A influência das reformas de Gustavo Capanema no ensino técnico profissionalizante no Brasil

THE INFLUENCE OF GUSTAVO CAPANEMA'S REFORMS ON VOCATIONAL TECHNICAL EDUCATION IN BRAZIL

LA INFLUENCIA DE LAS REFORMAS DE GUSTAVO CAPANEMA EN LA ENSEÑANZA TÉCNICA PROFESIONAL EN BRASIL

Autor

Haroldo Alves dos Santos
ORIENTADOR
Prof. Dr. Rafael Ferreira de Souza

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/295478

DOI

Santos, Haroldo Alves dos . A influência das reformas de Gustavo Capanema no ensino técnico profissionalizante no Brasil. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a influência das reformas educacionais implementadas por Gustavo Capanema, durante o governo de Getúlio Vargas (1937-1945), no desenvolvimento do Ensino Técnico Profissionalizante no Brasil. Contextualizado no período do Estado Novo, marcado por um projeto nacionalista e modernizador, o estudo aborda as transformações promovidas por Capanema no sistema educacional, com foco na criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e na regulamentação do ensino industrial e comercial. A pesquisa, de natureza bibliográfica exploratória e descritiva, baseia-se em fontes secundárias, como artigos científicos, livros e documentos históricos, para compreender o impacto dessas reformas na formação de mão de obra qualificada e na estruturação de um sistema educacional dualista, que separava o ensino técnico-profissionalizante, destinado às classes trabalhadoras, do ensino secundário, voltado para a elite. A relevância do estudo reside na compreensão do legado dessas reformas para a educação brasileira, destacando como elas influenciaram políticas educacionais posteriores e contribuíram para a consolidação de um modelo de ensino técnico voltado para as demandas do mercado de trabalho.
Palavras-chave
Ensino técnico profissionalizante. Gustavo Capanema. Estado Novo. Reformas educacionais.

Summary

This article aims to analyze the influence of the educational reforms implemented by Gustavo Capanema during the Getúlio Vargas government (1937-1945) on the development of Technical Vocational Education in Brazil. Contextualized in the Estado Novo period, marked by a nationalist and modernizing project, the study addresses the transformations promoted by Capanema in the educational system, focusing on the creation of the National Industrial Learning Service (SENAI) and the regulation of industrial and commercial education. The research, of an exploratory and descriptive bibliographical nature, is based on secondary sources, such as scientific articles, books and historical documents, in order to understand the impact of these reforms on the training of skilled labor and the structuring of a dualistic educational system, which separated technical-vocational education, aimed at the working classes, from secondary education, aimed at the elite. The relevance of the study lies in understanding the legacy of these reforms for Brazilian education, highlighting how they influenced subsequent educational policies and contributed to the consolidation of a model of technical education geared towards the labor demands.
Keywords
Technical vocational education. Gustavo Capanema. New State. Educational reforms.

Resumen

Este artículo tiene como objetivo analizar la influencia de las reformas educacionales implementadas por Gustavo Capanema, durante el gobierno de Getúlio Vargas (1937-1945), en el desarrollo de la Educación Técnica Profesional en Brasil. Contextualizado en el período del Estado Novo, marcado por un proyecto nacionalista y modernizador, el estudio aborda las transformaciones promovidas por Capanema en el sistema educativo, con foco en la creación del Servicio Nacional de Aprendizaje Industrial (SENAI) y la reglamentación de la enseñanza industrial y comercial. La investigación, de carácter bibliográfico exploratorio y descriptivo, se basa en fuentes secundarias, como artículos científicos, libros y documentos históricos, para comprender el impacto de estas reformas en la formación de mano de obra calificada y en la estructuración de un sistema educativo dualista, que separó la educación técnico-profesional, dirigida a las clases trabajadoras, de la educación secundaria, dirigida a la élite. La relevancia del estudio radica en comprender el legado de estas reformas para la educación brasileña, destacando cómo influenciaron las políticas educativas posteriores y contribuyeron a la consolidación de un modelo de educación técnica centrado en las demandas del mercado de trabajo.
Palavras-clave
Educación técnico vocacional. Gustavo Capanema. Nuevo Estado. Reformas educativas.

INTRODUÇÃO

A educação profissional e tecnológica no Brasil tem sido um campo de intensas transformações e debates ao longo da história, refletindo as mudanças políticas, econômicas e sociais do país. Desde o início do século XX, com a criação das Escolas de Aprendizes Artífices em 1909, até as reformas educacionais do Estado Novo (1937-1945), a formação técnica e profissional foi moldada por diferentes contextos e interesses (Ausani, 2015). A década de 1930, marcada pela ascensão de Getúlio Vargas e pela implementação de políticas centralizadoras, representou um momento crucial para a consolidação do ensino industrial no Brasil, com a criação de instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a rede de Escolas Técnicas Federais (Pedrosa; Dos Santos, 2015). 

