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Resumo
INTRODUÇÃO
O presente artigo abordou como tema o uso do lúdico a favor do processo de alfabetização, como se trata de uma ferramenta que deve ser considerada como absolutamente enriquecedora, principalmente quando escolhida com cautela e planejamento por parte dos educadores.
O objetivo foi demonstrar quais as possibilidades de uso de recursos lúdicos, de uma maneira que contribua com o processo de alfabetização dos estudantes, através de uma proposta que visa contemplar a aprendizagem de uma maneira pedagógica e também recreativa, algo que se mostra como uma ferramenta de extrema importância para esse público se motivar.
A metodologia adotada foi à pesquisa de cunho bibliográfico, tendo sido realizadas diversas pesquisas em publicações e obras de autores renomados, e que muito contribuíram com o desenvolvimento do presente tema específico.
A fundamentação adotou fatores que são alcançados com elevado índice de proficiência através do trabalho voltado para o uso de recursos lúdicos, como, por exemplo, a criatividade, a imaginação, o estímulo e a construção de um ambiente de trabalho diário, que se alinhe as necessidades dos estudantes e que a alfabetização ocorra de uma maneira articulada.
O artigo visa contribuir para que mais educadores tenham uma visão mais holística sobre como existem metodologias de ensino que auxiliam no enriquecimento cultural dos discentes, e claro, observem o potencial que os recursos lúdicos possuem para alfabetizar o público infantil, inclusive, de uma maneira muito enriquecedora e construtiva, capaz de elencar as necessidades que os estudantes apresentam, até pela complexidade que existe na alfabetização.
Nas considerações finais, os leitores podem observar como é preciso que os educadores infantis contem com novas possibilidades de ensino, e se preparem para a oferta desse tipo de recurso, para que seja transformada em uma atividade producente, enriquecedora e holística para todo o público infantil.
DESENVOLVIMENTO
A utilização do lúdico, representa uma das principais possibilidades, para que os educadores infantis tenham a possibilidade de realizarem um trabalho de maior qualidade em prol da alfabetização de alunos na modalidade de educação infantil (Carvalho, 2004).
Uma maneira absolutamente clara, de se promover uma metodologia de ensino que vá além dos recursos tradicionais de ensino, o que para os educandos, representa uma faceta motivacional muito maior.
Para os educadores que trabalham com o público infantil, trata-se de uma questão fundamental compreender como o público infantil acredita que a escola representa uma sequência do que encontram no dia a dia em suas rotinas diárias.
Manter a essência desses educandos, representa, sem dúvidas, uma das principais possibilidades que o processo de formação de educandos apresenta, e como se isso não bastasse, possibilita a construção de um ambiente muito mais dinâmico para as crianças, algo que elas apreciam muito.
A proposta do uso de recursos lúdicos na alfabetização é clara, que os alunos aprendam brincando, no entanto, há de se ter extrema cautela com relação ao desenvolvimento, da dinâmica como um todo (Porto, 2003).
Os alunos necessitam observar de uma maneira clara, que se trata de um aprendizado, uma vez que, a alfabetização representa algo extremamente complexo, e que deve ser ofertado em etapas, até para que todos os alunos tenham a oportunidade de aprenderem da mesma maneira.
Eis uma questão peremptória, precípua e que merece uma reflexão maior, pelo simples fato de que a educação infantil, vem atuando fortemente no sentido de ampliar a qualificação dos educandos, e ao mesmo tempo, visa combater a excludencia que ainda existe, e que por muitos é considerado como um fator natural.
A forma como os educandos são avaliados, nem sempre condiz com o nível de aprendizagem que os educandos possuem, e a alfabetização de uma maneira geral, pela sua complexidade, geralmente expõe algumas falhas repetitivas que os alunos cometem (Porto, 2003).
No entanto, isso não quer dizer de maneira alguma que os estudantes não aprenderam, e sim, de uma falha na fixação dos conteúdos, essa é a mentalidade que os profissionais da modalidade de educação infantil possuem, ou pelo menos deveriam possuir (Carvalho, 2004).
Com efeito, o lúdico representa uma ferramenta que visa auxiliar os educandos da modalidade de educação infantil, a afixarem os conteúdos de uma maneira mais divertida e ao mesmo tempo eficaz.
Os métodos de ensino que os educadores da modalidade de educação infantil possuem, representa um componente exponencial de auxílio aos alunos, principalmente quando os mesmos representam um lembrete para esse público.
São as experiências positivas, que fazem com que os educandos da modalidade de educação infantil, ou seja, as crianças, consigam aprender os mais diversos conteúdos de uma maneira mais proficiente.
