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Resumo
INTRODUÇÃO
Encontramos em nossa escola, uns estudantes com um casos extremamente diferentes e nunca antes visto, aparentemente com todas as percepções reguladas, sem nenhuma estereotipia aflorada, mas um grau de concentração que perturba o interlocutor.
Nossos estudantes conseguem fixar o olhar, ficar imóvel, não se comunicar, sem receber perturbação externa por um tempo, o qual, os outros estudantes não ficam. No entanto, não é com coisas ou com elementos externos, às vezes ele se “desliga” com alguma coisa falada, quando a informação chega até suas estruturas internas de pensamento.
Eles não se batem, não expressam movimentos físicos, apenas expressam ausência de movimento. Ao serem interrogados sobre o que estava pensando, eles expressam toda a linha de pensamento, as suas conexões acerca do que estava conjecturando, e muitas vezes vai além do que estava-se propondo, o que, algumas vezes, desperta no professor uma estranheza.
Pois não estamos habituados a seres humanos que vão além, estudantes, que ultrapassam o limite de curiosidade, pertencimento, fixação em um objeto de conhecimento. Desse modo, se pergunta: O que estes estudantes apresentam, o que tem?
Em conselho de classe após muita discussão, uns defendendo, outros nem tanto, chegou-se à decisão de encaminhá-lo para investigação psicológica. Cabe acrescentar que não são estudantes laudados, com este caminho aberto, encaminhou-se também a vários outros especialistas, mas nenhum afirmava um diagnóstico. As hipóteses indicadas eram para diversas linhas, no entanto nenhuma era clara, explicativa.
Resolveu-se juntar todos os profissionais que tinham contato, que mantinham interação com ele, este em especial, onde cada envolvido pudesse expor suas teorias acerca das características observadas por todos os presentes e ainda expor alguma especificidade ainda não observada. Então, iniciou a parte mais difícil! Conseguir encaixar agendas de profissionais extremamente ocupados. Mas aconteceu um imprevisto: Falta de energia elétrica. E todos os envolvidos estavam sem condições de trabalhar. Em outra data, passamos de local em local e conseguimos, literalmente, juntar todos.
Entre os profissionais que se disponibilizaram a ajudar no acompanhamento do estudante, podemos citar: psicólogo, psiquiatra, pediatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, seus professores e uma neurologista infantil. Neste dia, à medida que caracterizávamos o comportamento do estudante em questão, outros casos iam sendo expostos.
Após a leitura dos documentos, do que havia de registro em cada caso dos estudantes, por cada profissional, passamos as conjecturas. Nessas, alguém que não lembro quem, propôs uma categoria chamada hiperfoco. Enveredou-se pela conceituação e neste momento se ouvia e se anotava todas as proposições expostas. Mas não havia conhecimento em nosso intelecto para compreensão daquelas informações. Fomos estudar, pesquisar para entender os nossos estudantes e o que acontecia com aquele, em especial. Neste ínterim um psiquiatra e uma neurologista já haviam dado um diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, mas não explicava aquela característica do “desligamento” apresentada pelo estudante, pois até então, o que se sabia do autismo, no grupo, não apontava para tais manifestações.
DESENVOLVIMENTO
O que, então, era a característica, a especificidade chamada Hiperfoco em estudantes diagnosticados com CID identificado com Transtorno do Espectro Autista-TEA? Crianças autistas em estado de hiperfoco expressam a capacidade de se concentrarem intensamente em uma atividade ou assunto que os interessa profundamente, muitas vezes excluindo tudo ao seu entorno. Esse nível de concentração pode ser tão alto e intenso que as tarefas diárias podem ser negligenciadas. O estado de hiperfoco pode ser induzido pelo engajamento na tarefa; Para Natalia Orti, da UNESP, o hiperfoco é caracterizado por um estado intenso de atenção sustentada e seletiva; durante um estado de hiperfoco, ocorre uma diminuição da percepção dos estímulos que não são relevantes para a execução da atividade; em um estado de hiperfoco, o desempenho na atividade melhora.
Conceituado o comportamento manifestado pelos estudantes como se trabalhar com eles? Para obter um efeito benéfico seria necessário agir de modo construtivo, se envolver, reconhecer que o hiperfoco pode ajudar e minimizar os aspectos negativos na rotina pensada para o dia, como também diminuir as interferências. Por isso a conversa com toda equipe que acompanhava os estudantes era imprescindível.
