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Resumo
INTRODUÇÃO
Ao fundir a arte com a psicologia, conseguem gerar um elemento lúdico para estudar as emoções contidas de pacientes que não se sentem confortáveis em expressar em palavras seus problemas centrais. É aqui que a arteterapia surge como uma ferramenta que compartilha o fazer com a reflexão. Tipo de terapia artística que consiste na utilização da arte como forma terapêutica para curar distúrbios psicológicos, tratar medos, bloqueios pessoais, traumas passados e outros transtornos (Calixto, 2020).
A arteterapia é uma modalidade de terapia artística que consiste na utilização da arte como via terapêutica. É usado para curar distúrbios psicológicos, tratar medos, bloqueios pessoais, traumas passados. Mas para além de fins meramente terapêuticos, a Arteterapia é uma técnica de desenvolvimento pessoal, autoconhecimento e expressão emocional (Marins et al., 2020).
Trazer a arte como medida educativa promove o desenvolvimento cognitivo e sensorial pelo contato das emoções com os conhecimentos que adquirem por meio de uma exposição ao mesmo tempo informativa e prática. Levar a psicologia por uma modalidade não convencional ajuda a prevenir decisões erradas e, portanto, passos errados. Mostrando-lhes que existem formas alternativas de resolver problemas, pois está demonstrado que as más decisões surgem através de más experiências e feridas emocionais não curadas (De Carvalho Vieira, 2017).
A arte tem uma dimensão muito ampla no que diz respeito à influência que pode ter na infância das crianças em todas as áreas que abrange: cultural, histórica, estética, educacional, intelectual, criativa, antropológica, religiosa. Dessa forma, a pergunta deste trabalho é: como a arteterapia pode ser utilizada no cuidado emocional na infância?
O objetivo geral da pesquisa é discutir o uso da arteterapia como ferramenta para o cuidado emocional na infância
DESENVOLVIMENTO
Esta política é expressa em atenções, ofertas de programas e projetos que afetam a geração de melhores condições para meninas, crianças e suas famílias nos primeiros anos de vida, constituindo uma grande oportunidade para progresso abrangente para eles e para eles e para o desenvolvimento sustentável do país (Silva, 2021).
Atualmente, o Ministério da Educação Nacional assume e desenvolve a linha técnica da educação inicial, desde o quadro de cuidados abrangentes, como um direito impossível e como uma das estruturas de cuidados abrangentes, em conformidade com as disposições do quadro da estratégia nacional para cuidados abrangentes com a primeira infância de zero um sempre, da qual um conjunto de ações intersetoriais e articuladas que visa promover e garantir o desenvolvimento integral da primeira infância de uma abordagem de direitos está sendo promovida, o que é constituído em um horizonte de sentido Para garantir que cada criança e toda criança tenha as condições necessárias para crescer e viver a primeira infância (Antoniazzi et al., 2016).
Na educação inicial, as crianças aprendem a coexistir com outros seres humanos, para estabelecer laços afetivos com pares e adultos significativos, diferentes daqueles de sua família, para se relacionar com o ambiente natural, social e cultural; Para ser conhecido, ser mais autônomo, desenvolver autoconfiança, ter cuidado e cuidar dos outros, sentir-se seguro, participantes, ouvidos, reconhecidos; Para fazer e fazer perguntas, investigar e formular explicações próprias sobre o mundo em que vivem, descobrir diferentes formas de expressão, para decifrar as lógicas em que a vida se move, para resolver problemas diários, para se surpreender pelas possibilidades de movimento oferecidas pelo seu corpo, para apropriar-se e tornar seus hábitos de vida saudáveis, enriquecer sua linguagem e construir sua identidade em relação à sua família, sua comunidade, sua cultura, seu território e seu país (Silva, 2021).
É um momento na primeira infância em que aprendem a encontrar maneiras múltiplas e diversas de serem meninas e crianças enquanto desfrutam de experiências de brincadeiras, arte, literatura e exploração ambiental, que são constituídas nas atividades da primeira infância. Essas atividades têm um lugar líder na educação inicial, uma vez que aumentam o desenvolvimento de meninas e crianças das interações e relacionamentos que estabelecem na vida cotidiana. Nesse sentido, eles são atividades constitutivas do desenvolvimento integral de meninas e crianças e são assumidos como elementos que guiam o trabalho pedagógico (Barbosa; Portella, 2002).
