A importância do trabalho conjunto entre psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores no desenvolvimento da criança com TEA

THE IMPORTANCE OF JOINT WORK BETWEEN PSYCHOPEDAGOGISTS, OCCUPATIONAL THERAPISTS, AND TEACHERS IN THE DEVELOPMENT OF CHILDREN WITH ASD

LA IMPORTANCIA DEL TRABAJO CONJUNTO ENTRE PSICOPEDAGOGOS, TERAPEUTAS OCUPACIONALES Y MAESTROS EN EL DESARROLLO DEL NIÑO CON TEA

Autor

Geisa Elaine Favoretti Cardoso
ORIENTADOR
Prof. Dr. Fábio Terra Gomes Junior

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/0F2738

DOI

Cardoso, Geisa Elaine Favoretti . A importância do trabalho conjunto entre psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores no desenvolvimento da criança com TEA. International Integralize Scientific. v 5, n 45, Março/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta de forma singular as crianças diagnosticadas, prejudicando sua capacidade de comunicação, interação social e comportamento. A diversidade de manifestações do TEA exige uma abordagem multidisciplinar, onde diferentes profissionais unem seus saberes e práticas para promover um desenvolvimento mais equilibrado e adaptado às necessidades de cada criança. Este artigo analisa a importância da colaboração entre psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores, explorando os benefícios, os desafios e as abordagens que tornam essa parceria crucial para a inclusão escolar e social das crianças com TEA. A análise se baseia em pesquisas acadêmicas e obras de referência na área do autismo e da educação inclusiva.
Palavras-chave
Inclusão Escolar. Interdisciplinaridade. Transtorno do Espectro Autista (TEA). Psicopedagogia. Desenvolvimento Infantil.

Summary

Autism Spectrum Disorder (ASD) is a neurodevelopmental condition that uniquely affects diagnosed children, impairing their communication, social interaction, and behavior. The diversity of ASD manifestations requires a multidisciplinary approach, where different professionals combine their knowledge and practices to foster a more balanced and individualized development. This article examines the importance of collaboration between psychopedagogist, occupational therapists, and teachers, exploring the benefits, challenges, and strategies that make this partnership essential for the educational and social inclusion of children with ASD. The analysis is based on academic research and reference works in the fields of autism and inclusive education.
Keywords
School Inclusion. Interdisciplinarity. Autism Spectrum Disorder (ASD). Psychopedagogy. Child Development.

Resumen

El Trastorno del Espectro Autista (TEA) es una condición del neurodesarrollo que afecta de manera única a los niños diagnosticados, perjudicando su capacidad de comunicación, interacción social y comportamiento. La diversidad de manifestaciones del TEA exige un enfoque multidisciplinario, en el cual distintos profesionales combinan sus conocimientos y prácticas para promover un desarrollo más equilibrado y adaptado a las necesidades de cada niño. Este artículo analiza la importancia de la colaboración entre psicopedagogos, terapeutas ocupacionales y maestros, explorando los beneficios, los desafíos y las estrategias que hacen de esta asociación un elemento clave para la inclusión educativa y social de los niños con TEA. El análisis se basa en investigaciones académicas y obras de referencia en el ámbito del autismo y la educación inclusiva.
Palavras-clave
Inclusión Escolar. Interdisciplinariedad. Trastorno del Espectro Autista (TEA). Psicopedagogía. Desarrollo Infantil.

INTRODUÇÃO

 

O Transtorno do Espectro Autista(TEA) é uma condição neurodesenvolvimental caracterizada por desafios na comunicação, na interação social e por padrões comportamentais restritos e repetitivos(DSM-5, 2013). No ambiente escolar, essas particularidades podem impactar diretamente o processo de ensino-aprendizagem, exigindo estratégias pedagógicas adaptadas e suporte especializado para promover a inclusão desses alunos. No entanto, para que a escolarização de crianças com TEA no ensino regular seja eficaz, não basta apenas a presença física na sala de aula; é necessário um conjunto de intervenções planejadas e integradas, considerando as especificidades de cada estudante.

