Gestão de práticas esportivas escolares

MANAGEMENT OF SCHOOL SPORTS PRACTICES

GESTIÓN DE PRÁCTICAS DEPORTIVAS ESCOLARES

Autor

Rosemeire Jardim Ramos

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/0BA4B8

DOI

Ramos, Rosemeire Jardim . Gestão de práticas esportivas escolares. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Os profissionais da área da educação física apresentam a cada dia mais esforços para uma prática pedagógica efetiva. Mas o que de fato isto significa? Qual seria o método para uma atuação adequada e eficaz? É pelo incômodo e desafio que estas perguntas provocam que este estudo teve por objetivo realizar uma reflexão através de uma revisão bibliográfica para entendermos o progresso deste tema no Educação. Afinal, em que termos da Leis e Diretrizes Básicas da Educação já progredimos e quais são os passos e medidas para que a lei se torne de fato efetiva e real? Se faz necessário que estudos sobre esta temática ocorram a fim de promover o esclarecimento relacionado sobre a compreensão da atuação deste profissional dentro do ambiente escolar. Assim, nosso trabalho visa estudar sobre a funcionalidade dessas gestões e o que essas têm trazido de benefício ao âmbito escolar em todas facetas de multidisciplinariedade.
Palavras-chave
Educação física. Prática pedagógica. Escola.

Summary

Professionals in the field of physical education present more and more efforts for an effective pedagogical practice. But what does this actually mean? What would be the method for an adequate and effective performance? It is because of the discomfort and challenge that these questions provoke that this study aimed to conduct a reflection through a bibliographic review to understand the progress of this theme in Education. After all, in what terms of the Basic Education Laws and Guidelines have we progressed and what are the steps and measures for the law to become truly effective and real? It is necessary that studies on this theme occur in order to promote the related clarification on the understanding of the performance of this professional within the school environment. Thus, our work aims to study the functionality of these managements and what benefits they have brought to the school environment in all facets of multidisciplinarity.
Keywords
Physical education. Pedagogical practice. School.

Resumen

Los profesionales del campo de la educación física cada día realizan más esfuerzos hacia una práctica pedagógica efectiva. ¿Pero qué significa esto realmente? ¿Cuál sería el método para una acción adecuada y eficaz? Es por el malestar y desafío que estas preguntas provocan que este estudio tuvo como objetivo reflexionar a través de una revisión bibliográfica para comprender los avances de este tema en Educación. Al fin y al cabo, ¿en qué términos de las Leyes y Lineamientos de Educación Básica hemos avanzado y cuáles son los pasos y medidas para que la ley sea verdaderamente efectiva y real? Es necesario que se realicen estudios sobre este tema para promover esclarecimientos relacionados con la comprensión del papel de este profesional en el ambiente escolar. Así, nuestro trabajo pretende estudiar la funcionalidad de estas gestiones y qué beneficios han aportado al ámbito escolar en todas las facetas de la multidisciplinariedad.
Palavras-clave
Educación física. Práctica pedagógica. Escuela.

INTRODUÇÃO 

Diante da crescente busca por melhor qualidade de vida nos dias de hoje atual e a divulgação pela mídia da relevância e benefícios da prática de exercícios físicos, há, cada vez mais, um maior número de pessoas procurando academias, para a prática de atividade física com supervisão profissional, para melhorar o desempenho e a aparência física, bem como o lazer e o lazer. O profissional de Educação Física é responsável por prescrever, orientar e acompanhar todos aqueles que se enquadrem no âmbito da prática de atividade física ou desportiva, é levantada a questão da sua responsabilidade em relação ao ordenamento jurídico Brasileiro.

O mercado de trabalho dos profissionais de Educação Física é amplo com diversas colocações na sociedade. As academias de atividades esportivas podem ser consideradas como a alternativa mais atrativa entre as áreas para profissionais de Educação Física, pesquisas revelam que essa tem sido a escolha de muitos profissionais, principalmente dos recém-formados. MELO (1995, p.35) afirma que isso pode ser verificado no crescimento da demanda acelerada da população por atividades físicas realizadas nos estabelecimentos fora da educação formal, como academias esportivas, um ambiente que será foco desta pesquisa. 

