INTRODUÇÃO

A Psicomotricidade é vista como um meio, uma metodologia que leva à aprendizagem. Aprender é a tarefa primordial para o desenvolvimento do ser humano e, como a aprendizagem ocorre pelo movimento, a Psicomotricidade pode e deve ser utilizada como um meio educativo.

A educação pelo movimento precisa ser valorizada, principalmente na educação primária, quando, pois ocorrem os mais intensos estágios da aprendizagem e do desenvolvimento. Atualmente, vemos um grande esforço das autoridades legais em gerar dentro dos documentos de referência para a formação curricular das escolas, características que trazem os elementos da Psicomotricidade como essenciais para a formação dos alunos, principalmente os da Educação infantil. O que cabe refletir é se realmente existe um preparo do corpo docente da escola para pôr em prática atividades lúdicas com um olhar voltado para a Psicomotricidade.

O papel da Psicomotricidade em relação à aprendizagem está, principalmente, em estimular o trabalho com o corpo, desenvolver a percepção interna e externa desse corpo com a consciência de sua integralidade, pois o desenvolvimento intelectual da criança e sua “[…] capacidade de conceber e reconstruir o conhecimento está diretamente ligada ao domínio e ao uso do seu corpo” (Baltazar; Rabello; Souza, 2014, p. 14).

Dessa forma, entende-se a necessidade de debater esse tema na Educação, vemos uma síntese das duas vertentes anteriores, ampliadas a partir do desvio do olhar do que “falta” para o que pode ser potencializado. Isso amplia muito a área de atuação da Psicomotricidade, que passa a ser vista como primordial na educação das crianças, pois, por meio dela, o sujeito se constitui não apenas em seus aspectos físicos, mas também psicológicos. Daremos maior ênfase a vertente, damos o nome de educação psicomotora.

De acordo com o direcionamento do olhar sobre a criança e o desenvolvimento humano, a Psicomotricidade pode ser entendida como uma metodologia que vem para corrigir, suprir uma falta ou desenvolver potencialidades do ser humano.

Diante de nossas reflexões iniciais, estabelecemos como temática central a ser investigado a psicomotricidade. O interesse da pesquisa surgiu em mostrar a importância da  psicomotricidade na aprendizagem e suas contribuições ao processo de ensino-aprendizagem, pois são através dela que a criança desenvolve suas habilidades, competências e atitudes corporais, que vão proporcionar prontidões para diversas formas de usos dos movimentos, que permitirão a construção de novos conhecimentos.

A escolha por esse tema decorreu das experiências vivenciadas ao longo dos Estágios Supervisionados ao longo do curso. Desenvolver essa pesquisa além de ser um desafio é uma questão importante para o crescimento pessoal, assim este está estruturado.

A área de concentração que escolhemos é bastante abrangente, o que requer um recorte espaço temporal do mesmo com base na realidade vivenciada pelo pesquisador. Diante de tal necessidade, trabalhamos com a seguinte delimitação A Psicomotricidade Na Educação Infantil na EMEIF São Pedro. Vale ressaltar que a pesquisa tem como recorte  temporal 2022-2023 e como local de pesquisa a EMEIF São Pedro no Município de Cametá/Pa.

O problema da pesquisa: De que forma a psicomotricidade auxilia no desenvolvimento das crianças na educação infantil especificamente nas turmas do Jardim I e II na EMEIF São Pedro o município de Cametá/Pará?

O objetivo geral: Analisar a importância da psicomotricidade na educação infantil na EMEIF São Pedro.

Para alcançamos o objetivo geral, verificaremos os seguintes objetivos específicos: Conceituar a psicomotricidade na educação infantil; identificar se as práticas de ensino e aprendizagem na educação infantil na EMEIF de São Pedro tem a psicomotricidade como uma estratégia metodológica; Conhecer quais os desafios e dificuldades que as professoras enfrentam para trabalha a psicomotricidade na sala de aula, através de jogos e brincadeiras.

A referida pesquisa é de cunho qualitativo, por abordar aspectos relacionados a psicomotricidade na educação relacionando a importância do papel do Pedagogo no contexto ribeirinho, bem como a problemática direcionada através do questionamento.

O ponto de vista metodologico o estudo desevolveu-se atráves de um estudo de caso e da abordagem qualitativa. A coleta de dados aconteceu por meio de questionário aplicado aos professores da escola pesquisada, pois reflete diretamente com a realidade dos alunos da educação infantil no que tange à psicomotricidade como metodologia, e também com os referenciais teóricos que discutem esta questão.