O jogo é um reflexo da cultura, a dinâmica social de uma comunidade e, nele, as meninas e as crianças representam as construções e desenvolvimentos de sua vida e contexto. Quanto à literatura, é a arte de brincar com palavras escritas e tradição oral, que fazem parte do acervo familiar da família e do contexto das meninas e filhos. Por sua vez, a exploração do ambiente é a aprendizagem da vida e tudo o que está em torno dele; É um processo que incentiva e fundamenta a aprendizagem a conhecer e entender que são sociais, culturais, físicos e naturais estão em interação permanente. Por sua vez, a arte representa as múltiplas línguas artísticas que transcendem a palavra para resolver a expressão plástica e visual, música, expressão corporal e jogo dramático (Antoniazzi et al., 2016).
Por natureza, o ser humano é um criador e ser capaz de se comunicar e expressar suas ideias, pensamentos e sentimentos recorrem a uma diversidade de idiomas que usam diferentes símbolos e códigos que representam, organizam e agruparam os significados e significativos: Notações musicais, paleta de cores e alfabetos, entre muitos outros. Através de ideias de arte, emoções, preocupações e perspectivas de ver a vida são manifestadas através de derrames, ritmos, gestos e movimentos que são feitos de significado (Ostetto; Leite, 2012).
A arte está presente na vida de cada pessoa e é compartilhada de diversas maneiras. Promove a representação da experiência através de símbolos que podem ser verbais, corporais, sonorosos, plásticos e visuais, entre outros. Desta forma, promovendo a exploração e a expressão através de várias línguas artísticas para encontrar o que não apenas faz os indivíduos únicos, mas conecta-os a uma comunidade, é fundamental na primeira infância, uma vez que leva a estabelecer numerosas conexões: consigo mesmo, com outros, com contexto e cultura. Desta forma, a arte, desde o início da vida, permite entrar em contato com o legado cultural de uma sociedade e com o meio ambiente que envolve a família (Silva, 2021).
Se aceita na educação que as artes visuais têm um papel fundamental na fase da educação básica, os professores devem implantar um esforço maior em seu trabalho profissional para contribuir para o aprendizado significativo do aluno e desenvolver seu potencial criativo através dos diferentes idiomas. De expressão visual e plástica. Nessa perspectiva, as abordagens, métodos e práticas de ensino inovadoras podem contribuir para a melhoria da aprendizagem com base em competências artísticas, sendo capazes de enriquecer as faculdades imaginativas e simbólicas de meninos e meninas (Ostetto; Leite, 2012).
De acordo com Gardner (2001), indivíduos que querem participar de uma maneira significativa na percepção artística têm a aprender a decodificar, “ler”, os vários veículos simbólicos presentes na cultura; Indivíduos que querem participar da criação artística têm que aprender a manipular, de que maneira “escrever com” as várias formas simbólicas presentes em sua cultura; E, finalmente, indivíduos que querem se comprometer plenamente no campo artístico devem ser feitos com o domínio de certos conceitos artísticos fundamentais.
A aprendizagem através de artes visuais na escola se torna um processo transformador que envolve a pessoa em construção de conhecimento sociocultural e educacional que maximiza o desenvolvimento de habilidades, competências e geração de atitudes e valores socialmente significativos, para um contexto determinado, em que os atores do mesmo, são transformados e transformados a referência (Silva, 2021).
Esta construção de experiências de treinamento afeta a aprendizagem com a perspectiva das artes visuais e o desenvolvimento da criatividade como transformando ferramentas de corpo docentes, porque propõem a expansão das práticas de ensino a garantir, em estudantes e estudantes, estilos e experiências de aprendizagem que permitem promover o desenvolvimento de Sensibilidade, identidade cultural, desenvolvimento intelectual, trabalho criativo, expressão pessoal e cooperação social. Da mesma forma, dá aos professores ferramentas pedagógicas para identificar, nos grupos de seus alunos, as características da personalidade criativa, entendem a criatividade como um processo e criatividade de valor como um produto. Desta forma, surge que a capacidade criativa das pessoas implica uma evolução da estimulação precoce, mas principalmente pode ser fortalecida na escola de três anos de idade, caso contrário, existe um risco dessa diminuição durante os níveis mais altos de escolaridade (Ostetto; Leite, 2012).