Aproximar aquilo que as crianças vivenciam na escola, com o que as mesmas demonstram ser mais prazeroso, eis uma condição que os educadores infantis quase sempre buscam desenvolver, um local em que as crianças apenas se preocupem em brincar, interagindo com os demais, com os educadores observando e promovendo a mediação nos momentos em que verdadeiramente se fazem necessários.
Tais atividades podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que possibilite instaurar um estado de inteireza: uma dinâmica de integração grupal ou de sensibilização, um trabalho de recorte e colagem, uma das muitas expressões dos jogos dramáticos, exercícios de relaxamento e respiração, uma ciranda, movimentos expressivos, atividades rítmicas, entre outras tantas possibilidades. Mais importante, porém, do que o tipo de atividade é a forma como é orientada e como é experienciada, e o porquê de estar sendo realizada. Ela deve permitir que cada um possa se expressar livre e solidariamente, que as couraças, bloqueios que se estabelecem, possam ser flexibilizadas e que haja um maior fluxo de energia (Rocha, 2019, p. 50).
As atividades lúdicas apresentam exatamente essa essência, e essa é uma virtude que passa a ganhar um nível de importância ainda maior, a partir do momento em que os educadores saibam como mediar esses momentos.
Eis um componente que pode ser considerado como fundamental, a forma como os professores da modalidade de educação infantil, se posicionam perante os conteúdos e atividades que envolvem o lúdico.
O lúdico também representa a habilidade que as crianças possuem de manusearem os recursos que estão a sua disposição de uma maneira mais clara, que permita a sua compreensão, e os educadores de maneira alguma, podem deixar de estimular esse tipo de ação (Santa, 2002).
A construção do conhecimento que é possibilitado pelo uso de recursos lúdicos, se mostra como um componente absolutamente enriquecedor, possibilitando que os educandos observem as letras, por exemplo, de uma maneira muito mais clara e específica, o que contribui amplamente para o seu aprendizado.
Nem sempre os educadores infantis possuem essa semântica com relação ao uso do lúdico, uma vez que, não conseguem promover uma mediação de qualidade, e permitem que os educandos na maior parte do tempo, realizem as atividades sozinhos, o que representa um erro crasso, e que não pode ser cometido de maneira alguma, caso contrário, as atividades lúdicas não surtirão o efeito desejado.
Pelo contrário, os educandos necessitam ser desafiados mesmo na modalidade de educação infantil, contudo, os educadores devem ser participativos, e isso de uma maneira aguda, orientando os estudantes a trabalharem em conjunto, a fim de promoverem uma verdadeira troca de experiências (Santa, 2002).
Nesse sentido, as atividades lúdicas também incentivam muito a criatividade do público infantil, o que representa acima de tudo, uma qualidade que faz grande diferencial nesse sentido.
Para que a alfabetização aconteça, o primeiro passo a ser dado pelo público infantil, é que o mesmo aprenda o alfabeto, eis uma questão que deve ser considerada como basilar pelos docentes, a partir do momento em que os profissionais conseguem observarem, que a produção do público infantil está sendo positiva, o mesmo pode ofertar conteúdos mais complexos.
Como, por exemplo, a formação das primeiras palavras e ou mesmo as sílabas, o que já assegura uma eficiência muito maior para que as crianças aprendam de uma maneira correta, precisa, que lhes deem o suporte para avançarem mais no campo do conhecimento (Santos, 2002).
O lúdico contém letras, que ajudam as crianças a observarem e promoverem uma inter-relação entre os elementos que se encontram diante da mesma, com o material que necessita ser aprendido.
Eis uma questão que deve ser considerada como extremamente desafiadora, ampla e como se isso não bastasse, peremptória, a maneira como o público infantil, através do manuseio do lúdico, tem a possibilidade de se organizar, esquematizar seus conhecimentos novos.
A base cultural que o lúdico apresenta, e que ajuda muito, para que os estudantes consigam ser alfabetizados de uma maneira mais aguda, também representa um componente que necessita ser valorizado.
Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o momento vivido. Possibilita a quem a vivencia, momentos de encontro consigo e com o outro, momentos de fantasia e de realidade, de ressignificação e percepção, momentos de autoconhecimento e conhecimento do outro, de cuidar de si e olhar para o outro, momentos de vida, de expressividade (Luckesi, 2020, p. 57).
Mesmo que a criança consiga apenas ver a atividade como uma brincadeira, ou seja, de brincar com as mesmas letras por alguns momentos, ainda assim, se trata de uma estratégia de aprendizagem em alfabetização extremamente interessante.
Muitas vezes, os educadores infantis tentam romper com métodos pragmáticos, onde as crianças aprendem de uma maneira superficial, e o uso dos recursos lúdicos possui esse ínterim, principalmente quando se oferta a esse alunado, uma real possibilidade de se realizar descobertas.