A pesquisa tem o município de Cametá como universo amostral, contudo, considerando a extensão desse universo, adotamos como local de pesquisa, a turma do Jardim I e II, na Comunidade de Marinteua que integra o distrito rural de Vila do Carmo do município já citado.

PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: ASPECTOS TEÓRICOS

Atualmente, a Psicomotricidade é definida como a ciência que tem como objeto de estudo o homem por meio de seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, a partir do qual o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas (Oliveira; Silva, 2018).

A palavra Psicomotricidade tem origem no termo grego psyché, que significa alma, e no verbo latino moto, que significa “mover”, “agitar fortemente” A dualidade corpo e mente esteve presente nas discussões filosóficas.

A Psicomotricidade é vista como um meio, uma metodologia que leva à aprendizagem. Aprender é a tarefa primordial para desenvolvimento o do ser humano e, como a aprendizagem ocorre pelo movimento, a Psicomotricidade pode e deve ser utilizada como um meio educativo. A educação pelo movimento precisa ser valorizada, principalmente na educação primária, quando, como já vimos, ocorrem os mais intensos estágios da aprendizagem e do desenvolvimento.

Segundo Falcão e Barreto (2009), o desenvolvimento da Psicomotricidade não consta de um conceito único, porém de vários olhares plurais. Para essas autoras, esses olhares estariam fundamentados em pressupostos teóricos comuns, que recebem contribuições da Pedagogia, Filosofia, Psicanálise, Psicologia, Psiquiatria, Neurologia e Biologia.

O médico, psicólogo e pedagogo chamado Henry Wallon é considerado o “[…] grande pioneiro da Psicomotricidade” (Falcão; Barreto, 2009, p. 87). Para esse teórico, o pensamento, o movimento e a linguagem são elementos inseparáveis. Negrine (1995 apud Oliveira; Silva, 2018) limita três períodos no desenvolvimento da Psicomotricidade: continuador, inovador e de ruptura.

Com a mudança de posicionamento em relação ao ser humano em desenvolvimento, a Psicomotricidade vai ganhando outros objetivos. Inicialmente, voltada para questões mais físicas, como disfunções e distúrbios, a Psicomotricidade seguia uma vertente de reeducação psicomotora.

Entre os teóricos que fundamentam a educação psicomotora, destacamos Le Boulch e   Negrine. Para Le Boulch, as crianças devem ter acesso a esse tipo de atendimento. Já Negrine traz o meio lúdico como oportunidade de expressão dos sentimentos, que leva a um desenvolvimento global. Negrine também afirma que, com o trabalho centrado no lúdico, torna-se mais difícil de definir o que é trabalho terapêutico ou educativo, já que brincar, em qualquer idade, é uma forma de terapia (Oliveira; Silva, 2018).

A educação psicomotora pode ser dividida em Psicomotricidade funcional e relacional. Segundo Oliveira e Silva (2018), é possível distingui-las de acordo com as suas características mais marcantes: a funcional se baseia em testes de perfil de padrão psicomotor e de inteligência, em que são identificadas as lacunas na aprendizagem, que serão suprimidas com as famílias de exercícios, sendo, assim, uma abordagem diretiva; já a relacional tem o corpo como o principal caminho para a aprendizagem e o lúdico como seu potencializador.

Para Ferronato (2006), os elementos básicos da Psicomotricidade podem ser classificados em: esquema corporal, estruturação espacial, lateralidade e orientação temporal.

Os autores avaliam não apenas a brincadeira como essencial na vida da criança desde os primeiros dias como destacam a importância desta no meio educacional, na formação da identidade, na capacidade de autonomia e na evolução da imaginação.

Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação, isso implica que aquele que brinca tenha domínio da linguagem simbólica. Isso quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se (Brasil, 1998, p. 27).

O papel do adulto na brincadeira também recebe destaque, pois é ele quem elaborará as brincadeiras ou não, observará apenas ou participará e que tipo de participação ele terá mais do que a antecipação do conteúdo escolar, mas também garantindo à criança o direito de brincar. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aponta o brincar como um dos direitos da criança de aprendizagem e desenvolvimento, trazendo a base legal para o desenvolvimento do espaço e do tempo de brincadeiras nas escolas.