Os profissionais que compunham o grupo apontaram blogs, trouxeram manuais e discutimos como trabalhar o hiperfoco no autista, de modo a usar o interesse demonstrado no desenvolvimento de outras competências. Algumas estratégias para usar o hiperfoco de modo assertivo foram sugeridas, baseadas no blog do Drauzio e Genial Care, proposta sugestiva da psicóloga Natalia Orti e de Heloise Rissato, esta última publicitária e responsável pelo conteúdo de web da Genial Care, cabe dizer que as informações iam sendo expostas para o grupo, sendo explicadas e íamos tomando nota:
Porém, é necessário levar em consideração que nunca podemos usar o hiperfoco do estudante que o apresenta como uma estratégia para mantê-lo ocupado deixá-lo quieto, entretido, sem um contexto social que lhe permita interagir.
É importante destacar que, o alerta, precisa ser feito sempre através de atividades de interesse da criança, respeitando suas aprendizagens e interesses.
Considerando-se que frequentemente o cérebro neuro diverso sofre de sobrecarga sensorial, o foco em algo pode ser um alento aos estudantes, proporcionando refúgio durante o estresse e situações desconfortáveis. Pensando nisso, é possível explorar o hiperfoco em auxílio dos estudantes com TEA.
REFLEXÕES
O TEA é uma questão de saúde, educação de alcance mundial e estima-se, em dado divulgado pela Organização Mundial da Saúde, que em cada 162 crianças 32,4 seria portadora de algum distúrbio do espectro autista. Estima-se que de cada cinco crianças uma tenha característica de autismo. Devemos lembrar que sempre precisamos colocar a experiência do estudante em questão em primeiro lugar.
O ensino e o apoio podem ser tudo que uma pessoa autista precisa para dar passos ainda mais largos, para encontrar seu caminho ao lado das pessoas que ama, e como uma questão de valor social, deve ser olhada como tal, por exemplo, pelos programas de governo. Lembrando que essa capacidade de focar pode durar ou variar com o passar do tempo, que vai além do interesse, e que pode acabar se transformando numa obsessão. Pois se o estudante está em êxtase em uma situação ou diante de um objeto ou informação, de modo profundo e duradouro, considerando o modo como está pensando, sentindo, percebendo e processando sua habilidade de atenção e concentração alternará entre o máximo e o mínimo podendo surgir complicações para o estudante com TEA, afetando sua adaptação ao meio. Por isso, pais, responsáveis, professores de apoio devem ficar observando aos seguintes condutas expressas através de características como:
O uso do termo hiperfoco está ligado ao transtorno do Neurodesenvolvimento conhecido como TEA ou TDAH. Um estudante pode apresentar motivação apurada, mas pode não ser o hiperfoco. Tratar do hiperfoco em um autista significa dizer que o mesmo mostra o seu apego a algo, com o qual se relaciona intimamente. A extensão do seu foco é um interesse tão grande em algo, que as coisas que estão acontecendo em volta não importam. Neste aspecto, até mesmo pausas para comer, tomar banho ou realizar outras atividades da vida diária podem ser esquecidas pelas pessoas com TEA, já que elas geram um afastamento do seu interesse. Desse modo, o hiperfoco no autismo difere de um interesse comum.
As pessoas que não têm TEA demonstram ser mais fácil afastar-se durante certo tempo do que está concentrada para depois retomar o que estava fazendo momentos antes. Essa diferença acontece porque o cérebro do autista é diferente do cérebro de uma pessoa sem o transtorno. Para as pessoas com TEA, esse órgão é hiper excitado, tornando o hiperfoco um porto seguro para a volta a um estado normal de concentração e regulação. Desta forma, esse retorno a atenção centrada pode gerar dificuldade de comunicação e de interação social, pois o mesmo manter-se-á isolado do restante das pessoas do grupo que convive para não sofrer.
Como resultado, pode ser mais difícil para o estudante com TEA sair do hiperfoco para se relacionar com os outros, preferindo ações sem interação. Por isso, torna-se imprescindível também, compreender que o hiperfoco, no estudante com TEA, pode ser visto como fator que poderá proporcionar desenvolvimento cognitivo. Alguns profissionais da saúde e professores utilizam essa característica para o trabalho com autistas que a apresentam como estratégia para ensino x aprendizagem. Através das redes neurais que assimilam novos conteúdos e são acomodados nos neurônios com as sinapses na área cerebral responsável por aquela aprendizagem. Estas vão sendo necessárias a medida que os desafios da vida forem surgindo, agindo sobre o meio, pela necessidade de adaptação, os estudantes vão desenvolvendo seu repertório de experiências , as quais serão acrescidas de mais informações, passando de um em interesse a outro conforme a busca por estruturação em alguma área dependendo do grau de vínculo que essas pessoas mantêm com o estudante podem se conectar e interagir com questões ou até mesmo para entender com o estudante está pensando de modo a perceber se o hiperfoco, naquele momento, para o estudante é uma fuga do real ou uma necessidade de um conhecimento maior e mais rico. Torna-se necessário verificar se essa conduta está deixando o estudante infeliz, mesmo ele apresentando objeção em suspender sua atenção focada? Então, podemos nos colocar duas interrogações:
1) Quais os desafios que os estudantes estão tentando resolver com as pessoas do seu grupo?
