Dinâmica da biodiversidade no Lago Paranoá: impactos e desafios para a conservação

BIODIVERSITY DYNAMICS IN LAKE PARANOÁ: IMPACTS AND CHALLENGES FOR CONSERVATION

DINÁMICA DE LA BIODIVERSIDAD EN EL LAGO PARANOÁ: IMPACTOS Y DESAFÍOS PARA LA CONSERVACIÓN

Autor

Paulo Antônio David Franco
ORIENTADOR
Prof. Dr. José Carlos Guimarães Junior

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/0AF78A

DOI

Franco, Paulo Antônio David . Dinâmica da biodiversidade no Lago Paranoá: impactos e desafios para a conservação. International Integralize Scientific. v 5, n 45, Março/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O Lago Paranoá, um reservatório artificial localizado em Brasília-DF, possui uma biodiversidade aquática impactada por processos antrópicos e introdução de espécies exóticas. A dinâmica da biodiversidade no reservatório tem sido modificada por fatores como a eutrofização, a urbanização acelerada e as mudanças na composição da ictiofauna. Este estudo tem como objetivo analisar os impactos dessas transformações e discutir estratégias de manejo para a conservação da biodiversidade local. Foram revisadas pesquisas sobre a estrutura ecológica do lago e suas espécies nativas e exóticas, destacando as principais ameaças e desafios para a manutenção dos serviços ecossistêmicos. Palavras-chave: Lago Paranoá. Biodiversidade. Espécies invasoras. Conservação. Ecossistema aquático.
Palavras-chave

Summary

Lake Paranoá, an artificial reservoir located in Brasília-DF, has an aquatic biodiversity impacted by anthropogenic processes and the introduction of exotic species. The dynamics of biodiversity in the reservoir have been modified by factors such as eutrophication, accelerated urbanization and changes in the composition of the ichthyofauna. This study aims to analyze the impacts of these transformations and discuss management strategies for the conservation of local biodiversity. Research on the ecological structure of the lake and its native and exotic species was reviewed, highlighting the main threats and challenges for the maintenance of ecosystem services. Keywords: Lake Paranoá. Biodiversity. Invasive species.Conservation. Aquatic ecosystem.
Keywords

Resumen

El lago Paranoá, embalse artificial ubicado en Brasilia-DF, posee una biodiversidad acuática impactada por procesos antrópicos y la introducción de especies exóticas. La dinámica de la biodiversidad en el embalse se ha visto modificada por factores como la eutrofización, la urbanización acelerada y los cambios en la composición de la ictiofauna. Este estudio tiene como objetivo analizar los impactos de estas transformaciones y discutir estrategias de gestión para la conservación de la biodiversidad local. Se revisaron las investigaciones sobre la estructura ecológica del lago y sus especies nativas y exóticas, destacando las principales amenazas y desafíos para el mantenimiento de los servicios ecosistémicos. Palabras clave: Lago Paranoá. Biodiversidad. Especies invasoras. Conservación. Ecosistema acuático.
Palavras-clave

INTRODUÇÃO

Os reservatórios artificiais são ecossistemas complexos que passam por alterações ecológicas dinâmicas ao longo do tempo. O Lago Paranoá, localizado no Distrito Federal, é um exemplo notável de um ambiente aquático artificial que sofreu mudanças significativas desde sua criação em 1959. Inicialmente planejado para fins de abastecimento hídrico e regulação climática, o lago tornou-se um habitat para diversas espécies de peixes, tanto nativas quanto exóticas, e desempenha um papel essencial na manutenção da biodiversidade regional (Walter & Petrere Jr, 2007).

Ao longo das décadas, o crescimento populacional e a urbanização acelerada na região do lago intensificaram os impactos antrópicos sobre sua biodiversidade. Segundo Ribeiro et al. (2001), processos como o despejo de efluentes urbanos, a eutrofização e o aumento na temperatura da água alteraram a composição da ictiofauna, favorecendo espécies mais resistentes e reduzindo a presença de organismos sensíveis.