JOGOS, MÚSICAS E BRINCADEIRAS: PRÁTICAS EDUCATIVAS PSICOMOTORA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Essa centralidade do corpo nas práticas pedagógicas é entendida, também, além das brincadeiras espontâneas, como a oportunidade de práticas recreativas psicomotoras, orientadas ou livres, que valorizem a construção da identidade por meio da dimensão expressiva do movimento, englobando a comunicação de ideias, sensações e sentimentos.

As brincadeiras também estão relacionadas às práticas culturais, pois “a criança, ao brincar, constrói a sua própria cultura, tendo contato com a cultura oferecida por outras gerações” (Silva; Cardoso; Machado, 2018, n.p.).

A partir desse contexto, a psicomotricidade na aprendizagem torna-se uma aliada no desenvolvimento da criança na etapa da Educação Infantil, a prática psicomotora destaca-se por ser um elemento fundamental, uma vez que essa área proporciona inúmeros benefícios e produz um aumento na capacidade de aprendizagem da criança.

Os pilares da Psicomotricidade são definidos como: querer-fazer, poder-fazer e saber-fazer. O primeiro pilar está relacionado ao aspecto emocional; o segundo está ligado ao aspecto motor; e o terceiro é relativo ao aspecto cognitivo. Portanto, a prática psicomotora na Educação Infantil também promove o desenvolvimento da lateralidade, da orientação espacial e temporal, da coordenação motora, da conscientização do esquema corporal e da construção da identidade.

De acordo com Machado; Vinícius (2010), a brincadeira é componente fundamental dentro do universo cotidiano da criança. Com isso, a atuação relacional do(a) Pedagogo(a) viabiliza infinitas possibilidades ao utilizar-se do brincar como recurso motivador. Tal fato estimula a exteriorização corporal da criança, por perceber que a ação de brincar otimiza os processos de aprendizagem e desenvolvimento.

Pena (2020) cita e descreve as principais atividades pedagógicas das quais se utilizou em seus estudos e intervenções e através das quais identificou a estimulação psicomotora nas crianças em idade de Educação Infantil, que podem facilmente ser incorporadas à rotina educacional em qualquer época escolar.

Botelho et al (2011) defende que a criança deve viver seu corpo através de uma motricidade não condicionada, em que grandes grupos musculares participem e preparem posteriormente os pequenos músculos, responsáveis por tarefas mais precisas e ajustadas.

O protagomismo do(a) educador(a), dentro do contexto escolar, perceber as necessidades motoras das crianças e realizar atividades que abranjam conteúdos que possam estimulá-las, tendo como consequência, o desenvolvimento gradativo de seu funcionamento motor, gerando melhorias na aprendizagem, uma vez que ambos estão relacionados.

De acordo com Gonçalves (2004), as fases do desenvolvimento psicomotor levam em conta não somente os aspectos da maturação neurológica, mas também o resultado de um processo relacional. A motricidade pode ser organizada nas seguintes fases:

1ª fase: a primeira fase é caracterizada pela estruturação motora, do tônus de fundo, e do não aparecimento das reações primitivas.

2ª fase: nesta fase através das relações sociais há o aperfeiçoamento do espaço temporal.

3ª fase: Através da ação do sujeito as aquisições motoras serão automatizadas.

A psicomotricidade envolve o brincar, fazer movimentos e receber estímulos. Ela contribui para que a criança progressivamente adquira o domínio e controle de seu próprio corpo e mente.

Ter o conhecimento da importância da psicomotricidade como base para a criança desenvolver suas habilidades é de grande relevância para que os professores tenham um olhar reflexivo sobre sua prática e garantam que a criança tenha um desenvolvimento global. As brincadeiras tradicionais, como pular corda, brincadeiras de roda, cabracega, os jogos com regras como a amarelinha, lenço atrás, pega-pega e os circuitos permitem que a criança receba estímulos na sua parte física e psíquica ao mesmo tempo.

O trabalho com a psicomotricidade materializa os direitos de aprendizagem propostos pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), quais sejam, conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. A psicomotricidade proporciona experiências emocionais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais importantes para o desenvolvimento das crianças. Assim sendo, antes de se trabalhar com a educação psicomotora é preciso que o professor tenha o conhecimento de sua importância na educação infantil para que seja realizado um trabalho com qualidade para as crianças e assim elas se desenvolverem de forma global.

Ao se utilizar da atividade lúdica como impulsionadora dos processos de desenvolvimento da aprendizagem, a Psicomotricidade trata das aprendizagens significativas, espontâneas e exploratórias da criança e de suas relações interpessoais. Focaliza-se na criança pré-escolar, destacando sua história prévia como fator de adoção de estratégias pedagógicas e de planejamento.

