A nova fronteira da gestão comercial: Como a inteligência artificial está redefinindo o mercado

THE NEW FRONTIER OF COMMERCIAL MANAGEMENT: HOW ARTIFICIAL INTELLIGENCE IS REDEFINING THE MARKET

LA NUEVA FRONTERA DE LA GESTIÓN COMERCIAL: CÓMO LA INTELIGENCIA ARTIFICIAL ESTÁ REDEFINIENDO EL MERCADO

Autor

Márcio Rogério Vieira da Silva
ORIENTADOR
Profa. Dra. Yara Therezinha de Almeida Lozano

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/00A1FB

DOI

Silva, Márcio Rogério Vieira da . A nova fronteira da gestão comercial: Como a inteligência artificial está redefinindo o mercado. International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Este artigo analisou os impactos da Inteligência Artificial (IA) na gestão comercial, investigando se a tecnologia substitui ou complementa o trabalho humano. Com base em revisão bibliográfica e estudo de caso da Coca-Cola, identificaram-se benefícios como automação inteligente, análise preditiva, personalização avançada e eficiência operacional. Ainda assim, ressaltou-se a existência de desafios, como resistência organizacional, dilemas éticos sobre privacidade de dados e limitações na leitura de emoções humanas. Concluiu-se que o valor da IA reside na sua capacidade de complementar o trabalho humano, sendo a sinergia entre inteligência artificial e intuição essencial à competitividade sustentável. É recomendado que empresas invistam continuamente em capacitação técnica e digital de suas equipes, e que futuras pesquisas explorem outros contextos, ampliando a compreensão sobre como a IA pode gerar vantagens competitivas sustentáveis em diferentes setores comerciais.
Palavras-chave
inteligência artificial; gestão comercial; transformação digital.

Summary

This article analyzed the impacts of Artificial Intelligence (AI) on commercial management, investigating whether the technology replaces or complements human labor. Based on a literature review and a case study of Coca-Cola, the study identifies benefits such as intelligent automation, predictive analytics, advanced personalization, and operational efficiency. Nonetheless, it highlights existing challenges like organizational resistance, ethical dilemmas concerning data privacy, and limitations in interpreting human emotions. It concludes that AI’s value lies in its capacity to complement human work, with the synergy between artificial intelligence and human intuition being essential for sustainable competitiveness. Companies are recommended to continuously invest in the technical and digital training of their teams, and future research should explore other contexts, expanding understanding of how AI can generate sustainable competitive advantages across various commercial sectors.
Keywords
artificial intelligence; commercial management; digital transformation.

Resumen

Este artículo analizó los impactos de la Inteligencia Artificial (IA) en la gestión comercial, investigando si esta tecnología sustituye o complementa el trabajo humano. A partir de una revisión bibliográfica y un estudio de caso de Coca-Cola, se identifican beneficios como automatización inteligente, análisis predictivo, personalización avanzada y eficiencia operativa. No obstante, se destacan desafíos existentes como la resistencia organizacional, dilemas éticos sobre privacidad de datos y limitaciones en la interpretación de emociones humanas. Se concluye que el valor de la IA reside en su capacidad para complementar el trabajo humano, siendo la sinergia entre inteligencia artificial e intuición esencial para una competitividad sostenible. Se recomienda que las empresas inviertan continuamente en la capacitación técnica y digital de sus equipos, y que futuras investigaciones exploren otros contextos, ampliando la comprensión sobre cómo la IA puede generar ventajas competitivas sostenibles en distintos sectores comerciales.
Palavras-clave
inteligencia artificial; gestión comercial; transformación digital.

INTRODUÇÃO

A transformação digital tem redesenhado, com traços firmes e velozes, o panorama dos negócios contemporâneos, provocando mudanças profundas em múltiplos setores da economia. Nesse cenário em constante ebulição, a gestão comercial emerge como uma das áreas mais impactadas pela inovação tecnológica — especialmente com a ascensão da Inteligência Artificial (IA). Dotada da capacidade de simular aspectos complexos da inteligência humana, como raciocínio, aprendizado e adaptação, a IA não apenas reformula processos internos, mas também revoluciona a maneira como as empresas se relacionam com seus consumidores e constroem suas estratégias de mercado.