A introdução de espécies exóticas, especialmente para fins de pesca esportiva e aquicultura, trouxe novos desafios ecológicos ao Lago Paranoá. Espécies invasoras, como a tilápia (Oreochromis niloticus) e o tucunaré (Cichla piquiti), aumentaram a competição por recursos e comprometeram a sobrevivência de peixes nativos, modificando a estrutura das cadeias tróficas (Savini et al., 2010). Além disso, a pesca artesanal no Lago Paranoá, conforme destacado por Walter (2000) e Ferreira et al. (2003), também influencia a biodiversidade, afetando a dinâmica das espécies e as práticas de conservação.

A conservação da biodiversidade no Lago Paranoá é um tema relevante, visto que a manutenção da qualidade da água e o equilíbrio ecológico do reservatório dependem de medidas eficazes de manejo ambiental. Estudos indicam que estratégias de monitoramento da qualidade da água, controle da pesca predatória e remoção seletiva de espécies invasoras podem contribuir para a recuperação dos hábitats naturais (Petrere Jr & Minte-Vera, 2006).

Diante desse contexto, o presente estudo busca analisar a dinâmica da biodiversidade no Lago Paranoá, identificando os principais impactos ambientais e discutindo alternativas de manejo para garantir a sustentabilidade ecológica do reservatório. A pesquisa baseia-se em revisão bibliográfica e levantamento de dados ambientais sobre a composição da ictiofauna, impactos antrópicos e estratégias de conservação.

A importância deste estudo está na contribuição para a formulação de políticas públicas e diretrizes ambientais voltadas à preservação da biodiversidade aquática no Lago Paranoá. A adoção de medidas eficazes de manejo pode minimizar os impactos negativos e garantir a continuidade dos serviços ecossistêmicos fornecidos pelo reservatório.

IMPACTOS DAS ESPÉCIES EXÓTICAS

A introdução de espécies exóticas no Lago Paranoá, como Oreochromis niloticus (tilápia) e Cichla piquiti (tucunaré), resultou em desequilíbrios ecológicos, impactando negativamente as espécies nativas. Segundo Savini et al. (2010), “as espécies exóticas são responsáveis por mudanças drásticas na estrutura dos ecossistemas aquáticos, comprometendo a biodiversidade e afetando a estabilidade das cadeias tróficas”. Essas espécies promovem competição intensa por recursos e alteram os hábitos alimentares das populações locais, reduzindo a diversidade biológica.

Segundo Ribeiro et al. (2001), “a dinâmica da ictiofauna no Lago Paranoá tem sido alterada devido à presença de espécies exóticas altamente competitivas, que modificam a interação entre predadores e presas”. Isso resulta na substituição de espécies nativas por invasoras, tornando o ecossistema menos equilibrado e reduzindo sua capacidade de recuperação. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Distrito Federal (SEMA/DF) destaca que “as espécies invasoras representam uma das principais ameaças à biodiversidade do Cerrado, exigindo medidas rigorosas de controle e monitoramento” (SEMA/DF, 2022). No Lago Paranoá, observa-se que a presença de organismos exóticos resultou na perda de resiliência ecológica, tornando o ambiente mais suscetível a impactos ambientais e mudanças climáticas.

Além dos aspectos ecológicos, o impacto sobre os ecossistemas aquáticos é igualmente relevante. A inserção de espécies não nativas pode provocar mudanças nos hábitats naturais, alterando a dinâmica das populações de peixes, predadores e presas e, até mesmo, dos próprios ecossistemas aquáticos como um todo. Com a competição de espécies exóticas por recursos, muitas espécies nativas podem ser levadas à extinção ou à limitação significativa de sua população, o que compromete a biodiversidade e a saúde ambiental dos ecossistemas. Essa mudança na composição da fauna aquática também afeta outros grupos, como as aves aquáticas, que dependem dos peixes locais para alimentação.

Walter & Petrere Jr. (2007) apontam que a introdução de espécies não nativas nos ecossistemas aquáticos gera impactos profundos, que atingem diretamente as populações de pescadores locais. A presença de espécies exóticas pode alterar a composição das populações pesqueiras, criando um desequilíbrio nas redes alimentares e afetando as espécies nativas, muitas vezes essenciais para a economia local. O autor explica que, ao reduzir a disponibilidade de peixes tradicionalmente explorados, a atividade pesqueira sofre não só com a diminuição da oferta, mas também com a escassez de recursos para o sustento de famílias e comunidades que dependem dessa atividade como principal fonte de renda.