O desenvolvimento da Psicomotricidade na Educação Infantil se dá, principalmente, através  de ações educativas, de movimentos espontâneos e atitudes corporais implementadas à rotina da criança, abrangendo principalmente dois fatores fundamentais: a estruturação da motricidade e os fatores psíquicos que, ao interagirem, geram o desenvolvimento de diversas habilidades e ascondições necessárias para que a criança possa se movimentar e se desenvolver cognitivamente através de seu meio.

Dessa forma, foi possível pensar, então, que uma abordagem mais integrativa de conteúdos escolares que promova um sistema de ensino mais dinâmicos e interativo, com um ambiente acolhedor para esses alunos, possibilitando desse modo, que eles possam criar e recriar suas brincadeiras, sentindo-se estimulados e independente passando a contribuir para facilitar o aprendizado e, consequentemente, seu desenvolvimento pleno no ambiente escolar como no meio social.

Ressalta-se ainda a necessidade de uma maior apropriação dos próprios profissionais da pedagogia com as práticas da Educação Psicomotora, para que privilegiem o aprendizado e a potencialidade de todas as crianças na escola. 

ANÁLISES DOS DADOS E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Considerando os objetivos da pesquisa e os dados que foram coletados a apresentação e análise dos resultados estão organizadas em subtítulos considerando os procedimentos utilizados na pesquisa de campo. A saber: os resultados da observação, do questionário e as entrevistas com os professores. Respostas dadas ao questionário sobre prática da psicomotricidade na área pedagógica, levando em conta o tema pesquisa “A Psicomotricidade na educação infantil: um estudo das turmas do jaedim I e II na EMEIF São Pedro”.

Como complementos da coleta de dados foram realizados entrevistas focadas, tendo como ambiente de realização, salas disponíveis da própria escola, em que está sendo realizada a pesquisa. Essas entrevistas foram direcionadas as professoras do jardim I e II, da EMEIF São Pedro, sobre a temática da psicomotricidade na educação.

Na análise das entrevistas das professoras da educação infantil da EMEIF São Pedro. A professora I do jardim I (fazendo uma referência a professora do Jardim I), também por uma questão de ética.

A professora I possui Licenciatura Plena Pedagogia, e apenas 2 anos de experiência em sala de aula, especificamente na EMEIF São Pedro, já atua há 2 anos. O relacionamento com os alunos se dá de maneira respeitosa e amigável, o regime trabalho é de 4 H/A semanais, e mesma reside na localidade de Bituba.

A professora I atende na sala de aula 18 alunos e uma aluna com deficiência que possui um CID: Cadeirante portador de deformação congênita dos membros inferiores e Autismo. A mesma questionada sobre os desafios que encontra para colocar em   prática metodologias através da psicomotricidade deu a seguinte resposta “Que a mesma não possui conhecimento dessa perspectivas e faz pouco uso de atividades lúdicas com os alunos”.

Sobre as estratégias e recursos utilizados pela professora I no ensino para educação infantil. Obtivemos a seguinte resposta. “Trabalho com atividades de colagem, pintura sobre as vogais e alfabeto na lousa e no caderno”. Sobre a construção do seu plano de ensino, você leva em consideração a aluna com deficiência. Obtivemos a seguinte resposta “Sim, atendimento durante a aula, requer que a mesma sejam atendidos com dedicação para efeito de um resultado melhor”.

Em relação como a escola trabalha com a questão da psicomotricidade e sobre as formações nessa perspectiva. Obtivemos a seguinte resposta da professora I .Em termo da escola pouco se trabalha nessa perspectiva e ainda não tivemos formações sobre a mesma no ambiente escolar”.

Dentro desse contexto preocupante, alertamos sobre a importância da psicomotricidade na educação infantil. O desenvolvimento do corpo acontece graças a ações, experiências, linguagens, movimentos, percepções, expressões e brincadeiras corporais dos indivíduos, no caso da criança.

As brincadeiras, as experiências com o corpo assumem um papel de extrema importância no desenvolvimento da criança, nesta idade a criança enfatiza o corpo na constituição de sua pessoa e da sua aprendizagem. Então assim sendo “[…] pré-escola necessita priorizar não só atividades intelectuais e pedagógicas, mas também atividades que propiciem seu desenvolvimento pleno” (Tomazinho, 2002, p. 50). Para a autora, o corpo está presente na maioria das aprendizagens: o olhar, o tom de voz e os gestos fornecem sentido afetivo e importância ao que é ensinado. Sem o corpo, o interesse da criança ao que é transmitido perde valor e é facilmente esquecido.