Este artigo tem como propósito central analisar os impactos da Inteligência Artificial na gestão comercial, com especial atenção aos seus benefícios, desafios e possibilidades futuras no contexto corporativo. Para guiar essa reflexão, formula-se a seguinte questão de pesquisa: a IA substitui ou complementa o trabalho humano na gestão comercial? Tal indagação emerge da urgência com que as organizações precisam compreender as implicações estratégicas e operacionais dessa tecnologia emergente. Em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e digitalizado, torna-se essencial avaliar se a IA atua como uma força de substituição ou como aliada dos profissionais da área comercial.

Do ponto de vista metodológico, este estudo adota uma abordagem qualitativa, fundamentada em revisão bibliográfica criteriosa sobre a aplicação da IA na gestão comercial, e é enriquecido por um estudo de caso da empresa Coca-Cola. Essa combinação metodológica oferece uma lente teórico-prática capaz de iluminar, com mais nitidez, os impactos concretos da IA na rotina das organizações. A pesquisa qualitativa, aliada ao estudo de caso, constitui uma base sólida para a construção de um conhecimento mais profundo, situado e carregado de significados. Essa abordagem permite ao pesquisador mergulhar nas entrelinhas do fenômeno investigado, captando suas múltiplas camadas, contradições e sutilezas. O estudo de caso, em particular, oferece a oportunidade de explorar com riqueza de detalhes as práticas organizacionais e as dinâmicas que moldam as interações no ambiente empresarial. Por isso, tem se consolidado como um método amplamente utilizado em pesquisas voltadas à gestão e à inovação comercial, justamente por sua capacidade de revelar os bastidores das estratégias e decisões corporativas que, muitas vezes, escapam aos olhares distantes das análises generalistas.

Assim, espera-se contribuir não apenas para o campo acadêmico, mas também oferecer subsídios valiosos para empresas que buscam incorporar essa tecnologia de forma ética, estratégica e alinhada às exigências de um mercado em constante mutação.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL NA GESTÃO COMERCIAL

A Inteligência Artificial (IA) tem se consolidado como um dos principais impulsionadores da transformação digital na gestão comercial, redefinindo processos e ampliando a capacidade analítica das empresas. De acordo com Russell e Norvig (2020), a IA refere-se a sistemas capazes de simular a inteligência humana, realizando tarefas como aprendizado, raciocínio e tomada de decisões. No contexto da gestão comercial, sua aplicação tem se tornado indispensável, abrangendo desde a automação de tarefas operacionais até a personalização da experiência do cliente. Ferramentas baseadas em machine learning, chatbots, assistentes virtuais e sistemas de Customer Relationship Management (CRM) inteligentes representam exemplos concretos de como a IA pode aprimorar a eficiência das interações comerciais e potencializar a assertividade das estratégias empresariais (Davenport; Ronanki, 2018).

Brynjolfsson e McAfee (2014) destacam que a IA está não apenas otimizando processos, mas também redefinindo o próprio modelo de negócios das empresas. Tarefas que antes exigiam análise humana, como segmentação de mercado e previsão de demanda, passaram a ser executadas por algoritmos sofisticados, capazes de processar grandes volumes de dados em tempo real. Essa mudança exige que as empresas se adaptem rapidamente às novas tecnologias para manterem sua competitividade no mercado. Além disso, a IA permite uma maior precisão na formulação de estratégias comerciais, reduzindo erros e aumentando a eficiência das decisões empresariais.

