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Resumo
INTRODUÇÃO
O presente artigo adotou como tema os jogos psicopedagógicos e o uso do lúdico na psicopedagogia, como se trata de uma série de recursos que agrega na formação social dos educandos, algo que deve ser considerado como um diferencial na educação modernista na atualidade.
O objetivo foi demonstrar como o lúdico reúne todas as condições para auxiliar os educandos no processo de ensino e aprendizagem, principalmente para aqueles que podem apresentar algumas dificuldades com a adaptação ao ambiente educacional, um problema que vem ganhando uma projeção maior na atualidade.
A metodologia adotada foi a pesquisa de cunho bibliográfico, tendo sido realizadas diversas consultas em publicações e obras de autores renomados, que muito contribuíram com o desenvolvimento do presente tema específicos.
A pesquisa se justifica pela necessidade de demonstrar como a psicopedagogia representa uma ciência que verdadeiramente se alinha aos eixos fundamentais, pautados nos parâmetros educacionais atuais, algo que por essa razão, necessita ser muito enaltecido, como um diferencial para que o processo de ensino e aprendizagem ocorra de uma maneira mais efetiva.
A fundamentação apontou fatores que se alinham ao que representa um cenário psicopedagógico voltado à construção de um ambiente criativo, harmonioso e potencializador dos estudantes, algo que verdadeiramente faça a diferença na realidade do alunado atual.
O artigo promoveu uma reflexão voltada ao desenvolvimento social dos educandos, como os mesmos devem apresentar um comportamento que possa ser considerado como absolutamente aceitável, mantendo suas relações cordiais com os demais que se encontram inseridos no mesmo ambiente.
Nas considerações finais, os leitores podem observar como se trata de um trabalho muito enriquecedor que os educadores podem oferecer para o alunado a oferta de jogos psicopedagógicos, promovendo uma construção educacional, cultural e cognitiva mais intensas.
DESENVOLVIMENTO
A ludicidade apresenta-se como uma forma de enriquecer amplamente a qualidade do processo de ensino e aprendizagem dos educandos, sendo possível usar as mesmas nas mais diversas modalidades educacionais existentes (Rodrigues; Oliveira, 2016).
É preciso dizer, que ainda existem muitas pessoas que se encontram inseridos no meio educacional, que simplesmente não reconhecem o poderio que o lúdico possui para os educandos, ou seja, como se trata de um verdadeiro conjunto de técnicas de ensino, que se alinham as mais diversos fatores que os educandos necessitam trabalhar no dia a dia em sala de aula.
No entanto, tem chamado muito a atenção nos últimos anos, como os psicopedagogos vêm adotando o lúdico como uma ferramenta de extrema importância, enriquecedora, que se alinham às necessidades de promover uma descoberta maior sobre a personalidade do educando.
Algo que serve como um sinal de alerta, a partir do momento em que a criança apresenta algum tipo de anomalia comportamental, que representa algo que vem ganhando uma notoriedade maior na educação, haja vista que, se trata de um número cada vez maior de discentes apresentando essa característica (Rodrigues; Oliveira, 2016).
É fundamental que os psicopedagogos desenvolvam uma possibilidade maior de observarem o comportamento dos alunos, e mais do que isso, como ocorre a sua interação com os demais que se encontram inseridos no mesmo ambiente (Pereira, 2019).
Claro que o conceito de modernização também deve sempre ser levado em consideração e por essa razão, ganha espaço na maneira como os estudantes se comportam, até porque o meio acaba influenciando as pessoas de uma maneira mais acintosa.
Os avanços tecnológicos influenciam a forma como o indivíduo vivencia suas experiências e busca o conhecimento sempre é algo que os psicopedagogos ponderam, visando estudar de uma maneira pormenorizada o dia a dia desse alunado, de modo que o universo infantil passa por diversas transformações.
Com efeito, acaba sendo necessária a reflexão sobre a relação que estabelece entre o meio e a reprodução de conceitos, que sempre pode ser considerada como uma barreira ao pleno desenvolvimento cultural e social das pessoas (Modesto; Rúbio, 2014).