Em relação a professora do Jardim II, (fazendo referência a professora do Jardim II ), também por uma questão de ética, obtivemos a seguintes respostas durante a entrevista:

A professora II possui Licenciatura Plena Pedagogia e estuda licenciatura em ciências naturais, e têm apenas 2 anos de experiência em sala de aula, especificamente na EMEIF São Pedro, já atua há 2 anos atual na educação infantil. O relacionamento com os alunos se dá de maneira respeitosa e amigável, o regime trabalho é de 4 H/A semanais, e mesma reside na localidade de Marinteua. Atende na sala de aula 19 alunos. Quanto foi questionada sobre os desafios que mesma encontra para colocar em prática metodologias através da psicomotricidade deu aseguinte resposta “ Que não costuma fazer o uso dessa prática devido, seus alunos serem muito agitados e não possui conhecimento sobre a mesma e nem recursos”.

Sobre as estratégias e recursos utilizados pela professora II no ensino para educação infantil. Obtivemos a seguinte resposta: Trabalho com atividades sobre as vogais, alfabeto. “Utilizo muita colagem, pintura e atividades xerocadas no caderno”.

Em relação como a escola trabalha com a questão da psicomotricidade e sobre as formações nessa perspectiva. Obtivemos a seguinte resposta da professora II.Em termo da escola ainda não tivemos formações e nem orientação do coordenador pedagógico a respeito da psicomotricidade”.

A análise dos dados será mediante as respostas dadas, juntamente com sugestões e/ou críticas. No Jardim de I e II, onde a pesquisa aconteceu em observação às atitudes corriqueiras das professoras, também sobre a participação às atividades coletivas com professoras e as crianças, percebemos que se poderia chegar a um patamar de desenvolvimento mais detalhado e avançado, também por perceber falhas, baseada na LDB, foi desenvolvendo um senso mais crítico e racional em cima do assunto a ser pesquisado, desenvolvimento psicomotor nas crianças de 4 e 5 anos.

Para a Educação Infantil consta segundo o artigo 29 da LDB – p. 22, Lei nº 12.796, de 4-4-2013) ressalta que o desenvolvimento integral da criança até 05 anos em seus aspectos físico psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e comunidade.

O ideal seria se todo interagisse no cumprimento do direito em um mesmo propósito para o alcance de um melhor desempenho das crianças da educaçao infantil no âmbito escolar.

Uma sociedade pode ser julgada pela sua atitude em relação a suas crianças pequenas, não somente no que se diz sobre elas, mas também em como essa atitude é expressa no que lhes é oferecido ao longo de seu crescimento. (Goldschmied; Jackson, 2006, p. 13).

Durante as observações sobre a percepção da pouca pra

ticada psicomotricidade e de se perceber sua fundamental importância para o desenvolvimento das crianças na educação infantil neste nível de escolaridade, de forma regular e dirigida pelo menos duas ou três vezes na semana a prática da Psicomotricidade através do lúdico, de forma livre e também dirigida.

É muito importante que todos no ambiente educacional estejam em comum acordo e dispostos a se empenharem para que a prática da Psicomotricidade de forma regular e dirigida realmente aconteça, e o aprendizado e desenvolvimento através do lúdico se torne real no dia a dia e com mais vigor.

Este empenho tem de ser a partir do PPP- Projeto Político Pedagógico da escola e da participação com o diretor, coordenadores, apoio pedagógico, pedagogos, equipes de apoio às aprendizagens, professores e demais funcionários ligados diretamente aos educandos, para que a ludicidade seja trabalhada como um recurso pedagógico que de fato surta significado, e que venha de fato a somar na construção do ensino, da aprendizagem e do desenvolvimento na Educação Infantil.

Parte-se do princípio de que, quem mais planeja, orienta e acompanha diretamente os professores é o coordenador pedagógico, então seu apoio e influência é de fundamental importância no que diz respeito a organização para que se concretize as práticas de Psicomotricidade, não somente de forma lúdica, mas também de forma dirigida e regular, a fim de que se tenha um ganho bem maior no ensino e na aprendizagem dos alunos, de forma que promova um pleno desenvolvimento deste, na Educação Infantil.