MATERIAL E MÉTODOS
A metodologia desta revisão bibliográfica qualitativa seguiu um processo rigoroso de identificação, seleção e análise dos estudos pertinentes ao tema da arteterapia e seu impacto no cuidado emocional na infância. A busca foi conduzida em bases de dados acadêmicas e bibliotecas digitais reconhecidas pela sua relevância e abrangência em pesquisas científicas. As principais fontes consultadas foram PubMed, focada em literatura biomédica e ciências da saúde; PsycINFO, especializada em psicologia e áreas afins; SciELO, uma biblioteca eletrônica de artigos científicos de diversas áreas do conhecimento com forte presença de trabalhos em português; Google Scholar, uma ferramenta de pesquisa acadêmica abrangente que indexa uma vasta gama de artigos científicos; e ERIC (Education Resources Information Center), uma base de dados específica para educação e áreas correlatas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A educação em geral, e a educação inicial, em particular, deve procurar um pensamento múltiplo e diversificado que permita a abordagem que as vezes demanda, permitindo a análise de fenômenos multidimensionais onde os diversos são respeitados, o caos é vislumbrado e, ao mesmo tempo, a unidade é reconhecida. Isso implica a transposição de causalidade linear, por uma causalidade multi-referencial, que busca responder aos complexos desafios, para enfrentar as incertezas e, ao mesmo tempo, educar para a compreensão humana (Silva, 2021).
A arte favorece uma maneira de pensar abertos e livres, com base na empatia, identificação e projeção. Essas disposições apontam para o reconhecimento e respeito do outro, a compreensão das necessidades de abertura, simpatia, generosidade. O entendimento assim compreendido não é um ato cognitivo, mas sim no campo relacional, onde o reconhecimento não é apenas o reconhecimento do outro como um ato de pensamento. Em vez disso, a compreensão é aberta através da recepção, emoção e atitudes favoráveis em relação aos outros. Esta é a primeira porta que abre nossa arte (Araújo, 2015).
Ao falar sobre as artes visuais, a menção também é feita para as artes plásticas. Entre essas expressões, desenho, pintura, gravação e escultura, e outros contemporâneos, como fotografia, vídeo e mídia digital são reconhecidos. Eles também cobriam demonstrações que usam o espaço como um elemento importante a intervir, assim como o caso das instalações. Outros combinam elementos de expressão dramática e corporal e podem envolver a participação do público, já que acontece com ações artísticas, como desempenho. Essas linguagens artísticas favorecem a valorização, a expressão e a representação de ideias, seres, espaços, emoções, memórias e sensações. Assim, expressões visuais e plásticas se tornam uma linguagem do pensamento de crianças (Antoniazzi et al., 2016).
As crianças nas aulas de arte têm um comportamento diferente de outras classes, como Ciências, Linguagem, Social; Entre outros, por trabalharem com base em critérios criativos, imaginação, processos com mais liberdade, e observando os resultados a cada passo que dão: as artes visuais nas oficinas, seja desenho, pintura ou modelagem escultórica, torna-se uma forma de educar eficaz, simples e isso não só os diverte, mas também maximiza suas capacidades e sua consciência da realidade cotidiana: eles não serão artistas, mas aprenderão a compreender uma nova forma de comunicação, do concreto ao abstrato: eles conseguem mostrar suas emoções e expressam-se de forma adequada. A contribuição mais importante das artes para a vida humana depois da escola foi o fortalecimento dos recursos emocionais e imaginativos da personalidade. Na verdade, as artes dão às crianças novas capacidades de compreender a sua própria pessoa e a dos outros (Melo, Silva, 2020).
