Libras e Saúde no Município De Marabá/PA, Proatividade na Visão Inclusiva Da Faculdade De Ciências Médicas Do Pará (FACIMPA).

LIBRAS AND HEALTH IN THE MUNICIPALITY OF MARABÁ / PA, PROACTIVITY IN THE INCLUSIVE VISION OF THE FACULTY OF MEDICAL SCIENCES OF PARÁ (FACIMPA)

LIBRAS Y SALUD EN EL MUNICIPIO DE MARABÁ / PA, PROACTIVIDAD EN LA VISIÓN INCLUSIVA DE LA FACULTAD DE CIENCIAS MÉDICAS DE PARÁ (FACIMPA)

Autor

Káren Katherine Araújo Ferreira
ORIENTADOR
 Prof. Dr. Gilson Luiz Rodrigues Souza

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/10F1D7

DOI

Ferreira, Káren Katherine Araújo . Libras e Saúde no Município De Marabá/PA, Proatividade na Visão Inclusiva Da Faculdade De Ciências Médicas Do Pará (FACIMPA).. International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Este trabalho elucidará como tem ocorrido o processo de preparação de futuros profissionais da saúde acerca da aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no município de Marabá/PA. A faculdade de Ciências Médicas do Pará (FACIMPA) é uma IES que tem um posicionamento proativo nas questões inclusivas e os discentes são orientados sobre os aspectos de atendimentos empáticos desde o momento em que entram na faculdade. No que diz respeito à pessoa surda, é sabido que esse é um paciente que precisa de uma comunicação diferenciada, ou seja, a modalidade é espaço-visual. É perceptível que a comunicação é parte da vida do ser humano, tendo, realmente, acesso ao meio social. A comunidade surda lutou muito tempo pelo direito de expressão com o uso da língua de sinais, considerando que esses conquistaram autonomia a partir da implementação da Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002, que possibilitou a legalização e espaço de aceitação da Libras como instrumento de inclusão. Pensando nessa reflexão e nas pessoas que fazem parte do nosso núcleo social, a Instituição de Ensino Superior FACIMPA traz ao componente curricular de medicina, a disciplina eletiva de Libras na Saúde, contribuindo com a cosmovisão, LIBRAS e Saúde, uma associação que proporcionou a inserção da pessoa surda num atendimento humanizado. Em cada semestre, procura-se levar aos educandos uma nova experiência acerca da realidade social da comunidade surda e aqui será mostrado como se dá esse contato com a Libras. A educação é o meio pelo qual podemos mudar o mundo, transformar a visão e trazer a verdade do que, realmente, seja inclusão.
Palavras-chave
ensino; LIBRAS; saúde; sociedade.

Summary

This paper will elucidate how the process of preparing future health professionals regarding the learning of Brazilian Sign Language (LIBRAS) has been taking place in the city of Marabá/PA. The Faculty of Medical Sciences of Pará (FACIMPA) is an HEI that has a proactive stance on inclusive issues; students are guided on the aspects of empathetic care from the moment they enter college. Regarding the deaf person, it is known that they are patients who need differentiated communication, that is, the modality is spatial-visual. It is perceptive that communication is part of human life and really having access to the social environment. The deaf community fought for a long time for the right to expression through the use of sign language; they gained autonomy after the implementation of Law 10.436 of April 24, 2002, which enabled the legalization and acceptance of Libras as an instrument of inclusion. With this in mind and with the people who are part of our social core, the FACIMPA Higher Education Institution brings the Libras in Health Elective to the medical curriculum, contributing to the worldview, LIBRAS and Health, an association that has enabled the inclusion of deaf people in humanized care. Each semester, we seek to bring students a new experience about the social reality of the deaf community. Here, we will show how this contact with Libras occurs. Education is the means by which we can change the world, transform vision and bring the truth of what inclusion really is.
Keywords
education; LIBRAS; health; society.