Muitas vezes, o processo de ensino aprendizagem pode ser algo complicado para o aluno, uma vez que cada um vive uma realidade, de modo que, o psicopedagogo tem a função de observar todas essas arestas de uma maneira pormenorizada, que lhes permita conhecer um pouco melhor a essência do seu alunado.
A psicopedagogia tem uma missão muito complexa, mas, de importância basilar na educação, uma vez que, essa ciência busca possibilidades de intervenções individuais ou em grupos, dependendo de cada realidade vivenciada a fim de ajudar pessoas com problemas de aprendizagem, sendo o lúdico e a ludicidade importantes recursos nesse processo.
O mais importante a ser denotado, se trata do fato de o lúdico conseguir contribuir para que os educadores, assim como os psicopedagogos, possam observar seus educandos em um estado mais puro e bruto, sem que haja qualquer tipo de interferência no determinado momento (Freinet, 2018).
Claro que é preciso que os profissionais da educação saibam como escolher as melhores opções com relação às atividades lúdicas que devem ser ofertadas, bem como a idealização de um planejamento que se alinhe às necessidades de todo o alunado envolvido em um mesmo espaço.
O que representa o verdadeiro diferencial que a psicopedagogia consegue promover, a partir do momento em que adota como estratégia de ensino, a instituição de atividades lúdicas, ou seja, permitindo que os educandos explorem diversas de suas qualidades em plenitude.
O jogo, nas suas variadas formas, auxilia no processo da aprendizagem, tanto no desenvolvimento cognitivo, psicomotor como também no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenrolar da imaginação, da interpretação, da criatividade, a obtenção e organização de pensamento, que por sua vez, acontecem quando brincamos e jogamos, quando se obedecem às regras, tudo é um fator determinante para aprendizagem tanto no âmbito educacional como no social, etc (Poletto, 2005, p. 57).
Também pesa a favor do uso do uso lúdico o estímulo à fortificação dos laços sociais, principalmente pela possibilidade de os psicopedagogos usarem esse recurso para o trabalho em grupo, e que verdadeiramente apresenta-se como um componente que promove um grande diferencial nesse sentido.
No ponto de vista psicopedagógico, o uso do lúdico auxilia a fortalecer laços de extrema importância, principalmente que visam auxiliar os educandos a estarem inseridos em um viés mais harmonioso, promovendo uma verdadeira troca de estímulos (Freinet, 2018).
Então, o ambiente em que as pessoas se encontram inseridas, assim como as condições vivenciadas pelas crianças, bem como o educar e o cuidar podem interferir na ludicidade, o acúmulo de experiências e saberes, visto que a criança deve ser inserida em um ambiente que favoreça a fantasia e o imaginário para que haja o seu desenvolvimento integral.
Algo que vem sendo considerada como uma das principais metas que o processo de formação de pessoas na atualidade vem vivenciando, inclusive, esse é um dos principais papéis que os psicopedagogos vêm desenvolvendo no ambiente educacional (Rau, 2004).
Posteriormente, a criança encara o jogo como uma fonte de prazer e começa a envolver o seu corpo até que chega o momento em que ela demonstra atenção a tudo aquilo que a cerca.
Representando uma maneira de extrema importância para estimulação e ao mesmo tempo, o ato de desafiar os educandos que verdadeiramente precisam desse tipo de ação, e como se isso não bastasse, as propostas de desenvolvimento de uma educação reflexiva, também contribuem de uma maneira basilar com a plenitude do desenvolvimento cultural do alunado.
Quando se fala em uma aresta de aprendizagem, que possa ser considerada como enriquecedora, fundamental que se leve em consideração a necessidade de o ambiente educacional estar direcionado a cada faixa etária, ou seja, como o mesmo deve ser voltado para a plenitude desse alunado (Rau, 2004).
Caso os alunos não consigam verdadeiramente compreender o ambiente educacional como estruturado, a ponto de as suas relações sociais serem desenvolvidas da melhor maneira possível, passa a haver um nível de dificuldades muito mais acentuadas para que esse público atinja o seu apogeu cultural.