Essas iniciativas foram impulsionadas pela necessidade de formar mão de obra qualificada para atender às demandas de um país em processo de industrialização, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil buscou reduzir sua dependência de importações e fortalecer sua base industrial (De Carvalho, 2022). No entanto, a trajetória da educação profissional no Brasil não foi linear, sendo marcada por tensões entre diferentes atores, como o Estado, os empresários industriais e os educadores. A atuação de figuras como Francisco Montojos, por exemplo, foi fundamental na constituição do novo ensino industrial, mediando interesses e promovendo a disseminação de práticas e ideias norte-americanas no país (Pedrosa; Dos Santos, 2015). 

Além disso, as reformas educacionais do período, como as Leis Orgânicas do Ensino de 1942, refletem a ideologia do Estado Novo, ao mesmo tempo em que buscavam modernizar o sistema educacional e adequá-lo às necessidades do mercado de trabalho (Pessoa; De Souza; Tavares, 2024). Essas reformas, no entanto, também reforçaram a dualidade entre o ensino propedêutico, voltado para as elites, e o ensino profissionalizante, destinado às classes menos favorecidas, perpetuando desigualdades sociais e educacionais (Ausani, 2015). A criação do Instituto Pedagógico do Ensino Industrial (IPI) em 1958, por exemplo, representou um avanço na formação de professores para a educação profissional, mas também evidenciou as limitações e desafios enfrentados por esse campo, como a falta de recursos e a desvalorização social do ensino técnico (De Carvalho, 2017). 

Apesar desses obstáculos, a educação profissional continuou a se expandir, especialmente a partir da década de 1960, com a criação dos Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs) e, mais recentemente, dos Institutos Federais, que buscavam integrar o ensino médio e superior com a formação técnica (De Carvalho, 2022). Essas instituições desempenharam um papel crucial na democratização do acesso à educação e na promoção do desenvolvimento econômico e social do país. 

Neste contexto, este artigo busca analisar as transformações e os desafios da educação profissional e tecnológica no Brasil, desde suas origens até os dias atuais, destacando os principais marcos históricos, as políticas públicas implementadas e os atores envolvidos nesse processo. Ao explorar as relações entre educação, trabalho e desenvolvimento econômico, o texto busca contribuir para o debate sobre o papel da educação profissional na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

CONTEXTO HISTÓRICO E POLÍTICO DAS REFORMAS DE CAPANEMA 

O período do Estado Novo (1937-1945) e o governo de Getúlio Vargas representaram um momento de modernização e industrialização do Brasil, marcado por profundas transformações políticas, econômicas e sociais. Vargas, que assumiu o poder após a Revolução de 1930, implantou um regime centralizador e autoritário, com o objetivo de promover o desenvolvimento nacional e reduzir a dependência do país em relação às importações (Pessoa; De Souza; Tavares, 2024). Nesse contexto, a educação profissional e tecnológica ganhou destaque como uma ferramenta estratégica para formar a mão de obra necessária ao processo de industrialização, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando o Brasil buscou fortalecer sua base industrial (De Carvalho, 2022).

A industrialização no Brasil foi impulsionada por uma série de fatores, incluindo a crise do café, a queda da Bolsa de Valores em 1929 e os efeitos da Segunda Guerra Mundial, que dificultaram a importação de bens e insumos industriais (De Carvalho, 2022). Nesse cenário, o governo Vargas adotou políticas de substituição de importações, buscando estimular a produção interna e diversificar a economia. De acordo com Pedrosa e Dos Santos (2015), a criação de instituições como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) refletiu essa estratégia, visando fortalecer setores-chave como a siderurgia e a mineração. 

Além disso, o Estado assumiu um papel central no planejamento econômico, com a criação de órgãos como o Conselho Nacional do Petróleo e a Comissão de Planejamento Econômico, que buscavam coordenar e fomentar o desenvolvimento industrial (De Carvalho, 2022). Dentro desse contexto, pesados investimentos em infraestrutura foram feitos, podendo ser mencionados a construção de usinas hidrelétricas, ferrovias e rodovias, que foram fundamentais para o desenvolvimento industrial do país (Pedrosa; Dos Santos, 2015). Essas iniciativas foram acompanhadas por uma política de proteção à indústria nacional, com a imposição de barreiras tarifárias e a concessão de incentivos fiscais para estimular a produção interna (De Carvalho, 2022).

