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Resumo
INTRODUÇÃO
Em pleno século XXI, períodos de inúmeras adaptações e transformações, faz- se necessário analisar os impactos do uso da tecnologia na nossa vida diária e, principalmente, em nossas relações pessoais. Por essa razão, esse projeto enfatiza a importância da utilização das novas tecnologias na EJA. O mundo globalizado que vivemos já está repleto de robôs nos mais variados campos profissionais; são diversas a quantidade de jogos eletrônicos, aplicativos e softwares que dominam, principalmente, adolescentes e jovens. Independentemente de onde ela for utilizada, o fato é que a tecnologia está presente em todos os lugares, ou pelo menos quase todos, na vida de uma pessoa. Analisando o significado, do ponto de vista etimológico, da palavra tecnologia, a palavra veio do grego e é resultado da formação de duas palavras.
De acordo com o Cunha (2019) a palavra tecnologia vem do grego techno-, de téchne que é traduzido pelo sentido de arte, habilidade. Ainda de acordo com Cunha (2019, p.626), o significado de tecno “se documenta em alguns compostos formados no próprio grego (como tecnologia)”. Nessa mesma raiz nascem as palavras técnica, técnico, tecnocracia, tecnocrata e etnografia. Já a palavra lógica, de acordo com Cunha (2019), tem origem no grego logos, cujo significado é tratado, estudo, teoria. Em outras palavras, a palavra tecnologia está associada ao estudo das técnicas.
Um ponto importante e necessário é a estreita relação que a educação foi construindo com a tecnologia, mas de acordo com Kenski (2012) houve um longo caminho que o “homem” teve de percorrer para chegar ao estágio de interrelacionar tecnologia com educação. Independentemente da cor, raça, credo, sexo ou situação socioeconômica, a sociedade precisa compreender os conceitos que estão relacionados a educação e tecnologia, pois o homem é um ser que vive em busca constante de aprender, conhecer, descobrir e descobrir- se. As tecnologias vieram para facilitar esse processo de descobertas e inovações crescem cada vez mais, graças ao uso das tecnologias. Entende-se que a educação é uma construção de conhecimentos e essa construção se torna evidente quando são utilizados alguns recursos tecnológicos.
Observa-se que muitos avanços foram dados no decorrer da história. Acontecimentos marcantes no mundo como por exemplo a ida do homem à Lua só foi possível graças aos avanços tecnológicos; o ENIAC, sigla para Electronic Numerical Integrator Analyzer and Computer, que foi criado justamente a pedido do Exército americano, com finalidades armamentistas; a clonagem da ovelha Dolly que ocorreu no meado da década de 90 foi possível graças a avanços não só na área das ciências, mas também da tecnologia; o que falar dos GPS que veio como um substituto das bússolas; entre tantos outros avanços ocorridos na história que fizeram estreitar a relação entre homem, natureza e tecnologia. Profissionais que são formados em cursos online, por exemplo, trazem como diferencial o domínio das novas tecnologias.
O homem sabe o que fazer, a questão é como fazer, quais os meios que ele utilizará e quais ferramentas ele precisa para executar determinada tarefa. Tecnologia também está associada a técnica, Miranda (2002) reitera afirmando categoricamente que “a tecnologia é fruto da aliança entre ciência e técnica”. De acordo com Rodrigues (2001) a palavra tecnologia tem a ver com razão do saber fazer. O conceito de tecnologia também está relacionado com a arte da técnica, da inovação, da modificação.
A Escola precisa ser esse espaço de promoção tecnológica e oferecer esse recurso gratuitamente às crianças. É lógico que seria preciso fazer um investimento e seria necessário a implementação de políticas públicas que favorecessem a inclusão digital na rede pública de ensino. A tecnologia, presente em quase todos os setores, ampliam os horizontes trazendo uma nova perspectiva. Os avanços tecnológicos vieram não só para trazer avanços significativos na rede básica de ensino, trouxe também inúmeros benefícios no ensino superior.