Logo, a psicopedagogia desempenha papel fundamental na aprendizagem nos mais diversos tipos de aspectos, pois colabora na elaboração de práticas de ensino capazes de melhorar a qualidade por meio da ludicidade, algo que se mostra capaz de elencar todas as necessidades desse alunado.
Quando se fala nos jogos psicopedagógicos, esse representa um tema de extrema importância, uma vez que, são recursos que vão além de simplesmente auxiliar no processo de socialização, e sim, de culminar com um viés investigativo, algo que é de extrema importância e que deve ser desenvolvido da melhor maneira possível, de acordo com os ambientes em que cada aluno se encontra inserido (Modesto; Rúbio, 2014).
Existem educandos que tendem a apresentar um comportamento que não é considerado aceitável no ambiente escolar, e que verdadeiramente representa um desafio ao psicopedagogo, como, por exemplo, um comportamento agressivo e que coloque em risco a integridade dos demais.
Quando ocorre esse tipo de ato, realizado por qualquer tipo de estudante, contudo, principalmente por parte dos educandos que possuem uma baixa faixa etária, que podem simplesmente desenvolverem um problema em uma dimensão cada vez mais grave, e que deve ser trabalhado pelos psicopedagogos de uma maneira mais proficiente.
O brincar deve ser conduzido de modo planejado ao ser utilizado em uma intervenção psicopedagógica, pois, através dele, a criança poderá se comunicar de forma mais completa, consigo mesma e com o mundo, além de viabilizar a incorporação de valores culturais e sociais, possibilitando ao profissional trabalhar conteúdos que ultrapassem a aprendizagem, como autoestima, cooperação, autoconhecimento e autoimagem (Fantin, 2009, p. 45).
As atividades lúdicas na psicopedagogia colaboram para que os educandos tenham um melhor desempenho e desenvolvam suas habilidades intelectuais. A ludicidade é um excelente recurso para o atendimento psicopedagógico, pois promove a vinculação cognitiva à aprendizagem, sendo fundamental que durante as intervenções a criança vá se reconhecendo e construa sua própria forma de aprender (Macedo, 2004).
O desenvolvimento intelectual pode ser considerado como um viés de extrema importância, e deve ser estimulado de uma maneira que se alinhe às necessidades de uma proposta educacional enriquecedora, culturalizando e que estimule a criatividade do alunado.
Ao utilizar os jogos, as brincadeiras e a ludicidade em suas avaliações ou intervenções, o psicopedagogo objetiva resgatar os aspectos emocionais, afetivos e cognitivos dos conteúdos ministrados pelo educador em sala de aula, motivando o educando a buscar uma aprendizagem prazerosa. Destaca-se que ao utilizar recursos lúdicos, o profissional de psicopedagogia deve esclarecer o porquê, para quem e quais recursos utilizar, considerando as dificuldades identificadas e a superação das mesmas.
É importante pontuar também que as atividades lúdicas podem ser utilizadas em intervenções de caráter preventivo e curativo, principalmente a ser adotado na modalidade de educação infantil, onde se pode fazer um trabalho mais sistematizado (Macedo, 2004).
Isso quer dizer, que os psicopedagogos reúnem uma possibilidade de realizarem um trabalho de cunho preventivo, a partir do momento em que identificam algum tipo de problema comportamental dos educandos, ao mesmo tempo em que passa a haver a necessidade de se investigar a raiz do problema, ainda que esse não seja originário dentro do ambiente educacional.
Os jogos pedagógicos devem ser explorados na intervenção psicopedagógica, visto que brincar é universal e rompe as fronteiras entre o diagnóstico e o tratamento, fazendo com que aquele passe a ter caráter terapêutico.
O lúdico e a ludicidade apresentam algumas distinções que os psicopedagogos conhecem muito bem, como, por exemplo, em casos de intervenções psicopedagógicas, auxiliam no desenvolvimento cognitivo, na expressão motora e corporal (Rodrigues, 2013).
