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Resumo
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, a sociedade em geral vem passando por grandes transformações com o aparecimento das tecnologias digitais, conhecida como as (TICs), Tecnologias da Informação e Comunicação, termo segundo Levy (1993), que se utiliza de software, hardware, rede móveis etc.
Em foco na formação de professores, é preciso desenvolver nos mesmos habilidades e competências para que estes consigam trabalhar com as TICs. Esse aperfeiçoamento para ensinar e aprender com as tecnologias digitais, contribui para uma aprendizagem alicerçadora (Almeida, 2017).
Dessa forma, a formação de professores, tanto inicial quanto continuada, tem como objetivo melhorar a qualidade do ensino. O principal é formar pessoas ativas no processo de ensino-aprendizagem, em vez de apenas receptores de informações. Essa abordagem está ligada à construção do conhecimento e ao exercício pleno da cidadania (Almeida, 2017).
Nesse olhar, as TICs exercem um papel fundamental na educação contemporânea, sendo uma ferramenta valiosa para amparar os professores no processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que as aulas sejam mais dinâmicas, resultando assim em um cotidiano escolar mais atraente para os estudantes. (Modelski, 2019).
Pensando nas TICs, é importante ressaltar que a mesma ainda atualmente, pode gerar nos professores uma certa resistência em sua aplicação na sala de aula. Muitos profissionais, especialmente os mais tradicionais, preferem um modelo de aula focado apenas no conteúdo, no quadro e nos alunos (Almeida,2017).
Além disso, um modelo de ensino que não incorpora essas tecnologias não favorece o aprendizado no cotidiano escolar e assim acaba não criando um ambiente dinâmico para a construção do conhecimento. (Silva, 2020).
Pensando nisso, é fundamental que a formação dos professores comece nas instituições de ensino superior e continue ao longo de suas carreiras. Essa preparação deve incluir o uso de inovações tecnológicas, ajudando a reduzir a resistência que muitos professores têm em relação a essas mudanças (Almeida, 2017).
Ziede et al. (2016) aponta que, quando o ambiente nas escolas se torna menos hostil em relação ao uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) por professores e gestores, isso reflete uma mudança significativa na forma de oferecer uma educação de qualidade. Tanto professores quanto alunos percebem, no dia a dia, que a utilização de mídias ativas resulta em uma construção integrada de conhecimentos e traz efeitos positivos (Adnan, 2018).
É fundamental destacar os pontos que Ziede (2016) menciona para promover uma aprendizagem criativa, inclusiva e eficaz. Para isso, é necessário integrar as TICs ao currículo da escola, permitindo que alunos, professores e a comunidade participem do processo educativo de maneira dinâmica.
O uso das TICs possibilita o desenvolvimento de projetos que favorecem não apenas a interação entre os alunos, mas também a colaboração de toda a comunidade escolar em busca de uma aprendizagem de qualidade que esteja incorporada nas práticas pedagógicas (Silva, 2020).
Nessa proposta educacional, o professor necessita estar sempre em movimento, nesse processo irão surgir vários desafios, por isso é essencial que o mesmo busque se capacitar e se manter em formação contínua (Ziede, 2016). Dessa forma, o ensino e a aprendizagem se tornam mais prazerosos.
Quando uma nova ferramenta tecnológica é apresentada na sala de aula, os alunos se sentem motivados a participar (Moreira; Vergara, 2019). Assim, cabe ao professor, com toda a sua experiência, orientar, desafiar e integrar os alunos nesse processo de aprendizagem, que é constante e não linear (Moldeski, 2019). Portanto, ensinar e aprender se transforma em uma experiência plural e coletiva. A utilização das tecnologias da informação na sala de aula visa potencializar as habilidades dos alunos e expandir suas inteligências, com o professor atuando como mediador desse processo (Moreira; Vergara, 2019).