Kaplan e Haenlein (2019) ressaltam que a transformação digital impulsionada pela IA não se limita à automação, mas também influencia a maneira como as empresas se relacionam com seus consumidores. A personalização do atendimento ao cliente, por exemplo, tem sido revolucionada pelo uso de assistentes virtuais e chatbots equipados com processamento de linguagem natural (PLN), que proporcionam interações mais humanizadas e eficazes. Esses sistemas são capazes de interpretar solicitações dos clientes, oferecer recomendações personalizadas e solucionar problemas sem a necessidade de intervenção humana, proporcionando maior agilidade e satisfação na experiência do consumidor.

Outra aplicação fundamental da IA na gestão comercial é a análise preditiva, que permite às empresas antecipar tendências e tomar decisões baseadas em dados concretos. Kotler et al. (2021) apontam que os algoritmos de aprendizado de máquina podem identificar padrões de comportamento dos consumidores e prever demandas futuras com alta precisão. Isso possibilita que as empresas ajustem estoques, personalizem campanhas de marketing e melhorem a alocação de recursos, tornando suas operações mais eficientes e rentáveis.

Além disso, a IA tem se mostrado essencial para a análise do comportamento do consumidor em tempo real. De acordo com André Capelo (2019), o uso de Big Data aliado a sistemas inteligentes permite que as empresas acompanhem interações dos clientes em diferentes canais, compreendendo melhor suas preferências e ajustando estratégias comerciais conforme necessário. Isso resulta em uma abordagem mais dinâmica e responsiva, favorecendo a fidelização e o engajamento do público-alvo.

Contudo, apesar dos benefícios evidentes, a adoção da IA na gestão comercial também apresenta desafios significativos. Um dos principais obstáculos é a resistência organizacional à implementação de novas tecnologias. Davenport e Ronanki (2018) enfatizam que, para muitas empresas, a transição para um modelo digital impulsionado por IA requer mudanças culturais profundas, além de investimentos substanciais em infraestrutura e capacitação de funcionários. Sem um planejamento adequado, a incorporação dessas tecnologias pode enfrentar barreiras internas que dificultam sua adoção e efetividade.

Outro aspecto crítico a ser considerado é a segurança e privacidade dos dados. Zuboff (2019) alerta para os riscos do chamado “capitalismo de vigilância”, no qual empresas coletam e utilizam grandes volumes de informações sobre os consumidores sem a devida transparência. Com o avanço da IA, cresce a preocupação sobre como essas tecnologias lidam com dados sensíveis e como as empresas garantem a conformidade com regulamentações como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) na Europa e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil.

Além das questões éticas e regulatórias, a limitação das tecnologias de IA também é um fator que precisa ser levado em conta. Embora os algoritmos atuais sejam altamente avançados, eles ainda enfrentam dificuldades em interpretar contextos complexos, lidar com nuances emocionais e tomar decisões estratégicas com criatividade e empatia (Vidrih; Mayahi, 2023). Por essa razão, Kaplan e Haenlein (2019) defendem que a IA deve ser vista como uma aliada, e não como substituta do trabalho humano na gestão comercial. A sinergia entre inteligência artificial e inteligência humana ainda é fundamental para garantir que as decisões empresariais sejam equilibradas e contextualizadas.

A influência da inteligência artificial na evolução digital da administração comercial é bastante evidente. Desde a automatização de atividades operacionais até a formulação de decisões estratégicas embasadas em informações, a tecnologia tem remodelado o cenário empresarial, abrindo novas perspectivas para as empresas se destacarem com ideias criativas. Porém, para que as vantagens da inteligência artificial sejam plenas, é vital que as empresas invistam em educação, adotem diretrizes responsáveis para gerir dados e concebam estratégias que mesclam automação com conhecimento humano. Assim sendo, a administração empresarial poderá progredir de forma sustentável e aproveitar ao máximo os efeitos positivos da evolução digital sem prejudicar princípios fundamentais como transparência moral e personalização no envolvimento com o cliente.