É possível considerar o profissional de Educação Física como o principal responsável pela orientação técnica,a, tática e física de equipes esportivas, de praticantes do esporte em nível amador, de frequentadores assíduos de academia, de alunos de Educação Física Escolar, e diversas outras práticas de atividade física vinculadas ou não a um esporte.(PEREIRA, 1988, p. 120).

Independentemente dos objetivos que levaram uma pessoa a buscar atividade física,e os possíveis benefícios que pode alcançar em relação à melhora da condição do ser.humano, acredita-se que um fator chave para alcançar os objetivos esperados com a máxima eficiência, respeitando sua integridade física, psicológica ou moral é o conduta ética que o profissional terá durante o desenvolvimento de seu trabalho.

No entanto, a constatação de diversos processos movidos por alunos de ginásios reivindicando reparos por danos físicos.Psicológico ou moral é o comportamento ético dos profissionais no desenvolvimento do seu trabalho.No entanto, os alunos que descobriram o seguinte entraram com vários processos:Ginásio exige manutenção devido a danos físicos, morais e estéticos provocado pela prática indevida da atividade, como propor a atuação dos profissionais do esporte com base em suas responsabilidades legais. Santos (2003) apontou que no Brasil

Atualmente, existem cerca de 26.600 ações cíveis movidas por estudantes e profissionais de educação física. Você também pode destacar os registros de alarme de Qianhe 600 pessoas morreram repentinamente durante exercícios físicos (Folha de S.Paulo, 12 de maio de 2001).

Vale ressalvar que a grade curricular do curso de Educação Física abrange diversas possibilidades de atuação profissional, como a docência escolar, as atividades de academia, o treinamento desportivo, o lazer, a administração esportiva, a dança. Porém, observa-se nas Instituições de Ensino Superior que ofertam o curso de Educação Física, a ausência de uma disciplina ou uma outra que forneça nuances sobre a legislação e sobre a responsabilidade legal do futuro profissional que irá ingressar no mercado de trabalho.  

Neste sentido, não se pode afirmar se realmente o profissional de Educação Física sai da sua instituição formadora com o conhecimento sobre a ordem jurídica, necessário para exercer sua profissão com consciência de seus direitos e suas responsabilidades legais diante da sociedade. Portanto, um ponto que será considerado pelo estudo é apresentar aos profissionais de Educação Física, subsídios que permitam uma melhor compreensão de sua prática profissional enquanto prestadores de serviço a uma determinada clientela, alertando para os cuidados necessários na prática profissional, procedimentos necessários para se evitar prejuízos, sejam eles morais, físicos ou psicológicos aos seus clientes, evitando assim possíveis processos judiciais contra estes profissionais.

Além de considerar o grande número de pessoas que buscam a prática da atividade com perspectivas de melhorar o seu bem-estar, não podemos ajudar, mas também destacam o papel profilático que a atividade física desempenha contra algumas doenças, observada em alguns estudos de Moreira (2000 p.78).

No Brasil, de acordo com a Carta Magna promulgada em 1988 toda criança  tem direito à educação. Desta forma, se verifica que o Estado tem a obrigação de  oportunizar para as crianças de zero a seis anos o ingresso no ensino básico infantil,  seja por meio de creches ou pré-escolas.  

A lei visa assegurar à criança o acesso ao sistema educacional que permita e  proporcione seu desenvolvimento e assim obtenha condições de ser tornar autônoma.  Educar é semear. Neste sentido a escola nesta fase visa proporcionar à criança  experiências diferenciadas das praticadas no ambiente domiciliar, ampliando assim  seu repertório e viabilizando seu desenvolvimento em várias esferas da vida.  