Resumen

Este trabajo dilucidará cómo ha ocurrido el proceso de preparación de futuros profesionales de la salud respecto al aprendizaje de la Lengua Brasileña de Señas (LIBRAS) en el municipio de Marabá/PA. La Facultad de Ciencias Médicas de Pará (FACIMPA) es una IES que tiene una postura proactiva en cuestiones inclusivas; Los estudiantes reciben orientación sobre los aspectos de la atención empática desde el momento en que ingresan a la universidad. Respecto a las personas sordas, se sabe que son pacientes que necesitan una comunicación diferenciada, es decir, la modalidad es espacial-visual. Está claro que la comunicación es parte de la vida humana y realmente tener acceso al entorno social. La comunidad sorda luchó durante mucho tiempo por el derecho a expresarse mediante el uso de la lengua de señas. Ganaron autonomía tras la implementación de la Ley 10.436, del 24 de abril de 2002, que permitió legalizar y crear un espacio de aceptación de Libras como instrumento de inclusión. Pensando en esta reflexión y en las personas que hacen parte de nuestro núcleo social, la Institución de Educación Superior FACIMPA trae al componente curricular de medicina la Optativa Libras en Salud, contribuyendo a la cosmovisión, LIBRAS y Salud, asociación que facilitó la inserción de las personas sordas en la atención humanizada. Cada semestre intentamos acercar a los estudiantes una nueva experiencia sobre la realidad social de la comunidad sorda. Aquí mostraremos cómo se produce este contacto con Libra. La educación es el medio por el cual podemos cambiar el mundo, transformar la visión y aportar la verdad de lo que realmente es la inclusión.
Palavras-clave
enseñanza; LIBRA; salud; sociedad.

INTRODUÇÃO 

Este trabalho se trata do levantamento de dados acerca das práticas inclusivas realizadas na Faculdade de Ciências Médicas do Pará (Facimpa). Essa visão proativa da IES é uma IES que tem um posicionamento proativo nas questões inclusivas, em que os discentes são orientados sobre os aspectos de atendimentos empáticos desde o momento em que entram na faculdade. Esse serviço se iniciou com as adaptações de infraestrutura do prédio e acessibilidade, mas o serviço social aponta que há uma boa parcela da sociedade que precisa ser vista. A atitude de promoção das ações inclusivas é benéfica em toda esfera social, posto que há uma parcela muito significante de surdos no Brasil. 

Quanto às pesquisas nesse âmbito, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, 5% da população brasileira possuía algum grau de deficiência auditiva, na sua maioria, surdez profunda. Essa quantidade equivale a mais de 10 milhões de cidadãos que apresentam deficiência auditiva. Ainda que os casos aumentem consideravelmente, segundo estudos feitos pela UNICAMP, a partir dos dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), recentemente, já são uma parcela de 7% de pessoas que nasceram ou se tornaram surdas, sendo assim, são mais de 15 milhões de deficientes auditivos no Brasil. 

No decorrer deste trabalho, aparecerá o termo comunidades surdas várias vezes, afinal de contas, a língua de sinais é um atributo de todos que se empenham por ela. Nesse sentido, autores como Quadros et al. (2023) apresentam um conceito acerca de quem são essas pessoas constituintes da comunidade referida, ressaltando que as comunidades surdas são “compostas não apenas por sujeitos surdos, mas por qualquer membro da família, intérpretes, professores, amigos e outros que possuem interesse e lutam em prol da valorização da pessoa surda” (Quadros et al., 2023, p. 7). Assim: 

 

A comunidade possui vários significados, e sua constituição depende do contexto, lugar, língua, crença, cultura, linguagem, religião, alimentação e de identidades. Por exemplo, a comunidade só surge quando há ‘cultura’ e ‘língua’ constituídas, juntas ou não. Cada comunidade possui vários significados, mas podemos sintetizar dizendo que é tudo que simboliza aquilo que é aprendido e compartilhado pelas pessoas de um determinado grupo e que confere identidade ao grupo (Quadros et al., 2023, p. 7). 

 

É importante apresentar esses dados da nossa população para fortalecer a necessidade que temos de implementar cada vez mais o ensino da Língua Brasileira de Sinais, ainda que sejamos conscientes de que uma pessoa com deficiência auditiva não é obrigada a usar a língua de sinais, mas que se sentir à vontade, poderá utilizar esse recurso comunicativo. 

Reafirmando a LIBRAS como língua, temos, ainda, um sistema de escrita de sinais. A Língua Brasileira de Sinais possui todas as características linguísticas, inclusive a escrita. O sistema de escrita da língua de sinais é o SignWriting, que de acordo com Carneiro (2017, p. 10), foi criado em 1974 pela pesquisadora norte-americana Valerie Sutton, a pedido do pesquisador Lars Von der Lieth, da Universidade de Copenhagen (Sutton, [2007?]), surgindo de uma observação de passos de dança desenhados, chamado Dance Writing.

A escrita de sinais é importante, porque toda língua é completa quando tem a sua grafia, posto que as línguas ágrafas correm o risco de serem extintas. Essa é outra conquista da comunidade e já está sendo desenvolvida no ensino-aprendizagem das escolas bilíngues. 