A colaboração entre professores, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais tem se mostrado essencial para garantir que a aprendizagem ocorra de maneira significativa, respeitando as potencialidades e dificuldades individuais. Enquanto o professor desempenha um papel central na mediação do conhecimento e na adaptação curricular, o psicopedagogo contribui com estratégias voltadas à superação das barreiras no aprendizado. 

O terapeuta ocupacional, por sua vez, auxilia no desenvolvimento motor, sensorial e nas habilidades de autorregulação, aspectos fundamentais para a participação ativa no ambiente escolar. Dessa forma, a atuação conjunta desses profissionais permite um acompanhamento mais abrangente, que favorece não apenas o desempenho acadêmico, mas também o desenvolvimento social e emocional do aluno com TEA.

Apesar dos benefícios dessa abordagem integrada, desafios como a falta de comunicação entre as áreas, a escassez de formação específica para educadores e o tempo reduzido para planejamento colaborativo ainda dificultam a implementação efetiva dessas práticas. Superar essas barreiras é um passo fundamental para transformar a escola em um espaço verdadeiramente inclusivo, onde todos os alunos tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver em um ambiente acolhedor e adaptado às suas necessidades.

Diante desse contexto, este estudo busca analisar a importância da atuação interdisciplinar no processo de inclusão de crianças com TEA no ensino regular, destacando os desafios e as possibilidades dessa colaboração. Para isso, será discutido o papel de cada profissional envolvido, os impactos da integração de diferentes áreas no desenvolvimento dos alunos e as estratégias que podem ser adotadas para fortalecer essa parceria dentro do ambiente escolar.

 

REVISÃO DE LITERATURA 

 

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA INCLUSÃO ESCOLAR DE CRIANÇAS COM TEA

 

A inclusão escolar de crianças com Transtorno do Espectro Autista(TEA) exige uma abordagem pedagógica diferenciada, que vá além da adaptação curricular e contemple o desenvolvimento integral do aluno. A psicopedagogia, nesse contexto, desempenha um papel fundamental ao identificar dificuldades de aprendizagem e ao propor estratégias que favoreçam a construção do conhecimento de maneira acessível e significativa. No entanto, sua atuação não se limita ao trabalho com a criança, mas se estende ao suporte aos professores e à sensibilização da comunidade escolar, promovendo um ambiente mais inclusivo.

A identificação precoce das dificuldades enfrentadas pelo aluno com TEA é um dos primeiros desafios da inclusão. Conforme aponta Bossa(2007), o psicopedagogo deve considerar não apenas os aspectos cognitivos do aprendizado, mas também os fatores emocionais e sociais que interferem no desempenho acadêmico. Em crianças com TEA, esses desafios podem se manifestar de formas variadas, desde dificuldades em compreender comandos verbais até questões sensoriais que afetam a concentração e a permanência na sala de aula(Santos & Almeida, 2019). A diversidade do espectro autista exige um olhar atento para essas particularidades, pois métodos convencionais de ensino podem não ser eficazes para esses alunos.

Nesse sentido, o psicopedagogo elabora estratégias pedagógicas adaptadas à realidade de cada criança. Estudos indicam que recursos visuais, como quadros de rotina e pictogramas, auxiliam na organização e previsibilidade do ambiente escolar, reduzindo a ansiedade e favorecendo a aprendizagem(Mendes & Costa, 2020). Além disso, a adoção de metodologias ativas, como o ensino baseado em projetos e o uso de tecnologia assistiva, tem se mostrado eficaz para estimular a participação de alunos com TEA. No entanto, a implementação dessas estratégias requer formação e acompanhamento contínuos, o que nem sempre ocorre de maneira estruturada nas escolas.

