Educação digital crítica: Formar para libertar na era da cibercultura

CRITICAL DIGITAL EDUCATION: EDUCATING FOR LIBERATION IN THE AGE OF CYBERCULTURE

EDUCACIÓN DIGITAL CRÍTICA: FORMAR PARA LIBERAR EN LA ERA DE LA CIBERCULTURA

Autor

Magno Carlos Gomes Mendonça

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/4BDE1F

DOI

Mendonça, Magno Carlos Gomes . Educação digital crítica: Formar para libertar na era da cibercultura. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Este artigo analisa criticamente a inserção pedagógica das tecnologias digitais no contexto da Educação Básica, com foco em uma investigação realizada na Escola Abel Coelho, localizada na cidade de Mossoró/RN. A pesquisa, de abordagem qualitativa, buscou compreender os limites e as potencialidades do uso das tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem, com base na percepção dos docentes. As análises foram organizadas em três categorias: cultura digital e cibercultura na educação, desafios da formação docente para o uso pedagógico das tecnologias e competências digitais de professores e estudantes. Os resultados revelam lacunas significativas na formação continuada dos docentes, limitações estruturais e a necessidade de uma abordagem crítica e reflexiva sobre o uso das tecnologias no ambiente escolar. À luz dos referenciais teóricos de Freire, Bauman e autores contemporâneos da área da Educação e das tecnologias, o estudo defende a construção de uma educação digital crítica, capaz de promover a emancipação dos sujeitos e a construção coletiva do conhecimento, por meio da integração consciente, ética e significativa das tecnologias digitais à prática pedagógica.
Palavras-chave
: Educação digital crítica. Tecnologias digitais. Formação docente. Cibercultura. Emancipação.

Summary

This article critically examines the pedagogical integration of digital technologies in Basic Education, based on a case study conducted at Colégio Líbia, located in Mossoró, Brazil. This qualitative research aimed to understand the limits and potential of using digital technologies in the teaching and learning process from the perspective of teachers. The analysis was structured around three categories: digital culture and cyberculture in education, challenges in teacher training for digital technology use, and the digital competencies of teachers and students. The findings reveal significant gaps in ongoing teacher education, structural limitations, and the need for a critical and reflective approach to technology use in schools. Grounded in the theoretical frameworks of Freire, Bauman, and contemporary educational technology scholars, the study advocates for the construction of a critical digital education capable of promoting the emancipation of subjects and the collective construction of knowledge through the conscious, ethical, and meaningful integration of digital technologies into pedagogical practice.
Keywords
Critical digital education. Digital technologies. Teacher training. Cyberculture. Emancipation.

Resumen

Este artículo examina críticamente la integración pedagógica de las tecnologías digitales en la Educación Básica, a partir de un estudio de caso realizado en el Colegio Líbia, ubicado en la ciudad de Mossoró, Brasil. La investigación, de enfoque cualitativo, buscó comprender los límites y potencialidades del uso de las tecnologías digitales en el proceso de enseñanza-aprendizaje desde la perspectiva de los docentes. El análisis se organizó en tres categorías: cultura digital y cibercultura en la educación, desafíos de la formación docente para el uso de tecnologías digitales y competencias digitales de docentes y estudiantes. Los resultados revelan lagunas significativas en la formación continua del profesorado, limitaciones estructurales y la necesidad de un enfoque crítico y reflexivo sobre el uso de la tecnología en el entorno escolar. A la luz de los marcos teóricos de Freire, Bauman y autores contemporáneos en el campo de la educación y las tecnologías, el estudio aboga por la construcción de una educación digital crítica, capaz de promover la emancipación de los sujetos y la construcción colectiva del conocimiento mediante la integración consciente, ética y significativa de las tecnologías digitales en la práctica pedagógica.
Palavras-clave
Educación digital crítica. Tecnologías digitales. Formación docente. Cibercultura. Emancipación.

TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

A presença da cultura digital tem se intensificado nos ambientes escolares, tendo sidos altamente impulsionados após o cenário pandêmico ocasionado pela Covid-19, que impactou profundamente os sistemas educacionais em escala global. De acordo com Santos, Souza e Santo (2020), a transição forçada das atividades presenciais para o ensino remoto estimulou a incorporação das ferramentas digitais ao cotidiano escolar, evidenciando a necessidade de adaptação curricular frente às novas demandas tecnológicas.

Nesse contexto, os professores foram desafiados a rever suas metodologias de ensino, de modo a compreender as dinâmicas da cultura digital e integrá-las aos processos educativos. Para Nonato, Sales e Cavalcante (2021), a cultura digital refere-se a um conjunto de práticas, valores e formas de interação que emergiram a partir da difusão massiva das tecnologias digitais no cotidiano social, no âmbito educacional, essa cultura representa uma mudança profunda na forma como escolas e demais instituições lidam com os desafios e oportunidades do mundo digital.