Esses impactos não se limitam às áreas diretamente afetadas pela pesca. Eles reverberam em toda a economia local, alterando desde o mercado de venda de peixes até as práticas culturais de comunidades ribeirinhas e pescadoras. As populações pesqueiras, muitas vezes, não têm recursos para se adaptar rapidamente às mudanças, o que pode levar à diminuição de sua capacidade de obtenção de sustento e à perda de uma importante atividade econômica. O mercado local, que antes era abastecido com produtos pesqueiros de espécies nativas, começa a sofrer com o aumento da escassez, resultando em preços mais altos e menos opções para o consumidor final.

Além disso, a pesca artesanal tem papel relevante na dinâmica da biodiversidade do lago. Walter (2000) e Ferreira et al. (2003) destacam que a atividade pesqueira influencia a disponibilidade de recursos e pode acentuar os impactos causados pelas espécies exóticas. A captura contínua de peixes nativos pode reduzir ainda mais suas populações, aumentando a dominância de espécies invasoras e comprometendo a resiliência do ecossistema.

Para mitigar esses impactos, Petrere Jr. e Minte-Vera (2006) sugerem que “estratégias de monitoramento, controle populacional e remoção seletiva de espécies invasoras são fundamentais para restabelecer o equilíbrio ecológico do lago”. Além disso, programas de conscientização e educação ambiental são essenciais para informar a população sobre os riscos ecológicos associados à presença dessas espécies no reservatório.

Dessa forma, a introdução de espécies não nativas no ambiente aquático exige a implementação de políticas de manejo pesqueiro e conservação ambiental mais eficazes e adaptáveis às realidades locais. Estratégias para mitigar os efeitos negativos dessa introdução incluem o monitoramento contínuo das populações pesqueiras, a promoção de práticas sustentáveis de manejo pesqueiro, além de ações educativas voltadas para os pescadores locais, de forma que possam perceber e entender as dinâmicas que afetam sua atividade.

Portanto, as intervenções necessárias não devem se limitar ao controle da pesca em áreas de risco, mas também ao incentivo à pesquisa científica voltada para o entendimento das interações ecológicas geradas pela presença de espécies não nativas, permitindo o desenvolvimento de políticas públicas adequadas e contextualizadas. Esse esforço de gestão ambiental visa, acima de tudo, equilibrar os aspectos econômicos e ecológicos de forma que a pesca continue sendo uma atividade viável, mas sem comprometer a saúde ambiental a longo prazo.

A conservação da biodiversidade no Lago Paranoá é um tema relevante, visto que a manutenção da qualidade da água e o equilíbrio ecológico do reservatório dependem de medidas eficazes de manejo ambiental. Estudos indicam que estratégias de monitoramento da qualidade da água, controle da pesca predatória e remoção seletiva de espécies invasoras podem contribuir para a recuperação dos hábitats naturais (Petrere Jr & Minte-Vera, 2006). Além disso, políticas públicas que conciliem a sustentabilidade da pesca artesanal e a conservação ambiental são fundamentais para minimizar os impactos negativos sobre a biodiversidade.

METODOLOGIA

O objeto de estudo desta pesquisa é a biodiversidade do Lago Paranoá, com enfoque na dinâmica populacional das espécies de peixes e na influência dos impactos ambientais, como a introdução de espécies exóticas, a degradação da qualidade da água e as mudanças na estrutura trófica do ecossistema.

A pesquisa caracteriza-se como descritiva e exploratória, com abordagem quali-quantitativa. Foram utilizados dados primários e secundários para compreender a estrutura e a dinâmica da biodiversidade no Lago Paranoá, além de investigar fatores que afetam a manutenção das espécies nativas. A revisão bibliográfica foi realizada em bases científicas especializadas em ecologia aquática, permitindo a identificação dos principais impactos ambientais sobre a ictiofauna local.