A atuação do psicopedagogo também se destaca na mediação entre a equipe pedagógica e as necessidades dos alunos com TEA. Como afirmam Costa e Almeida (2021), a inclusão não depende apenas de modificações curriculares, mas de uma mudança na cultura escolar, em que os professores sejam capacitados para lidar com a diversidade de forma propositiva. Muitos docentes relatam insegurança ao trabalhar com alunos com TEA, especialmente diante de comportamentos desafiadores ou dificuldades de comunicação. O psicopedagogo, nesse contexto, contribui para a construção de estratégias que auxiliam os educadores a adaptar suas práticas, tornando o ensino mais acessível e eficiente.

Outro aspecto essencial da atuação psicopedagógica é o fortalecimento das habilidades socioemocionais das crianças. O desenvolvimento da comunicação e da interação social é uma das maiores dificuldades enfrentadas por alunos com TEA, o que pode gerar isolamento e prejudicar sua experiência escolar. De acordo com Lima e Costa(2022), o ensino de habilidades sociais, por meio de jogos cooperativos e dinâmicas mediadas, pode contribuir para a integração dos alunos no ambiente escolar. Além disso, o psicopedagogo pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias que ajudem as crianças a lidarem com frustrações e ansiedades, promovendo maior autonomia e segurança emocional.

A inclusão escolar, no entanto, não pode ser responsabilidade exclusiva de um único profissional. O trabalho do psicopedagogo deve ocorrer em parceria com professores, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e a própria família da criança, garantindo uma abordagem interdisciplinar que contemple todas as suas necessidades. Conforme apontam Almeida e Silva(2021), quando essa rede de apoio é estruturada de forma colaborativa, os impactos positivos são perceptíveis não apenas no desempenho acadêmico do aluno com TEA, mas também na construção de uma escola mais acessível e acolhedora para todos.

Diante desse cenário, o papel do psicopedagogo na inclusão escolar se revela como um eixo fundamental para a promoção de práticas pedagógicas mais equitativas. Sua atuação ultrapassa a adaptação curricular e envolve a transformação da cultura escolar, capacitando professores, orientando famílias e contribuindo para um ensino que respeite a diversidade. Ao reconhecer as potencialidades e desafios de cada aluno, a psicopedagogia possibilita não apenas a permanência da criança com TEA na escola, mas sua real participação no processo de aprendizagem.

 

A CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NO DESENVOLVIMENTO E AUTONOMIA DAS CRIANÇAS COM TEA

 

A terapia ocupacional tem um papel essencial no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), auxiliando na aquisição de habilidades motoras, no aprimoramento da coordenação, na promoção da autonomia e na regulação emocional. Esse trabalho envolve não apenas a criança, mas também sua família e a equipe escolar, garantindo um suporte abrangente que favorece sua participação ativa na rotina diária e no ambiente escolar (Fonseca, 2018).

Entre as principais abordagens utilizadas pelos terapeutas ocupacionais, destaca-se a integração sensorial, conceito desenvolvido por Ayres (1972). Crianças com TEA frequentemente apresentam dificuldades para processar estímulos sensoriais, o que pode interferir em sua adaptação ao meio. Nesse contexto, a terapia ocupacional busca estratégias para organizar essas informações de forma mais funcional, ajudando a criança a lidar melhor com sons, texturas, movimentos e outros estímulos do ambiente. Técnicas como o uso de materiais táteis, auditivos e visuais, bem como atividades que envolvem movimento, têm sido amplamente empregadas para favorecer essa adaptação.

Além da regulação sensorial, a terapia ocupacional também se concentra na realização de atividades cotidianas, como vestir-se, alimentar-se e manter a higiene pessoal. Para Silva e Almeida (2017), desenvolver essas habilidades não apenas favorece a independência da criança, mas também fortalece sua autoestima e autoconfiança. Esse processo inclui desde a prática de gestos motores finos e grossos até a criação de rotinas estruturadas que facilitem a execução das tarefas diárias.

