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Resumo
INTRODUÇÃO
A formação de leitores é uma temática que envolve todos os profissionais da educação, por ser a leitura uma fonte inesgotável de geração de conhecimento. Entretanto, o despertar pelo gosto da leitura literária ainda se faz uma discussão nas redes pedagógicas.
A dicotomia na leitura como fonte de prazer e na leitura pedagógica se faz presente na maioria dos ambientes escolares, especialmente no que concerne aos estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental, pois alguns docentes consideram que o estudante, nesse nível de compreensão deve escolher e realizar a leitura porque o livro didático exige, assim como um outro grupo de docentes discorda, enfatizando o gosto pela leitura, a leitura por prazer deve ocorrer em qualquer nível da educação básica.
Em face ao exposto, a presente pesquisa busca estudar a formação de leitores em uma escola do campo, localizada no povoado de Coqueiro, no município de Jandaíra-BA, por apresentar ainda mais dificuldades nesse contexto, que as escolas urbanas, pois os espaços prediais são menores, assim como a escassez de material e de acervo literário.
A presente pesquisa é de caráter qualitativo e busca uma análise de cunho bibliográfico, objetivando descobrir as dificuldades e apresentar estratégias de formação de leitores, de forma objetiva, que possa transformar a realidade daqueles que amam o que fazem, sobretudo na disseminação da leitura.
A FORMAÇÃO DE LEITORES EM ESCOLAS DO CAMPO
A formação de leitores é uma necessidade em todos os níveis da formação educacional. Diversas são as discussões desenvolvidas acerca do tema, porém sem determinar uma única forma de incentivar os estudantes, haja vista a gama numerosa de estratégias e metas determinadas pela particularidade de cada comunidade escolar.
Nesse contexto, a discussão sobre essa formação nas escolas do campo é ainda mais ampla, uma vez que as dificuldades encontradas por essas instituições no que concerne à estrutura predial, mão-de-obra especializada e até mesmo aos recursos pedagógicos necessários, sobretudo a aquisição do acervo e o espaço para biblioteca são ainda muito maiores.
De acordo com o Ministério da Educação e Cultura – MEC, através de sua Resolução Nº 2, de 28 de abril de 2008, define a Educação do Campo como:
Art. 1º A Educação do Campo compreende a Educação Básica em suas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Profissional Técnica de nível médio integrada com o Ensino Médio e destina-se ao atendimento às populações rurais em suas mais variadas formas de produção da vida – agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da Reforma Agrária, quilombolas, caiçaras, indígenas e outros. (Brasil, 2008, online)
Em face ao exposto, percebe-se que a educação a que este artigo se refere, compreende as mesmas etapas da Educação básica, diferindo apenas na composição dos estudantes em sala de aula, pois leva-se em consideração a quantidade de estudantes por turma e o espaço que a escola dispõe, o que resulta muitas vezes, na existência do trabalho com salas multisseriadas, como é o caso que explanamos na presente obra.
Isto posto, analisa-se a realidade de uma escola pública de campo, pertencente ao Povoado de Coqueiro, município Jandaíra, no estado da Bahia, fundada no ano de 1945 e localizada em uma área praiana, de belíssimas paisagens.
No cenário atual a escola não dispõe de espaço para biblioteca, o acervo que existe é constituído por livros doados pela comunidade. A equipe gestora e docente, visando oferecer um espaço destinado à leitura, onde os estudantes tivessem acesso a livros literários, criou o “Cantinho da Leitura”, assim denominado justamente pela falta de espaço e de recursos para montar a biblioteca.
Figura 01 – Cantinho da Leitura – Escola do Campo – Coqueiro, Jandaíra-BA
Fonte: Acervo do autor, 2024
Vale salientar que a Resolução CNE/CEB 1, de 3 de abril de 2002, que institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo trata da particularidade de cada escola do campo, dando-lhe autonomia para os devidos, de acordo com sua realidade:
Art. 2º Estas Diretrizes, com base na legislação educacional, constituem um conjunto de princípios e de procedimentos que visam adequar o projeto institucional das escolas do campo às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e Médio, a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Especial, a Educação Indígena, a Educação Profissional de Nível Técnico e a Formação de Professores em Nível Médio na modalidade Normal.