Os professores precisam estar abertos e conectados às inovações que surgem nas teorias e práticas do ensino, especialmente no contexto do ensino híbrido. É importante que eles busquem novas maneiras de envolver seus alunos no processo de aprendizado (Villasol, 2017). Aqueles que estão sempre em busca de novos conhecimentos e se capacitam veem a educação como um processo contínuo de estudo e aprendizagens. Um professor preparado reconhece a importância da autonomia dos alunos, o que contribui para a construção do conhecimento (Moreira; Vergara, 2019).
Neste contexto, o presente artigo apresenta uma observação sobre a utilização das tecnologias da informação e comunicação no ambiente escolar, para que os estudantes tenham uma educação de qualidade é fundamental que os professores tenham uma formação inicial e continuada (Adnan, 2018).
Além disso, é essencial mencionar a LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), onde nos art. 62 a 67 da lei, ressalta sobre a formação do professor, ou seja, como os estabelecimentos de ensino devem fazer para que se cumpra o que está escrito no documento citado, resultando assim em um bom funcionamento da instituição (Modelski, 2018).
Em tempos contemporâneos, para ser um professor de qualidade nesse meio de tantas tecnologias modernas, carece que os professores estejam empenhados de estudos e que o mesmo reflita sobre o seu trabalhar em sala de aula, mudando assim aquilo que necessita ser mudado perante suas práticas pedagógicas e didáticas, utilizando das grandes possibilidades presentes no ambiente virtual.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a elaboração do presente artigo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica qualitativa, através de autores renomados, google acadêmico baseando-se em dissertações, trabalhos acadêmicos e artigos científicos produzidos nos últimos cinco anos, envolvendo o conhecimento em formação de professores e as tecnologias digitais.
Fundamentando-se nas observações dos autores pesquisados e nas dissertações, trabalhos e artigos, com um desígnio exploratório foi realizado um estudo de maneira detalhada e organizada, com o objetivo de responder às perguntas que surgiram em torno do problema em questão, feito assim uma análise cuidadosa dos textos para encontrar soluções para essa situação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A formação de professores “transformou-se” em um desafio a ser vencido por muitos educadores. Mesmo que muitos professores tentam acompanhar a evolução das tecnologias digitais, ainda sim é difícil para vários deles estarem nessa nova era digital, pois só conhecer as tecnologias da informação e comunicação não garante que todos os educadores terão um bom desempenho no ensino-aprendizagem. Autores relatam, que os professores necessitam de uma formação contínua e de qualidade, sendo reconhecidos e valorizados pelas políticas públicas e no ambiente escolar.
O objetivo deste artigo, foi fazer uma revisão em torno de toda literatura escolhida, para entender como se relacionam a formação de professores e as tecnologias em tempo contemporâneo.
As tecnologias digitais oferecem às escolas diversas oportunidades para desenvolver projetos tanto no ambiente escolar quanto na comunidade ao seu redor, sempre com o foco na busca pelo conhecimento (Almeida, 2017).
É importante reconhecer que a utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no ambiente escolar, levou para os professores diversos desafios a ser superado. Por isso, é fundamental que os mesmos busquem aprimorar suas habilidades didático-pedagógicas por meio de formação continuada (Moreira; Vergara, 2019).
Assim, como aponta Ziede et al. (2016), as interações com as TIC, podem se tornar desafiadoras para os professores, que precisam se adaptar com esse novo modelo educacional. Isso implica desconstruir conceitos antigos, para construir uma aprendizagem com grande evolução.
Portanto, é crucial enfatizar os textos fornecidos pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular) acerca do uso de tecnologias para potencializar o aprendizado e capacitar o docente para sua utilização (Moreira; Vergara, 2019)
Nesse contexto, é fundamental esclarecer que a Base Nacional Comum Curricular é um documento que estabelece as orientações do que deve ser ministrado nas instituições de ensino durante toda a educação. As tecnologias digitais desempenham um papel crucial no processo de ensino e aprendizado. (Modelski, 2018). Portanto, é fundamental enfatizar as duas habilidades que discutem a utilização das TICs no ambiente escolar conforme ressalta a BNCC:
Competência 4: Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
Competência 5: Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva (MEC, 2017).