No entanto, o processo de industrialização durante o Estado Novo também foi marcado por contradições e desigualdades. Enquanto o setor industrial crescia, especialmente no eixo Rio-São Paulo, outras regiões do país continuavam a ser negligenciadas, perpetuando as disparidades regionais (Pessoa; De Souza; Tavares, 2024). Além disso, a concentração de renda e a exploração da mão de obra operária foram problemas persistentes, que geraram conflitos sociais e greves, especialmente no final da década de 1940 (Ausani, 2015). 

Ausani (2015) afirma que a educação profissional e tecnológica foi um dos pilares dessa estratégia de modernização. Durante o Estado Novo, foram implementadas reformas educacionais que visavam adequar o sistema de ensino às demandas do mercado de trabalho, especialmente no que diz respeito à formação de técnicos e operários qualificados. A criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em 1942, por exemplo, representou um marco importante nesse processo, ao delegar aos empresários industriais a responsabilidade pela formação profissional dos trabalhadores (Pedrosa; Dos Santos, 2015). Paralelamente, a rede de Escolas Técnicas Federais foi expandida, com o objetivo de oferecer uma formação mais ampla e integrada, que combinasse conhecimentos teóricos e práticos (De Carvalho, 2017).

No entanto, a expansão da educação profissional durante o Estado Novo também refletiu as contradições e desigualdades do período. Enquanto o ensino propedêutico, voltado para as elites, continuou a ser valorizado, o ensino técnico e profissionalizante foi frequentemente associado às classes menos favorecidas, perpetuando uma visão hierárquica e excludente da educação (Pessoa; De Souza; Tavares, 2024). Essa dualidade foi reforçada pelas Leis Orgânicas do Ensino de 1942, que estabeleceram uma separação clara entre o ensino secundário, destinado à formação das elites, e o ensino profissional, voltado para a formação de trabalhadores (Ausani, 2015). 

Essa divisão refletia a ideologia do Estado Novo, que buscava manter o controle social e político, ao mesmo tempo em que promovia a modernização econômica. A atuação de figuras como Francisco Montojos foi fundamental nesse processo, mediando os interesses do Estado, dos empresários e dos educadores na constituição do novo ensino industrial (Pedrosa; Dos Santos, 2015). Montojos, que atuou no Ministério da Educação e Saúde (MES), foi um dos principais articuladores das reformas educacionais do período, defendendo a necessidade de integrar a educação profissional ao projeto de desenvolvimento nacional (De Carvalho, 2017). Sua atuação refletiu a influência das práticas e ideias norte-americanas, que foram amplamente difundidas no Brasil durante o Estado Novo, como parte de uma estratégia mais ampla de modernização e industrialização (Pedrosa; Dos Santos, 2015).

Apesar dos avanços, a educação profissional enfrentou diversos desafios durante o Estado Novo, incluindo a falta de recursos, a desvalorização social do ensino técnico e a resistência de setores da sociedade que viam com desconfiança a expansão do ensino profissionalizante (De Carvalho, 2017). Além disso, a centralização do poder e o caráter autoritário do regime limitaram a participação de outros atores, como os sindicatos e os movimentos sociais, no debate sobre as políticas educacionais (Ausani, 2015). Esses fatores contribuíram para que a educação profissional continuasse a ser vista como uma alternativa secundária, destinada às classes menos favorecidas, em detrimento do ensino propedêutico, que permaneceu como a principal via de acesso ao ensino superior e às posições de prestígio na sociedade (Pessoa; De Souza; Tavares, 2024).

Conclui-se que o período do Estado Novo e o governo de Getúlio Vargas representaram um momento de intensa modernização e industrialização no Brasil, marcado por avanços significativos na educação profissional e tecnológica, na infraestrutura e na produção industrial. No entanto, esse processo também foi marcado por contradições e desigualdades, que refletiam as limitações do modelo de desenvolvimento adotado e o caráter autoritário do regime. 

Em se tratando especificamente de Gustavo Capanema e sua atuação como Ministro da Educação e Saúde durante o governo de Getúlio Vargas (1934-1945), este desempenhou um papel fundamental na reformulação do sistema educacional brasileiro, alinhando-o aos objetivos de modernização e desenvolvimento nacional do Estado Novo. Sua gestão foi marcada por uma série de reformas que buscavam centralizar e padronizar a educação no país, com destaque para a criação das Leis Orgânicas do Ensino em 1942, que organizaram o ensino secundário, industrial, comercial e agrícola (Pessoa; De Souza; Tavares, 2024).