A expressão plástica e visual é uma forma de comunicação que permite às crianças aprimorar suas capacidades criativas e expressivas. A expressão artística das crianças, através da experimentação livre, proporciona-lhes a possibilidade de captar o seu mundo interior, os seus sentimentos e sensações, através da imaginação, fantasia e criatividade na exploração de novas estruturas e recursos (Oliveira, Hernández, 2020).
Para favorecer e facilitar que o processo evolutivo de cada menino e menina seja equilibrado, é necessário ter os elementos e materiais que permitam o desenvolvimento dessa expressividade e levar em conta que, à medida que o cérebro evolui, eles devem ser desenvolvidos e utilizados os diversas potencialidades e habilidades dos dois hemisférios cerebrais, de modo que não só se busque a produtividade, mas também que a mente seja sã e feliz e possa ser eficaz no compromisso social e pessoal. Geralmente, tem havido uma tendência de educar o hemisfério esquerdo (que é o racional, lógico, analítico e verbal), deixando de lado a atenção e a educação do hemisfério direito (que é o emocional, perceptivo, intuitivo e analógico). Mas devemos atentar para o fato de que todo o corpo está presente no gesto, por exemplo, quando as crianças desenham (Pozas, 2020).
Estamos imersos em uma sociedade indiscutivelmente visual e auditiva, repleta de imagens e em contínuo processo de evolução. Técnicas, suportes, materiais e ferramentas todos relacionados com a representação e surgidos ao longo dos séculos XIX, XX e XXI permitem e facilitam aos nossos alunos hoje o acesso à criação e manipulação de imagens, a uma produção quase generalizada e ao uso do plástico e linguagem visual como nunca. Para aproveitar e aumentar a conscientização sobre tudo isso, é necessária uma formação adequada desde a infância (Melo, Silva, 2020).
Hoje entendemos que o desenvolvimento da expressão plástica na Educação Infantil está diretamente relacionado à necessidade de expressão da criança, com sua forma de conhecer, explorar e administrar no espaço, fazendo desenhos, construções, instalações e até performances. Desse ponto de vista, a criança é um artista total que precisa se expressar em todos os níveis, e as artes fornecem a ela um quadro especial, talvez até único, de expressão pessoal (Gardner, 1995). Nessa perspectiva, as artes são uma ferramenta para explorar e descobrir o mundo ao seu redor.
A educação artística interessou-se quase exclusivamente pelo desenvolvimento da criatividade, e considera que “não detém o monopólio nesta área”, já que outras áreas também são adequadas para cultivar o que chama de “pensamento criativo” dos alunos. Um dos objetivos mais interessantes que almeja tem a ver com a cultura e seu papel nas obras de arte (Silva, 2016).
As artes nos transportam para mundos de fantasia; eles chamam nossa atenção para aspectos aparentemente triviais e nos permitem achar valor neles; as artes impactam nossas emoções. Eisner dá especial importância ao caráter expressivo da arte, tanto a nível produtivo como a nível contemplativo. Eisner explica que com o termo caráter expressivo quero dizer a qualidade vital – a capacidade de sentir que o objeto visual provoca. Este último aspecto é extremamente interessante, pois, como explica Vigotsky (1988), “a experiência e a pesquisa mostraram que um fato impregnado de um matiz emocional é lembrado com mais solidez, firmeza e por muito tempo do que um indiferente”.
A situação da arte na sociedade moderna e sua fraca presença nos ambientes escolares obriga-nos a construir uma base cada vez mais consistente que reúna as diferentes perspectivas a partir das quais se reavalia a importância da arte na vida humana, porque a arte é uma necessidade primária e representa a possibilidade. de redimir o homem do acelerado processo de desumanização da sociedade atual (Silva, 2016).
A psicologia de Vygotsky para o aprendizado das artes tem algumas implicações muito interessantes e valiosas. Afirma que a aprendizagem supõe a internalização da cultura; a humanidade cria sua cultura por meio do uso de símbolos (principalmente a linguagem), incluindo a arte; por fim, o estudo da arte não deve ser feito isoladamente, mas sim em relação ao contexto social (Oliveira, Hernández, 2020).