Parágrafo único. A identidade da escola do campo é definida pela sua vinculação às questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos sociais em defesa de projetos que associam as soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida coletiva no país. (Brasil, 2002, online)
Sendo assim, atente-se para a identidade escolar da escola do campo em questão, destacando-se as características existentes e as propostas para qualificar o trabalho com leitura, apesar de todas as dificuldades supramencionadas.
A LEITURA LITERÁRIA
Há muito se questiona a prática da leitura como saber pedagogizado. Um grupo de professores da educação básica defende a leitura como prática pedagógica que antecede a explicação do conteúdo programático, enquanto outro grupo a defende, veementemente, como um saber dissociado de conteúdos, um saber que deve ser estimulado apenas pelo bel prazer de se deleitar e vagar no mundo da imaginação, enquanto se lê.
O portal Aula Nota Dez, que reúne escritos de diversos professores (2025) salienta que a leitura literária é:
A leitura literária é uma prática fundamental para o desenvolvimento intelectual e cultural de um indivíduo. Ela consiste na interpretação e compreensão de obras literárias, sejam elas romances, contos, poesias, peças teatrais, entre outros gêneros. Através da leitura literária, é possível adentrar em universos fictícios, conhecer diferentes perspectivas e vivenciar experiências emocionais e intelectuais únicas. (Portal Aula Nota Dez, 2025, online)
De acordo com Sales (2014), a formação de leitores é abordada por Bamberger (1995), Magnani (1989), Bragatto Filho (1995) e Geraldi (1984) como:
A formação de leitores normalmente é abordada através de categorias como hábito, entendido como costume a ser repetido desde a infância (BAMBERGER, 1995), gosto, formação adquirida no contexto escolar (MAGNANI, 1989), (BRAGATTO FILHO, 1995) ou mesmo prática social, entendida como a construção na integração dos indivíduos (GERALDI,1984); porém independente da categoria abordada a leitura pressupõe entrega, busca e prazer. (Sales, 2014, p.01)
Diante do exposto, é notório que a formação de leitores ainda está em plena discussão e cada grupo e/ou autor segue a linha mais apropriada para o seu entendimento. Entretanto, vale destacar que independente da categoria ou modo como a leitura é vista dentro da escola, é unânime a afirmativa de que ela deve permanecer sendo apresentada aos estudantes de forma criativa e agradável, para que o seu uso, ainda que seja diário, tenha o que acrescer ao conhecimento adquirido de forma única e exclusiva.
BENEFÍCIOS DA LEITURA LITERÁRIA
A leitura é, acima de qualquer outra definição, uma fonte imensurável e inesgotável de conhecimento. É através da leitura que se desenvolvem características extremamente significativas para o crescimento de todo ser humano. A leitura permite que os estudantes se tornem capazes de conhecer e considerar diferentes perspectivas, auxilia no desenvolvimento da empatia, da sensibilidade, torna-os suscetíveis à vivência de experiências intelectuais e, sobretudo, emocionais.
Além disso, a leitura proporciona a reflexão, o respeito mútuo e a compreensão de diversos pontos de vista, o que facilita o desenvolvimento de uma consciência leitora mais crítica e consciente, o que se estende para a vivência cotidiana.
O Instituto BioFao (2025) aborda os inúmeros benefícios da leitura literária, conforme clarifica a seguir:
Além dos benefícios emocionais e sociais, a leitura é uma fonte inesgotável de aprendizado. Ao ler, adquirimos novos conhecimentos e expandimos nosso vocabulário, o que, por sua vez, melhora nossas habilidades de comunicação. Um indivíduo bem-informado e articulado tem mais facilidade para expressar suas ideias e opiniões, o que pode abrir portas tanto na vida pessoal quanto profissional. (BioFao, 2025, online)
Levando em consideração o papel docente em todo o processo de aquisição da leitura e formação de leitores, é importante clarificar que existem inúmeras dificuldades e desafios, dentre eles, Sales (2014) explicita:
Dentre eles estão à falta de tempo para a leitura, haja vista o curto tempo encontrado pelos professores para trabalhar pedagogicamente com o livro e a leitura, muitas vezes sem qualidade e com adaptações e resumos impertinentes que o livro didático oferece; a falta de acesso aos livros de literatura, pois na maioria das escolas públicas a biblioteca é um espaço mínimo, sem condições estruturais para atender a demanda de estudantes leitores, além da jornada excessiva de trabalho dos professores que, com muitas aulas num só dia, em duas ou três escolas sem a mínima condição de trabalho com a leitura, resta ao professor “fazer de conta” que ensina leitura, o que, por si só, já constitui um ato de coragem e superação. (Sales, 2014, p. 03)
Apesar do exposto, apenas o “fazer de conta” não é suficiente, apesar de serem louváveis todos os esforços esboçados pelos professores. Nesse contexto, cabe um esforço comum, realizado por todos os profissionais, ofertando a devida importância à leitura, sendo necessário uma participação efetiva e colaborativa da equipe gestora.