De acordo com Ausani (2015), Capanema entendia a educação como um instrumento essencial para a formação de cidadãos alinhados aos ideais do regime, ao mesmo tempo em que buscava preparar a mão de obra necessária para o processo de industrialização que o país vivia. Uma das principais contribuições de Capanema foi a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em 1942, que delegou aos empresários a responsabilidade pela formação profissional dos trabalhadores, em parceria com o Estado (Pedrosa; Dos Santos, 2015). 

Essa iniciativa refletia a visão de que a educação profissional deveria estar diretamente vinculada às demandas do mercado de trabalho, especialmente em um contexto de expansão industrial. Além disso, Capanema promoveu a expansão da rede de Escolas Técnicas Federais, que ofereciam uma formação mais ampla e integrada, combinando conhecimentos teóricos e práticos (De Carvalho, 2017). Essas medidas foram fundamentais para consolidar a educação profissional como um pilar do projeto de desenvolvimento nacional do Estado Novo.

No entanto, as reformas de Capanema também reforçaram a dualidade do sistema educacional brasileiro, ao separar claramente o ensino propedêutico, destinado às elites, do ensino profissionalizante, voltado para as classes menos favorecidas (Ausani, 2015). Essa divisão refletia a ideologia do regime, que buscava manter o controle social e político, ao mesmo tempo em que promovia a modernização econômica. O ensino secundário, por exemplo, foi reorganizado em dois ciclos – ginasial e colegial –, com um currículo fortemente influenciado pelo humanismo clássico, visando formar as elites dirigentes do país (Pessoa; De Souza; Tavares, 2024). 

Já o ensino técnico e profissionalizante foi direcionado para a formação de trabalhadores, com um foco mais pragmático e voltado para as necessidades imediatas do mercado. Capanema também foi responsável por promover a valorização da cultura e das artes como parte do projeto educacional do Estado Novo. Durante sua gestão, foram criadas instituições como o Instituto Nacional do Livro e o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), (De Carvalho, 2017). Além disso, Capanema incentivou a participação de artistas e intelectuais em projetos educacionais, como a construção do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, que se tornou um marco da arquitetura modernista no Brasil (Pedrosa; Dos Santos, 2015). 

Importante destacar, que a pressão por uma reforma educacional que atendesse às demandas do mercado de trabalho industrial foi intensa, impulsionada pelo processo de industrialização e urbanização que o país vivia. A crise do café, a queda da Bolsa de Valores em 1929 e os efeitos da Segunda Guerra Mundial dificultam as importações, levando o governo a adotar políticas de substituição de importações e a buscar fortalecer a base industrial nacional (De Carvalho, 2022). Nesse contexto, a formação de mão de obra qualificada tornou-se uma prioridade, especialmente para setores como a siderurgia, a mecânica e a eletrotécnica, que exigiam trabalhadores com conhecimentos específicos (Pedrosa; Dos Santos, 2015). 

A educação profissional e tecnológica passou a ser vista como um instrumento estratégico para atender a essas demandas, levando à criação de instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a expansão da rede de Escolas Técnicas Federais (Pessoa; De Souza; Tavares, 2024). Capanema entendia que a educação deveria ser um pilar do projeto de desenvolvimento nacional, capaz de formar tanto cidadãos alinhados aos ideais do Estado Novo quanto trabalhadores qualificados para a indústria (Ausani, 2015). Para isso, ele promoveu a integração entre o Estado, os empresários e os educadores, mediando interesses e buscando soluções que atendessem às necessidades do setor.

No entanto, as reformas de Capanema também refletiram as contradições e desigualdades do período. Enquanto o ensino profissionalizante foi expandido para atender às demandas do mercado de trabalho, o ensino propedêutico continuou a ser valorizado como a principal via de acesso ao ensino superior e às posições de prestígio na sociedade (De Carvalho, 2017). Apesar desses desafios, a atuação de Capanema foi fundamental para consolidar a educação profissional como um componente essencial do projeto de desenvolvimento nacional, preparando o Brasil para os desafios da industrialização e da modernização econômica (Pedrosa; Dos Santos, 2015).