Entre as áreas disciplinares trabalhadas nesta fase está a educação física. Para  tanto, nesta etapa específica é necessário abordar as atividades físicas por meio  lúdico com a utilização de brincadeiras e neste contexto atribuir o devido significado  e importância dos exercícios, bem como da cooperação e trabalho em equipe. Ou  seja, atribuindo significado às atividades aplicadas.  

Sendo assim, o que é a prática de educação física na escola? Como  estabelecer na escola um espaço de atividades lúdicas criando um contexto de  reflexão sobre as suas vivências, limitações e desafios e socialização? Como criar  atividades compatíveis a esta fase de forma a compreender e propiciar um espaço de  desenvolvimento? Estes questionamentos fazem parte da rotina escolar dos  profissionais de educação física que atuam na educação e, portanto, buscam recursos  para tornar aplicável seus conhecimentos a este período de desenvolvimento e aos  recursos oportunizados pela escola.  

Neste sentido, este trabalho busca compreender aspectos importantes  relacionados à educação infantil, suas etapas de desenvolvimento e a prática do  profissional de educação física neste processo. A Educação Física como prática educativa, seja ela desenvolvida no âmbito da  educação formal ou em outros espaços sociais, não pode ser isolada do movimento de luta para uma educação verdadeiramente democrática.Portanto, é necessário discutir as peculiaridades dessa prática frente ao desafio da educação inclusiva, bem como considerando os diferentes aspectos e fatores que interagem no âmbito educacional a fim de limitar a implementação de trabalhos pedagógicos voltados à inclusão de todos

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 

Segundo Montessori (1949), para que o método de atuação seja adequado,  ele deve estar pautado pelos valores na ação pedagógica: a criança, o ambiente, o  educador. Da mesma forma, tem os seguintes princípios fundamentais: 

  • A atividade;  
  • A individualidade: onde o aluno usa os materiais à medida de sua  necessidade e por ser autocorretivo faz sua autoavaliação. Os professores  são auxiliares de aprendizagem;  
  • A liberdade: os alunos exercitam suas escolhas nas oportunidades diárias  de escolher os materiais e atividades, dedicando-se a uma tarefa de acordo  com seu ritmo e aprendendo a perceber e respeitar o outro e o ambiente. 

Montessori reitera que ao nascer, a criança se desprende da mãe para viver  uma vida fisiológica independente, autônoma. Gradativamente ela progride no  caminho da autonomia (vemos isso explícito no aparecimento do primeiro dente que  significa independência ao alimentar-se e não mais a necessidade do seio materno; o  primeiro passo mostra que a criança já não necessita de ser carregado nos braços),  e este o método visa a liberdade na medida em que auxilia a independência por meio  da educação muscular, sensorial, intelectual, forma de agir sozinha sem adultos, de  bom grado, esforçando-se em aprender, tendo como aliado a inclinação  extremamente forte na criança ao desenvolvimento. 

Desta forma, para que o planejamento do professor seja efetivo deverá  considerar os critérios acima citados. Através do olhar atento para seus alunos, se  identificaram os principais itens a serem desenvolvidos e as dificuldades iniciais  apresentadas. Outro fator importante é criar um ambiente no qual a criança possa agir  livremente, trazendo à tona respostas e comportamentos novos gerados de forma  espontânea.  

Com esta visão, o professor deve considerar também os recursos ambientais,  por vezes, a escola não apresenta a infraestrutura e recursos necessários para as  atividades criadas em planejamento. Aqui, se inicia a observação do contexto escolar  e será necessário o uso de criatividade para criar as atividades, sendo que, este fato  em si já se configura em um dado da realidade a ser explorado com as crianças não  como agente limitador, mas como desafio a ser ultrapassado.

Neste sentido, a visão sobre a atuação escolar deve ser global, a escola e os  alunos se transformam de modo dinâmico e orgânico fazendo com que a vida escolar  seja atualizada a cada dia, estimulada por esta transformação contínua. Se verifica assim, que após a conclusão da licenciatura o professor de  educação física terá de conseguir utilizar os recursos técnicos aprendidos na  universidade, mas como bom pesquisador sempre se questionar sua atuação para  verificar se o seu método praticado está de fato alcançando os resultados pretendidos,  pois caso não esteja ele deverá buscar novos recursos.  