Para entendermos as implicações decorrentes da tecnologia, Kenski (2012) aponta que o avanço tecnológico que foi propagado nas últimas décadas alavancou a produção e a propagação de informações, em outras palavras a interação e comunicação passa a ser em tempo real, quando se fala. Kenski (2012) ainda cita que com o advento da tecnologia também surge uma linguagem tecnológica; além de ser destacado a linguagem oral, a linguagem escrita, ainda existe a linguagem digital. A linguagem digital seria a linguagem dos hipertextos e das hipermídias. Esse tipo de linguagem é uma linguagem onde é permitido e aceitável escrever por exemplo vc, ao invés de você; ñ ao invés de não; tb ao invés de também. Uma outra característica marcante da linguagem digital são os hipertextos e hipermídias que, segundo Kenski (2012, p. 32) vieram para facilitar a navegação:
Hipertextos e hipermídias reconfiguram as formas como lemos e acessamos as informações. A facilidade de navegação, manipulação e a liberdade de estrutura estimulam a parceria e a interação com o usuário. Ao ter acesso ao hipertexto, você não precisa ler tudo o que aparece na tela para depois seguir em frente. A estrutura do hipertexto permite que você salte entre os vários tipos de dados e encontre em algum lugar a informação de que precisa (KenskI,2012, p. 32).
É evidente que a utilização tão acentuada de recursos tecnológicos se tornou evidente até mesmo na linguagem, chegando ao ponto de ser criada uma linguagem própria para ela. Através da linguagem tecnológica podemos ver uma poesia, música, editar um texto no word, tudo simultaneamente com diversas janelas abertas. É um pouco complexo determinar se os recursos tecnológicos são bons ou ruins. No entanto, é preciso destacar que a tecnologia exerce uma forte influência sobre a sociedade. De acordo com Castells (1999, p. 43) há uma forte relação entre sociedade e tecnologia onde a sociedade é responsável pela transformação tecnológica:
É claro que a tecnologia não determina a sociedade. Nem a sociedade escreve o curso da transformação tecnológica, uma vez que muitos fatores, inclusive criatividade e iniciativa empreendedora, intervêm no processo de descoberta científica, inovação tecnológica e aplicações sociais, de forma que o resultado depende de um complexo de padrão interativo (Castells, 1999, p. 43).
É notável que a sociedade moderna está vivenciando um novo contexto, um novo momento. Como pode se observar o conceito de tecnologia está bastante interligado à sociedade, pois a tecnologia além de beneficiá-la, é feita e produzida por ela. O que dizer dos modelos antigos de aparelhos celulares que eram maiores e mais pesados, que não tinham capacidade para armazenar tantos arquivos, alguns nem aplicativos tinham em comparação aos modelos atuais; celulares mais leves, menores, que tiram tantas fotos em tempo real, são mais práticos.
A sociedade precisava de ferramentas que respondessem aos avanços ocorridos ao longo do tempo. De Giorgi (2008) afirma, categoricamente, que a sociedade contemporânea é caracterizada pela instabilidade e pela insegurança social. De acordo com Bauman (1999) o individualismo e o declínio da antiga ilusão do moderno são duas das características principais da sociedade contemporânea. A sociologia contemporânea evidencia que a sociedade é composta por um paradigma de modelo tecnológico, do narcisismo e do consumismo exacerbado. Esse modelo tecnológico do qual a sociedade faz parte vem justamente para satisfazer essa sociedade individualista, apressada e imediatista da qual estamos inseridos.
Estamos vivendo uma nova era, em que transações comerciais são realizadas de maneira globalizada, ao mesmo tempo, entre organizações e pessoas localizadas nos mais diversos cantos do planeta. Cientistas de todo o mundo se reúnem virtualmente para realizar pesquisas e discutir resultados. Grandes volumes de dados são transmitidos, transferidos de lugares distantes em questão de segundos, transformando o planeta numa imensa rede global. Neste novo momento social, o elemento comum aos diversos aspectos de funcionamento das sociedades emergentes é o tecnológico. Um “tecnológico” muito diferente, baseado numa nova cultura, a digital. A ciência, hoje, na forma de tecnologias, altera o cotidiano das pessoas e coloca-se em todos os espaços. Dessa forma, transforma o ritmo da produção histórica da existência humana. (Kenski, 2012, p. 40).