AS PRINCIPAIS REFORMAS NO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE 

As reformas promovidas por Gustavo Capanema durante sua gestão como Ministro da Educação e Saúde (1934-1945) tiveram um impacto profundo no ensino técnico-profissionalizante no Brasil, alinhando-o às demandas de um país em processo de industrialização. Capanema, sob o governo de Getúlio Vargas, implementou uma série de medidas que visavam modernizar o sistema educacional, com foco na formação de mão de obra qualificada para atender às necessidades do mercado de trabalho industrial. Uma das principais iniciativas foi a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em 1942, por meio do Decreto-lei nº 4.048, que delegou aos empresários a responsabilidade pela formação profissional dos trabalhadores, em parceria com o Estado (Andrade et al., 2022). 

Andrade et al. (2022) ressaltam que o SENAI representou um marco na educação profissional, ao oferecer cursos de aprendizagem industrial que preparavam os jovens para atuar diretamente nas fábricas, contribuindo para o aumento da produtividade e a modernização da indústria nacional. Além do SENAI, Capanema promoveu a reformulação do ensino industrial por meio do Decreto-lei nº 4.073, também de 1942, que estabeleceu a Lei Orgânica do Ensino Industrial. Essa reforma organizou o ensino técnico em dois ciclos: o primeiro ciclo, composto por cursos básicos, de mestria, artesanal e de aprendizagem, e o segundo ciclo, que incluía cursos técnicos e pedagógicos. 

De acordo com Iwasse, Araújo e Ribeiro (2022), o objetivo era formar não apenas operários, mas também técnicos e professores capacitados para atuar no ensino industrial, garantindo uma formação mais ampla e integrada. Essa estrutura permitiu que o ensino técnico se tornasse uma alternativa viável para os jovens que buscavam ingressar no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que atendia às demandas das indústrias por profissionais qualificados. Outra reforma significativa foi a reorganização do ensino secundário, por meio do Decreto-lei nº 4.244 de 1942, que dividiu o ensino em dois ciclos: o ginasial, com quatro anos de duração, e o colegial, com três anos, como ilustra a Figura 1. 

Figura 1 – Sistema de Educação da Reforma Capanema

Fonte: Pessoa, De Souza e Tavares (2024)

O ensino secundário manteve um caráter propedêutico, voltado para a formação das elites e o acesso ao ensino superior, enquanto o ensino técnico-profissionalizante foi direcionado às classes populares, reforçando a dualidade do sistema educacional brasileiro. Essa separação refletia a ideologia do Estado Novo, que buscava manter o controle social e político, ao mesmo tempo em que promovia a modernização econômica. A reforma do ensino comercial, por meio do Decreto-lei nº 6.141 de 1943, também foi uma das principais iniciativas de Capanema (Moura, 2012).

O ensino comercial foi dividido em dois ciclos: o primeiro ciclo, com cursos básicos de quatro anos, e o segundo ciclo, com cursos técnicos de três anos, como contabilidade, administração e secretariado (Andrade et al., 2022). Essa reforma visava formar profissionais capacitados para atuar no comércio e na administração, setores que também demandam mão de obra qualificada em um contexto de crescimento econômico e urbanização. Capanema também promoveu a criação de instituições que buscavam integrar a educação técnica com as demandas do mercado de trabalho. 

A Escola Técnica Nacional (ETN), por exemplo, desempenhou um papel central na formação de professores e técnicos para o ensino industrial. A ETN, que mais tarde se tornou o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, foi um exemplo de como o ensino técnico poderia ser articulado com as necessidades das indústrias, oferecendo cursos que combinavam teoria e prática. A escola também foi um espaço de circulação de ideias pedagógicas, como o método Training Within Industry (TWI), que visava melhorar a eficiência e a produtividade dos trabalhadores (Moura, 2012).

A gestão de Capanema também foi marcada pela introdução de métodos pedagógicos modernos, como a psicologia aplicada ao ensino industrial. A Comissão Brasileiro-Americana de Educação Industrial (CBAI), criada em 1942, foi responsável por traduzir e disseminar obras que abordavam a psicologia do trabalho e métodos de ensino voltados para a formação profissional (Moura, 2012). Essas iniciativas refletiam a preocupação em formar não apenas técnicos, mas também cidadãos disciplinados e adaptados às demandas do mercado de trabalho.

Além disso, Capanema buscou integrar a educação técnica com a cultura e as artes, como parte de um projeto mais amplo de construção da identidade nacional. A construção do edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde, projetado por Oscar Niemeyer e decorado por artistas como Cândido Portinari, simbolizava a modernização do país e a valorização da cultura nacional (Moura, 2012). Essa integração entre educação, cultura e desenvolvimento econômico foi uma característica marcante da gestão de Capanema, que via a educação como um instrumento essencial para a formação de cidadãos alinhados aos ideais do Estado Novo.

