos
autismo; síndromes; educação inclusiva; intervenções pedagógicas; desempenho acadêmico.
Educação de alunos com autismo e síndromes: Métodos de ensino e suporte escolar
autismo; educação; inclusão; métodos de ensino; síndromes.
Desafios e possibilidades na inclusão de alunos com transtorno do espectro autista nas aulas de educação física
educação física; inclusão; transtorno do espectro autista (TEA); práticas pedagógicas; políticas públicas.
Perspectivas sobre a atuação e contribuição dos profissionais de apoio na educação especial
educação inclusiva; profissionais de apoio; formação pedagógica; escola pública; práticas pedagógicas.

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