É verdade que grande parte do nosso aprendizado se deve à mediação social. Nossa cultura é extremamente importante para nossas estruturas de conhecimento (basta comparar o que uma pessoa pode aprender no meio rural e outra na área urbana; uma pessoa que vive em um país muito quente e outra que vive em um país com temperaturas extremamente baixas. O fator cultural da aprendizagem é fundamental: a pessoa do meio rural saberá ordenhar uma vaca enquanto a pessoa do meio urbano saberá usar aplicativos móveis para o transporte público), e também têm grande importância para a arte (Barbosa, Coutinho, 2011).
Piaget (1971) considerou que o desenvolvimento cognitivo é o resultado de processos internos, por meio dos quais o indivíduo constrói representações de seu mundo externo. Essas representações estão se tornando cada vez mais adequadas para explicar e prever eventos no ambiente: elas entendem e se adaptam, ou seja, aprendem. No entanto, Piaget não leva em consideração um fator fundamental: as interações de alguns indivíduos com outros também geram aprendizagem, algo que Vygotsky introduz em sua teoria (Balestra, 2007).
A importância do legado de Piaget e Vygotsky é incalculável no campo da educação e, embora nenhum deles tenha se limitado exclusivamente ao estudo das artes, eles inspiraram outros autores que se dedicaram a lançar luz sobre uma questão um tanto espinhosa. psicologia. A psicologia de Piaget deu origem à perspectiva do processo simbólico, a de Vygotsky às teorias cognitivas socioculturais. Ambas as teorias são construtivistas: no processo dos símbolos, “estes são manipulados, modificados, construídos e reconstruídos. A mente, que está na cabeça, é a atividade construtiva que cria representações simbólicas do mundo e por meio da qual o indivíduo passa a conhecê-lo; na perspectiva sociocultural, o conhecimento é construído nas e por meio das transações sociais, mas também é construído. A mente não está na cabeça, mas por meio das interações sociais o indivíduo constrói e adquire conhecimento de normas e cultura (Balestra, 2007).
A psicologia de Vygotsky para o aprendizado das artes tem algumas implicações muito interessantes e valiosas. Afirma que a aprendizagem supõe a internalização da cultura; a humanidade cria sua cultura por meio do uso de símbolos (principalmente a linguagem), incluindo a arte; por fim, o estudo da arte não deve ser feito isoladamente, mas sim em relação ao contexto social. O fator cultural da aprendizagem é fundamental: a pessoa do meio rural saberá ordenhar uma vaca enquanto a pessoa do meio urbano saberá usar aplicativos móveis para o transporte público), e têm grande importância para a arte (Barbosa, Coutinho, 2011).
Numa perspectiva evolutiva, o desenvolvimento das artes plásticas começa assim que a criança traça as suas primeiras características, e fá-lo inventando as suas próprias formas e colocando algo de si, à sua maneira única. Desde um simples conjunto próprio até as mais complexas formas de produção criativa, o processo é fundamentalmente o mesmo. É possível diferenciar algumas etapas do processo de evolução do indivíduo, as mesmas que são identificadas por uma série de indicações: as características comuns de desenvolvimento do gráfico; a forma de distribuição do espaço; como aplicar a cor etc. (Oliveira, Hernández, 2020).
Uma política de equidade deve ter um forte carácter preventivo e não tanto de correção de problemas já surgidos, por isso é fundamental investir mais nas políticas de educação e acolhimento na primeira infância e na educação parental. Isto significa que a afetividade e as emoções devem ser abordadas principalmente, uma vez que são fatores importantes no desenvolvimento de um ambiente inclusivo na escola e pelo seu impacto na aprendizagem dos alunos. As emoções são muito importantes no contexto escolar, por isso é necessário educar emocionalmente os alunos para estabelecer uma relação com a arteterapia (Calixto, 2020).
É no campo da expressão artística que o sentido de amadurecimento e desenvolvimento se torna mais visível. Quando um bebê de um ano recebe um lápis, ele geralmente rabisca verticalmente, se a superfície de desenho for segurada verticalmente à sua frente; se o último for horizontal na mesa, os rabiscos serão horizontais; em qualquer caso, o tipo de golpe se deve ao fato de que a criança só consegue controlar o ombro para realizar um movimento de bombeamento, já que tem pouquíssima habilidade para direcionar o braço e a mão (Marins et al., 2020).