A brincadeira em grupo favorece alguns princípios como o compartilhar, a cooperação, a liderança, a competição, a obediência e as regras, mas, também a um respeito maior com as opiniões que são diferentes das suas.
Não é a toa que o educador infantil venha passando a atuar como mediador de cada atividade, principalmente em relação às brincadeiras, e o que é mais importante, existe um estímulo para que cada vez mais um número mais elevado de educandos participem, o que quer dizer que não se estimula a separação dos gêneros (Bacelar, 2009).
Algo que era muito comum no passado, e que vem caindo em desuso, como, por exemplo, as brincadeiras para meninos e as específicas para as meninas, o educador infantil através de um planejamento bem elaborado, opta por selecionar as atividades que podem ser compartilhadas por todos, sem exceção.
Se o enfoque é promover a imaginação desse alunado, é difícil observar que haja algum tipo de benefício a segregação desse alunado por gênero, até pelo fato de que a escola necessita preparar seus estudantes para o modelo de vida em sociedade que encontrarão pela frente, ou seja, com o compartilhamento dos mesmos ideais (Bacelar, 2009).
Por essa razão, fazer com que as crianças aprendam a brincar juntas, é algo que necessita se valorizado, que esse público aprenda desde pequenos que as diferenças existem, mas, que necessitam ser valorizadas e não serem um pretexto para que haja algum tipo de discriminação.
O educador inicialmente apresenta a atividade e a maneira como a mesma deva ser realizada, entretanto, permitindo que as crianças possam realizar as suas mudanças, desde que todas as demais concordam, o que é algo um pouco complexo de ocorrer, se tornando o motivo principal para a intervenção dos profissionais (Pinazza; Festa, 2017).
De fato, é possível compreender que a aprendizagem através do lúdico é mais enriquecedora quando planejada e estimulada, pois, a mesma propicia à criança um aprender divertido, o que representa uma grande vantagem, justamente pelo fato de ser sem cobranças acadêmicas que o ensino regular aplica e que tende a dificultar o processo de ensino e aprendizagem, a atividade lúdica desenvolve as habilidades cognitivas, por meio dos jogos a criança aprende a controlar os seus impulsos, a esperar, aumenta sua autoestima e independência, servindo também para diminuir frustrações, pois através do brincar a criança reproduz situações vividas no seu cotidiano, algo sempre muito importante.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O arranjo de brinquedos, para interação das crianças, é de suma importância para que a criança descubra o universo lúdico e se relacione com a cultura existente. Ao analisar a forma como os alunos aprendem por meio de jogos e brincadeiras, o professor poderá buscar novos métodos de aprendizado que proporcionem o desenvolvimento integral da criança.
Através do lúdico, a criança passa por diversas transformações cognitivas, motoras, sociais e afetivas, e isso demonstra como o psicopedagogo é primordial, pois possibilita o aprimoramento dos conhecimentos.
A imaginação das crianças começa a ser estimulada quando o educador permite que as mesmas possam encontrar detalhes de cada um dos personagens, ou mesmo do ambiente em que a trama acontece, com a sua vida cotidiana
É muito comum que as crianças encontrem características dos pais, mães, irmãos, enfim, das pessoas com quem conseguem conviver de uma maneira mais latente, e isso serve de experiência para que a troca de informações com as demais crianças aconteça de uma maneira muito mais enriquecedora e dinâmica e que o psicopedagogo pode observar no ambiente educacional.
A aprendizagem lúdica está ligada ao processo de conhecimento ativo da criança, sendo a participação da mesma nas atividades propostas, interagindo de forma significativa e produtiva. A partir dos materiais disponibilizados e diferenciados a criança desenvolve esse conhecimento ativo. A criança ao aprender ludicamente tem a possibilidade de ser um sujeito participativo no seu processo de aprendizagem.
O brinquedo como suporte da brincadeira tem papel estimulante para a criança no momento da ação lúdica. Tanto o brinquedo como a brincadeira, permite a exploração do seu potencial criativo de uma sequência de ações libertas e naturais em que à imaginação se apresenta como atração principal. Através da brincadeira a criança envolve-se no jogo e sente a necessidade de interagir com o outro.
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