É essencial que as políticas públicas voltadas para a educação, priorizem a capacitação dos professores. Além disso, as instituições particulares também devem investir em formações que ajudem os educadores a aprimorar suas práticas pedagógicas (Moreira; Vergara, 2019).
Embora tenhamos visto avanços nas tecnologias e sua utilização em sala de aula como destaca Ziede et al. (2016), jamais devemos esquecer que o professor é o mediador dessas ferramentas no ambiente escolar.
Por isso, é de grande importância investir na formação inicial e continuada dos mesmos, que são estes fundamentais para a educação dos indivíduos.
Portanto, é importante enfatizar que, por meio das formações contínuas um leque de alternativas sobre o entendimento dos AVAS (Ambiente Virtuais de Aprendizagens) abre-se para alunos e professores, proporcionando assim, novas experiências e trajetórias no processo de aprendizado (Almeida, 2017). No entanto, o educador precisa organizar e ajustar suas aulas aos novos recursos tecnológicos, contextualizando essa nova abordagem pedagógica para a construção de novos conhecimentos e o aprimoramento das habilidades dos estudantes, conforme ressalta Queiroz:
O estudo a partir dos AVA permite relações cognitivas importantes, favorecendo a aprendizagem por meio da mediação pedagógica nos ambientes de interação, criando situações que propiciam interações e orientações que aproximam professores e alunos no decorrer do curso. O diálogo entre alunos e professores, alunos e alunos, possibilita assim a transposição da distância transacional e, entre outros aspectos, pressupõe a possibilidade de maior autonomia dos educandos. (Queiroz, 2011, p. 22).
Dessa forma, ao montar o seu plano de aula, o professor deve aplicar os recursos que as TICs vêm oferecendo nesse tempo contemporâneo, sendo essencial focar que as aulas têm como centro um “triângulo pedagógico” ensinamentos apresentados por Jean Houssaye composto por três eixos: aluno, professor e conteúdos (Modelski, 2018).
É importante esclarecer que esse “triângulo pedagógico”, representa as relações entre professores e alunos em busca de conteúdos para um para um aprendizado significativo. Essa interação é formada pelo ato de ensinar, aprender e formar especialmente com o apoio do ambiente virtual de aprendizagem AVA conforme menciona (Almeida, 2017). Assim é fundamental ressaltar a importância da intenção no processo didático para que o ensino seja realizado com qualidade, segundo (Ziede, 2016).
Ao ensinar em um ambiente online o professor planeja suas aulas levando em conta os recursos pedagógicos tecnológicos que atuam como ferramentas auxiliares para alcançar os conteúdos e objetivos necessários a um ensino de relevância.
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) proporcionam uma nova forma de utilizar os materiais didáticos e pedagógicos em sala de aula. É importante destacar que tanto alunos quanto professores têm a responsabilidade de se adaptarem às inovações que surgem, o que exige mais autonomia e concentração durante o processo de estudo e aprendizado. (Nadu, 2018).
Para desenvolver estratégias eficazes na construção do conhecimento com o uso das tecnologias digitais, essas inovações trouxeram mudanças nas metodologias que devem ser aplicadas nas escolas impactando diretamente a formação dos professores (Silva,2019).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No respectivo artigo, a questão da formação de professores e tecnologias digitais foi analisada, pesquisada e problematizada, enfatizando a importância da formação inicial e contínua do professor, que irá auxiliar em um processo de aprendizado relevante. É crucial enfatizar que as inovações tecnológicas estão presentes e incorporadas ao ambiente escolar, porém, muitos professores ainda permanecem na época não digital e se mostram resistentes a essa adaptação a esses novos recursos tecnológicos.