Enquanto criança na fase escolar, ele progressivamente controla seu ombro, e por sua vez se estende até o pulso, movendo-o para frente e para trás e fazendo-o girar, ele controla seus movimentos e aumenta sua destreza; assim, ele desenvolve o domínio constante do movimento, começa a ensaiar e inventar coisas e a fazer experiências com sua habilidade (Melo, Silva, 2020).
Quando uma criança desenha ou pinta, é muito mais do que alguns traços no papel. É uma expressão de toda a criança correspondente ao momento em que pinta ou desenha. Às vezes, as crianças podem ser totalmente absorvidas pela arte, então seu trabalho pode atingir uma profundidade real de sentimento e perfeição; outras vezes, o desenho pode ser simplesmente uma exploração de novos materiais; mas, mesmo neste caso, o desenho mostra o entusiasmo ou hesitação da criança em tentar uma nova tarefa (Calixto, 2020).
Assim como se pode dizer que não há duas crianças iguais, também é verdade que dos milhares de desenhos feitos por crianças, não há duas que não sejam iguais. Cada desenho reflete os sentimentos, a capacidade intelectual, o desenvolvimento físico, a atitude perceptiva, o fator criativo implícito, o gosto estético e até o desenvolvimento social do indivíduo. Mas não apenas todas essas propriedades estão refletidas nos desenhos, mas também todas as transformações pelas quais a criança passa à medida que crescem e se desenvolvem são delineadas neles (Barbosa, Coutinho, 2011).
A promoção da cultura visual tem a ver com ajudar os alunos a aprender a decodificar, por um lado, obras de arte de qualquer época e cultura; e, por outro lado, os valores e ideias que se materializam na cultura popular através dos elementos visuais que nos rodeiam. Em um mundo fundamentalmente visual, as pessoas que controlam as imagens que nos são mostradas têm um enorme poder na sociedade.
Devemos, portanto, ser capazes de transmitir e ensinar aos nossos alunos como as pessoas são influenciadas pela mídia. Aprender a ler as mensagens de um texto visual ajuda-nos a proteger os direitos de uma pessoa e, por sua vez, permite-nos compreender a que interesses servem as imagens que nos rodeiam (Vasconcelos; Da Silva Moraes; Lima, 2020).
Por todas as teorias e ideias discutidas, é dada à arte a importância de ser um instrumento e ferramenta educacional que facilita a expressão criativa para canalizar emoções. Muitos autores têm concedido efeitos psicoterapêuticos às ações criativas, principalmente em bebês que utilizam a brincadeira como ferramenta para aliviar a ansiedade. Seria conveniente que as escolas tivessem como princípios básicos o brincar, a capacidade criativa e a arte, para promover a aprendizagem natural e a sua consequente relação social (Vasconcelos; Da Silva Moraes; Lima, 2020).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão bibliográfica qualitativa revelou a importância da arteterapia como uma ferramenta eficaz para promover o desenvolvimento emocional, o autoconhecimento e a expressão de sentimentos em crianças, contribuindo significativamente para seu bem-estar psicológico e social. As artes desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da criatividade na criança, pois através delas a criança exerce a sua flexibilidade, inovação e originalidade, dando lugar ao seu pensamento criativo para acabar numa obra de arte, são técnicas lúdicas, nas quais a criança é transportada para um ambiente de brincadeira e diversão para criar o que pensa, quer ou deseja.
As técnicas das artes refletem os sentimentos, emoções e sensações da criança, e estas podem ser utilizadas para a detecção de problemas ou para o seu tratamento, estão intimamente ligadas à educação, pois desenvolvem o pensamento criativo da criança, ajudam a exercitar a sua motricidade e, sobretudo, fazem da criança um ser imaginativo e inovador. As artes visuais e plásticas na formação atual, encontram-se na chamada Cultura Estética, que apesar de dar esse grande salto ao ampliá-las na Reforma, a metodologia de aplicação ainda é tradicional (modelos a seguir).
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