O compromisso docente precisa ir além das barreiras metodológicas, sociais ou mesmo dos muros da escola, uma vez que a aprendizagem, especialmente no desenvolvimento da leitura e de sua prática, devem ser realizados por meio de incentivo e multiplicação de conhecimento.
Isto posto, propõe-se nesta obra, no capítulo análise dos resultados, diversas estratégias para auxiliar não apenas tão e somente a escola do campo de Coqueiro, mas sobretudo a todos os professores e àquelas escolas que encontram-se na mesma situação ou com recursos reduzidos, provando que é possível, através do esforço conjunto, transformar a realidade da comunidade escolar.
METODOLOGIA
TIPOLOGIA DE PESQUISA
Quanto à Abordagem: O tipo de pesquisa utilizada é descritiva, de abordagem qualitativa.
Quanto aos Procedimentos Técnicos: A presente pesquisa apresenta como procedimentos técnicos a coleta de dados através de pesquisa bibliográfica, utilizando-se artigos científicos acerca do tema, através da pesquisa na base de dados Scielo, Academia.Edu e Google Acadêmico.
Quanto à Finalidade: Conhecer a realidade das práticas de leitura e de formação de leitores em uma escola do campo do povoado de Coqueiro- Jandaíra – BA, apresentando estratégias para a qualificação do trabalho literário, enfatizando o desenvolvimento do saber através do despertar do gosto pela leitura.
ESTRATÉGIAS DE FORMAÇÃO DE LEITORES EM UMA ESCOLA DE CAMPO
A escola do campo, assim como em todas as demais, comporta estudantes sedentos de conhecimento. A diferença é que, nesse contexto, tanto o espaço físico é precário, quanto a locomoção dos estudantes é mais difícil, o que não desmerece, em hipótese alguma, a qualidade do que é ministrado. Pelo contrário, demonstra a importância que a comunidade escolar e a equipe gestora / docente imprimem no lugar.
A escola ora apresentada ainda não dispõe de biblioteca escolar, conforme supracitado, existe um cantinho de leitura, fora da sala de aula, organizado com imenso carinho e dedicação, no qual os estudantes podem acessar no horário do intervalo, podem pegar um livro emprestado, levar para ler em casa e em seguida devolver ao cantinho, para que outros estudantes tenham a mesma oportunidade.
Além disso, o acervo foi montado a partir da doação de livros pelos professores, alunos e comunidade escolar. É nesse contexto que se apresenta estratégias de formação de leitores, com base no despertar pelo gosto da leitura, que o momento de ler seja considerado o momento agradável do dia, onde inclusive a leitura que será posteriormente pedagogizada, tenha sido trabalhada de forma criativa e lúdica, gerando interesse e despertando curiosidade nos estudantes.
QUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO DE LEITURA
Quadro 01 – Qualificação do Cantinho da Leitura da escola do campo – Coqueiro, Jandaíra – BA
Fonte: Elaboração do autor, 2025
Mediante informação acerca da classificação do acervo, propõe-se que os professores e a equipe gestora se reúnam, para classificar todo o acervo, distinguindo-os apenas em duas categorias: infantil e infanto-juvenil. Vale salientar que essa classificação normalmente está disposta na Ficha Catalográfica de cada exemplar, como pode ser verificado na figura 03.
Figura 02 – Modelo de classificação dos livros por cores – uso de fita de cetim.