No entanto, as reformas de Capanema também foram criticadas por reforçar a dualidade do sistema educacional, ao separar o ensino propedêutico, destinado às elites, do ensino técnico-profissionalizante, voltado para as classes populares. Essa divisão perpetua desigualdades sociais e educacionais, ao mesmo tempo em que atendia às demandas do mercado de trabalho (Iwasse; Araújo; Ribeiro, 2022). Apesar dessas críticas, as reformas de Capanema representaram um avanço significativo na educação profissional no Brasil, preparando o país para os desafios da industrialização e da modernização econômica. Conclui-se que as reformas promovidas por Gustavo Capanema no ensino técnico-profissionalizante foram fundamentais para a modernização do sistema educacional brasileiro, alinhando-o às demandas de um país em processo de industrialização. 

IMPACTO DAS REFORMAS NA SOCIEDADE E NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

As reformas educacionais promovidas durante a Era Vargas, especialmente sob a gestão de Gustavo Capanema, tiveram um impacto significativo na sociedade e na educação brasileira, refletindo as transformações políticas, econômicas e sociais do período. A criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em 1942, por exemplo, foi uma resposta direta às demandas do mercado de trabalho industrial, que exigia mão de obra qualificada para impulsionar o processo de industrialização (Andrade et al., 2022). 

Andrade et al. (2022) ressaltam que o SENAI não apenas formou milhares de operários e técnicos, mas também contribuiu para a modernização das indústrias, aumentando a produtividade e a competitividade do setor industrial brasileiro. Essa iniciativa ajudou a reduzir a dependência de importações e a fortalecer a base industrial do país, em um contexto marcado pela Segunda Guerra Mundial e pela crise do café. A reforma do ensino industrial, por meio do Decreto-lei nº 4.073 de 1942, também teve um impacto profundo na sociedade, ao oferecer uma alternativa educacional para os jovens das classes populares. 

Ao dividir o ensino técnico em dois ciclos – básico e avançado –, a reforma permitiu que os alunos adquirissem habilidades específicas para atuar em setores como metalurgia, mecânica, eletrotécnica e construção civil (Moura, 2021). Essa formação técnica não apenas preparou os jovens para o mercado de trabalho, mas também lhes proporcionou uma oportunidade de ascensão social, ao oferecer uma qualificação profissional que antes era restrita a poucos. No entanto, essa expansão do ensino técnico também reforçou a dualidade do sistema educacional, ao separar o ensino propedêutico, destinado às elites, do ensino profissionalizante, voltado para as classes menos favorecidas (Iwasse; Araújo; Ribeiro, 2022).

A reorganização do ensino secundário, por meio do Decreto-lei nº 4.244 de 1942, também refletiu as contradições da Era Vargas. Ao dividir o ensino em ciclos ginasial e colegial, a reforma manteve o caráter elitista do ensino secundário, que continuou a ser a principal via de acesso ao ensino superior (Tabela 1) (Andrade et al., 2022). Enquanto isso, o ensino técnico-profissionalizante foi direcionado para as classes populares, perpetuando uma visão hierárquica e excludente da educação. 

Tabela 1 – Distribuição do tempo dos trabalhos escolares no Ensino Secundário – Curso Ginasial

Fonte: Pessoa, De Souza e Tavares (2024)

Essa dualidade reforçou as desigualdades sociais, ao mesmo tempo em que atendia às demandas do mercado de trabalho por mão de obra qualificada. Apesar disso, a expansão do ensino técnico representou um avanço importante, ao oferecer uma alternativa educacional para os jovens que não tinham acesso ao ensino propedêutico (Moura, 2012). Andrade et al. (2022) acreditam que a reforma do ensino comercial, por meio do Decreto-lei nº 6.141 de 1943, também teve um impacto significativo na sociedade, ao formar profissionais capacitados para atuar no comércio e na administração. 

Essa reforma atendeu às demandas de um setor que também estava em expansão, em um contexto de crescimento econômico e urbanização. A formação de contadores, administradores e secretários contribuiu para a modernização do setor comercial, ao mesmo tempo em que ofereceu oportunidades de emprego para os jovens das classes populares. No entanto, assim como no ensino industrial, a reforma do ensino comercial também reforçou a dualidade do sistema educacional, ao separar o ensino propedêutico do ensino profissionalizante (Andrade et al., 2021). 