Tratando-se de escola bilíngue, essa modalidade será um pouco abordada na língua de sinais. O bilinguismo é uma proposta que tem sido discutida pelo meio educacional. Sabemos que a Língua Portuguesa também é importante para os surdos, já que a modalidade gesto visual não substitui o uso da língua escrita do nosso país, o Português. A escola que promove o bilinguismo é aquela que prioriza a língua usual do surdo, ou seja, a Língua de Sinais, para que ele possa ser alfabetizado nas duas línguas. O maior objetivo de trazermos a relevância da Libras nas grades curriculares, é promover o acesso à informação das pessoas surdas e interação com a sociedade brasileira. 

O QUE É A LIBRAS?       

É de suma importância entender qual é a função da língua na sociedade, além de transmitir informações e promover a comunicação. Ela é dialógica, prezando pelos valores do discurso. Ao visualizarmos o surdo como ser integrante da sociedade, observamos que estar presente já provoca o outro ao diálogo. Os discursos são construídos a partir da fala do outro, isso é mostrado nos discursos de gêneros textuais e como no exemplo citado acima, os diálogos visuais também detém de pessoas no discurso, sendo uma constante interação com o meio. 

A sigla LIBRAS é a codificação da Língua de Sinais do nosso país, no caso, do Brasil, que por extenso é escrito como Língua Brasileira de Sinais. Essa é uma língua com as peculiaridades da cultura surda, ou seja, ela é espaço-visual, uma forma de expressão que possui elementos fonológicos, morfológicos, pragmáticos e semânticos. É composta por cinco parâmetros (Configuração de Mãos, Ponto de articulação, Movimento, Orientação de mãos, Expressão Facial e/ou corporal) e recursos a ela associados para que haja comunicação, não somente entre os surdos, mas para todos que busquem a comunicação com esses. 

A língua possui uma função social que argumenta de sujeito para sujeito, nenhuma relação é estabelecida comigo mesmo, pois até para construir minha identidade preciso da visão do outro, dificilmente uma tira [HQ] será produzida com um só personagem, e ainda que tenha, esta vai interagir com o leitor/observador, do sujeito como conhecimento (Ferreira, 2021, p. 11). 

A Língua Brasileira de Sinais tem as suas raízes na França. Assim como apresentado acima, temos um exemplo de três alfabetos datilológicos ou manual de países diferentes, sendo esses da França, EUA e Brasil. Ressaltamos, ainda, que as línguas de sinais de cada país são independentes das línguas do país pertencente, nos seus parâmetros e articulações gramaticais. As línguas de sinais se configuram de acordo com o seu país e cada país possui o seu alfabeto manual. Ainda que haja configurações iguais, houve modificações estruturais nos alfabetos, havendo alfabetos datilológicos de países diferentes. A datilologia não é a língua de sinais em si, mas um recurso associado a língua, sendo importante aprender o alfabeto, pois é o único recurso padronizado, diferentemente dos sinais, que em cada região é modificado – a seguir, abordaremos tais variações linguísticas. A função do alfabeto é “soletramos” palavras que não têm sinal ou para explicar o significado de alguns sinais.  

A Língua de Sinais Francesa (LSF) foi a primeira língua criada pelos estudiosos da França. Quando os outros países souberam da evolução dessa língua, foram em busca de aprendizagem destes métodos. Assim como ocorreu com Thomas Hopking Gaullaudet, ele viajou pela Inglaterra. Houve uma falha nessa tentativa e ele não desistiu, foi à França e lá passou três meses aprendendo os métodos de ensino para o surdo com educadores de alta competência. A Língua de Sinais Americana (ASL) estava sendo constituída com auxílio de pesquisadores e toda dedicação de Gaullaudet e Clerc. 

Houve muitos estudiosos que se debruçaram em estudar essa forma de comunicação, primando pela observação dos agentes da língua, os próprios surdos. Esse foi um processo árduo, de fazer com que ganhasse credibilidade diante dos linguistas. Por isso, é válido relembrar que se trata de uma língua e não de linguagem, haja vista muitos se confundirem nas terminologias.   

Conforme Souza (2018), no Brasil, em meados de 1857, o professor Francês Ernest Huet foi o precursor do ensino na língua de Sinais brasileira, hoje denominada Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). O alfabeto manual é um recurso muito importante da língua de sinais, posto que a língua, assim como outras, passam por variações linguísticas. O alfabeto manual de um país é padrão e podemos, então, fazer a datilologia da palavra e tirar dúvidas acerca dos sinais.  

Os alfabetos manuais são recursos que auxiliam, e muito, como elemento da comunicação. Ao nos depararmos com um sinal diferente do que conhecemos, podemos fazer a datilologia e perguntar como é o sinal ou qual é o significado de algum sinal, vice-versa. O nosso alfabeto manual é mais detalhado e os números primários são os usados no Brasil.