Outra estratégia importante dentro da terapia ocupacional é a utilização do jogo como ferramenta terapêutica. Por meio de atividades lúdicas, as crianças com TEA têm a oportunidade de trabalhar aspectos como interação social, comunicação e cooperação. Rodrigues e Lima (2019) destacam que jogos estruturados contribuem para o desenvolvimento de habilidades sociais essenciais, ajudando a criança a lidar com frustrações, respeitar turn-taking (turno alternado) e interagir com os colegas em diferentes contextos.

O turn-taking (turno alternado) refere-se à habilidade de alternar a vez durante interações sociais, como em conversas ou brincadeiras, sendo fundamental para a comunicação eficaz e o desenvolvimento da linguagem. Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam dificuldades nessa habilidade, o que pode impactar sua participação em interações sociais e no ambiente escolar (De Weerdt et al., 2021).

Segundo Chenausky, Tager-Flusberg e Nelson (2022), o turn-taking é um mecanismo essencial para o desenvolvimento da linguagem e da atenção conjunta, permitindo que a criança compreenda e responda aos sinais comunicativos do outro. Estudos recentes indicam que intervenções estruturadas, como jogos sociais e atividades mediadas, são estratégias eficazes para desenvolver essa competência em crianças com TEA, melhorando sua interação e participação em diferentes contextos (Fusaroli et al., 2023). Dessa forma, promover o turn-taking por meio de abordagens terapêuticas e pedagógicas é essencial para favorecer a inclusão social e a comunicação dessas crianças.

Cada criança apresenta demandas específicas, e, por isso, os terapeutas ocupacionais desenvolvem planos de intervenção personalizados. A colaboração com professores e familiares permite a adaptação das estratégias ao nível de desenvolvimento e aos interesses individuais da criança, o que torna o aprendizado mais significativo. Como observa Costa (2020), essa abordagem favorece a inclusão, pois possibilita que o aluno participe das atividades escolares com maior segurança e motivação.

Além dos aspectos motores e sociais, a terapia ocupacional também tem um papel central na regulação emocional. Crianças com TEA podem enfrentar dificuldades para compreender e expressar emoções, o que pode impactar suas interações e o desempenho escolar. Segundo Rodrigues e Santos (2019), o trabalho terapêutico voltado à autorregulação contribui para que essas crianças desenvolvam estratégias mais eficazes para lidar com suas emoções, reduzindo comportamentos desafiadores e promovendo maior equilíbrio no ambiente escolar.

Dessa forma, a terapia ocupacional atua de maneira ampla no suporte ao desenvolvimento da criança com TEA, buscando aprimorar sua autonomia, suas habilidades sociais e seu bem-estar emocional. Ao trabalhar de forma integrada com professores e famílias, os terapeutas ocupacionais favorecem a inclusão escolar e garantem que cada criança receba o apoio necessário para enfrentar os desafios do cotidiano e explorar ao máximo suas potencialidades.

 

O PAPEL DOS PROFESSORES E A INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

 

Os professores desempenham um papel essencial na inclusão escolar de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo os principais mediadores do processo de aprendizagem. A inclusão, nesse contexto, não significa apenas a presença física da criança no ambiente escolar, mas também a adaptação das práticas pedagógicas para que ela participe ativamente e de forma significativa. A educação inclusiva, portanto, exige que os professores compreendam e atendam às necessidades específicas desses alunos, criando um espaço que seja, ao mesmo tempo, desafiador e acolhedor.

De acordo com Vygotsky (1984), o aprendizado é um processo que ocorre na interação social, sendo fundamental a mediação do professor para promover esse desenvolvimento. Vygotsky argumenta que as crianças aprendem de maneira mais efetiva quando estão imersas em interações com seus pares e educadores, que são capazes de oferecer apoio adequado conforme o nível de desenvolvimento da criança. Nesse sentido, o papel do professor não é apenas o de transmitir conhecimento, mas de criar um ambiente de aprendizagem no qual a criança se sinta segura para explorar, errar e aprender, dentro de um contexto que seja significativo para ela.

