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Resumo
INTRODUÇÃO
A formação continuada de professores tem se mostrado essencial para responder aos desafios educacionais contemporâneos, especialmente em contextos específicos como o atendimento em classes hospitalares. Esses ambientes educativos, voltados para crianças e adolescentes em situação de hospitalização, exigem dos educadores não apenas domínio técnico-pedagógico, mas também habilidades específicas para lidar com questões emocionais, sociais e de saúde. Nesse sentido, a formação continuada surge como uma estratégia indispensável para garantir a qualificação desses profissionais, promovendo práticas pedagógicas inovadoras e inclusivas que atendam às necessidades desse público vulnerável.
No Brasil, a formação de professores para atuar em classes hospitalares é ainda insuficiente. Estudos recentes apontam lacunas tanto na formação inicial quanto na continuada desses profissionais, o que compromete a eficácia das práticas pedagógicas nesse contexto (Marques, 2018; Custódio; Silva, 2019). Apesar de a legislação brasileira reconhecer a importância desse atendimento, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e a Lei nº 13.716/2018, a implementação de políticas efetivas e a oferta de programas de formação específicos ainda são desafios significativos (Teixeira et al., 2019). Assim, é urgente explorar práticas inovadoras e perspectivas que ampliem a eficácia da formação continuada para professores que atuam em classes hospitalares.
Este trabalho tem como objetivo analisar as perspectivas e práticas inovadoras na formação continuada de professores para o atendimento em classes hospitalares, buscando compreender como essas estratégias podem contribuir para uma educação de qualidade nesse contexto. A pesquisa, de natureza bibliográfica, baseia-se na análise de literatura acadêmica relevante e atualizada sobre o tema, incluindo estudos empíricos e teóricos que abordam tanto os desafios quanto às potencialidades da formação docente voltada para esse público específico.
A escolha pela metodologia bibliográfica justifica-se pela amplitude e profundidade que ela oferece ao possibilitar o levantamento e análise crítica de múltiplas abordagens sobre o tema. Foram analisados textos que tratam das condições de formação inicial e continuada de professores, bem como dos impactos de práticas pedagógicas específicas para o atendimento educacional em classes hospitalares. Essa abordagem permite identificar não apenas as lacunas e desafios existentes, mas também os avanços alcançados e as oportunidades para a implementação de práticas inovadoras.
Compreender e promover a formação continuada de professores para classes hospitalares é fundamental para garantir o direito à educação das crianças e adolescentes hospitalizados. Ao explorar as perspectivas e práticas que têm se mostrado mais eficazes, espera-se contribuir para o avanço das políticas públicas e para o fortalecimento da pedagogia hospitalar como um campo essencial da educação inclusiva no Brasil.
DESENVOLVIMENTO
CENÁRIO DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO BRASIL
As transformações significativas nos cenários de formação de professores no Brasil têm sido uma resposta aos desafios contemporâneos enfrentados pela educação. Novas tendências e cenários incluem a Formação Continuada Online, a Aprendizagem Ativa e Prática Reflexiva, Abordagens Interdisciplinares, Inclusão e Diversidade, Ênfase em Competências Socioemocionais, Parcerias com a Comunidade, Ênfase em Metodologias Ativas e Internacionalização da Educação.
Com o progresso da tecnologia, os programas de formação continuada para professores têm se expandido para plataformas online, proporcionando maior flexibilidade de acesso e a oportunidade para os professores participarem de cursos e workshops sem a necessidade de deslocamento (Meirinhos, 2006).
Há uma crescente ênfase na Aprendizagem Ativa, que envolve os professores em experiências práticas e reflexivas. Eles são encorajados a aplicar novas abordagens pedagógicas em sala de aula e a refletir sobre sua prática para aprimoramento contínuo, e consequentemente, desenvolverem um trabalho na escola onde todos os alunos se envolvam, sentindo-se parte do processo.
A formação de professores tem buscado integrar abordagens interdisciplinares, preparando-os para lidar com a complexidade das questões contemporâneas e promovendo a integração de diferentes disciplinas em projetos educacionais. A ideia é fazer com que todos os professores da escola assumam o compromisso em desenvolver habilidades fundamentais que são requisitos básicos para compreenderem qualquer item em qualquer disciplina. Por isso, a integração das abordagens interdisciplinares é considerada pelos programas de formações como a mais eficaz.
Azevedo (2024) menciona que há diversidades e muitas diferenças na sociedade, que constituem indivíduos desiguais e, por isso, “não se pode usar o direito igual para todos, ou seja, não se pode tratar igualmente os desiguais, pois, assim, a desigualdade é perpetuada”. Diante da necessidade de se promover uma educação mais inclusiva, os programas de formação de professores têm se concentrado na sensibilização em relação à diversidade, capacitação para lidar com alunos com necessidades especiais (PCD) e estratégias para promover a equidade no ambiente educacional.