Além do alfabeto, temos os parâmetros da LIBRAS, já mencionados anteriormente, importante fundamento da Língua. No que diz respeito aos parâmetros linguísticos, não podemos deixar de falar de Stokoe (1960), autor considerado o pai da linguística na língua de sinais americana, que se aprofundou nos estudos fonológicos da ASL e nos norteou com os primeiros parâmetros: Configuração de Mãos (CM) – que são as formas que as mãos adotam ao realizar o sinal; Localização – hoje chamado de Ponto de Articulação (PA) – Local em que o sinal é produzido e o Movimento (M) – necessário para a composição de alguns sinais. O que chamamos de parâmetros da LIBRAS hoje, passou por diversos estudos.

As configurações de mãos foram organizadas de maneira injuntiva, sendo tabeladas e enumeradas. É como se fosse o dicionário da Língua Portuguesa, que compõe os significados das palavras e se unidas de forma coerente na gramática normativa, formam a comunicação. A  nossa língua é dinâmica e mutável e a cada período novas palavras vêm surgindo, são analisadas e até mesmo dicionarizada. 

Assim é a tabela de configuração de mãos. Quando o surdo formula outra configuração, isso é enviado para o conselho dos surdos e pode ser incluída no acervo enumerado. Uma mesma configuração de mão pode articular muitos sinais diferentes, basta ser acrescentado a outros parâmetros da língua. Acredita-se que temos mais de 90 configurações atualmente.

Cabe destacar que Stokoe (1960) é o linguista que trouxe à tona a descoberta das unidades fonológicas das línguas de sinais americanas. Para ele, as terminologias utilizadas nas línguas orais são diferenciadas e deveriam ser modificadas quando usadas na língua de sinais, ao invés de fonologia (Querologia) e fonemas (Queremas). Essas são unidades mínimas da gramática que se atêm ao conhecimento pormenorizado das palavras e/ou sinais.

A diferença entre língua e linguagem está no fato de que cada uma tem seu conceito característico. A linguagem está no campo subjetivo, mais abstrato e usual de acordo com a necessidade de expressões manifestadas de várias formas, ou seja, é mais abrangente. Já a língua possui seus elementos organizados por estruturas gramaticais que objetivam realizar a comunicação. A língua tem padrões concretos, ainda que passe por variações linguísticas, conforme cada localidade. A língua de sinais chegou ao Brasil pela intervenção de Dom Pedro II e se deu início, então, ao que se tratava de educação para os surdos. Essa foi uma iniciativa benéfica para todos os brasileiros. 

 A priori, o intuito dos estudos voltados para as línguas de sinais era fazer com que os linguistas fossem convencidos de que se tratavam de línguas, verdadeiramente e não movimentos formados aleatoriamente, como foi compreendido equivocadamente inicialmente, com base nos estigmas de serem universais, pelo modo de serem articulados. Com o passar do tempo, as línguas de sinais foram analisadas e diagnosticadas como autênticas e a Língua Brasileira de Sinais, como já previsto, ganhou status de língua, a partir da Lei n. 10.436/02. Por isso, ela passou de um simples conceito de linguagem gestual para uma forma comunicativa e de expressão. 

Agora, com mais de 20 anos de ganho, estamos caminhando rumo a uma luz chegando até nós, pela implantação da cultura surda. Em meados da era pós-moderna, é falada em todo território nacional. No entanto, se as instituições de Ensino Superior não levarem a causa linguística aos acadêmicos, as barreiras comunicativas continuarão a se perpetuar. 

O QUE É DEFICIÊNCIA AUDITIVA (SURDEZ) NO CONTEXTO SOCIAL

O Decreto Federal n. 5.626, de 2005, inserido na Lei da Libras, vem conceituando o surdo como um ser que é participativo na sua comunidade: “surdo é aquele indivíduo que por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura, principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS” (Brasil, 2005). Nesse tempo em que vivemos, o conceito foi bem explanado como a pessoa que interage. Porém, por muito tempo, as pessoas que possuíam algum tipo de deficiência auditiva foram estigmatizadas como doentes mentais e privadas dos seus direitos sociais, não podendo, ao menos, utilizar a sua própria língua. 

A língua de sinais foi vista no meio pedagógico como empecilho ou mesmo atraso na fala dos alunos surdos. A vivência dos surdos numa população em que a maioria é ouvinte não foi e não é fácil. Não podemos maquiar a realidade de vários surdos. A surdez foi vista como uma patologia e a medicina e os estudiosos tentaram ortopedizar os surdos.