De acordo com Moura (2021), a criação da Escola Técnica Nacional (ETN) e sua transformação em Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca foi outro marco importante das reformas de Capanema. A ETN desempenhou um papel central na formação de professores e técnicos para o ensino industrial, oferecendo cursos que combinavam teoria e prática. No entanto, as reformas de Capanema também foram marcadas por contradições e desigualdades. A dualidade do sistema educacional, que separava o ensino propedêutico do ensino técnico-profissionalizante, refletia a ideologia do Estado Novo, que buscava manter o controle social e político, ao mesmo tempo em que promovia a modernização econômica (Iwasse; Araújo; Ribeiro, 2022). 

Iwasse, Araújo e Ribeiro (2022) acreditam que essa separação perpetuou as desigualdades sociais, ao oferecer uma educação de qualidade para as elites e uma formação técnica para as classes populares. Apesar disso, as reformas de Capanema representaram um avanço importante na educação profissional no Brasil, preparando o país para os desafios da industrialização e da modernização econômica. As reformas de Capanema também tiveram um impacto significativo na formação de professores e técnicos para o ensino industrial. A Comissão Brasileiro-Americana de Educação Industrial (CBAI), criada em 1942, foi responsável por traduzir e disseminar obras que abordavam a psicologia do trabalho e métodos de ensino voltados para a formação profissional (Moura, 2012). 

Essas iniciativas refletiam a preocupação em formar não apenas técnicos, mas também cidadãos disciplinados e adaptados às demandas do mercado de trabalho. A formação de professores capacitados para o ensino técnico foi fundamental para a modernização do sistema educacional brasileiro, ao mesmo tempo em que atendeu às demandas das indústrias por profissionais qualificados (Moura, 2012). Em síntese, as reformas educacionais promovidas durante a Era Vargas tiveram um impacto profundo na sociedade e na educação brasileira, refletindo as transformações políticas, econômicas e sociais do período. A criação do SENAI, a reorganização do ensino industrial e comercial, e a integração entre educação, cultura e desenvolvimento econômico foram marcos importantes dessa gestão. 

LEGADO E REPERCUSSÕES DAS REFORMAS DE CAPANEMA

As reformas educacionais promovidas por Gustavo Capanema durante o governo de Getúlio Vargas, especialmente no período do Estado Novo (1937-1945), deixaram um legado significativo para a educação brasileira, com repercussões que se estendem até os dias atuais. Capanema, como Ministro da Educação e Saúde Pública, foi responsável por uma série de mudanças estruturais que visavam modernizar e centralizar o sistema educacional brasileiro, alinhando-o aos objetivos de desenvolvimento econômico e social do país. Entre as principais reformas, destacam-se a criação das Leis Orgânicas do Ensino, que organizaram o ensino secundário, industrial e comercial, e a instituição do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) em 1942 (Ausani, 2015; Pedrosa e Dos Santos, 2015).

Uma das principais contribuições de Capanema foi a estruturação do ensino secundário em dois ciclos: o ginasial, com quatro anos, e o colegial, com três anos. Essa divisão buscava preparar os estudantes para o ensino superior, reforçando a ideia de que a educação secundária deveria formar as elites dirigentes do país. No entanto, essa reforma também perpetuou a dualidade educacional, separando o ensino propedêutico, destinado às elites, do ensino técnico-profissional, voltado para as classes trabalhadoras. Essa divisão ainda reflete na educação brasileira atual, onde persiste uma hierarquização entre o ensino acadêmico e o profissionalizante (Pessoa, De Souza e Tavares, 2024).

Além disso, as reformas de Capanema reforçaram a separação de gêneros na educação, com normas específicas para o ensino secundário feminino que priorizavam a formação das mulheres para o lar e a maternidade. Embora essa segregação tenha sido gradualmente reduzida, as desigualdades de gênero na educação ainda são um desafio no Brasil, onde as mulheres continuam enfrentando barreiras no acesso a carreiras científicas e tecnológicas (Pessoa, De Souza e Tavares, 2024).

A criação do SENAI, por sua vez, representou um avanço na formação de mão de obra qualificada para a indústria, atendendo às demandas do processo de industrialização que o Brasil vivia na época, vindo a se tornar um modelo de educação profissional, com forte influência dos métodos norte-americanos, e continua sendo uma referência no ensino técnico até hoje (De Carvalho, 2017; Pedrosa e Dos Santos, 2015). Outro aspecto importante das reformas de Capanema foi a centralização do sistema educacional, com a criação de diretrizes nacionais que buscavam uniformizar o ensino em todo o país. 