Foram coletados dados secundários de órgãos ambientais como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal – ADASA e Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal – Brasília Ambiental – IBRAM, incluindo relatórios sobre a qualidade da água e biodiversidade ictiofaunística. A análise desses documentos possibilitou a correlação entre a introdução de espécies exóticas, a degradação da qualidade da água e as mudanças na estrutura trófica do lago. A integração dessas informações permitiu a construção de um panorama abrangente sobre os desafios para a conservação da biodiversidade do Lago Paranoá.

A análise foi dividida em três eixos principais: (1) identificação das espécies nativas e exóticas presentes no lago; (2) avaliação dos impactos ambientais, como eutrofização e poluição; e (3) propostas de manejo e conservação baseadas na literatura e nas políticas ambientais vigentes.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES NATIVAS E EXÓTICAS PRESENTES NO LAGO PARANOÁ

A ictiofauna do Lago Paranoá apresenta uma composição diversificada, incluindo espécies nativas e exóticas. De acordo com Ribeiro et al. (2001), das 42 espécies originalmente registradas, apenas 11 (21%) conseguiram se adaptar às condições impostas pela artificialização do lago. Entre as espécies nativas resilientes destacam-se Steindachnerina sp. (sanguiru), Astyanax scabripinis paranae (lambari), Geophagus brasiliensis (acará), Rhamdia quelen (bagre), Hoplias malabaricus (traíra) e Hypostomus sp. (cascudo) (Anjos, 2004).

Por outro lado, a introdução de espécies exóticas alterou significativamente a dinâmica trófica do lago. Espécies como a tilápia (Oreochromis niloticus) e o tucunaré azul (Cichla piquiti) foram inseridas para fomentar a pesca amadora e a aquicultura, mas rapidamente se estabeleceram como predadores dominantes, afetando negativamente a biodiversidade nativa (Vitule, 2009 a). Essa modificação na composição da ictiofauna levou a uma redução na diversidade biológica e ao declínio de populações locais.

 

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A eutrofização é um dos principais desafios ambientais enfrentados pelo Lago Paranoá, sendo impulsionada pelo despejo de efluentes urbanos e pela elevada concentração de fósforo e nitrogênio na água (Sales, 2022). Segundo Latini & Petrere (2004), a presença de espécies exóticas pode intensificar esse processo, pois algumas delas favorecem a ressuspensão de sedimentos e a liberação de nutrientes armazenados no fundo do lago.

Além disso, a poluição causada pelo escoamento superficial de áreas urbanizadas contribui para o acúmulo de metais pesados e substâncias tóxicas no ecossistema aquático (Ribeiro et al., 2001). A degradação da qualidade da água compromete a sobrevivência de espécies sensíveis e reduz a resiliência ecológica do sistema, dificultando a recuperação da biodiversidade local.

O assoreamento também se apresenta como um fator crítico, resultado da remoção da vegetação ripária e do crescimento urbano desordenado. A deposição excessiva de sedimentos no leito do reservatório altera a profundidade do lago e reduz os habitats disponíveis para a fauna aquática, impactando diretamente a reprodução e a alimentação de diversas espécies (Tundisi et al., 1998).

 

PROPOSTAS DE MANEJO E CONSERVAÇÃO

Para mitigar os impactos ambientais e restaurar a biodiversidade do Lago Paranoá, são necessárias estratégias de manejo integradas. Entre as medidas recomendadas, destaca-se a remoção seletiva de espécies exóticas, especialmente as que exercem maior pressão sobre as populações nativas (IBRAM, 2018; 2019). Além disso, ações de reflorestamento das margens do lago podem contribuir para a estabilização dos sedimentos e a redução da entrada de poluentes na água.

Outra estratégia essencial é a implementação de programas de educação ambiental voltados para a conscientização da população local. Segundo Ribeiro et al. (2001a; 2001b), “a participação comunitária é fundamental para o sucesso das ações de conservação, pois permite um monitoramento mais eficiente e uma gestão compartilhada dos recursos naturais” (Ribeiro et al., 2001a, p. 112).