BENEFÍCIOS DA IA NA GESTÃO COMERCIAL

Automatizar tarefas repetitivas com o apoio da Inteligência Artificial tem se revelado uma poderosa alavanca para que os profissionais direcionam seu foco às atividades realmente estratégicas — aquelas que, de fato, movem as engrenagens do desempenho organizacional. Nesse cenário, a IA surge quase como um maestro silencioso, conduzindo os bastidores da operação enquanto os colaboradores se dedicam ao que há de mais criativo e essencial. Ao ser integrada à gestão empresarial, essa tecnologia reduz a dependência da ação humana em processos burocráticos complexos, ao mesmo tempo em que acelera os fluxos operacionais e reduz falhas que antes pareciam inevitáveis (Capelo, 2019). Mais do que um simples facilitador, esse processo de automação se mostra como um divisor de águas: ele não apenas turbina a produtividade, mas também abre caminhos para que os recursos — humanos e financeiros — sejam realocados com mais sabedoria. Assim, torna-se possível investir na geração de ideias frescas e no aprimoramento do relacionamento com o cliente, dando vida a um atendimento mais atento e personalizado. Capelo (2019) aponta que, com a IA lidando com as rotinas, as equipes de vendas ganham tempo e liberdade para nutrir relações mais sólidas com os consumidores, traçando estratégias de mercado que sejam não só eficazes, mas também verdadeiramente diferenciadas.

Na gestão comercial, a personalização do atendimento desponta como um dos ganhos mais expressivos da IA. Chatbots e assistentes virtuais atuam como guias ágeis, prontos para responder e resolver demandas com rapidez. Segundo Kaplan e Haenlein (2019), essa tecnologia analisa grandes volumes de dados, permitindo que empresas adaptem suas comunicações e ofertas aos perfis individuais dos clientes. Com isso, a experiência do consumidor torna-se mais envolvente, o que eleva as chances de fidelização. Além disso, ao aprender com cada interação, os sistemas de IA tornam o atendimento progressivamente mais eficaz, superando a rigidez dos métodos tradicionais e promovendo um engajamento mais autêntico.

Um dos pontos centrais do uso da IA na gestão comercial está na sua habilidade de analisar o futuro antes que ele bata à porta. Por meio da análise preditiva, é possível antecipar demandas e desvendar padrões no comportamento do consumidor. Kotler et al. (2021) ressaltam que a IA tem ajudado as empresas a traçar estratégias mais assertivas, ajustando suas ofertas às transformações do mercado. Com isso, torna-se viável organizar estoques, desenhar campanhas promocionais e aprimorar produtos com base em dados concretos. Essa capacidade, amplamente aplicada no varejo e no e-commerce, permite que algoritmos rastreiem históricos de compra, variações sazonais e caminhos de navegação para sugerir ofertas que realmente façam sentido para cada cliente.

Mas ela não para por aí, a IA também enriquece a inteligência de mercado, ao transformar grandes volumes de informação em insights prontos para a ação. Davenport e Ronanki (2018) destacam que, ao interpretar dados complexos em tempo real, a IA reduz o peso da intuição nas decisões empresariais, fortalecendo escolhas mais embasadas. Isso permite que gestores atuem com mais agilidade e resiliência diante das oscilações do mercado, minimizando riscos e ampliando oportunidades de crescimento.

Outro elo forte nessa cadeia é a integração da IA com ferramentas de Customer Relationship Management (CRM). Com machine learning, os CRMs inteligentes segmentam clientes segundo seus hábitos, personalizando campanhas e refinando estratégias de fidelização. Brynjolfsson e McAfee (2014) argumentam que essa sinergia torna o relacionamento marca-cliente mais eficaz, com interações relevantes e uma postura proativa diante das demandas. Assim, fortalece-se o vínculo e crescem as chances de recompra e recomendação.

Já no campo do marketing digital, a IA também mostra sua força ao afinar campanhas publicitárias com precisão cirúrgica. Kaplan e Haenlein (2019) explicam que algoritmos inteligentes ajustam anúncios em tempo real, com base no comportamento do usuário. Isso permite entregas mais certeiras, elevando as conversões e evitando o desperdício de recursos em campanhas pouco eficazes. Além disso, a IA automatiza testes A/B, analisando versões distintas de anúncios para descobrir quais funcionam melhor, otimizando continuamente as estratégias.