A BNCC (2020) ao abordar as competências e habilidades, reconhecendo a importância das competências socioemocionais no processo educacional, demonstra que a formação de professores agora inclui o treinamento para desenvolver habilidades como empatia, trabalho em equipe e resolução de conflitos, uma vez que os cenários de formação estão cada vez mais incorporando parcerias com a comunidade local, integrando experiências práticas em ambientes comunitários para fornecer aos professores uma compreensão mais profunda do contexto em que trabalham.
Para manter uma educação de qualidade, a necessidade de discussão coletiva entre os profissionais da Educação, deve ter como visão melhorias por meio das metodologias ativas. A aprendizagem é mais efetiva quando os alunos têm a oportunidade de experimentar a teoria na prática. Por isso, a formação de professores está abandonando abordagens tradicionais e adotando metodologias ativas que incentivam a participação ativa, a resolução de problemas e a aplicação prática do conhecimento (Moran, 2017).
Com a globalização, observa-se uma tendência crescente para a internacionalização da educação, incluindo intercâmbio de professores, participação em programas internacionais e a incorporação de perspectivas globais nos currículos de formação.
O cenário da formação de professores no Brasil tem passado por mudanças significativas em resposta aos desafios contemporâneos da educação. Dentre essas transformações, destacam-se a crescente oferta de programas de formação continuada online, a adoção de práticas pedagógicas mais ativas e reflexivas, a integração de abordagens interdisciplinares, o foco na inclusão e diversidade, a valorização das competências socioemocionais e a internacionalização da educação (Ferreira; Silva, 2020).
Com o avanço da tecnologia, a formação continuada online tem se destacado como uma alternativa flexível e acessível para os professores aprimorarem suas habilidades e conhecimentos, sem a necessidade de deslocamento físico. Paralelamente, há uma ênfase crescente na aprendizagem ativa, que envolve os educadores em experiências práticas e reflexivas, incentivando a aplicação de novas abordagens pedagógicas em sala de aula (Barbosa; Silva, 2020).
Além disso, a formação de professores tem buscado integrar abordagens interdisciplinares, preparando-os para lidar com a complexidade das questões contemporâneas e promovendo a integração de diferentes disciplinas em projetos educacionais. Nesse contexto, a inclusão e diversidade também se tornaram foco central, exigindo dos programas de formação sensibilização em relação à diversidade, capacitação para lidar com alunos com necessidades especiais e estratégias para promover a equidade no ambiente educacional (Pimenta, 2019).
Outro ponto crucial é a valorização das competências socioemocionais, reconhecendo a importância dessas habilidades no processo educacional. Os professores são agora treinados para desenvolver habilidades como empatia, trabalho em equipe e resolução de conflitos, visando o desenvolvimento integral dos alunos. Além disso, a internacionalização da educação tornou-se uma tendência, com oportunidades de intercâmbio de professores e a incorporação de perspectivas globais nos currículos de formação (Ferreira; Silva, 2020).
Essas mudanças refletem a necessidade de os professores estarem preparados para enfrentar os desafios complexos da educação contemporânea, promovendo práticas mais inovadoras, inclusivas e alinhadas com as demandas da sociedade atual. Através de uma abordagem integrada e holística, os programas de formação de professores buscam capacitar os educadores para atenderem às necessidades diversificadas dos alunos e contribuírem de forma significativa para o avanço da educação no Brasil (Pimenta, 2019).
Nesse contexto dinâmico, novas abordagens e perspectivas continuam a surgir. Por exemplo, a tecnologia desempenha um papel cada vez mais central na formação de professores, não apenas facilitando o acesso a programas de desenvolvimento profissional, mas também oferecendo ferramentas inovadoras para promover a aprendizagem dos alunos. A realidade virtual, por exemplo, está sendo explorada como uma maneira de simular situações de sala de aula e proporcionar aos futuros professores uma experiência prática mais imersiva (Barbosa; Silva, 2020).
PERSPECTIVAS E PRÁTICAS INOVADORAS NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES PARA CLASSES HOSPITALARES
A formação continuada de professores que atuam em classes hospitalares desempenha um papel fundamental na garantia de uma educação de qualidade para crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade decorrentes de problemas de saúde. Esses ambientes exigem não apenas habilidades pedagógicas tradicionais, mas também conhecimentos específicos sobre tecnologias assistivas, adaptações curriculares e práticas inclusivas que possibilitem o desenvolvimento integral dos estudantes hospitalizados. Nesse sentido, práticas inovadoras surgem como instrumentos indispensáveis para a superação dos desafios impostos pela complexidade desse contexto.