A pesquisa de Palhas (2024) destaca que “o turismo náutico pode ser uma ferramenta para promover a conscientização ambiental e o engajamento da população na conservação do lago” (Palhas, 2024, p. 87). A implementação de atividades ecoturísticas, como passeios educativos e pesca esportiva sustentável, pode ajudar a sensibilizar os visitantes sobre a importância da biodiversidade local e das práticas sustentáveis (Palhas, 2024). Além disso, a integração entre turismo e conservação pode gerar oportunidades econômicas para comunidades locais, incentivando o desenvolvimento sustentável na região.

 

EXPANSÃO DAS ESTRATÉGIAS DE MANEJO

 

O monitoramento contínuo da biodiversidade do Lago Paranoá deve ser fortalecido por meio da implementação de protocolos padronizados para avaliação da ictiofauna, incluindo campanhas periódicas de amostragem (Tundisi; Matsumura-Tundisi; Abe, 1998). O manejo ativo das espécies exóticas pode ser aprimorado por meio da captura seletiva e do fomento à pesca controlada dessas espécies invasoras, como tilápia e tucunaré, reduzindo sua dominância sobre as populações nativas (Latini; Petrere, 2004).

 

INTEGRAÇÃO COM POLÍTICAS PÚBLICAS

 

Para garantir a efetividade das estratégias de conservação, é fundamental o alinhamento com o Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), de forma a contribuir com a gestão sustentável dos recursos hídricos do lago (IBAMA, 2020). Parcerias com órgãos ambientais, como ADASA, IBRAM, IBAMA e Secretaria do Meio Ambiente do DF, são essenciais para fortalecer ações de monitoramento e manejo (IBRAM, 2019). Além disso, recomenda-se o desenvolvimento de normativas locais específicas para controle da introdução de novas espécies exóticas e regulação da pesca no Lago Paranoá (Vitule, 2009).

 

MAIOR ENFOQUE NA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TURISMO SUSTENTÁVEL

 

A criação de Centros de Interpretação Ambiental pode ser uma iniciativa para promover a educação ambiental no Lago Paranoá, proporcionando espaços educativos sobre biodiversidade, pesca sustentável e impactos das espécies exóticas (SEMA/DF, 2022). O incentivo ao turismo ecológico guiado, com desenvolvimento de trilhas aquáticas interpretativas e roteiros de ecoturismo, pode reforçar a conscientização ambiental entre visitantes e moradores (Palhas, 2024). Além disso, programas de voluntariado voltados ao monitoramento da biodiversidade e à conservação do lago podem incentivar a participação da comunidade na gestão sustentável do ecossistema (Ribeiro et al., 2001b).

 

USO DE TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

 

O uso de tecnologia e inovação desempenha um papel fundamental na compreensão da dinâmica da biodiversidade no Lago Paranoá. Ferramentas como sensoriamento remoto e drones possibilitam o monitoramento contínuo da qualidade da água e da composição da ictiofauna, fornecendo dados mais precisos para a análise das mudanças ambientais no lago (Silva et al., 2009). A modelagem computacional também pode auxiliar na previsão de impactos ambientais, permitindo a criação de cenários futuros para a conservação da biodiversidade local.

A criação de um banco de dados georreferenciado é essencial para facilitar o compartilhamento de informações ambientais entre pesquisadores e gestores públicos, promovendo um planejamento mais eficiente. Tecnologias de geoprocessamento, como o QGIS e sensores ambientais, permitem a identificação das áreas mais impactadas e ajudam a definir zonas prioritárias para conservação. Além disso, a integração dessas tecnologias a programas de ciência cidadã, com aplicativos que possibilitem que pescadores e turistas registrem observações ambientais, fortalece a participação social e amplia a base de dados sobre o Lago Paranoá.

Dessa forma, a adoção de inovações tecnológicas pode contribuir significativamente para a conservação da biodiversidade, permitindo um monitoramento mais preciso e auxiliando na formulação de estratégias eficazes para minimizar os impactos ambientais. Oliveira & Machado (2009) destacam que a formulação de políticas públicas eficazes voltadas para a conservação e controle de espécies exóticas depende de um arcabouço institucional adequado, que integre tecnologias inovadoras e estratégias de manejo sustentável.na compreensão da dinâmica da biodiversidade no Lago Paranoá. Ferramentas como sensoriamento remoto e drones possibilitam o monitoramento contínuo da qualidade da água e da composição da ictiofauna, fornecendo dados mais precisos para a análise das mudanças ambientais no lago (Silva et al., 2009). A modelagem computacional também pode auxiliar na previsão de impactos ambientais, permitindo a criação de cenários futuros para a conservação da biodiversidade local.