Assim como mencionamos no tópico anterior, o congresso de Milão foi um evento que repercutiu para a educação da pessoa surda, de forma negativa, posto que se reuniram vários profissionais da educação, sem convidar as pessoas da comunidade em questão para expressarem seu ponto de vista, decidindo pelos surdos que não deveriam usar a língua de sinais, mas o método de oralização. Houve um retrocesso no que diz respeito ao desenvolvimento linguístico desses, que passaram a copiar a fala dos professores ouvintes, mas não entendiam o que realmente significava.  

Para entender um pouco mais acerca das identidades, temos que questionar: quem são os surdos, possuintes da língua de sinais?

No Brasil, conforme o Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005, da Lei n. 10.436/02, no Art. 2º – “Considera-se pessoa surda aquela que por ter perda auditiva compreende e interage com a universalidade surda principalmente pelo uso da língua de sinais”. Na Lei da Libras, temos decretos que conceituam o grau que identifica a pessoa considerada como deficiente auditivo. Segundo o citado no parágrafo único: “considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibeis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz”’. Os conceitos sobre surdez são nuances diferenciadas que permeiam Deficiência auditiva, surdez e perda auditiva. Na cultura surda isso também é relevante, já que aqueles que se denominam como surdos se identificam com a comunidade e fazem uso da língua de sinais, já há aqueles que preferem ser considerados deficientes auditivos, buscam meios de normalizar ou ortopedizar a sua condição. 

Independentemente da perda auditiva que a pessoa possua, há um fator predominante a respeito da identidade surda. Existem pessoas que se adequam às peculiaridades da comunidade surda, trazendo para si o orgulho de ser chamado de surdo. Não surdo-mudo ou mudinho entre outros apelidos depreciativos, mas o Surdo com letra maiuscula, aquele que não quer ser ortopedizado ou oralizado. Ele quer ser pertencente a uma comunidade que se aceita como surdo. Todavia, há os deficientes auditivos que se veem apenas com uma deficiência e buscam meios de amenizar a sua situação no meio social – esses não se enquadram na comunidade surda e não fazem uso da língua de sinais. 

O contexto em que a pessoa surda nasce influencia de forma marcante na vida dele, pois quando nasce numa família de ouvintes, fica procurando se entender e é como se perguntasse quem é, o que aconteceu com ele ou porque só ele é diferente. No documentário de Sandrine (2009) “Sou surda e não sabia”, a jovem relata que ficou surda com apenas três anos de idade, retratando tudo que vinha à sua mente e conta como foi difícil se descobrir no universo dos ouvintes: “Os anos se passaram e eu cresci, fui para a escola e era a única surda em meio a ouvintes, em integração. Eu ainda não tinha consciência de ser surda, não sabia que os outros eram ouvintes. Tentava chamá-los mentalmente, mas eles não respondiam”. 

A mulher, agora usuária da língua de sinais, expressa o que mais a incomodava na sua infância, como não ter amigos da sua idade, ter que observar quando os alunos iam para dentro da sala de aula ou quando saiam. 

Ela discorre sobre o primeiro aparelho auditivo que tentaram colocar nela e conta que “Gostava de brincar com a mulher, a fonoaudióloga, mas um dia ela veio colocar os aparelhos em mim, quando ela ligou a sensação foi de um golpe. Vi estrelas, meu cérebro recebeu um choque, parecia que meu corpo se quebrava como vidro”. Ao visualizar uma pessoa falando o que sentia, agora utilizando a língua de sinais, sentimos uma felicidade imensa, vemos como o surgimento dessa forma de comunicação possibilitou a libertação interior de muitas pessoas, falando sobre os seus medos, angústias, dúvidas e descobertas. 

Quanto aos intérpretes/tradutores de língua de sinais que presenciam de perto essa necessidade de interação dos surdos, as autoras Houch e Sipans (2021) fazem a seguinte amostra do relato contextual: 

 

Roberto Cardoso, intérprete da língua de sinais e formador da LIBRAS na rede de ensino, explica que a dificuldade de se comunicar com os pais – ele afirma que a maioria dos surdos vive com o pai e mãe ouvintes – é uma experiência comum, muito forte e marcante. ‘Quando um surdo descobre outro surdo e uma nova maneira de comunicação, descobre também sua identidade. Ele deixa para trás a experiência do isolamento e da exclusão, que começa em casa, e reconhece um novo lugar no mundo’ diz o formador (Houch.; Sipans, 2021, p. 7).  