As tecnologias assistivas, por exemplo, têm sido amplamente discutidas como uma estratégia para potencializar as oportunidades de aprendizagem em classes hospitalares. Oliveira, Nascimento e Eleotério (2018) destacam que o uso dessas tecnologias, incluindo dispositivos adaptados e softwares educacionais específicos, é essencial para garantir a inclusão de alunos com deficiências ou em tratamento oncológico. Entretanto, o sucesso dessa abordagem depende da capacitação dos professores, que precisam estar preparados para operar tais ferramentas de maneira eficaz e significativa. Esse treinamento demanda um esforço conjunto entre instituições de ensino, órgãos governamentais e a sociedade civil, visto que a implementação dessas tecnologias requer não apenas conhecimento técnico, mas também sensibilidade pedagógica.
Outro aspecto relevante é a necessidade de adaptações curriculares e práticas pedagógicas que considerem as peculiaridades do ambiente hospitalar. Pacco e Gonçalves (2017) enfatizam que os professores que atuam nessas classes precisam ser capazes de elaborar planejamentos individualizados, que integrem as condições clínicas e psicossociais dos estudantes ao processo de ensino-aprendizagem. Essas adaptações não são apenas necessárias, mas obrigatórias, para garantir que o direito à educação seja respeitado de forma equitativa. Nesse sentido, a formação continuada deve oferecer aos educadores oportunidades para desenvolver competências que vão além da mera transmissão de conteúdos, promovendo práticas pedagógicas reflexivas e inovadoras.
Apesar dos avanços no reconhecimento da importância das classes hospitalares, como a legislação brasileira demonstra, especialmente com a Lei nº 13.716/2018, que assegura o atendimento educacional em contextos hospitalares e domiciliares, ainda existem lacunas significativas na formação inicial e continuada desses profissionais. Santos (2021) destaca que a ausência de diretrizes nacionais claras e de uma política pública robusta específica para a formação de professores de classes hospitalares compromete a qualidade do atendimento prestado. Embora iniciativas locais e regionais demonstrem esforços nesse sentido, é evidente que tais ações precisam ser articuladas em um plano nacional mais abrangente.
Além disso, a pandemia de COVID-19 trouxe à tona novos desafios e oportunidades para a educação hospitalar. O ensino remoto e híbrido emergiu como alternativa para a continuidade do processo educativo durante períodos de internação, mas, conforme Oliveira e Marin (2016), essas modalidades também evidenciaram desigualdades no acesso à tecnologia e na capacitação docente para lidar com essas ferramentas. Nesse cenário, o uso de plataformas digitais para formação de professores e o desenvolvimento de recursos educacionais inovadores, como jogos digitais e realidade virtual, têm se mostrado promissores. Contudo, como enfatizam Prados, Giordano e Gradjean-Thomsen (2019), é preciso garantir que essas tecnologias sejam acessíveis e que os professores sejam devidamente capacitados para integrá-las às suas práticas pedagógicas.
Por fim, é fundamental reconhecer que o desenvolvimento de políticas públicas mais robustas, aliadas a investimentos em formação docente, é imprescindível para transformar o atendimento educacional em classes hospitalares. A literatura aponta, de maneira contundente, que a formação continuada deve ser compreendida como um processo dinâmico e permanente, capaz de articular teoria e prática, investigação e reflexão crítica. A construção de um sistema educacional inclusivo e de qualidade exige o comprometimento de múltiplos atores sociais, bem como a superação de barreiras estruturais e culturais que ainda permeiam o campo da educação hospitalar. Somente por meio de uma abordagem colaborativa e integrada será possível garantir que todas as crianças e adolescentes, independentemente de sua condição de saúde, tenham acesso a uma educação significativa e transformadora.
DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA A FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES EM CLASSES HOSPITALARES
A formação inicial de professores para atuar em classes hospitalares enfrenta desafios significativos, que envolvem tanto lacunas nos currículos dos cursos de pedagogia quanto a falta de articulação entre as demandas específicas desse campo e os conteúdos abordados na graduação. Como destaca Marques (2018), os cursos de pedagogia raramente incluem disciplinas ou conteúdos voltados para a pedagogia hospitalar, o que faz com que muitos futuros pedagogos concluam sua formação sem conhecimento ou preparo para atuar em contextos não convencionais como os hospitais.
A ausência de formação específica resulta na precarização das práticas pedagógicas e na dificuldade dos professores em lidar com as complexidades do ambiente hospitalar. Custódio e Silva (2019) ressaltam que a falta de preparo dos educadores limita sua atuação, comprometendo a continuidade do processo de aprendizagem de crianças hospitalizadas. Esse déficit formativo é agravado pela falta de clareza sobre o papel do pedagogo nesse contexto, que vai além do ensino tradicional, exigindo a mediação entre a criança hospitalizada, o ambiente clínico e os aspectos pedagógicos.