A criação de um banco de dados georreferenciado é essencial para facilitar o compartilhamento de informações ambientais entre pesquisadores e gestores públicos, promovendo um planejamento mais eficiente. Tecnologias de geoprocessamento, como o QGIS e sensores ambientais, permitem a identificação das áreas mais impactadas e ajudam a definir zonas prioritárias para conservação. Além disso, a integração dessas tecnologias a programas de ciência cidadã, com aplicativos que possibilitem que pescadores e turistas registrem observações ambientais, fortalece a participação social e amplia a base de dados sobre o Lago Paranoá.

Dessa forma, a adoção de inovações tecnológicas pode contribuir significativamente para a conservação da biodiversidade, permitindo um monitoramento mais preciso e auxiliando na formulação de estratégias eficazes para minimizar os impactos ambientais no monitoramento da qualidade da água e da dinâmica da ictiofauna, fornecendo dados mais precisos sobre as condições ambientais do lago (Vitule, 2009b). A criação de um banco de dados georreferenciado pode facilitar o compartilhamento de informações ambientais entre pesquisadores e gestores públicos, contribuindo para um planejamento mais eficiente (Ibram, 2018). Além disso, iniciativas de ciência cidadã, como o uso de aplicativos que permitam pescadores e turistas registrarem espécies avistadas e condições ambientais, podem ampliar a base de dados e fortalecer a participação social na conservação do Lago Paranoá (Bpbes, 2024).

Por fim, recomenda-se o fortalecimento do monitoramento da qualidade da água e da ictiofauna, utilizando tecnologias como sensores ambientais e geoprocessamento. O uso de ferramentas de análise espacial, como o QGIS, Sistema de Informações Geográficas, pode auxiliar na identificação das áreas mais impactadas e na definição de zonas prioritárias para conservação (Vitule, 2009b). Essas iniciativas, alinhadas às políticas ambientais vigentes e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) META 15, que busca proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, podem garantir a manutenção da biodiversidade do Lago Paranoá e a sustentabilidade de seus serviços ecossistêmicos.

 

CONCLUSÃO

 

Os estudos indicam que a biodiversidade do Lago Paranoá sofreu alterações significativas desde sua formação, especialmente devido à introdução de espécies exóticas, à degradação da qualidade da água e ao crescimento urbano desordenado. A presença de espécies como Oreochromis niloticus (tilápia) e Cichla piquiti (tucunaré) resultou em um desequilíbrio ecológico, reduzindo populações de peixes nativos e impactando as cadeias tróficas. Além disso, a pesca artesanal também influencia a dinâmica do lago, tornando essencial um manejo sustentável dessa atividade (Walter, 2000; Ferreira et al., 2003).

Para mitigar os impactos negativos e promover a recuperação do ecossistema aquático, torna-se fundamental a adoção de estratégias de manejo eficazes, incluindo o monitoramento ambiental e a remoção seletiva de espécies invasoras. A aplicação de tecnologias na conservação ambiental tem se mostrado uma ferramenta valiosa para a análise e monitoramento contínuo da biodiversidade. O uso de geotecnologias, sensoriamento remoto e inteligência artificial possibilita a obtenção de informações detalhadas sobre a dinâmica ecológica do lago, auxiliando na tomada de decisões e na formulação de políticas públicas mais assertivas (Oliveira; Machado, 2009).

A conservação do Lago Paranoá depende da integração entre pesquisa, inovação tecnológica, educação ambiental e políticas públicas eficazes. O incentivo a práticas sustentáveis, o fortalecimento do turismo ecológico e a criação de centros de interpretação ambiental são medidas fundamentais para garantir a sustentabilidade do lago e a preservação da sua biodiversidade. Assim, torna-se possível conciliar o uso dos recursos naturais com a proteção ambiental, promovendo um modelo de desenvolvimento equilibrado e sustentável.