 

A opção de fazer uso dos aparelhos auditivos é uma alternativa que os familiares resolvem escolher para seus filhos, às vezes sem pedir a opinião da pessoa surda. Porém, como visto no documentário, é algo incômodo para as pessoas e cada um tem sensações diferentes,  algumas não se adaptando ao aparelho. A descoberta da língua de sinais foi o meio mais adequado que a comunidade encontrou.

Os aparelhos auditivos foram sendo um recurso que auxiliavam e auxiliam os surdos, mas nem todos podem obter, já que tem um custo elevado. Temos os meios de serviços de saúde que disponibilizam, o SUS promove a distribuição de aparelhos, no entanto, há uma fila de espera de muitas famílias, após uma adaptação e, talvez, aceitação. Os implantes cocleares são ainda mais caros e a maioria dos surdos não podem realizar. Contudo, a pessoa tem direito de lutar pelo meio mais cabível à sua necessidade. 

O CONTEXTO BILÍNGUE EM QUE A SOCIEDADE FAZ PARTE

A visão socioantropológica do surdo foi reinventada e mesmo vivenciando isso num país que tem dificuldades no dia a dia, a comunidade surda é resiliente. Ademais, eles não desistiram de lutar pela sua constituinte identidade. Isso é, um dos desafios cruciais que percorrem com as pessoas que necessitam de atendimento específico é a acessibilidade e inclusão social. Assim como a autora ressalta: 

  

O surgimento da LIBRAS trouxe uma nova conquista aos surdos. Antes disso, os deficientes auditivos e surdos eram vistos, na maioria das vezes, como seres incapazes de se relacionar e considerados inferiores às outras pessoas. Hoje sabe-se que o surdo pode sim falar, se expressar, trocar ideias e até discursar, como qualquer cidadão. O que muda é a modalidade peculiar, que une a todos com a mesma característica: a surdez (Houch; Sipans, 2021, p. 7).

 

Os meios legais de conquistas no que diz respeito a promoção da LIBRAS como língua foram sendo alcançadas gradativamente. Mesmo em meio à marginalização da pessoa surda, o Brasil é um país que busca abarcar a necessidade de todos pela legislação, os territórios são abrangentes e avançar nesse terreno linguístico demanda tempo.

O filme “Meu nome é Jonas” (1979) retrata a vida de uma criança surda, em meados da década de 80. No início do enredo, ele estava internado numa clínica de “reabilitação” pela própria família, que não sabia como proceder com a criança, que confundia surdez com doença mental. Analisando a situação do personagem Jonas, vemos que segregar não foi a solução mais apropriada e a mãe do garoto só pôde encontrar a solução ao descobrir a universalidade do seu filho, a língua de sinais. Ele estava sendo privado do seu próprio idioma e descobre a vida a partir do contato com outros surdos. 

Com o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação da comunidade surda, promulgada pela Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002, nota-se que a LIBRAS passa a fazer parte do universo bicultural da sociedade brasileira. Com isso, pode-se dizer que no Brasil temos dois tipos de universalidades linguísticas: a da população ouvinte, que faz uso da língua oral-auditiva, Língua Portuguesa e a pertencente à comunidade surda, que utiliza a língua espaço-visual, LIBRAS, como meio de comunicação e identitário.   

A determinação dessa promulgação era difundir a LIBRAS por meio da institucionalização e implementação dela como disciplina no Ensino Superior, a princípio, nos cursos para professores e fonoaudiologia. A partir daí, foram expostos tempos determinados para a efetivação do que estava em lei e, assim, a língua foi ganhando espaço e avanço. O verdadeiro ensejo da comunidade beneficiada seria a implantação das escolas bilíngues (Ensino em que a LIBRAS fosse prioritária para o surdo e seria preciso receber a aprendizagem da língua do seu país – Língua Portuguesa).  

Para que haja uma educação bilíngue na esfera educacional, é necessário que aconteça a formação de profissionais especializados nessa área, ou seja, nas línguas Libras – Língua Portuguesa. As IES (Instituições de Ensino Superior) devem promover o ensino bilíngue e investir na capacitação dos profissionais que irão atuar na sociedade. O Brasil possui um centro especializado em educação de Surdos, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), localizado no Rio de Janeiro, uma escola que surgiu ainda no governo de Dom Pedro II e até os dias de hoje traz contribuições, sendo referência em metodologias didáticas-pedagógicas voltadas para a educação especial desse público. 

Assim, evitando olhar para este centro como um lugar de segregação, temos visto um lugar de empreendimento e investimento na preparação do surdo como cidadão. Da educação precoce, infantil até o nível superior com graduações e pós-graduações o trabalho se dá por ensino-aprendizagem multiprofissional.  O INES surgiu com o empenho visionário de Pedro II, que acreditou nas propostas do ensino pela língua de sinais. 