Fonte: Fonte: @biblioteca_je, 2025
A fita de cetim azul representa o acervo infantil, a fita de cetim vermelho representa o acervo infanto-juvenil
Figura 03 – Classificação do acervo segundo a Ficha Catalográfica
Fonte: Acervo do autor, 2025.
Figura 04 – Modelo de livro de tombo para acervo literário
Fonte: https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-971674169-livro-registro-de-tombo-para-biblioteca-com-200-folhas-_ JM#&gid=1&pid=2
CLUBE DE LEITORES
O clube de leitores consiste na criação de um grupo de estudantes que, voluntariamente, se dispõe a frequentar o contraturno na escola, a fim de realizar leituras com seus colegas.
De responsabilidade do coordenador pedagógico ou do professor de Língua Portuguesa ou mesmo polivalente, o clube de leitores deve ter um cronograma bem definido para o encontro semanal, sempre no mesmo horário. A duração do encontro deve ser de, aproximadamente, 60 minutos.
O responsável pelo clube deve direcionar as ações, mas dar autonomia ao grupo de estudantes, para que eles criem as próprias formas de leitura e de incentivo à leitura, para que possam realizar leituras esporádicas nas salas de aula do seu contraturno.
As atividades do clube devem variar entre apresentações de dança, de teatro, teatro com fantoches, contação de histórias, leitura de literatura de cordel, leitura de imagens, apresentação de cinema, dentre outros.
O fator primordial nessa estratégia é a criatividade e a multiplicação da leitura, pois o estudante integrante do Clube de Leitores após se encantar com a leitura, vai estar engajado no objetivo de fazer com que os demais estudantes também se encantem.
SUSSURROS POÉTICOS
O sussurro poético consiste na leitura de pequenos poemas ou poesias, sussurradas pelos estudantes ao ouvido do espectador. Esse tipo de leitura encanta o público de qualquer faixa etária, basta adaptar as leituras.
Figura 05 -Sussurro poético
Fonte: Google imagens, 2025.
MEDIAÇÃO DE LEITURA
A mediação de leitura é uma das formas mais agradáveis de conquistar e formar leitores. Ela consiste na contação de histórias de forma dramática, utilizando-se os dons de modificar a voz para dar vida aos personagens, utilizar sons para representar acontecimentos e envolver os ouvintes, assim como apresentar o mediador com um figurino atrativo.
Para realizar a mediação, é necessário que o contador de história conheça o texto do livro que vai mediar e certifique-se de que está em um local adequado, sem distrações, para que o seu público ouça atentamente. Indica-se que o mediador saia do espaço comum, leve a turma para um espaço ao ar livre ou um espaço que os estudantes não têm acesso livre.
TECNOLOGIAS NA PROMOÇÃO DA LEITURA
Nos dias atuais a tecnologia tem se transformado em uma necessidade real para o cotidiano das pessoas. Inúmeros recursos devem ser utilizados para potenciar as estratégias de formação de leitores, com o uso de tecnologia, tais como:
PROJETOS DE LEITURA
O professor em sala de aula elabora um projeto baseado em um determinado livro, o qual apresenta um conteúdo que deve ser abordado com a turma.
Partindo dessa premissa, após a devida leitura e reflexão individual e coletiva com o livro escolhido, o professor pode propor um desfile para que cada estudante ou mesmo em dupla, se caracterizem para representar um personagem. Pode propor ainda a criação de uma peça teatral para dramatizar o livro escolhido e convidar as demais turmas para assistir a apresentação.
Além disso, o projeto pode ter uma duração maior, mensal ou bimestral e ao término de todo o trabalho com a história, a turma faz uma apresentação para os pais.
São inúmeras as possibilidades, a depender da criatividade e dedicação do professor.
CANTIGAS DE RODA
As cantigas de roda também são uma forma de leitura, pois cada uma delas conta um tipo diferente de história. A exemplo da canção “O cravo brigou com a rosa”:
O cravo brigou com a rosa,
Debaixo de uma sacada.
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente, E a rosa foi visitar.
O cravo teve um desmaio
E a rosa pôs-se a chorar. (Cantiga popular, 2025, online)
Os estudantes podem realizar a brincadeira de roda, assim como dramatizar os acontecimentos, classificando os meninos como o cravo e as meninas como as rosas. Esse tipo de atividade entretém os participantes e dissemina o gosto por uma leitura que muitas vezes não percebem que é também um tipo de leitura.