A EDUCAÇÃO FÍSICA 

Segundo Lopes (2002), o processo de ensino-aprendizagem deve sinalizar aos  alunos o saber acumulado pela humanidade aos longo dos anos. Neste sentido, as  disciplinas devem transmitidos de forma interdisciplinar:  

  • Conceitos, teorias ou práticas de uma disciplina são chamados à  discussão e auxiliam a compreensão de um recorte de conteúdo qualquer  de outra disciplina;  
  • Ao tratar do objeto de estudo de uma disciplina, buscam-se nos quadros  conceituais de outras disciplinas referenciais teóricos que possibilitem  uma abordagem mais abrangente desse objeto. 

A partir deste parâmetro é possível verificar que se busca contextualizar o  conhecimento. Com a intenção de torná-lo acessível a todos considerando a  singularidade de cada um e oportunizar a integração, e desta forma, o acesso de todos  dentro do ambiente escolar com suas diferenças e limitações. O foco é compreender as necessidades dos alunos, compreendendo as  competências técnicas que devem ser transmitidas sem desconsiderar as  necessidades contextuais e a realidade local.  

Neste sentido, como deve ser a atuação do profissional de educação física no  ambiente escolar? Estas perguntas vão fundamentar a atuação do profissional e  colocá-lo em uma postura ativa e atenta como um pesquisador que busca respostas  em sua investigação.  

Segundo a LDB/96 nos parâmetros do currículo de educação física na escola  deve se considerar corpo e mente. Desta forma, a consciência do corpo, dos  movimentos e sua extensão fazem parte de seu desenvolvimento principalmente quando trabalhados na primeira infância. Ou seja, compreendendo as fases de  desenvolvimento e potencializando suas estruturas e ao mesmo tempo  acompanhando as limitações. Esta prática pode e deve ser trabalhada também  considerando os aspectos emocionais como: cooperação, comunicação, integração  entre outros. Tudo isto engloba um desenvolvimento completo e integral dos  indivíduos em fase escolar.  

Verifica-se que no decorrer dos anos a prática de educação física esteve mais  relacionada aos jogos e esportes. Neste âmbito os alunos que não apresentam bom  aproveitamento podem se sentir deslocados ao até mesmo evitar as aulas. Esta  abordagem, no entanto, tem sido complementada fazendo com que os alunos  percebam que a aula de educação física não está somente relacionada com os  resultados obtidos nos esportes, mas sim a toda consciência corporal, de movimentos  e de saúde. Conhecer seu próprio corpo faz com que os alunos compreendam o  quanto os cuidados com a saúde são importantes para a vida cotidiana.  

Neste sentido Freire (2009), relata que para o professor de educação física a  quadra é seu laboratório onde pode potencializar os recursos de sua aula. Em que a  compressão sobre os recursos físicos e sua performance está alinhada à compressão  de recursos afetivos que cada indivíduo deve possuir para superar desafios, vencer  limitações, enfrentar situações de estresse emocional e compreender derrotas, bem  como criar estratégias para superá-las. Desta forma, e com este olhar a aula de  educação física deixa de ser um passatempo ou uma simples atividade corporal para  somar aos alunos um conteúdo que os ajudará em sua vida extra escolar. Pode-se  inclusive trabalhar conteúdos das salas expostos pelos professores que percebam  que é necessário um recurso maior para atingir os alunos.  

Castellani reitera está visão afirmando que:  

A prática pedagógica da educação física o desenvolvimento da noção de  historicidade da cultura corporal. É preciso que o aluno entenda que o homem   não nasceu pulando, saltando, arremessando, balançando, jogando etc.  Todas as atividades corporais foram construídas em determinadas épocas históricas, como respostas a determinados estímulos, desafios ou necessidades humanas. (CastellanI, 2009 p.40) 

Sob esta perspectiva se percebe que o aumento do repertório de  movimentos também está relacionado à aprendizagem. Mais ainda, que são fatores  que caminham juntos e que também estão relacionados às necessidades e desafios  impostos pelo cotidiano e sobrevivência. Desta forma, é necessário esforço contínuo  para tornar esta prática viável e dinâmica conforme sua atuação exige. 