Essa sociedade atual está imersa na TICs e a geração Z, os nativos digitais, sabem muito bem como utilizá-la. O conceito de tecnologia, novamente, volta ao sentido de um instrumento social, utilizado pela sociedade. A tecnologia surge, na verdade, como um ‘salvador da pátria’, para acelerar o processo de urbanização, alfabetização, a mão-de-obra, os serviços. É bem verdade que a evolução da tecnologia tem dado passos bem largos rumo ao avanço e progresso da sociedade.
Discutir sobre a temática da tecnologia aplicada à educação não é uma tarefa fácil. Se levarmos em consideração que a tecnologia está em todos os setores por onde passamos, nada mais natural que tenha alcançado o setor educacional. A questão que se coloca agora, é como educadores utilizam essas ferramentas não só para estarem cientes desse novo momento em que estamos, mas também para aperfeiçoar suas aulas. É bem verdade que as tecnologias estão presentes na sala de aula de diversas formas, um powerpoint, a leitura de um livro digital, a pesquisa de um trabalho, por exemplo, porém ela vem se modificando ao longo dos anos, aparelhos vão mudando e se aperfeiçoando.
Um dado importante é o fato de algumas escolas no Brasil terem incluído aulas de Informática no currículo escolar. Não estamos falando apenas da informática na sua forma técnica, estamos falando da informática na parte pedagógica, onde muitos alunos estão aprendendo recursos e ferramentas educacionais através do uso da informática, estamos falando da informática educativa.
A aproximação entre Informática e Educação reflete, em uma primeira análise, um processo natural dentro de uma sociedade definida como pós-industrial ou informacional. Revelam-se, no entanto, complexidades que acompanham o próprio processo de informatização da escola, como a formação docente para esta nova realidade, as contribuições para a relação ensino e aprendizagem, o intercâmbio dos conteúdos trazidos pelos recursos informatizados e as questões de cultura, dentre outras. Neste sentido, a transposição do termo […] “informática para a inovação tecnológica” não se aplica somente à “informática para a inovação social” (Brandão, 1995, p. 10).
Como educadores é preciso pensar e repensarmos acerca da prática em sala de aula. Todos os participantes que compõem o processo educacional – professores, gestores, alunos, comunidade escolar – são convocados a viver esse novo momento e adaptar-se às transformações. Há muitos benefícios da tecnologia em sala de aula, tais como melhorar a comunicação, instruir, aperfeiçoar a cognição e, de acordo com Papert (1994) é uma ferramenta que trabalha o pensar e o pensar em novas ideias.
A tecnologia também está relacionada à ludicidade, não só para o professor planejar as atividades como exercitar a imaginação e a criatividade dos alunos. Existem aspectos negativos sim em relação às tecnologias, mas talvez elas não estejam propriamente relacionadas às tecnologias em si, mas talvez a forma como o homem as tem usado. Esses aspectos negativos, entre outros, fazem com que o senso comum olhe para a tecnologia como algo ruim, nefasto ou até mesmo prejudicial à natureza e, consequentemente, aos seres humanos.
VISÃO HISTÓRICA DO USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
A história da tecnologia na educação é algo que se desenvolve desde 1940, nos Estados Unidos, com a tecnologia sendo aliada no auxílio de ferramentas para comunicação, durante a Segunda Guerra Mundial. Tudo isto possui, portanto, um histórico enorme dentro da realidade da criação do telégrafo e do telefone, em que os computadores eram aliados no armazenamento e na disseminação de informações, com fins científicos e governamentais. Ou seja, antes da internet e da web serem utilizadas dentro da educação, elas eram adjuntas para com as pessoas que precisavam compartilhar dados, dentro de contextos como o da Guerra Fria.