Ademais, as medidas de conservação devem priorizar a recuperação das áreas degradadas, a fiscalização contra o despejo de efluentes e a promoção de programas de educação ambiental. O monitoramento contínuo da qualidade da água e da composição da ictiofauna, aliado a estratégias que equilibrem a atividade pesqueira e a preservação da biodiversidade, é essencial para avaliar a eficácia das medidas adotadas e garantir a resiliência do ecossistema.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A conservação da biodiversidade no Lago Paranoá é um desafio que exige ações coordenadas entre governo, pesquisadores e a sociedade. A introdução de espécies exóticas, como a tilápia, Oreochromis niloticus, e o tucunaré azul, Cichla piquiti, aliada à urbanização e à manipulação ambiental, compromete a biodiversidade nativa e altera o equilíbrio ecológico do lago. Como apontado por Vitule (2009), os impactos causados pela alteração da estrutura trófica prejudicam significativamente as espécies nativas e a funcionalidade ecológica da área. De acordo com o Relatório Temático sobre Espécies Exóticas Invasoras (BPBES, 2024), a presença dessas espécies invasoras é uma das principais ameaças à biodiversidade aquática no Brasil, o que reforça a necessidade de um monitoramento contínuo e de estratégias de controle adequadas para mitigar seus impactos.

Além disso, a eutrofização do lago, impulsionada pelo despejo de efluentes urbanos e pelo crescimento desordenado da região, exige a qualidade da água e a manutenção das populações aquáticas. Conforme Sales (2022), a concentração excessiva de nutrientes intensifica a supervisão de algas, diminuindo a disponibilidade de oxigênio disponível e dificultando a sobrevivência de espécies sensíveis. A implementação de políticas públicas externas para a gestão integrada dos recursos hídricos, que incorporam tecnologias de sensoriamento remoto, drones e modelagem computacional, torna-se essencial para mitigar esses efeitos e promover a recuperação da biodiversidade aquática.

Nesse contexto, a adoção de estratégias de manejo, incluindo o controle populacional de espécies invasoras, como a remoção seletiva e programas de pesca controlada, é fundamental para minimizar a pressão sobre as espécies nativas (BPBES, 2024b). Além disso, o uso de tecnologias de geoprocessamento e sensores ambientais para o monitoramento contínuo da qualidade da água e da ictiofauna, conforme destacado pelo IPEA (2023), desempenha um papel crucial na gestão sustentável do Lago Paranoá.

A restauração das áreas de vegetação ribeirinha ao redor do lago é outra medida prioritária, contribuindo para a estabilidade dos sedimentos e a redução da entrada de toxinas. A recuperação da mata ciliar, como enfatizado por Ribeiro (2020), tem um impacto direto na melhoria da qualidade da água e na oferta de habitats adequados para a fauna aquática.

As ações de educação ambiental também são indispensáveis, pois promovem a conscientização da população sobre a importância da conservação da biodiversidade e incentivam práticas sustentáveis no uso do lago. Nesse sentido, a proposta de Palhas (2024) sobre o aproveitamento do turismo náutico para a educação ambiental se alinha como uma estratégia adicional, com a realização de passeios ecológicos, competições de pesca sustentável e eventos educativos, contribuindo para sensibilizar o público quanto à importância da biodiversidade local.

Por fim, é necessário o fortalecimento das políticas ambientais e da fiscalização para evitar a introdução de novas espécies exóticas e mitigar os impactos das já condicionantes. A integração de ferramentas geoespaciais e bancos de dados georreferenciados favorecendo a identificação de áreas prioritárias para conservação e manejo sustentável, conforme apontado por Oliveira & Machado (2009). A implementação de estratégias de prevenção e controle, aliada a programas de manejo adaptativo, garantirá a preservação dos serviços ecossistêmicos do Lago Paranoá a longo prazo. Com a colaboração entre pesquisa científica, políticas públicas e o uso estratégico de inovações tecnológicas, é possível garantir um manejo mais eficaz e sustentável da biodiversidade local, em consonância com as diretrizes do ODS 15 da ONU, promovendo o equilíbrio entre o uso do lago e sua conservação.

 

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n. 45
Dinâmica da biodiversidade no Lago Paranoá: impactos e desafios para a conservação

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