A teoria de Vygotsky enfatiza ainda a importância da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), conceito que sugere que as crianças aprendem melhor quando o ensino está dentro de sua zona de desenvolvimento, ou seja, um nível que está um pouco além de suas habilidades atuais, mas que pode ser alcançado com o suporte adequado. Para alunos com TEA, esse suporte pode envolver a utilização de metodologias diferenciadas, que levem em conta as características individuais de cada criança, como preferências sensoriais, necessidades de comunicação e estratégias de autorregulação emocional. Nesse contexto, a adaptação do currículo e das abordagens pedagógicas é fundamental para garantir a inclusão verdadeira.A utilização de metodologias estruturadas tem se mostrado uma prática eficaz para trabalhar com crianças com TEA, conforme destacam Schmidt e Bosa (2017). 

O ensino estruturado envolve a organização clara das atividades, com rotinas previsíveis e instruções claras, o que ajuda a reduzir a ansiedade das crianças e a promover a compreensão do que é esperado delas. Além disso, o uso de recursos visuais, como cartões de comunicação, imagens, vídeos e gráficos, é uma estratégia eficaz para facilitar o aprendizado de alunos com TEA, uma vez que muitas dessas crianças têm uma aprendizagem visual mais eficiente. Segundo Oliveira e Santos (2020), o uso de recursos visuais permite que a criança compreenda melhor as instruções e se sinta mais segura ao participar das atividades propostas.

Além das metodologias estruturadas, os professores devem estar preparados para adotar práticas pedagógicas que favoreçam a interação social. Isso pode ser feito, por exemplo, por meio de jogos cooperativos e atividades em grupo, que incentivem a colaboração e a troca entre os alunos. Segundo Santos et al. (2019), o uso de atividades que envolvem interações sociais, quando bem planejadas, pode ajudar as crianças com TEA a desenvolverem habilidades sociais essenciais, como turn-taking, empatia e comunicação. Contudo, para que essas atividades sejam eficazes, é necessário que o professor esteja atento às necessidades emocionais e sensoriais das crianças, adaptando os contextos de interação de acordo com o nível de conforto de cada aluno.

A criação de um ambiente acolhedor é outro aspecto fundamental na prática do professor. Crianças com TEA podem ser particularmente sensíveis a estímulos sensoriais excessivos, como barulhos altos ou luzes brilhantes, o que pode dificultar sua participação nas atividades escolares. Por isso, o professor precisa ser sensível a essas questões e ajustar o ambiente de acordo, proporcionando um espaço calmo e confortável. Ferreira e Almeida (2018) ressaltam a importância de ambientes escolares que promovam a tranquilidade e a organização, ajudando as crianças com TEA a se sentirem mais seguras e dispostas a aprender.

Além disso, a colaboração com outros profissionais da educação, como psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos, é essencial para o sucesso da inclusão escolar. Ao trabalhar em equipe, os professores podem contar com o apoio especializado necessário para atender às necessidades específicas dos alunos com TEA, garantindo que cada criança receba o suporte necessário para seu desenvolvimento acadêmico e social.

A atuação interdisciplinar no contexto educacional tem se mostrado fundamental para o desenvolvimento de crianças com TEA, pois ela integra diferentes saberes e habilidades profissionais, criando uma abordagem mais holística e abrangente. Quando psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, professores e outros profissionais da saúde trabalham de forma colaborativa, é possível identificar de maneira mais precisa as necessidades de cada criança e criar estratégias que atendam tanto ao seu desenvolvimento cognitivo quanto emocional e social.

Segundo Grandin (2016), a integração entre diferentes áreas não só fortalece o progresso acadêmico das crianças, mas também impacta positivamente nas suas habilidades sociais e emocionais. Isso ocorre porque cada profissional traz uma perspectiva única, permitindo que as intervenções sejam mais personalizadas e adequadas ao contexto individual da criança. Por exemplo, enquanto o psicopedagogo pode atuar no diagnóstico de dificuldades de aprendizagem e na criação de estratégias para facilitar o acesso ao conhecimento, o terapeuta ocupacional foca no desenvolvimento das habilidades motoras, coordenação e regulação emocional. Já o professor, como mediador principal do processo educativo, tem a função de aplicar essas estratégias de forma prática no ambiente escolar.