Devido ao conflito que era vivido, o país dos Estados Unidos estava interessado em encontrar uma maneira de compartilhar e comunicar, mas também de proteger informações – algo que aconteceu com a World Wide Web, hoje reconhecida como WWW ou “internet”. Antes mesmo dos primeiros passos para utilização da internet e da tecnologia como aliadas na educação, portanto, esta mesma era utilizada e disseminada no mundo, tal qual como:
Assim, de modo bem iniciático, é passível de entender que a evolução do uso da tecnologia dentro da educação é algo que aconteceu após todo o panorama de estabelecimento de um programa voltado somente para a web e para disseminação de informações. Na década de 1960, portanto, toda essa utilização se destaca também pelo avanço de um tipo de revolução eletrônica, principalmente, sustentada pelos costumes da televisão, algo que acabou impactando na maneira como a informação é repassada – de modo jornalístico.
O marco inicial do desenvolvimento tecnológico com a internet aconteceu na década de 1970, prioritariamente, com o uso de computadores para fins que são educativos, em que os avanços tecnológicos do final do século XX influenciaram na maneira com que as distâncias foram encurtadas, como um tipo de processo mais dinâmico e integrado. No Brasil, toda essa popularização foi foco a partir de 1970, exatamente pelo fato de que os avanços técnicos, que conduziam para a introdução da comunicação social na educação, estavam se tornando frequentes, em um ritmo extremamente acelerado.
Em 1984, surgiu a iniciativa “Educom e Formar”, em um período histórico em que não se tinha uma indústria definida da informática, mesmo que isto já estivesse à vista. Tanto os instrumentos quanto às tecnologias a serem usadas eram extremamente caras e restritas para a comunidade, o que impactou no crescimento e no ampliamento de um segmento dentro do Ministério da Educação e da Cultura (MEC), este que recebeu a responsabilidade de implantar e supervisionar, através da liderança, a operacionalização do uso de tecnologias na formação de indivíduos, através da aprovação de diversos seminários e secretarias, que estavam vigentes para ampliação.
Este programa, inicialmente, era voltado para valorizar a cultura, chamado de “Educom e formar”, mas que, posteriormente, foi ampliado para CENFOR, sigla para “Centro Nacional de Formação”, voltado para formação de docentes para atuação dispersa na comunidade, com enfoque em tecnologias que estavam dispostas, de acordo com os anos. A partir deste momento, diversos projetos passaram a ser inviabilizados pelo programa, visando a criação de entidades que ajudassem na educação. Tal qual como informa o autor:
Entre a aprovação dos cinco projetos e sua operacionalização financeira, levou-se um ano em tramitações burocráticas e com a reestruturação do CENIFOR, tempo no qual os projetos mantiveram- se estáveis e as Universidades tentaram realizar algumas das atividades a que se haviam proposto. Assim, alguns projetos desenvolvidos foram associados a entidades particulares, pois estas possuíam recursos capazes de viabilizar os projetos, problemática fundamental que a esfera pública não conseguia resolver. As bolsas de estudo e o respaldo financeiro governamental só chegaram ao final de 1984 (Tavares, 2020, p.3).
A partir de tudo isto, houve um pequeno ampliamento da situação educacional no país – assim como da utilização de fins instrumentais, em prol educativo. Mesmo assim, em 1985, novas dificuldades surgiram dentro do programa, exatamente pelo fato de que se vivia o fim da ditadura militar, e muitas transformações eram previstas para o setor, que estava em atuação no MEC. Em 1986, o projeto passou por uma avaliação, de acordo com seus recursos,sendo previsto que ele cumpriria algumas metas, principalmente, na formação de educadores especializados – mas sem absorção de verbas, algo que acontecia amplamente no período militar do Brasil, o que impactou ativamente na sua atuação em aspectos técnicos.