Atualmente, com mais de 160 anos que este instituto existe funcionalmente, ouvimos os avanços que obtivemos no ensino. Segundo o professor do INES, Heveraldo Ferreira cita que esse efeito multiplicador se deu pela criação da TV INES, em 2013, sendo um meio de propagação do que é realizado nesse campo educacional. Os ganhos que essa escola traz à população brasileira se estende do Rio de Janeiro a todo território.

 

O INES promove, realiza e divulga publicações que incentivam a investigação científica, cursos de capacitação e de LIBRAS para a comunidade. Além de assessoria em todo território nacional. O INES conta com uma vasta produção de material pedagógico e de vídeos em línguas de sinais estimulando a criação cultural e o desenvolvimento contínuo do pensamento (TV – INES).

 

A implantação governamental faz a diferença entre décadas e décadas e o INES já é centenário, expandindo conhecimento e cumprindo sua missão na sociedade. Os surdos se sentem, diante disso, abraçados e apoiados. A importância do ensino da LIBRAS deve ser reportada em todos os contextos. É certo que a presença de duas línguas, a priori, causou estranhamento, mas hoje vemos o quanto é necessária tanto para o surdo como para o ouvinte. Em outras palavras, deve-se incluir o surdo não como deficiente, mas como pessoas que possuem uma maneira diferente de se comunicar.

Os documentos mais instigantes dessa dualidade linguística são o supracitado Decreto n. 5.626/2005 e a Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva, apesar de que estão estritamente voltados para a educação e não aos outros contextos. Contudo, acredita-se que um início na representação do surdo sempre veio por esse núcleo educacional. O reforço do PNE e PNEEPEI, conforme os autores relatam, foram de grande valia para conquistas plausíveis: 

 

A responsabilidade da Política Nacional de Educação (PNE) busca instituir sistemas educacionais que apreciem a igualdade e diferença, como também, valores indissociáveis e constitutivos de nossa sociedade. Nesse sentido, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI) propõe o delineamento de ações educacionais que tendem superar a concepção da exclusão na escola e na sociedade de forma integralizada. Para concretizar tal intenção, defende-se a matrícula dos alunos independentemente de sua diferença no ambiente escolar, que deve ser organizado para garantir condições apropriadas tendo em vista um desenvolvimento educacional igualitário a todos e nos diferentes níveis de ensino (Souza, 2020, p. 16).

         

A era tecnológica é outro recurso importantíssimo que possibilitou um avanço considerável na propagação do ensino de LIBRAS. Com a modernização, os novos métodos de ensino foram acompanhando a evolução dos meios de comunicação e informação e as aulas ganharam novos formatos. Posteriormente, veio a Educação a Distância (EAD), com alternativas criadas para alcançar o maior número de pessoas e as disciplinas como a LIBRAS podem ser ofertadas desta forma, com vídeo aulas e materiais disponíveis.

Além do mais, temos as tecnologias assistivas, que são um suporte para as pessoas com necessidades especiais. Há, ainda, os Apps criados com avatares falantes da língua de sinais, que auxiliam tanto o surdo quanto ouvintes numa conversação. 

 

LIBRAS NA SAÚDE: PARA UM ATENDIMENTO HUMANIZADO 

Conforme estudo realizado, foi verificado que a Faculdade de Ciências Médicas do Pará é uma IES proativa e produtiva no ramo da inclusão, promovendo a disciplina eletiva de Libras na Saúde, como um meio de propagação e conscientização acerca da importância da Língua Brasileira de Sinais para um atendimento humanizado. Os discentes podem conhecer mais o lado da comunidade surda, essa parcela populacional que por um longo período histórico foi deixada à margem da sociedade. A faculdade tem trabalhado para formar médicos conscientes da sua função como agentes que salvarão vidas. 

De acordo com dados obtidos pelos relatos do corpo docente da IES Facimpa, tem-se a disciplina eletiva de Libras na saúde desde o ano de 2021.2. Ela é incluída em um dos semestres na grade curricular dos discentes, que podem fazer até quatro eletivas, incluindo a Libras na Saúde. A cada semestre, mais de 60 educandos podem ter a oportunidade de aprender dos surdos, cultura, identidade e, sobretudo, a Língua Brasileira de Sinais. Esses estudos possibilitam os futuros médicos a entenderem como se dá as particularidades da língua de sinais e poderem ter uma noção de como é o seu papel de mediar entre atendimento e comunicação horizontal. Isso desperta para a realidade de pessoas que necessitam de atendimento na sua língua. 