Outro ponto de destaque é a falta de integração entre os setores de saúde e educação, que compromete a eficiência das classes hospitalares. Schmengler, Freitas e Pavão (2018) argumentam que, embora haja políticas públicas que amparem a educação hospitalar, a implementação efetiva ainda depende de esforços coordenados entre profissionais de diferentes áreas. Essa lacuna evidencia a necessidade de currículos de pedagogia que contemplem uma abordagem interdisciplinar, preparando os futuros educadores para dialogar com equipes de saúde e compreender as especificidades do ambiente hospitalar.
No que diz respeito às políticas públicas, Teixeira et al. (2019) destacam a importância de regulamentações que garantam a formação específica para professores que atuam em classes hospitalares. Apesar de avanços como a inclusão desse atendimento na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996) e a criação de diretrizes específicas para educação especial, ainda faltam programas de formação continuada e recursos adequados para apoiar os educadores na prática diária.
A pesquisa de Santos et al. (2020) sobre a classe hospitalar Semear do Recife exemplifica a relevância de iniciativas locais e regionais que valorizam a pedagogia hospitalar como um campo específico de atuação. Nesse caso, a classe hospitalar é apresentada como um espaço fundamental para a continuidade do processo de escolarização de crianças hospitalizadas, evitando a evasão escolar e promovendo o desenvolvimento integral desses estudantes. No entanto, a replicação dessa experiência para outros contextos depende diretamente da formação adequada de professores e da disseminação de boas práticas pedagógicas.
Para enfrentar esses desafios, é fundamental que as universidades ampliem seus currículos de pedagogia, incorporando disciplinas específicas que abordem a educação hospitalar de forma abrangente. Além disso, é necessário que essas instituições promovam estágios em classes hospitalares e estabeleçam parcerias com hospitais e outras organizações de saúde, como sugerido por Marques (2018). A formação inicial precisa ser repensada de forma a garantir que os futuros pedagogos não apenas compreendam a legislação e as políticas públicas relacionadas às classes hospitalares, mas também desenvolvam competências práticas e reflexivas para atuar com qualidade nesse contexto tão singular.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A formação continuada de professores para o atendimento educacional em classes hospitalares é uma questão fundamental para garantir o direito à educação de crianças e adolescentes hospitalizados, conforme assegurado pela legislação brasileira. Este estudo abordou as perspectivas e práticas inovadoras voltadas para a capacitação docente nesse contexto, destacando tanto os desafios quanto às oportunidades que emergem nesse campo.
Ao longo da pesquisa, ficou evidente que as classes hospitalares representam um espaço pedagógico único, onde a interação entre saúde e educação exige competências específicas dos educadores. Apesar dos avanços em políticas públicas, como a Lei nº 13.716/2018, que consolida o atendimento educacional em ambientes hospitalares e domiciliares, ainda há lacunas significativas na formação inicial e continuada desses profissionais. Tais lacunas comprometem a eficácia das práticas pedagógicas e dificultam a implementação de estratégias inclusivas e inovadoras.
A análise demonstrou que práticas como o uso de tecnologias assistivas, a adaptação curricular e o desenvolvimento de competências socioemocionais são fundamentais para atender às necessidades dos estudantes hospitalizados. Além disso, a integração de metodologias ativas e a utilização de recursos tecnológicos, como plataformas digitais e realidade virtual, têm o potencial de enriquecer a experiência de aprendizagem, tanto para os educandos quanto para os professores. Contudo, a eficácia dessas práticas depende de programas de formação continuada que sejam acessíveis, bem estruturados e adaptados às especificidades das classes hospitalares.
Outro aspecto relevante é a necessidade de maior articulação entre os setores de saúde e educação. Essa colaboração é essencial para a criação de ambientes hospitalares que favoreçam a aprendizagem e para o desenvolvimento de políticas públicas mais robustas, capazes de garantir recursos e suporte aos professores. Além disso, a pesquisa destacou a importância de uma abordagem interdisciplinar, que permita aos educadores dialogar com profissionais de saúde e compreender melhor o contexto clínico e psicossocial dos alunos.
As práticas inovadoras discutidas neste trabalho apontam para um caminho promissor, mas sua efetiva implementação requer investimento contínuo em formação docente, tanto inicial quanto continuada. Instituições de ensino superior, órgãos governamentais e organizações da sociedade civil desempenham papéis cruciais nesse processo, promovendo iniciativas que valorizem e fortaleçam a pedagogia hospitalar.
Conclui-se que a formação continuada de professores para o atendimento em classes hospitalares é um elemento indispensável para a construção de uma educação inclusiva e de qualidade. Somente por meio de uma abordagem integrada, que valorize a inovação e reconheça as especificidades desse campo, será possível transformar as classes hospitalares em espaços efetivos de aprendizagem e desenvolvimento para todos os estudantes hospitalizados. Assim, espera-se que este estudo contribua para o avanço das discussões acadêmicas e práticas educacionais voltadas para essa importante área da educação.
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