A colaboração entre esses profissionais facilita a troca contínua de informações e experiências, possibilitando ajustes mais rápidos nas abordagens pedagógicas. Segundo Oliveira e Silva (2019), quando os educadores, psicopedagogos e terapeutas ocupacionais trabalham juntos, eles podem discutir em conjunto o melhor plano de ensino, além de criar métodos de adaptação que considerem tanto as dificuldades de aprendizagem quanto às necessidades sensoriais e comportamentais das crianças com TEA. Essa troca de informações cria um ciclo de feedback que permite uma evolução constante das intervenções, o que é essencial para a efetividade da inclusão escolar.

Além disso, o trabalho interdisciplinar contribui para o fortalecimento da autonomia das crianças. O desenvolvimento de competências em várias áreas (cognitiva, motora, emocional e social) favorece a capacidade da criança de se relacionar com o ambiente escolar e com seus colegas de maneira mais independente. Segundo Nascimento e Pereira (2018), a colaboração entre profissionais permite que a criança seja estimulada em diferentes contextos, o que fortalece sua autoconfiança e a prepara para participar de maneira mais ativa nas atividades escolares e sociais. Dessa forma, a atuação interdisciplinar não só melhora o desempenho acadêmico, mas também contribui para o desenvolvimento global da criança, promovendo sua autonomia e inclusão plena.

Em suma, a parceria entre professores, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais envolvidos no cuidado de crianças com TEA resulta em uma abordagem mais eficaz, adaptada e personalizada para o desenvolvimento das mesmas. A troca de informações, a adaptação do currículo e as estratégias de intervenção colaborativas não só promovem o progresso acadêmico, mas também favorecem o desenvolvimento emocional, social e motor dos alunos. Ao integrar diferentes áreas do conhecimento e do cuidado, é possível garantir que as crianças com TEA recebam o suporte necessário para alcançar seu pleno potencial, tanto na escola quanto na vida social. A atuação interdisciplinar, portanto, é um pilar fundamental para a construção de uma educação verdadeiramente inclusiva e transformadora.

 

METODOLOGIA 

 

Este estudo adota uma abordagem qualitativa e exploratória, fundamentada em uma revisão bibliográfica acerca da atuação interdisciplinar entre psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores no desenvolvimento e inclusão escolar de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa baseia-se em fontes acadêmicas reconhecidas, como artigos científicos, livros e diretrizes institucionais que tratam da educação inclusiva, das práticas psicopedagógicas, da terapia ocupacional e das metodologias pedagógicas voltadas para o público com TEA.

A revisão da literatura foi realizada com o intuito de identificar as principais abordagens teóricas e práticas que embasam a atuação conjunta desses profissionais. Para isso, foram selecionados estudos publicados em bases de dados acadêmicas e obras de referência que discutem a importância da interdisciplinaridade no contexto educacional e clínico. Os critérios de inclusão envolveram publicações dos últimos 20 anos, priorizando aquelas que abordam diretamente as estratégias de intervenção no ambiente escolar e terapêutico. Também foram consideradas fontes clássicas, como as teorias de Vygotsky (1984) sobre mediação do aprendizado e a teoria da integração sensorial de Ayres (1972), por sua relevância na compreensão do desenvolvimento de crianças com TEA.

A metodologia adotada permitiu analisar a relação entre os diferentes campos de atuação profissional, destacando as contribuições individuais de cada especialista e os desafios enfrentados na implementação de um trabalho colaborativo. Além disso, a pesquisa buscou identificar estratégias eficazes para a adaptação curricular, a mediação pedagógica e o desenvolvimento de habilidades motoras, emocionais e sociais das crianças com TEA, conforme descrito na literatura.