Essa centralização permitiu maior controle do Estado sobre a educação, mas também limitou a autonomia dos estados e municípios, criando uma dependência do governo federal que persiste até hoje. Apesar dos esforços para reduzir as desigualdades regionais, o acesso à educação de qualidade continuou sendo um desafio, especialmente nas áreas rurais e entre as populações mais pobres (Ausani, 2015; Pessoa, De Souza e Tavares, 2024). Suas reformas também trouxeram avanços na profissionalização dos docentes e na estruturação curricular, com a introdução de exames nacionais e a padronização dos conteúdos. 

No entanto, a ênfase no ensino humanista e clássico no nível secundário acabou por reforçar uma visão elitista da educação, onde o acesso ao ensino superior continuou sendo restrito a uma minoria. Essa visão ainda influencia o sistema educacional brasileiro, onde o ensino médio é frequentemente visto como uma etapa preparatória para o vestibular, em detrimento de uma formação mais ampla e inclusiva (De Carvalho, 2022; Pessoa, De Souza e Tavares, 2024).

Apesar dos avanços, as reformas de Capanema também foram marcadas por críticas, especialmente no que diz respeito à exclusão social e à falta de investimento em educação pública. A expansão das escolas públicas foi insuficiente para atender à demanda crescente, e o ensino secundário continuou sendo um privilégio das elites urbanas. Essa realidade ainda persiste no Brasil atual, onde a educação pública enfrenta desafios como a falta de recursos, a má qualidade do ensino e a evasão escolar, especialmente entre os jovens de baixa renda (Ausani, 2015; De Carvalho, 2017).

No contexto atual, o legado das reformas de Capanema pode ser visto tanto nos avanços quanto nos desafios que a educação brasileira enfrenta. Por um lado, a estruturação do ensino técnico-profissional e a criação de instituições como o SENAI contribuíram para a formação de mão de obra qualificada e para o desenvolvimento econômico do país. Por outro lado, a dualidade educacional e a centralização do sistema perpetuam desigualdades sociais e regionais que ainda precisam ser superadas (De Carvalho, 2022; Pedrosa e Dos Santos, 2015).

Em resumo, as reformas de Gustavo Capanema tiveram um impacto profundo e duradouro na educação brasileira, moldando o sistema educacional de forma a atender às demandas do desenvolvimento econômico e social do país. O legado de Capanema serve como um ponto de partida para reflexões sobre como superar esses desafios e construir um sistema educacional que atenda às necessidades de todos os brasileiros.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise das reformas educacionais promovidas por Gustavo Capanema durante a Era Vargas, com foco no ensino técnico-profissionalizante, permitiu compreender o impacto dessas mudanças na sociedade e na educação brasileira, tanto no contexto histórico quanto em suas repercussões atuais. O objetivo central deste artigo foi examinar como as reformas de Capanema, marcadas pela criação do SENAI, a reorganização do ensino industrial e comercial, e a integração entre educação, cultura e desenvolvimento econômico, moldaram o sistema educacional brasileiro e influenciaram o processo de industrialização do país. Além disso, buscou-se refletir sobre o legado dessas reformas e suas implicações para a educação contemporânea, considerando os desafios e avanços que persistem até os dias atuais.

Os resultados da pesquisa demonstraram que as reformas de Capanema foram fundamentais para a modernização do sistema educacional brasileiro, alinhando-o às demandas de um país em processo de industrialização. A criação do SENAI e a estruturação do ensino técnico-profissionalizante representaram avanços significativos, ao oferecer uma alternativa educacional para os jovens das classes populares e atender às necessidades do mercado de trabalho por mão de obra qualificada. 

A relevância desta pesquisa reside na compreensão de como as reformas educacionais da Era Vargas continuam a influenciar nosso sistema de ensino. O legado de Capanema, marcado pela criação de instituições como o SENAI e a Escola Técnica Nacional, e pela integração entre educação, cultura e desenvolvimento econômico, permanece como uma referência importante para a educação profissional e tecnológica no Brasil. No entanto, a dualidade do sistema educacional, que separa o ensino propedêutico do ensino técnico, ainda é um desafio a ser superado, especialmente em um contexto de transformações tecnológicas e demandas por uma formação mais integrada e inclusiva.

A pesquisa contribui para o debate sobre a educação no Brasil, ao oferecer uma análise histórica que conecta o passado ao presente, e ao reforçar a importância de políticas educacionais que promovam a equidade e a qualidade para todos. Em um momento em que a educação técnica e profissional ganha cada vez mais relevância, compreender as raízes históricas desse sistema é essencial para construir um futuro mais justo e inclusivo.

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A influência das reformas de Gustavo Capanema no ensino técnico profissionalizante no Brasil

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