Outro ganho expressivo é o uso da IA na precificação dinâmica. Modelos inteligentes cruzam dados como demanda, sazonalidade e concorrência para propor ajustes de preços em tempo real. Kotler et al. (2021) mostram que essa abordagem permite maximizar receitas e manter a competitividade, adaptando valores de forma estratégica às oscilações do mercado. Essa prática já é comum em e-commerces, companhias aéreas e redes de hospedagem, que buscam responder rapidamente às mudanças.

Além dos impactos operacionais, a IA também aprimora a experiência do cliente. Ferramentas de análise de sentimentos vasculham redes sociais em busca da percepção do consumidor, permitindo ajustes antes que uma crítica se transforme em crise. Vidrih e Mayahi (2023) destacam que esse rastreamento ajuda as empresas a identificar padrões de satisfação ou insatisfação e, com isso, melhorar seus serviços continuamente.

Por fim, a IA colabora diretamente para cortar custos. Ao automatizar tarefas e otimizar recursos, reduz-se o gasto com atendimento, logística e controle de estoque. Capelo (2019) observa que essa tecnologia elimina gargalos e desperdícios, favorecendo operações mais eficientes. Mais do que isso, ao impulsionar a escalabilidade, permite que empresas cresçam sem depender de uma expansão proporcional da equipe.

Assim, os impactos da IA na gestão comercial são vastos e profundos, alcançando desde a eficiência dos processos até a fidelização do cliente. Com sua capacidade de prever tendências, personalizar experiências e reduzir custos, a IA se firma como peça-chave na construção de empresas mais competitivas e inovadoras. Ainda assim, para colher todos esses frutos, é essencial que a adoção dessa tecnologia esteja alinhada aos objetivos estratégicos e às expectativas dos consumidores.

DESAFIOS E LIMITAÇÕES DA IA NA GESTÃO COMERCIAL

A entrada da Inteligência Artificial (IA) na gestão comercial trouxe consigo uma cesta cheia de benefícios, mas também desafios que não podem ser ignorados. Entre eles, ganham destaque a resistência de profissionais, a urgência por capacitação, as questões éticas e legais ligadas à privacidade de dados, e as limitações da IA em captar os tons sutis das relações humanas. Para enfrentar tais obstáculos, é essencial que as empresas adotem estratégias que combinem ética, eficiência e sintonia com as demandas do mercado.

A resistência interna é, sem dúvida, uma das pedras no caminho. Muitos profissionais vêem na IA uma ameaça ao próprio emprego, temendo serem substituídos por máquinas. Zuboff (2019) observa que o avanço tecnológico costuma despertar reações defensivas, associadas à insegurança e ao receio de perda. No entanto, estudos indicam que a IA não elimina postos, mas os transforma, exigindo novos perfis, com foco mais analítico e estratégico (Brynjolfsson; McAfee, 2014).

Nesse contexto, a transição para um ambiente movido a IA pede um corpo técnico preparado. Leite (2023) sublinha a importância da capacitação contínua para integrar bem a tecnologia aos processos. Investir em treinamento não apenas facilita essa adaptação, como fortalece a valorização do colaborador, mostrando que a IA deve ser vista como aliada, e não substituta.

Outra questão sensível gira em torno da proteção de dados e das exigências legais, como a LGPD no Brasil e o GDPR na União Europeia. O uso de informações por sistemas de IA levanta preocupações sobre ética e segurança. Zuboff (2019) alerta para os perigos do “capitalismo de vigilância”, onde dados pessoais viram mercadoria sem o devido consentimento. Isso pode minar a confiança dos consumidores e gerar sanções. Por isso, é indispensável que as organizações adotem políticas claras de transparência, garantindo conformidade com as normas e respeito aos direitos dos usuários (Schneier, 2015).