Os dados foram organizados e discutidos com base em três eixos temáticos principais: (1) a atuação do psicopedagogo na identificação das dificuldades de aprendizagem e na adaptação do ensino, (2) a importância da terapia ocupacional na regulação sensorial, desenvolvimento motor e promoção da autonomia, e (3) o papel dos professores na criação de um ambiente inclusivo e na implementação de metodologias adaptadas. A análise desses eixos permitiu compreender como a atuação conjunta desses profissionais pode contribuir para a inclusão e o desenvolvimento das crianças com TEA no ambiente escolar.

Dessa forma, a pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa para compreender e analisar criticamente as práticas existentes, fornecendo subsídios teóricos para a promoção de um trabalho interdisciplinar mais eficaz. As conclusões obtidas nesta investigação poderão servir de base para futuras pesquisas e para a implementação de estratégias educacionais mais inclusivas e adaptadas às necessidades das crianças com TEA.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

A análise dos dados e das abordagens utilizadas na atuação conjunta de psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores evidencia que a interdisciplinaridade é um fator determinante para o desenvolvimento integral de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os resultados observados na literatura e nas práticas educacionais indicam que a colaboração efetiva entre esses profissionais impacta positivamente a aprendizagem, a adaptação escolar e a inclusão social dessas crianças.

Um dos principais achados neste estudo foi a confirmação de que a atuação psicopedagógica é essencial para a identificação e o desenvolvimento de estratégias personalizadas para crianças com TEA. A psicopedagogia, ao focar nos processos de aprendizagem, permite a criação de métodos adaptados, que consideram as dificuldades cognitivas, afetivas e sociais do aluno (Bossa, 2007). O trabalho do psicopedagogo, quando realizado em parceria com o professor, favorece a adaptação curricular e a utilização de metodologias diferenciadas que atendam às necessidades específicas do aluno, como o ensino visual e estruturado, já apontado como uma abordagem eficaz por Oliveira e Santos (2018). Essa estratégia reforça o que Mendes e Costa (2020) destacam sobre a importância da personalização do ensino para o sucesso acadêmico das crianças com TEA.

A contribuição da terapia ocupacional também se mostrou determinante para o desenvolvimento da autonomia e das habilidades socioemocionais dessas crianças. A literatura demonstra que intervenções baseadas na integração sensorial promovem melhorias significativas na adaptação ao ambiente escolar, permitindo que os alunos consigam regular melhor suas respostas emocionais e sensoriais (Ayres, 1972). Além disso, atividades de vida diária, como alimentação e higiene pessoal, foram apontadas como estratégias fundamentais para aumentar a independência das crianças, fortalecendo sua autoestima e segurança (Silva & Almeida, 2017). O uso de jogos estruturados para aprimorar habilidades sociais e emocionais também se destacou como uma ferramenta eficaz na terapia ocupacional, promovendo a interação e a participação ativa dos alunos (Rodrigues & Lima, 2019).

O papel do professor na construção de um ambiente inclusivo e estimulante também foi amplamente evidenciado nos resultados. Conforme descrito por Vygotsky (1984), a mediação do professor é crucial para que a criança desenvolva habilidades cognitivas e sociais por meio da interação com seus pares. A implementação de metodologias estruturadas e o uso de recursos visuais foram identificados como estratégias que aumentam a compreensão e a participação ativa das crianças com TEA (Schmidt & Bosa, 2017). Além disso, a adaptação do ambiente escolar, com a redução de estímulos sensoriais excessivos e a criação de rotinas previsíveis, contribui para um espaço mais acolhedor e favorável ao aprendizado (Ferreira & Almeida, 2018).

Outro aspecto relevante discutido nos resultados foi a importância da colaboração interdisciplinar entre os profissionais. A troca contínua de informações entre psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores potencializa os impactos positivos das intervenções, pois permite ajustes rápidos nas abordagens pedagógicas e terapêuticas, resultando em uma aprendizagem mais eficiente (Oliveira & Silva, 2019). Grandin (2016) destaca que essa integração fortalece tanto o desenvolvimento acadêmico quanto as habilidades emocionais e sociais das crianças, garantindo um suporte mais abrangente e adequado às suas necessidades. A interdisciplinaridade também se mostrou um fator essencial para o fortalecimento da autonomia das crianças, pois o desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e emocionais em diferentes contextos favorece sua independência e autoconfiança (Nascimento & Pereira, 2018).

