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Resumo
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa aborda que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade(TDAH) afeta uma significativa parcela da população escolar. No mundo a prevalência do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade(TDAH) varia, com estimativas indicando que entre 5% e 8% da população mundial é afetada por esse transtorno. Estudos indicam que a prevalência do TDAH aumentou ao longo dos anos. Por exemplo, entre 1997 e 1998, a prevalência era de 6,1%, subindo para 10,2% entre 2015 e 2016.
É importante notar que a prevalência pode variar dependendo dos critérios diagnósticos utilizados e da conscientização sobre o transtorno em diferentes regiões.
Além disso, fatores culturais e sociais podem influenciar na identificação e no diagnóstico do TDAH.
Pessoas com TDAH podem ter desafios diários, tanto para si mesmos quanto para os educadores, como também para seus próprios colegas de sala. Este transtorno se caracteriza por sintomas como desatenção, impulsividade e hiperatividade, que podem interferir no desempenho acadêmico e nas interações sociais do aluno.
A compreensão do TDAH e a implementação de práticas pedagógicas adequadas são essenciais para promover um ambiente de aprendizagem inclusivo e eficaz no dia-a-dia desses alunos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A compreensão adequada do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade(TDAH) e suas implicações no ambiente escolar é fundamental para o desenvolvimento de estratégias pedagógicas eficazes.
O TDAH é um transtorno neurobiológico caracterizado por um padrão persistente de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que afeta significativamente o desempenho acadêmico, o comportamento e as relações sociais dos indivíduos(American Psychiatric Association, 2013).
De acordo com o modelo da Organização Mundial da Saúde(2019), o TDAH é um dos transtornos mais comuns na infância, afetando aproximadamente 5% da população mundial.
Russell A. Barkley(2006) enfatiza que: “O TDAH é um transtorno neurobiológico que afeta as funções executivas do cérebro, impactando a capacidade de organização, planejamento, controle de impulsos e regulação emocional”.
O diagnóstico do TDAH é clínico e envolve a observação dos sintomas característicos de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que devem estar presentes por pelo menos seis meses e causarem prejuízos significativos nas atividades diárias do indivíduo(American Psychiatric Association, 2013). A classificação do TDAH se divide em três tipos:
Esses sintomas podem variar em intensidade e em sua manifestação, tornando essencial uma abordagem individualizada no contexto escolar.
Thomas E. Brown(2005)“O TDAH não é simplesmente uma questão de distração. Trata-se de uma falha nas habilidades cognitivas que são necessárias para controlar a atenção e o comportamento”.
O TDAH pode impactar negativamente o desempenho acadêmico de várias maneiras, dentro e fora de sala de aula. A desatenção dificulta a absorção de informações, a organização de tarefas e a realização de atividades de longo prazo(Barkley, 2006).
Além disso, a impulsividade e a hiperatividade podem prejudicar a capacidade de seguir instruções, manter a calma durante atividades prolongadas e interagir de forma positiva com colegas e professores.
DuPaul, G. J. & Stoner, G.(2014) salienta que: “Alunos com TDAH frequentemente enfrentam dificuldades acadêmicas significativas, não por falta de capacidade, mas devido à sua incapacidade de sustentar a atenção nas tarefas por períodos prolongados”.
Pesquisas indicam que alunos com TDAH frequentemente apresentam dificuldades em áreas como leitura, matemática e escrita(DuPaul & Stoner, 2014).
Além disso, podem experimentar frustração e baixa autoestima devido às dificuldades enfrentadas, o que, por sua vez, pode afetar seu engajamento com a aprendizagem e o seu comportamento social.
A literatura sobre intervenções pedagógicas para alunos com TDAH sugere que a adaptação do ambiente escolar e o uso de estratégias específicas são fundamentais para o sucesso educacional desses alunos. Uma abordagem eficaz deve ser personalizada, levando em consideração as necessidades individuais de cada aluno e promovendo práticas inclusivas. Algumas estratégias que têm se mostrado eficazes incluem:
Barkley, R. A.(2015) enfatiza que: “As intervenções eficazes para alunos com TDAH devem ser multifacetadas, incluindo modificações comportamentais, ajustes no currículo e, quando necessário, o suporte farmacológico”.
Santos, A. L.(2019) ressalta que: “O apoio contínuo, tanto da família quanto da escola, é essencial para que os alunos com TDAH se sintam valorizados e capazes de superar as dificuldades impostas pelo transtorno”.