Neste sentido, dentro do planejamento escolar todos estes itens devem estar  incluídos de forma interdisciplinar. Ou seja, visando o desenvolvimento corporal como  também as competências socioemocionais relacionadas em uma construção que  corresponda aos estímulos e necessidades relacionados aos alunos e seu  desenvolvimento. Para que isso seja realizado é necessário compreensão deste  contexto pelo professor e do corpo de gestão para que o planejamento seja feito de  forma adequada e pertinente.  

A EDUCAÇÃO FÍSICA E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

A educação física é matéria indispensável no crescimento das crianças e no processo de aprendizagem. De acordo com Ávila e Frison (2012, p. 182), a respeito de:

Uma das disciplinas, integrada à proposta pedagógica da escola, que pode ajudar no ensino de estratégias de aprendizagem desde a Educação Infantil é a Educação Física. Uma das maneiras de como esse processo de ensino de estratégias pode acontecer é a de o professor de Educação Física promover, paralelo ao ensino dos conteúdos específicos da Marilene Zandonade Prandina, Maria de Lourdes dos Santos 105 Horizontes – Revista de Educação, Dourados, MS, v.4, n.8, julho a dezembro 2016. disciplina, o ensino de estratégias de aprendizagem por meio de brincadeiras e jogos pedagógicos.

E, deve-se ressaltar que o professor de educação física deve ter um papel importante no processo de aprendizagem do aluno. Também é considerado um mediador inspire e forneça progresso de desenvolvimento entre os alunos e o mundo do ensino. Portanto, os alunos não apenas se tornam sujeitos de aprendizagem, mas também se tornam aprenda a estar em contato com os outros e com a sociedade. Procedimentos de ensino,portanto, são essenciais para a aprendizagem e disseminação do conhecimento (Basei, 2008).

Nesse caso, no que diz respeito ao esporte, o Ministério da Educação o conhecimento básico (1997, página 58) é notificado por meio dos parâmetros curriculares nacionais:

Sabe-se, hoje, que exercitar ou disciplinar o corpo não resulta obrigatoriamente na formação completa do ser humano. Sabe-se, por exemplo, que o caráter pode ser corrompido pelas glórias do esporte, favorecendo a atitude de obter a vitória a qualquer custo e até mesmo com o uso de drogas. Sabe-se, ainda, que a integração social pode transformar-se em desintegração, com guerras entre torcidas e brigas dentro de campos e quadras. (…) Assim, nas aulas de Educação Física o professor deverá sempre contextualizar a prática, considerando suas várias dimensões de aprendizagem, priorizando uma ou mais delas e possibilitando que todos os seus alunos possam aprender e se desenvolver. 

No entanto, sobre a importância da educação física no ensino, Alves (2011, página 21) enfatizado

A Educação Física é uma disciplina educacional que trabalha além do físico, o intelecto e as relações sociais e não deve somente restringir-se aos conteúdos ligados à esportivização (iniciação e treinamento esportivo). Seus conteúdos devem atender às necessidades da formação integral do cidadão e não mais trabalhar de forma isolada, em que seu fim é sua simples prática, mas sim integrada à proposta de formação

A PRÁTICA PEDAGÓGICA  

Segundo Montessori (1949), para que um método utilizado na educação  seja produtivo devem ser considerados: a criança, o ambiente, o educador. Da mesma  forma, tem os seguintes princípios fundamentais: 

  • A atividade;  
  • A individualidade; 
  • A liberdade: a partir das escolhas e oportunidades diárias. 