Apesar dos avanços, a IA ainda encontra barreiras ao lidar com a complexidade das emoções humanas. Ironia, sarcasmo, empatia — esses elementos escorregam facilmente pelos dedos dos algoritmos. Leite (2023) reconhece que, mesmo com os progressos no processamento de linguagem natural, a IA ainda não alcança a profundidade da sensibilidade humana. Isso pode gerar interações frustrantes, especialmente em atendimentos que exigem escuta e acolhimento.

Além disso, confiar cegamente na IA para decisões comerciais pode ser arriscado. Embora analise dados com precisão, a ausência de supervisão humana pode resultar em vieses e exclusões indesejadas. Davenport e Ronanki (2018) chamam a atenção para esse risco, lembrando que a IA pode reforçar padrões injustos. Soma-se a isso a limitação dos próprios sistemas, que, sem dados robustos ou infraestrutura adequada, falham ao lidar com situações inesperadas ou mal estruturadas (Kotler et al., 2021).

Outro ponto de atenção é a transparência dos processos. Muitas vezes, as decisões tomadas por IA são uma espécie de “caixa-preta”, o que gera desconfiança. Vidrih e Mayahi (2023) destacam que a falta de explicabilidade dificulta o entendimento e pode comprometer a adoção da tecnologia, especialmente em áreas sensíveis como o setor financeiro. Para contornar isso, pesquisadores propõem os modelos explicáveis de IA (XAI), que tornam os caminhos da decisão mais claros e auditáveis.

O custo da implementação também pesa, sobretudo para pequenas e médias empresas. Mesmo com o avanço da acessibilidade, os investimentos em estrutura, software e capacitação ainda são significativos. Kaplan e Haenlein (2019) reforçam que um planejamento estratégico é fundamental para garantir que os benefícios superem os custos. Como alternativa, cresce o uso de soluções em nuvem, com pagamentos sob demanda, permitindo uma adoção mais gradual e viável.

Diante disso, a adoção da IA na gestão comercial traz desafios multifacetados, da resistência humana às tensões éticas e limitações técnicas. No entanto, à medida que a tecnologia avança, tais barreiras podem ser superadas com estratégias equilibradas, que integrem inovação e supervisão humana. A implementação consciente da IA abre caminho para um futuro mais ético, eficiente e sustentável no cenário empresarial.

O FUTURO DA IA NA GESTÃO COMERCIAL

O horizonte da Inteligência Artificial (IA) na gestão comercial sinaliza transformações profundas nas relações entre empresas e consumidores. As tendências emergentes apontam para sistemas cada vez mais sensíveis às emoções humanas, experiências intensamente personalizadas e uma integração promissora com tecnologias imersivas, como a realidade aumentada e o metaverso.

A IA caminha para deixar de ser apenas lógica e cálculo — ela começa a sentir, ou ao menos, interpretar sentimentos. A chamada “IA afetiva” vem sendo projetada para reconhecer expressões faciais, nuances vocais e gestos sutis, respondendo de maneira empática e natural. Vidrih e Mayahi (2023) discutem como a IA generativa avança nesse campo, replicando emoções e enriquecendo o atendimento ao cliente. Imagine um assistente virtual que modula sua fala de acordo com o humor do usuário — isso pode não só humanizar a interação, como estreitar os laços entre marca e consumidor, aumentando a satisfação e o envolvimento.

Além disso, a análise em tempo real de grandes volumes de dados leva a personalização comercial a patamares nunca antes alcançados. A IA se torna capaz de decifrar preferências individuais e moldar ofertas, comunicações e recomendações quase como um alfaiate digital. De acordo com o Guia ABA da Associação Brasileira de Anunciantes (2023), essa “personalização em massa” reforça a lealdade dos clientes. Plataformas de e-commerce já aplicam algoritmos que sugerem produtos com base no comportamento anterior, enquanto lojas físicas usam tecnologias para reconhecer clientes frequentes e oferecer benefícios personalizados no ato. O resultado? Mais conversões, mais fidelidade, mais conexão.