O envolvimento da família e o trabalho em parceria com os profissionais de saúde são elementos-chave no sucesso do aluno com TDAH. A colaboração entre escola e família permite a troca de informações importantes sobre o comportamento e as necessidades do aluno, além de facilitar a implementação de estratégias consistentes tanto no ambiente escolar quanto no domiciliar.
Além disso, os profissionais de saúde, como psicólogos e psiquiatras, podem fornecer suporte adicional na gestão do TDAH, oferecendo orientações específicas sobre o tratamento farmacológico e terapias complementares(Parker et al., 2009).
Henderson, A. & Fagan, T.(2017) diz que “A consistência nas intervenções e a criação de um ambiente estruturado são fundamentais para o sucesso de um aluno com TDAH, tanto em casa quanto na escola”.
Porém apesar das estratégias conhecidas, o atendimento eficaz aos alunos com TDAH enfrenta desafios, incluindo a falta de formação específica para os educadores e a resistência à adoção de métodos diferenciados.
Além disso, a sobrecarga de trabalho dos professores e a falta de recursos materiais e humanos em muitas escolas tornam a implementação de estratégias pedagógicas adequadas um desafio constante(Baker et al., 2013).
A abordagem pedagógica para alunos com TDAH deve ser baseada em uma compreensão profunda do transtorno e das suas manifestações, considerando as necessidades específicas de cada aluno. A adaptação do currículo, a gestão de sala e a colaboração entre a escola, a família e os profissionais de saúde são aspectos cruciais para garantir o sucesso desses alunos no ambiente escolar.
Contudo, é necessário superar desafios relacionados à formação docente e ao suporte institucional para que essas estratégias sejam aplicadas de maneira eficaz.
OBJETIVO GERAL
Investigar e discutir as estratégias pedagógicas eficazes para o atendimento de alunos com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em sala de aula, visando a promoção de um ambiente de aprendizagem inclusivo e adaptado às necessidades desses alunos, com foco em adaptações curriculares, gestão de comportamento e colaboração escola-família.
E com isso orientar a prática pedagógica fornecendo meios para que educadores possam lidar com as particularidades do TDAH no contexto escolar, promovendo o desenvolvimento acadêmico e social dos alunos afetados por esse transtorno.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
METODOLOGIA
Para esta pesquisa bibliográfica, houveram diferentes leituras de inúmeros autores que defendem que para que o aluno com TDAH seja incluído em sala de aula e realmente tenha uma aprendizagem significativa algumas práticas pedagógicas sejam observadas, percebendo-se que algumas destas incluem:
A organização do ambiente escolar:
Métodos de ensino adaptados (instruções objetivas e divididas):
Intervenções comportamentais e socioemocionais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dessa pesquisa podemos perceber que trabalhar com alunos com TDAH exige uma abordagem multidisciplinar, que inclua um olhar diferenciado do professor, adaptações curriculares, uma gestão eficaz das atividades e da sala de aula, bem como a colaboração com as famílias, equipe pedagógica e profissionais de saúde.
Com o apoio adequado, esses alunos podem superar desafios diários tanto na aprendizagem como em suas interações socioemocionais e alcançar todo seu potencial acadêmico e social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARKLEY, R. A. (2015). ADHD and the Nature of Self-Control. Guilford Press.
BARKLEY, R. A. (2006). Attention-Deficit Hyperactivity Disorder: A Handbook for Diagnosis and Treatment (3rd ed.). Guilford Press.
BROWN, T. E. (2005). Attention Deficit Disorder: The Unfocused Mind in Children and Adults (2nd ed.). Yale University Press.
DUPAUL, G. J., & Stoner, G. (2014). ADHD in the Schools: Assessment and Intervention Strategies (3rd ed.). The Guilford Press.
HENDERSON, A., & Fagan, T. (2017). Effective Strategies for Teaching Students with ADHD. Springer.
LOBO, L. M., & Silva, M. A. (2020). “O impacto do TDAH no desempenho escolar: estratégias de intervenção.”
OLIVEIRA, J. R., & Pereira, F. (2018). “A importância da adaptação curricular no atendimento a alunos com TDAH.”
SANTOS, A. L. (2019). “Gestão de sala de aula para alunos com TDAH: estratégias eficazes.”
SANTOS, A. L. (2019). Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Um Estudo sobre o Atendimento Escolar. Editora Universitária.
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