Portanto, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para os professores que procuram formação e pesquisam essas ferramentas, encontram nessas tecnologias um suporte para o processo de ensino-aprendizagem.
As práticas pedagógicas que envolvem tecnologias digitais só serão realmente eficazes com a participação ativa do professor e sua mediação. Embora as inovações contribuam para a educação, a presença do professor nesse processo é essencial para a construção do conhecimento, portanto, capacitar o professor vai além de simplesmente fornecer ferramentas, é necessário apoiar a ideia de um triângulo pedagógico, onde professor, aluno e conteúdo devem ser considerados juntos e não de forma isolada. Nesse contexto, a pesquisa realizada destaca que algumas escolas ainda não estão se envolvendo ativamente no uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), devido à falta de recursos, à carência de capacitação dos professores ou até mesmo à ausência de instalações adequadas para utilizar essas ferramentas.
Assim, deficiência e escassez se tornam juntos uma parte importante da educação que usa os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAS) nas escolas, isso mostra um problema sério nas escolas da rede pública.
Nas escolas que têm acesso a essas tecnologias, os professores que as utilizam nas aulas percebem uma mudança na forma como ensinam. Isso transforma suas práticas pedagógicas, tornando as aulas mais diversificadas. Assim, eles conseguem sair do modelo tradicional sem perder a base na construção do conhecimento.
Além disso, é importante ressaltar as dificuldades e as contradições que envolvem a utilização das tecnologias digitais nas instituições de ensino, assim como a relevância da formação inicial e continuada dos professores. O papel desses professores como mediadores e guias nessa jornada de aprendizado, é fundamental e está alinhado com as competências apresentadas na BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADNAN, Muge; Tondeur, Jo. Preparando a próxima geração para a interação efetiva da tecnologia na educação: perspectivas dos formadores de professores, Conferência Ed Media + Innovate Learning, 2018.
ALMEIDA, Patrícia. Tecnologias digitais em sala de aula: O Professor e a reconfiguração do processo educativo. Revista Da Investigação às Práticas, v. 8, nº 1, p. 4-21. Coimbra (COI), 2017.
LEVÝ, Pierre. As tecnologias da inteligência. São Paulo (SP); Editora 34, 2010, 2ª edição, 208p.
MOLDELKI, Daiane; Giraffa, Lúcia Maria Martins. Formação Docente Práticas Pedagógicas e Tecnologias Digitais: Reflexões ainda necessárias. Revista Eletrônica Pesuiseduca, v. 10, nº 20, p. 116-133. Santos (SP), 2018.
MOLDELKI, Daiane; Giraffa, Lúcia Maria Martins; Casatelli, Alam de Oliveira. Tecnologias digitais, formação docente e práticas pedagógicas. Revista Edu. Pesqui, v. 45, e180201. Santos (SP), 2019.
SILVA, Leo. Victorino. Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação na Educação: três perspectivas possíveis. Journal of Applied and Advanced Research, v. 6, nº 1, p. 143-159, Sorocaba (SP); 2020.
VILASSOL, M. C. Aprendizagem baseada em projeto de ensino: aprendizagem, criatividade, inovação e novos papéis na formação de professores na era digital. Journalof Applied and Advanced Research, v. 29, nº 4, p. 1253-1278, 2017.
VERGARA, Luis Chamorro; Moreira, João Padilha A Formação de Professores na era das Tecnologias Digitais (TDIC) no Contexto da sala de aula. Revista RAAM, v 1, nº 1, p. 1-13, 2019.
ZIEDE. M; SILVA, E. T.; Pegoraro, L.; Canale, E. M.; Silva, A. O. M.; Carvalho, A. F. W. Tecnologias Digitais na Educação Básica: desafios e possibilidades. Revista Novas Tecnologias Na Educação, v. 14, p. 1-10, 2016.
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