As professoras entrevistadas acharam que a Psicomotricidade intefere de forma positiva no desenvolvimento das crianças. Nenhuma das entrevistadas tem o hábito da prática regular, dirigida e semanal de Psicomotricidade com os seus alunos.

A mesma desconhecem muitas das habilidades que são desenvolvidas nas crianças de 4 e 5 anos, uma grande maioria relatou que a prática da Psicomotricidade a seu entender desenvolve na criança: Grafia, limitação de espaços, movimentos do corpo, lateralidade, noções de quantidade, de tempo, a socialização, coordenação fina, poucos sabiam sobre a coordenação  Óculo-Manual e as demais habilidades citadas nos questionários. Quando foi perguntado se gostariam de fazer observações sobre o tema Psicomotricidade, alguns responderam que com a correria diária, acabam se esquecendo de praticar de forma regular e dirigida.

Para que esta prática esteja se concretizando de fato e os educandos possam desenvolver mais as habilidades com êxito é necessário que a escola se empenhe por completo, a começar pelo PPP, e principalmente tenha como força de fazer valer, o coordenador pedagógico em comum acordo com professores e todos envolvidos diretamente com os educandos.

Assim sendo podemos entender a psicomotricidade como uma arte do mundo infantil, que na sua essência estuda o ser humano partir dos movimentos, das suas realizações e também de seus aspectos motores, afetivos, cognitivos, que em consonância com os seus relacionamentos acabam interferindo em seu meio social.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em resposta ao questionamento estudado, percebeu através de pesquisas bibliográficas diversas, que a Psicomotricidade bem trabalhada na Educação Infantil pode desenvolver habilidades diversas nas crianças, algumas tão importantes que se não forem desenvolvidas podem trazer impossibilidades que perduram por momentos diversos da vida educacional futura destes, e em alguns casos por vários momentos na vida adulta. Dificuldades desde a escrita e lateralidade até as dificuldades de desenvolver cálculos e raciocínio lógico-matemáticos, em todos os sentidos.

O que as professoras relataram era a respeito da dificuldade que alguns alunos tinham em aplicar a coordenação motora, lateralidade, e até mesmo no sentido de limitação de espaço, no desenvolver das atividades propostas, tanto de movimentos com o corpo, quanto de atividades gráficas. Foi aí que neste diálogo suspeitaram que a causa de praticamente todos aqueles problemas eram devido à falta da prática da Psicomotricidade de forma regular e dirigida.

Com o desenrolar desta pesquisa, iremos ontribuir de forma significativa e somar com às atividades desenvolvidas na escola pesquisada, e um ganho perceptível no desenvolver dos conteúdos diários dos educandos, podendo assim ter mais êxito, no desempenho através das práticas de Psicomotricidade regulares e de no mínimo duas vezes na semana, frequentes, se for comprovada que contribua no ganho educativo para as crianças.

De maneira geral a pesquisa desenvolvida torna-se relevante para a colaboração de maior desenvolvimento do conhecimento, tanto teórico quanto prático dos professores e mais prático como força motriz aos alunos. Também na definição mais enfática das funções do coordenador pedagógico, que não seja a de faz tudo na escola, mas as por lei definidas.

Pode-se perceber que o lúdico bem direcionado faz de fato o conhecimentose completar, no processo de ensino-aprendizagem. Este tema pesquisa pode servircomo exemplar de consulta aos educadores e a todos quantos interessar como uma etapa estudada e com base sólida de conhecimento com biografias de grandes autores, e exemplos de práticas vivenciadas, para auxílio no dia a dia e em desafios passíveis que se possa encontrar.

Dessa forma, compreendeu-se que os impactos relevantes encontrados e discutidos nessa pesquisa, reforçavam o entendimento de que a psicomotricidade aliada aos fatores pedagógicos, seria mais do que uma ciência da educação, seria então a maior responsável por sintetizar e organizar o desenvolvimento motor e cognitivo dentre às práticas educacionais, pois esta atua como agente de socialização e principalmente da aprendizagem que é um processo global que envolve todo o corpo, e a falta desta pode afetar o desenvolvimento da leitura e da escrita nas crianças que estão iniciando a vida escolar, ou seja, a educação infantil.

Conclui-se, portanto, que a educação psicomotora deve ser realizada de uma forma que se leve em conta as características do desenvolvimento infantil e todas as especificidades do corpo, damaturação, e do desenvolvimento em todos seus aspectos.

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