O USO DAS TIC’S EM SALA DE AULA
Consideramos importante antes de discutir a importância da tecnologia na sala de aula, entender o que é esse espaço, identificando-o como o local onde se dá a interação entre aluno e professor, reforçando que é onde se constroi conhecimento e aprendizados e isso pode ser feito, por exemplo, quando vemos crianças, muitas que ainda nem tiveram o primeiro contato com a escola, já mexendo em celulares, tablets e outros aparelhos tecnológicos sem nem ao menos alguém os ter ensinado.
O ensino pode ser feito também através de visitas a museus, centros culturais, parques, asilos, bibliotecas municipais, entre outros locais. Isso significa dizer que a sala de aula é um local onde se constroi aprendizados e conhecimentos e isso não é só possível em sala de aula tradicional em uma escola. Ao longo deste tópico discutiremos sobre a evolução que a escola teve ao longo dos anos e, consequentemente, mudaram-se a visão sobre educação e sala de aula. Achava-se, por exemplo, que só era possível aprender se estivesse em sala de aula, num ambiente entre quatro paredes, o giz de cera, o quadro verde, a palmatória, o B-A BA, as cartilhas, memorização da tabuada e castigos como escrever um nome nos cadernos diversas vezes linha por linha. Ao longo desse tópico, faremos uma distinção entre a escola tradicional e a escola nos tempos atuais, bem como destacar o papel da escola e as suas funções na sociedade bem como será feita uma discussão, com base em alguns teóricos, acerca da importância da tecnologia em sala de aula.
A sala de aula pode ser entendida como um espaço onde há a interação entre professor e aluno, como já dito anteriormente. Esse é um espaço de construção de aprendizado, de saber, e de construção de conhecimentos. Na concepção construtivista, o professor é o mediador do conhecimento enquanto o aluno passa a ser o centro e protagonista principal na construção da aprendizagem e é em sala de aula que esse conhecimento é construído. Para Boiko e Zamberlan (2001, p.1) o sócio construtivismo é uma teoria que está em desenvolvimento, criada com base nos estudos de Vygotsky, ela trouxe muitas contribuições não apenas para a Psicologia, mas também à Pedagogia:
O sócio construtivismo é uma teoria que vem se desenvolvendo, com base nos estudos de Vygotsky e seus seguidores, sobre o efeito da interação social, da linguagem e da cultura na origem e na evolução do psiquismo humano. Segundo este referencial, o conhecimento não é uma representação da realidade, mas um mapeamento das ações e operações conceituais que provaram ser viáveis na experiência do indivíduo. Portanto, a aprendizagem é um resultado adaptativo que tem natureza social, histórica e cultural (Boiko e Zamberlan, 2001, p. 1).
Para Vygotsky, o conhecimento pode ser entendido como uma construção social e essa construção se dá por meio da interação entre os indivíduos. O autor defendia que o professor é um mediador de conhecimento e não como detentor do conhecimento. Sendo assim, o aluno é o centro da aprendizagem. Seguindo a linha de pensamento sócio construtivista, de acordo com Vygotsky (2009), a escola não é só o espaço para o aprendizado de um indivíduo, mas também para seu desenvolvimento. Para os socioconstrutivistas, a criança deve desenvolver um conhecimento próprio dela e do mundo e é na escola, geralmente, onde esse conhecimento é construído.
A sala de aula também tem a função interativa, não só a interação entre professor e aluno, mas também a interação entre aluno e aluno. Muitos alunos vêm de um histórico familiar conturbado onde há brigas, discussões dentro de casa, pais separados, famílias destruídas, e é na sala de aula, muitas vezes, onde o aluno encontrará alguns momentos de prazer e alegria ao lado de professores e alunos, é exatamente nesse ponto de entra a questão da afetividade, outra importante função da sala de aula, a afetividade que é criada entre professor e aluno é uma mola mestra para o desenvolvimento da aprendizagem. Um teórico que trouxe grandes contribuições para as teorias da aprendizagem foi Henri Wallon.