Neste sentido, o professor não deve temer os conteúdos que irão emergir de  seus alunos. O professor deve possuir capacidade de continência, ou seja, de acolher  os sentimentos e conteúdos expressos pelos alunos e trabalhá-los de forma a fazer  com que sejam confrontados com o devido suporte e mediação.  

A formação que o professor obteve em sua graduação passará a ser colocada  à prova no cotidiano escolar. Ele deverá portanto, buscar formação e conhecimento  para enfrentar os desafios particulares do ambiente escolar que estará inserido.  Concomitantemente alunos e professores crescerão em formação em um processo  dinâmico gerando um processo produtivo para a escola e alunos.  

Neste sentido Mercado (1999), descreve:  

A formação recebida por formandos já profissionalizados e com vida ativa,  tendo por base adaptação contínua a mudanças dos conhecimentos, das  técnicas e das condições de trabalho, o melhoramento de suas qualificações  profissionais e a sua promoção profissional e social (Mercado, 1999  p.105). 

Neste contexto, para que a desvalorização do professor não aconteça, estes  dois fatores devem caminhar juntos: a formação continuada do professor e a  consciência e planejamento da gestão escolar. Pois também é responsabilidade da  escola compreender todo espectro que envolve a prática da educação física . Ou seja,compreensão desta ação dentro do currículo escolar de forma global e integradora e  os recursos técnicos do profissional de educação física.  

Outro fator a ser verificado é a condição estrutural da escola. Por vezes a  unidade escolar não apresenta recursos necessários para que a prática e educação  física seja desenvolvida adequadamente. Temos, por vezes, duas dificuldades  marcantes:  

  • Falta de Recursos: existem unidades escolares que não atendem o  mínimo necessário para que aplique os conhecimentos relacionados  a esta atuação, fazendo com que o professor crie outras estratégias o  que é significativo, mas compromete o resultado na experiência  vivenciada pelo aluno.  
  • Planejamento Inadequado: ou seja, por vezes, a prática de educação  física não é encarada com seriedade pela gestão escolar  impossibilitando que o professor expanda sua atuação e crie  atividades diversificadas para potencializar suas aulas.  
  • Má formação: para um bom desenvolvimento o professor deve  apresentar formação reflexiva e crítica. Entender o contexto de seus  alunos e propor atividades que além de conhecimento atendam sua  demanda. 

A LDB visa garantir os parâmetros curriculares da aprendizagem, contudo, na prática muitos obstáculos e dificuldades podem ser verificados: a necessidade de infraestrutura, formação dos professores e funcionários, tecnologias. Conforme descreve Morin (2001):  

  • É responsabilidade da escola garantir a infraestrutura, que se refere a adaptação do ambiente escolar às necessidades dos alunos e das atividades propostas.  
  • O acompanhamento na capacitação dos professores deve ser contínuo. Uma vez que, sem o devido embasamento técnico a atuação será ineficiente e não corresponderá a necessidade do aluno. Podendo gerar além dos sintomas de insatisfação atraso no desenvolvimento dos mesmos. Principalmente considerando as fases iniciais em que a psicomotricidade deve ser intensamente acompanhada inclusive para se identificar precocemente algum problema complexo inicial, seja ele de fonte biológica ou comportamental. 
  • Em relação a tecnologia deve-se estar atento porque surgiram novas possibilidades com a modernidade. Os alunos apresentarão esta demanda e os professores e a gestão da escola não poderão negligenciar as alterações impostas pela modernidade e que já fazem parte do cotidiano do aluno. 
  • É preciso desenvolver capacidade reflexiva. A maturidade profissional e sócio emocional do professor faz diferença na medida em que desafios inusitados podem surgir e será necessário criar estratégias de atuação e novas respostas a problemas que surgem sempre na rotina escolar.  

Verifica-se assim, que muitos alunos se atraem pela aula de educação física pela liberdade que esta aula proporciona fora da sala de aula convencional. Contudo, aqui se coloca a atuação do professor em proporcionar ao aluno a exploração de algo  além disto. Por vezes, isto pode ser iniciado de forma lúdica para que se inicie de  forma mais concreta e expanda aos demais temas de forma gradual. Para tanto, a gestão da escola tem que dar suporte ao professor criando e embasando um planejamento que contemple estes aspectos.  