Dessa forma, a fusão entre IA e tecnologias imersivas desenha um novo cenário para o comércio. Com a realidade aumentada, o consumidor pode enxergar o produto dentro da própria casa antes de comprá-lo; com o metaverso, as interações comerciais ganham vida em ambientes virtuais dinâmicos. Vidrih e Mayahi (2023) sugerem que essa união vai reinventar a forma como produtos e marcas se conectam com o público. Roupas que podem ser “experimentadas” virtualmente, móveis reposicionados em tempo real na sala do cliente ou até lançamentos assistidos dentro de um ambiente 100% digital — tudo isso está deixando de ser ficção.

Paralelamente, a IA continuará desempenhando um papel vital na automação de tarefas rotineiras. Ela assume funções repetitivas com precisão, o que abre espaço para que os profissionais se dediquem à criação de estratégias e ao cultivo de relacionamentos com clientes de alto valor. A automação de fluxos como e-mails ou a gestão de CRMs não só reduz custos, como eleva a produtividade e torna as empresas mais ágeis e competitivas.

No entanto, nem tudo são flores nesse caminho tecnológico. A personalização, baseada na coleta massiva de dados, levanta bandeiras vermelhas em relação à privacidade e ao uso ético das informações. É imprescindível que as empresas adotem práticas transparentes e estejam alinhadas com legislações como a LGPD. Além disso, os sistemas precisam ser desenhados com cuidado para evitar vieses e desigualdades, assegurando justiça e equidade nas decisões automatizadas.

Assim, o futuro da IA na gestão comercial é cheio de possibilidades: mais sensível, mais personalizado e mais imersivo. Porém, esse avanço só fará sentido se vier acompanhado de responsabilidade ética. Ao equilibrar inovação e humanidade, as organizações poderão colher os frutos de um relacionamento mais profundo e significativo com seus clientes.

ESTUDO DE CASO: A APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA GESTÃO COMERCIAL DA COCA-COLA

Fundada em 1886, a Coca-Cola tornou-se um dos maiores ícones globais, com presença marcante em mais de 200 países e territórios. Para manter sua liderança e acompanhar as exigências de um mercado em constante metamorfose, a companhia tem apostado com força nas tecnologias emergentes, com destaque especial para a Inteligência Artificial (IA), como forma de refinar operações, enriquecer a experiência do cliente e impulsionar o marketing com mais precisão.

Antes de mergulhar no universo da IA, a empresa enfrentava dilemas típicos de gigantes globais: como personalizar campanhas para audiências tão diversas, como entender os desejos dos consumidores em tempo real, e como manter a eficiência de uma cadeia logística que se desdobra pelo mundo. Esses desafios exigiam respostas criativas e tecnológicas para preservar a relevância da marca frente à competitividade crescente.

Nos últimos anos, a Coca-Cola intensificou sua aposta na IA como aliada estratégica. Um dos marcos foi a parceria com a Microsoft, que resultou na modernização da infraestrutura digital por meio da nuvem Azure e no uso de assistentes baseados em IA, capazes de otimizar operações e transformar a comunicação com os consumidores (The Coca-Cola Company, 2024).

No campo do marketing, a marca inovou ao lançar a plataforma “Create Real Magic”, que une as capacidades do GPT-4 e do DALL-E, da OpenAI. Essa iniciativa permite que artistas e consumidores criem cartões de Natal personalizados, utilizando elementos clássicos da Coca-Cola, como os ursos polares e o icônico Papai Noel de Haddon Sundblom. Ao revisitar esses símbolos, a marca reconecta passado e presente, encantando novas gerações (Marketing Dive, 2024).

Outro passo ousado foi o uso da IA generativa na campanha “Masterpiece”, onde obras de arte ganham vida por meio de animações turbinadas por IA e se entrelaçam a cenas reais. O resultado é uma narrativa visual sofisticada, que amplia os horizontes criativos da marca (Geospatial World, 2022). A empresa também implantou máquinas de venda automática inteligentes, conectadas à internet e equipadas com IA. Essas máquinas analisam o comportamento do consumidor em tempo real, permitindo personalização de ofertas, ajuste de estoques e, claro, uma experiência de compra mais fluida e eficaz (Deloitte, 2023).