Brincando a criança consegue aprender de uma maneira muito mais suave, e essa representa uma vantagem absolutamente incondicional por parte desses discentes, que desejam adquirir um maior conhecimento, de visualizar os conteúdos de uma maneira mais atrativa (Fortuna, 2001).
Ao mesmo tempo em que permite ao educador infantil promover uma formação muito mais enriquecedora sobre os educandos, o que representa uma condição fundamental, afinal de contas, o processo de socialização representa uma vertente que também vem sendo trabalhada com muita intensidade pelos educadores infantis, e felizmente, o lúdico representa uma ferramenta tão completa, que também auxilia nessa prática.
O papel do professor nessa fase inicial da alfabetização é muitas vezes decisivo na forma como a criança vai desenvolver-se nesse processo e necessita sempre haver um planejamento e um monitoramento específico nesse sentido, afinal de contas, existem pequenos fatores apresentados pelas crianças, que podem ser um diferencial para a sua aprendizagem ou não (F, 2001).
O professor deve compreender e visualizar claramente as limitações de cada uma e proporcionar um ambiente e atividades que facilitem o processo, para que a criança se desenvolva como os demais. É necessária a compreensão de que aprender leva tempo e mostrar para as crianças que cada aprendizado, por mais simples que seja, é importante e significativo (Frantz, 2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo aborda algumas das principais peculiaridades que o uso dos recursos lúdicos apresentam, e como os mesmos agregam em relação ao processo de alfabetização, sem dúvida, uma das etapas mais importantes da escolarização dos estudantes como um todo.
De uma maneira geral, o lúdico estimula amplamente as crianças a aprenderem sobre o que representa a alfabetização de uma maneira muito mais sistematizada, oferecendo uma fixação muito mais clara dos conteúdos que são ofertadas.
Eis um componente que os educadores da modalidade de educação infantil devem possuir para beneficiar o seu alunado, a maneira como os discentes necessitam observar os conteúdos que devem ser ofertados de uma maneira mais clara, que se alinhe ao seu estágio de desenvolvimento.
A maneira como o aluno também deve ser estimulado, o que para o público infantil, se mostra verdadeiramente eficiente, enriquecedor e mais próximo de sua realidade, o que permite a esses educandos, um nível de interação muito maior com aquilo que necessita ser aprendido.
O lúdico estimula amplamente a criatividade do público infantil, isso sem falar na possibilidade que as mesmas têm de se organizarem, claro, isso ao seu modo, trata-se de um conjunto de experiências amplamente benéficas, permitidas pelo emprego desses recursos em sala de aula.
A criança não pode ingressar na escola para ser um ser reprodutivista, esse é um ponto que os educadores infantis trabalham com maior afinco, ou seja, é preciso que as mesmas tenham a possibilidade de trabalharem as suas habilidades, e o estímulo é fundamental nesse sentido.
Por essa razão, quando a criança ingressa no modelo de educação que permite seu desenvolvimento, o lúdico atua como material base para a formação da criança, no entanto, existe uma questão que necessita ser ponderada, é a de que não se pode atribuir a ludicidade apenas às brincadeiras.
É preciso que os professores que atuam na modalidade de educação infantil, verdadeiramente apresentem estratégias de ensino que possam ser interpretadas como positivas pelos estudantes, e que a alfabetização seja mais dinâmica, permitindo uma maior interação entre o aluno.
Algo que ainda representa um grande desafio para os docentes que atuam na modalidade de educação infantil, e como se isso não bastasse, o trabalho a ser desenvolvido com o lúdico necessita alcançar uma proposta pedagógica que ajude o alunado a afixar os conhecimentos de uma maneira maior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, M. Guia prático do alfabetizador. 5 ed. São Paulo, SP: Atica, 2004.
FORTUNA, T. Formando professores na Universidade para brincar. In: SANTOS, Santa Marli P.dos (org.). A ludicidade como ciência. Petrópolis: Vozes, 2001.
FRANTZ, M. H. Z. A literatura nas séries iniciais. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
LUCKESI, C. Educação, ludicidade e prevenção das neuroses futuras: uma proposta pedagógica a partir da Biossíntese. In: LUCKESI, Cipriano Carlos (org.) Ludopedagogia – Ensaios 1: Educação e Ludicidade. Salvador: Gepel, 2020.
PORTO, C. L. Brinquedo e brincadeira na brinquedoteca. In KRAMER, S. Infância e produção cultural. Campinas: Papirus, 2003.
ROCHA, R. Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias! São Paulo, SP: Moderna, 2019.
SANTA, M. P. S. Brinquedoteca – a Criança, o Adulto e o Lúdico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
SANTOS, J. R. A Pirilampeia e os dois meninos de Tatipurum. 13 ed. São Paulo, SP: Ática, 2012.
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