Por outro lado, os desafios para a implementação dessa abordagem interdisciplinar também foram identificados. A falta de comunicação entre os profissionais, a escassez de formação específica para os educadores e a limitação de tempo para planejamentos conjuntos são barreiras que dificultam a efetividade dessa parceria (Costa & Rodrigues, 2017). Contudo, quando superadas, essas dificuldades resultam em um ambiente escolar mais inclusivo e em estratégias mais eficazes para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças com TEA (Costa & Almeida, 2021).

Dessa forma, os achados deste estudo reforçam que a colaboração entre psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores é um dos pilares para a construção de um ensino inclusivo e eficiente. A combinação de metodologias pedagógicas adaptadas, intervenções terapêuticas especializadas e um ambiente acolhedor e estruturado se mostrou essencial para garantir que as crianças com TEA tenham oportunidades reais de aprendizado, socialização e desenvolvimento integral. Assim, investir na formação continuada dos profissionais e na promoção de um trabalho conjunto deve ser uma prioridade para garantir uma educação inclusiva e de qualidade para todos.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A atuação integrada de psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores é essencial para o desenvolvimento pleno das crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois permite uma abordagem holística que abrange não apenas as questões cognitivas, mas também as emocionais, sociais e motoras. Quando esses profissionais colaboram de forma estreita, é possível criar um ambiente escolar mais inclusivo, onde as necessidades individuais de cada aluno são atendidas de maneira eficaz e personalizada.

O papel de cada um desses profissionais é complementar. O psicopedagogo, por exemplo, realiza uma análise detalhada das dificuldades de aprendizagem e desenvolve estratégias que facilitam o acesso ao conhecimento, respeitando o ritmo e as características da criança. Já o terapeuta ocupacional foca no aprimoramento das habilidades motoras, na regulação sensorial e emocional, além de trabalhar na autonomia da criança. Por sua vez, o professor, mediador principal do processo educativo, é responsável por adaptar as metodologias pedagógicas e criar um ambiente acolhedor e estruturado para que todos os alunos, especialmente os com TEA, possam aprender de forma significativa.

Essa colaboração entre diferentes áreas do conhecimento fortalece o aprendizado acadêmico, mas também favorece o desenvolvimento social e emocional das crianças. A troca contínua de informações entre os profissionais permite ajustes rápidos nas abordagens pedagógicas e terapêuticas, contribuindo para o sucesso da inclusão escolar. Além disso, a atuação interdisciplinar beneficia não apenas os alunos, mas também os próprios profissionais, que têm a oportunidade de compartilhar experiências, aprender com as práticas dos outros e aprimorar suas próprias abordagens.

Portanto, a atuação conjunta de psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores é fundamental para garantir que as crianças com TEA recebam o apoio necessário para superarem suas dificuldades e alcançarem seu pleno potencial. Essa parceria é um elemento essencial para a construção de uma educação inclusiva, que valoriza a diversidade e promove a igualdade de oportunidades para todas as crianças, independentemente de suas condições.

 

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2021.
Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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Edição

v. 5
n. 45
A importância do trabalho conjunto entre psicopedagogos, terapeutas ocupacionais e professores no desenvolvimento da criança com TEA

Área do Conhecimento

Educação como garantia da inclusão social dos sujeitos e o papel do coordenador pedagógico
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Transtorno do Espectro Autista (TEA) na escola: como promover a inclusão?
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Cartilha de dicas para professores: estratégias de ensino para a inclusão escolar
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Autorregulação de estudantes com TEA para promoção da inclusão escolar
Autorregulação. Transtorno do espectro autista. Educação inclusiva. Inclusão escolar. Estratégias pedagógicas.
Importância do AEE nas salas de recursos multifuncionais com alunos do espectro autista
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