Todas essas ações sinalizam o compromisso da Coca-Cola em abraçar a inovação sem abrir mão de sua essência. A IA vem sendo integrada de forma estratégica, reforçando a proposta de valor da marca, aprimorando o contato com o público e consolidando sua liderança em um setor em transformação. A IA trouxe ganhos concretos: campanhas mais eficazes, como a “Share a Coke”, que usou dados para personalizar rótulos com nomes e alavancou as vendas em 2%, e operações internas mais ágeis, graças aos assistentes digitais e à infraestrutura em nuvem, fortalecida pela parceria com a Microsoft (Forbes, 2023).

As máquinas inteligentes também contribuíram para um controle de estoque mais preciso e uma jornada de compra ajustada às preferências locais, aumentando a satisfação do consumidor. Além disso, ferramentas baseadas em IA têm sido aplicadas à logística, com análises preditivas que antecipam demandas e otimizam o fluxo de suprimentos (Benlev, 2023).

O “Masterpiece” voltou a se destacar como exemplo do poder criativo da IA na publicidade, reafirmando a aposta da empresa em narrativas visuais que encantam e envolvem. Nesse processo de transformação, a Coca-Cola reconhece que a tecnologia não caminha sozinha: há desafios como capacitação de equipes e conformidade com normas de privacidade, que exigem atenção redobrada.

Ainda assim, a empresa reforça que a IA não substitui a criatividade humana, mas a amplifica. Para o futuro, os planos da Coca-Cola envolvem expandir o uso da IA em áreas como sustentabilidade e gestão de cadeias de suprimento, sempre buscando equilibrar eficiência com conexão humana, ingrediente que, afinal, continua sendo o segredo mais valioso da marca.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As transformações impulsionadas pela Inteligência Artificial (IA) vêm moldando, com traços firmes e irreversíveis, o futuro da gestão comercial. Como evidenciado ao longo deste estudo, sobretudo por meio do caso da Coca-Cola, a IA não surge como uma substituta fria e mecânica da ação humana, mas sim como uma aliada estratégica, capaz de ampliar o horizonte da inovação e enriquecer a experiência do consumidor. Entre os principais ganhos, destacam-se a automação inteligente de tarefas repetitivas, a precisão das análises preditivas, o refinamento das personalizações e a gestão mais eficiente de recursos, elementos que posicionam a IA como uma tecnologia indispensável à competitividade das organizações atuais.

Contudo, esse avanço não ocorre sem percalços. Barreiras como a resistência cultural dentro das empresas, dilemas éticos envolvendo a privacidade de dados e os limites ainda existentes na compreensão das nuances emocionais humanas exigem atenção cuidadosa. Diante disso, torna-se essencial que as organizações invistam continuamente na formação técnica e na maturidade digital de suas equipes, promovendo uma transição mais fluida, consciente e produtiva rumo à transformação tecnológica.

Em resposta à indagação central deste artigo, se a IA substitui ou complementa o trabalho humano na gestão comercial, compreende-se que seu verdadeiro valor está justamente em seu caráter complementar. A força da gestão contemporânea reside na sinergia entre o raciocínio computacional e a intuição humana, entre dados e empatia. Essa combinação desponta como a chave para um futuro mais sustentável, adaptável e competitivo.

Por fim, este estudo oferece contribuições relevantes à literatura acadêmica ao aprofundar a discussão sobre a aplicação prática e estratégica da IA na gestão comercial. Além disso, propõe-se a servir como guia para empresas que buscam adotar essas tecnologias com ética, planejamento e sensibilidade frente às mudanças constantes do mercado digital. 

Sugere-se, ainda, que pesquisas futuras ampliem esse debate, explorando outros setores e casos empresariais, a fim de compreender de forma mais ampla como a IA pode gerar vantagens competitivas duradouras e diferenciadas em contextos comerciais diversos.

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Acesso em: 2024-09-03.

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