A gestão escolar também tem o dever de colaborar na conscientização dos alunos e pais. Para que as práticas vivenciadas na escola sejam estendidas ao ambiente familiar. Neste sentido Tezani (2010), os gestores escolares, devem: dar apoio aos docentes na investigação das necessidades dos alunos; apresentar práticas e metodologias de ensino pertinentes; criar reuniões em que sinalize e pontue práticas que devem ser incentivadas e dialogar sobre aquelas que não apresentam retorno adequado e desta forma, tornar possível uma prática pedagógica que esteja em conformidade com as adaptações a inclusão e necessidades dos alunos.  

Desta forma, se compreende que, para que a prática pedagógica seja  adequada a gestão, professores, alunos e pais devem estar envolvidos no processo de aprendizagem. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho expõe que para garantir o desenvolvimento de processo de ensino aprendizagem adequado ele deve se realizar de forma interdisciplinar e com a participação de todos, ou seja: gestão, professores, alunos e família. Nisto se corresponde a responsabilização de todas as partes necessárias para um processo produtivo e eficaz.  

É possível verificar também que a formação do professor é algo fundamental.  Uma vez que, o mesmo deve apresentar recursos técnicos e teóricos para atender a demanda escolar. É possível acompanhar nas escolas que muitos alunos compreendem na aula de educação física somente uma diversão e é responsabilidade do professor apresentar uma nova visão desta prática a partir de atividades relacionadas que só poderão ser criadas e aplicadas se possuir recursos para tal.  

Desta forma, no planejamento escolar junto a gestão o professor deve apresentar as atividades e justificativas que demonstre seus objetivos de forma clara.  Explicitando assim a finalidade de suas ações e solicitando sugestões a gestão quando desafios novos surgirem para que a possibilidade de ações assertivas aumente. Isto significa se responsabilizar pelo processo sabendo que não se dá sozinho e demonstrando seus conhecimentos para que isso ressoe de forma produtiva e transformadora na escola.  

É possível notar também que, por vezes, a gestão não oportuniza ao professor e seus alunos os recursos necessários, o que refletirá nos resultados.  Lembrando que em certas fases do desenvolvimento essa omissão gerará atrasos significativos para os alunos. Destaca-se aqui a fase infantil na faixa de 0 a 6 anos.  Desta forma, gera-se aqui vários sintomas que podem somar-se ao descontentamento dos alunos, baixa performance e produtividade, bem como o possível atraso no aprendizado relacionado a fase trabalhada.  

Sendo assim, confirma-se a necessidade de mais trabalhos relacionados a métodos e práticas pedagógicas em educação física com a finalidade de identificar as necessidades da educação e como o profissional da educação pode preparar-se para atender esta demanda e enfrentar os desafios cotidianos da vida escolar. 

Outro fator importante é a condição técnica e profissional da escola para amparar a atuação do professor de educação física. Se entende que a compreensão da necessidade e importância deste profissional deve ser valorizada pela escola possibilitando e acompanhando para que a atuação deste atenda o currículo e desta forma, venha de encontro com a necessidade dos alunos. Isto é de fundamental importância, uma vez que, a escola apresente esta visão poderá acompanhar o profissional, propor métodos diferenciados, apresentar conteúdos de formação, ou seja, somar com o profissional e desta forma, todos crescem progressivamente junto gerando dinâmica e produtividade ao ambiente educacional.

A educação física em ambiente escolar é uma área que já viveu bastante mudanças no curso da história. Inicialmente, era considerado apenas como um lazer e diversão, hoje é considerado imprescindível para o crescimento de crianças e adolescentes. Cursos obrigatórios em educação. Mesmo que a educação física seja importante, os profissionais ainda encontram muitos desafios e dificuldades na realização das atividades eficiente e adequada para os alunos. Além da pouca valorização da profissão, parte da sociedade, pais de alunos e educadores de outras disciplinas, carecem de materiais e investimentos em locais adequados para a prática. Existe uma escola especializada em quadras para diversos jogos e materiais.