Outro estudioso que trouxe grandes contribuições para as teorias de aprendizagem foi Henri Wallon. Sob certos aspectos, sua teoria também se apoia no interacionismo, ampliando seu significado. Segundo este pensador, a escola deveria fornecer uma formação integral ao indivíduo, isto é, desenvolver os aspectos intelectuais, afetivos e sociais da criança (Oliveira, 2015, p.36).
Pode-se inferir que a afetividade que é construída em sala de aula favorece ao aprendizado para o aluno. A sala de aula exerce a função também de ser um local onde todo e qualquer conflito ou até mesmo possíveis desavenças entre alunos sejam solucionados. A sala de aula não é lugar de ser geradora de conflitos e sim de apaziguar as desavenças criadas pelos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A relação entre a inclusão social e digital é fundamental para a educação de jovens e adultos. A educação digital permite que indivíduos adquiram habilidades e conhecimentos necessários para participar plenamente da sociedade digital, o que por sua vez contribui para a inclusão social. Por exemplo, o acesso à internet e ao uso de tecnologias digitais pode facilitar a busca por emprego, a comunicação com familiares e amigos, a participação em atividades culturais e a acessibilidade a informações relevantes para a vida cotidiana. Além disso, a educação digital também pode ser uma ferramenta para a promoção da igualdade de gênero, a redução das desigualdades socioeconômicas e a melhoria da qualidade de vida em geral.
A educação digital é uma forma de ensino que utiliza tecnologias digitais, como computadores, tablets e internet, para facilitar o processo de aprendizagem. Ela é importante para a inclusão social porque permite que indivíduos adquiram habilidades e conhecimentos necessários para participar plenamente da sociedade digital. Isso é especialmente importante para jovens e adultos que podem ter enfrentado barreiras à educação tradicional, como falta de acesso à escola ou dificuldade em acompanhar o ritmo de aprendizagem.
Ao adquirir habilidades digitais, os indivíduos podem se beneficiar de oportunidades que antes estavam fora de alcance. Por exemplo, eles podem encontrar empregos que exigem o uso de tecnologias digitais, se comunicarem com familiares e amigos por meio de plataformas online e acessar informações relevantes para a vida cotidiana, como notícias, entretenimento e serviços bancários. Além disso, a educação digital também pode ser uma ferramenta para a promoção da igualdade de gênero, a redução das desigualdades socioeconômicas e a melhoria da qualidade de vida em geral.
A educação digital é uma forma de ensino que utiliza tecnologias digitais para facilitar o processo de aprendizagem e é importante para a inclusão social porque permite que indivíduos adquiram habilidades e conhecimentos necessários para participar plenamente da sociedade digital.
A educação digital no contexto social da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem uma relação intrínseca com a inclusão social e digital. A inclusão social se refere à garantia de direitos básicos e oportunidades iguais para todos os indivíduos, independentemente de sua condição social, econômica, étnica ou idade. Já a inclusão digital diz respeito ao acesso, uso e domínio das tecnologias digitais.
A EJA é uma modalidade de ensino destinada a pessoas que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos na idade adequada. Muitas vezes, esses alunos são provenientes de camadas sociais menos favorecidas e enfrentam desafios relacionados à exclusão social. A educação digital surge como uma ferramenta poderosa para promover a inclusão social e digital desses indivíduos, uma vez que proporciona acesso a informações, conhecimentos e oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
Ao desenvolver habilidades e competências digitais, os alunos da EJA estão sendo preparados para participar ativamente da sociedade contemporânea, que está cada vez mais inserida na era digital. A educação digital permite que eles sejam capazes de utilizar as tecnologias de forma crítica e consciente, bem como de se comunicar, buscar informações, desenvolver projetos e acessar serviços on-line.
Além disso, a educação digital na EJA também contribui para a inclusão social, na medida em que promove a igualdade de oportunidades.
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