Conforme relatos da coordenação pedagógica, as aulas são interativas e dinâmicas, fazendo com que o aluno aprenda de forma prazerosa e eficaz. O alfabeto manual, que é um recurso linguístico da LIBRAS, é um dos principais conteúdos, já que ao aprendê-lo, as pessoas podem perguntar aos surdos como é o sinal de tal palavra. Assim como as demais línguas, a Libras passa por variações linguísticas nos sinais, então, o alfabeto auxilia, sobremaneira, na comunicação com os surdos. 

A Facimpa conta, ainda, com o Núcleo de Experiência Discente (NED). Além das práticas elaboradas pensando na inclusão proativa ao serem inseridos no mercado de trabalho, os discentes contam com um departamento que proporciona apoio e suporte durante todo o curso. Esse espaço de atendimento ao discente é constituído por uma equipe multidisciplinar, com Psicopedagogo e Psicólogo responsáveis por acolher, orientar e conduzir os alunos do curso de graduação em medicina, assegurando as condições necessárias para um bom andamento acadêmico. Aqueles educandos que possuem alguma necessidade de atendimento especial podem informar o núcleo. Essa repartição entrará em contato com o corpo docente informando a ficha de acompanhamento do aluno, repassando, assim, o caso para a articulação do Plano Educacional Individualizado (PEI). Há, desse modo, um processo assíduo de recepção do discente durante a jornada acadêmica, para que se alcance um profissional qualificado e humanizado. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

O trabalho de extensão da IES Facimpa é um pilar fundamental para o serviço social compartilhado no município de Marabá-PA, contando com uma estrutura externa de ambulatório no núcleo Cidade Nova, atendendo gratuitamente a comunidade dessa cidade. Há, ainda, ações em prol da comunidade, pelas ligas acadêmicas. Essa é uma troca relevante para ambos os lados, considerando as experiências que os graduandos adquirem e o atendimento que muitos conseguem, sem ter que optar por meios particulares, haja vista a maioria ser de classe baixa. 

Mesmo com tantos anos de implementação da Língua Brasileira de Sinais no país, é perceptível que o trabalho de inclusão foi engendrado vagarosamente. Hoje, as repartições sociais viram a necessidade de preparar profissionais aptos a receberem a comunidade surda. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei da Língua Brasileira de Sinais. Brasília: Edições Câmara, 2005. Disponível em: http://www.camara.leg.br/editora. Acesso em: 25 de março de 2025.  

CARNEIRO, F. H. F. Escrita da Língua de Sinais: Elementos introdutórios – 1. Porto Alegre: UFRGS, 2017.

FERREIRA, K. K. A. Ensino de Língua Brasileira de Sinais na Saúde. Marabá: UEPA, 2021.

HOUCH, Izildinha; SIPANS, Priscilla. O grande livro de Libras: Atividades para trabalhar a Língua de Sinais. São Paulo: Camelot Editora, 2021. 

QUADROS, R. M. Et al. A Gramática da Libras I. Rio de Janeiro: INES, 2023. v. 01. p. 511. Disponível em: https://www.maosemmovimento.com.br/wp-content/uploads/2024/07/Gramatica-da-Libras-Volume-I.pdf . Acesso em: 15 de março de 2025.

SOUZA, P. P. U. Educação de Surdos no Brasil. In: V Congresso Nacional de Educação: Educação de surdos no brasil: uma narrativa histórica, 2., 2018,  Anais…UBARANA: Editora Realize, 2018. Disponível em: https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2018/. Acesso em: 25 de março de 2025. 

SOUZA, R. de C. S. Et al. Introdução aos estudos sobre educação dos surdos. Aracaju, SE: Criação Editora, 2020.

TV INES. Instituto Nacional de Educação de Surdos. Disponível em: https://www.gov.br/ines/pt-br/central-de-conteudos/publicacoes-1/todas-as-publicacoes/alfabeto-manual-e-configuracao-de-maos. Acesso em: 01 de janeiro de 2025.  

Ferreira, Káren Katherine Araújo . Libras e Saúde no Município De Marabá/PA, Proatividade na Visão Inclusiva Da Faculdade De Ciências Médicas Do Pará (FACIMPA)..International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Referencias

BAILEY, C. J.; LEE, J. H.
Management of chlamydial infections: A comprehensive review.
Clinical infectious diseases.
v. 67
n. 7
p. 1208-1216,
2021.
Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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n. 47
Libras e Saúde no Município De Marabá/PA,  Proatividade na Visão Inclusiva Da Faculdade De Ciências Médicas Do Pará (FACIMPA).

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