Esses resultados precários são que os alunos não têm interesse na sala de aula. Não há razão para exercitar e desenvolver suas habilidades lá desta forma, cabe ao professor tentar ajudar os alunos através do plano, atividades que podem motivá-los a se exercitar e participar ativamente das atividades em sala de aula. Como todos sabemos, a Educação Física desempenha um papel fundamental no ensino, pois ao mesmo tempo é hora de ajudar no desenvolvimento físico e motor das crianças proporcionando aos alunos momentos de interação, socialização e entretenimento. 

Também depende de você, porque disseminar os valores morais e morais e o conteúdo para as crianças por diferentes meios relacionado à convivência entre cultura e sociedade, os professores de educação física têm a função social de educar os alunos,por meio de atividades, competições, jogos, todos podem ganhar ou perder Independentemente dos desafios enfrentados pelos professores e da falta de estrutura, todos percebem que a educação física é importante para as crianças e busque recompensas da melhor forma para a prática de exercícios físicos. Por meio dessa pesquisa, percebemos que os profissionais do esporte, mesmo com as dificuldades do dia a dia, vão tentar trabalhar de uma certa forma para comunicar eficazmente aos alunos a importância do exercício físico e a interação social e o respeito são essenciais para o desenvolvimento humano. Os professores de educação física não são apenas profissionais que trabalham com esportes, jogos e jogos, mas o mais importante, analisa o número de alunos no desenvolvimento, quais as dificuldades que encontraram e procuram a melhor forma, auxilie-os na aquisição de conhecimento, seja um conhecimento útil para o treinamento escolar, esses fatores são vitais para a construção de bons cidadãos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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______.BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação  Nacional. Lei Federal nº 9.394/96. Brasília: MEC: 1996 

_____. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental.  Parâmetros Curriculares Nacionais; terceiro e quarto ciclo: apresentação dos  temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em:  <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf>. Acesso em: 27 jun.  2018. 

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física.  São Paulo: Scipione, 2009.  

LOPES, A. C. Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio: quando a integração  perde seu potencial crítico. In LOPES, A. C. e MACEDO, E. (orgs.) Disciplinas e  integração curricular. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. LOPES & MACEDO (Orgs.) A  estabilidade do currículo disciplinar: 

MERCADO, L.P.L. Formação continuada de professores e novas tecnologias.  Maceió: EDUFAL,1999. 

MANTOAN, M. T. E. Inclusão Escolar: O que é? Por que? Como fazer? São Paulo:  Moderna, 2003. 

MONTESSORI, Maria. Mente Absorvente – Tradução de Wilma Freitas Ronald de  Carvalho. Rio de janeiro: Ed. Nórdica, 1949. Disponível em: http://www.montessori  ms.com.br/AInstitui%C3%A7%C3%A3o/MariaMontessori.aspx http://pedagogiasimples.blogspot.com.br/2011/03/maria-montessori.html http://www.aprendebrasil.com.br/glossariopedagogico/verbete.asp?idPubWiki=9634 

MORIN, E. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 4ª ed.  Trad. Eloá Jacobina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001. 

POLLARD, Michael. Os grandes humanistas : Maria Montessori – A pedagoga  italiana que revolucionou o sistema educacional em todo o mundo. São Paulo: Ed.  Globo, 1990. 

TEZANI, T. C. R. Gestão escolar: a prática pedagógica, administrativa na política de  educação inclusiva. 2010. Artigo em revista.

Ramos, Rosemeire Jardim . Gestão de práticas esportivas escolares.International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Referencias

BAILEY, C. J.; LEE, J. H.
Management of chlamydial infections: A comprehensive review.
Clinical infectious diseases.
v. 67
n. 7
p. 1208-1216,
2021.
Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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