2) Em quais momentos o estudante está se “desligando” e essa ação atrapalha na convivência com pessoas e o conteúdo da sala ou no recreio?
3) O “desligamento” está causando algum impedimento?
Essas interrogações devem estar presentes no pensamento do professor, do professor de apoio e dos especialistas da medicina que lidam com o autista, até mesmo suas famílias, pois pode ajudar a elucidar questões simples do dia a dia, como uma avaliação das condutas e suas implicações. Participar de uma associação ou grupo de apoio também é importante para dialogar, perguntar e receber respostas mais técnicas, cientificas, sem conclusões do senso comum. Assim, a possibilidade de investigação poderá melhorar as condutas dos estudantes trazendo ações assertivas para as hipóteses.
A habilidade de manter a atenção centrada em um conteúdo escolar pode ser vista como uma fortaleza e embasar as competências necessárias à escolarização e à vivência. Assim como, para o grupo da escola é hora de procurar ajuda.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desse modo, o grupo de estudo compreendeu que a capacidade de manutenção da atenção, o hiperfoco do estudante autista, que apresenta essa especificidade complicada que, quando entendida e usada de modo cabal, pode virar um instrumento mental de crescimento. Também é de suma importância esclarecer que o cessamento da ação de um estudante autista, em estado de hiperfoco torna-se difícil, pois o grau de centramento, não permite ao estudante expressar o que está pensando, sentido, em alguns casos, a interlocução pode ser até dolorosa. Cabendo lembrar que nenhum caso é igual a outro e que entender as características de cada um é essencial para a fruição das ações pedagógicas e para a interação daqueles que atuam com o estudante para não criar facilidades ou entraves.
Profissionais da saúde e da educação, assim como os pais, precisam adotar abordagens equilibradas, que valorizem os interesses dos estudantes enquanto propicia aptidões sociais, equilíbrio interno e externo e bem comum. Sugerindo, para as crianças e os adolescentes, uma agenda visualmente atraente e destacar marcadores bem específicos que ajudem e apoiem a redirecionar a atenção. Já na fase adulta, por conta da expectativa social e necessidade prática de uma maior autonomia em tantas áreas da vida, é preciso recorrer a estratégias de organização e planejamento para estruturar as sequências e o tempo requerido para cada tarefa.
Angel Rivière, no artigo “O autismo e os transtornos globais do desenvolvimento”, no final, diz que:
O problema da educação das crianças autistas não pode ser compreendido apenas em termos econômicos. Trata-se na realidade de um problema essencialmente qualitativo. A alienação autista do mundo humano é um desafio sério, nosso mundo não seria propriamente humano se aceitasse passivamente a existência de seres que, sendo humanos, são alheios. (Angel Rivière, 2010, p. 234)
Não existe uma cura para o hiperfoco. Ele também não deve ser reprimido, nem ser motivo de vergonha. Não é um erro a pessoa dedicar atenção ao que lhe interessa. Assim, é importante que o estudante passe por intervenções para conseguir manter seus interesses, ao mesmo tempo em que desenvolve habilidades para conseguir compartilhá-los sem deixar de criar conexões e interações produtivas.
Quando a comunicação social, a orientação social, a atenção compartilhada, a atenção visual, é trabalhada, está se ampliando o foco de interesse, ensinando a comunicação, as trocas interativas, atividades que atuam nas funções executivas. Então, para Clarice Sá (escreveu no blog autismo e realidade) “espera-se que isso vá ampliando, que a criança vá generalizando para comportamentos mais funcionais”. E se for o caso de prescrição medicamentosa para o hiperfoco especificamente, então a recomendação da medicina é não. Mas, alguns especialistas dizem que muitas vezes, vão avaliar para ver se esse paciente tem uma comorbidade. Comorbidade é a existência de duas ou mais doenças em simultâneo na mesma pessoa, com a possibilidade das patologias se potencializarem mutuamente, ou seja, uma provoca agravamento da outra e vice-versa, o que dificulta o diagnóstico e influencia o prognóstico. Se observarmos essa comorbidade, aí sim pode se pensar nas intervenções medicamentosas para atenção.
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