REPRESENTAÇÃO VISUAL
Uma das mais divertidas estratégias de leitura é a representação visual. Através dela o mediador pode criar contação com mímicas, brincadeira de achar a pista e ler até encontrar o tesouro, que seria o próprio livro, dentre outros.
A representação visual também pode ser vivenciada através de pintura no rosto do colega, trabalhando dessa forma, não apenas a leitura, mas a interação entre os estudantes.
Uma outra forma é através dos desenhos, o mediador pode pedir que cada estudante selecione um livro e o representa em uma folha, desenhando e pintando para que seus colegas, ao verem o desenho, possam identificar o título do livro.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A leitura é uma das principais fontes de aquisição do conhecimento desde quando aprendemos a interpretar as histórias da vida, até quando concluímos nossa existência, pois as histórias nunca acabam e não param de acontecer.
É certo que as leituras literárias são aquelas que encantam a todos os públicos, independente da idade e que despertam a curiosidade, para que o leitor tenha cada vez mais vontade de ler.
Nesse contexto, a presente pesquisa buscou analisar a formação de leitores em uma escola do campo, no povoado de Coqueiro, Jandaíra-BA. Essa análise mostrou-se, inicialmente, extremamente difícil de ser realizada, tendo em vista que na escola não havia biblioteca, não havia registros dos livros e muito menos uma rotina estruturada ou estratégias pré-determinadas para o uso do “Cantinho da Leitura”, que inclusive foi criado pelo esforço da equipe gestora e docente, que conseguiram bravamente acumular doação de livros para formar o acervo e encontraram um espaço que não estava sendo utilizado na escola, para dispor o material adquirido.
Contudo, a presente obra visou aprimorar a realidade da escola pública municipal em pauta, apresentando estratégias de formação de leitores que são de fácil aplicabilidade, perpassando pela qualificação e melhoria do espaço de leitura, levando em consideração a disposição do acervo, assim como a sua devida classificação.
Foram apresentadas ainda soluções para o monitoramento do acervo através do devido tombamento, a classificação em infantil e infanto-juvenil através das cores, a serem identificadas por fitas de cetim, com exemplos em imagens para auxiliar na prática.
Por fim, as estratégias de formação de leitores foram apresentadas de forma objetiva e detalhada, para que sua aplicabilidade seja fácil e que todos os professores que lêem a presente obra possam colocar em prática, independente da escassez de recursos, pois tudo pode ser criado pelo próprio docente.
Isto posto, vale salientar que de nada servirá o presente estudo, sem a dedicação do professor, pois afinal, é ele quem planeja, qualificar e disseminar o conhecimento, o que ocorre também com a formação de leitores, pois não se pode encantar ninguém com palavras, quando o brilho do encantamento não se vê nos olhos do mediador.
Recomenda-se portanto, que os estudos na formação de leitores permaneça com foco contínuo, justificado pela necessidade de se apresentar inovações para estudantes que, vivendo no mundo globalizado, na era da tecnologia, vivencia os momentos de forma efêmera, pois num piscar de olhos o interesse é modificado. Espera-se, desse modo, que na mesma velocidade com que se perde o interesse por atividades enfadonhas, possamos encontrar sempre habilidades para transformar a leitura em momentos inesquecíveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis///L9394.htm. Acesso em 28.01.2025, às 17:47.
BRASIL. Lei nº 14.837, de 08 de abril de 2024. Altera a Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País, para modificar a definição de biblioteca escolar e criar o Sistema Nacional de Bibliotecas Escolares (SNBE). Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2024/Lei/L14837.htm#art1. Acesso em 30.01.2025, às 10:52.
BRASIL. Resolução Nº 02, de 28 de abril de 2008, Estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2008/rceb002_08.pdf. Acesso em 05.03.2025.
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 01, de 03 de abril de 2002. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download & alias=13800-rceb 001-02-pdf&category_slug=agosto-2013-pdf&Itemid=30192. Acesso em 08.03.2025.
INSTITUTO BIOFAO. O poder da leitura. Disponível em: https://institutobiofao.org.br/blog/o-poder-da-literatura/?gad_source=1&gclid=Cj0KCQiA8q-
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