Historicamente, a escola sempre refletiu os recursos tecnológicos da sua época, se consolidando como uma instituição essencialmente analógica. Contudo, na contemporaneidade, vivemos em um cenário caracterizado pela “modernidade líquida”, conceito de Bauman (2001), onde os sujeitos, desde a infância, estão imersos em ambientes mediados digitalmente, conforme observa Serres (2015). Diante dessa realidade, o uso das tecnologias digitais no espaço escolar tem sido promovido como uma estratégia para estimular a participação discente, ampliar o acesso ao conhecimento e fomentar práticas pedagógicas colaborativas.

Entretanto, se torna imprescindível atentar para os riscos de uma utilização descontextualizada e acrítica desses recursos. Conforme advertido por Varela (2019), o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode prejudicar a concentração dos alunos, limitar as interações presenciais e comprometer o desenvolvimento de competências essenciais, como o pensamento crítico e a capacidade de resolver problemas complexos.

Nesse sentido, se torna essencial adotar uma perspectiva crítica e reflexiva quanto ao uso das tecnologias digitais no processo educativo, reconhecendo tanto suas potencialidades quanto suas limitações, além de considerar os aspectos éticos, culturais e sociais que permeiam sua aplicação. A educação não pode ser reduzida a uma lógica instrumental, mas deve possibilitar a formação de sujeitos críticos, conscientes e preparados para interagir de forma ética e transformadora com o mundo que os cerca.

Diante disso, este artigo propõe uma análise dos desafios e das oportunidades relacionados à utilização crítica e reflexiva das tecnologias digitais no ambiente escolar, contribuindo para a consolidação de práticas pedagógicas híbridas e contextualizadas, a proposta é de enfatizar a importância de uma abordagem consciente por parte dos educadores, frente às exigências e possibilidades da cultura digital no cenário educacional atual.

METODOLOGIA 

A presente investigação configura-se como uma pesquisa de natureza exploratório-descritiva, com enfoque qualitativo, fundamentada nos princípios da etnopesquisa, abordagem que valoriza a interação entre os sujeitos sociais envolvidos, conforme os pressupostos de Macedo (2010). Para a coleta de dados, adotou-se a observação participante, realizada por meio de duas rodas de conversa, inseridas na lógica da pesquisa como acontecimento, conforme proposto por Macedo (2016).

No que diz respeito à metodologia das rodas de conversa, Moura e Lima (2014) destacam que esse formato remete à ideia de diálogos informais, quase sempre associados a relações de proximidade e afetividade, frequentemente negligenciadas no contexto educacional formal. Entretanto, trata-se de uma prática dialógica singular, que valoriza a escuta ativa e a fala compartilhada, promovendo um espaço democrático de trocas entre múltiplos interlocutores.

A pesquisa de campo, foi executada entre os meses de fevereiro e março de 2025, com a colaboração de 07 (sete) docentes da Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho, instituição pública da rede estadual de ensino situada no município de Mossoró, no Estado do Rio Grande do Norte. A análise dos dados foi orientada pela técnica de análise de conteúdo, conforme sistematizada por Bardin (2016), com apoio do software Atlas.ti, uma ferramenta especializada na análise qualitativa assistida por computador. Esse procedimento analítico possibilitou a identificação de categorias temáticas, padrões recorrentes e elementos críticos referentes ao uso das tecnologias digitais na atuação docente. A partir dessa abordagem reflexiva, tornou-se possível aprofundar a compreensão sobre os impactos, desafios e potencialidades que o uso consciente das tecnologias digitais pode oferecer ao processo de ensino-aprendizagem.

O USO PEDAGÓGICO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS

O uso pedagógico das tecnologias digitais em contextos educativos tem se mostrado um grande desafio para muitos professores, em tempos de cultura digital, é cada vez mais necessário que os docentes desenvolvam competências digitais, ou seja, habilidades para usar as tecnologias de forma estratégica, crítica e significativa no processo de ensino e aprendizagem (Silva; Almeida, 2022).

Utilizar as tecnologias de forma crítica vai além do simples uso técnico, significa pensar no seu impacto dentro e fora da sala de aula, considerando aspectos sociais, éticos e culturais. Isso envolve refletir sobre quando, como e por que usar determinada tecnologia, sempre com um objetivo pedagógico claro (Nonato; Sales; Cavalcante, 2021). A proposta é que tanto professores quanto alunos sejam capazes de avaliar as ferramentas digitais disponíveis e escolher aquelas que melhor se adequam ao contexto educacional, aos objetivos de aprendizagem e às características dos estudantes.

De acordo com o autor Serres (2015), a juventude atual vive imersa no mundo digital, tendo o smartphone como principal ferramenta de comunicação e aprendizado, o autor chama essa geração de “polegarzinhas/os”, fazendo referência ao uso constante dos polegares para manusear dispositivos móveis. Esses jovens vivem em um ambiente em que a tecnologia é uma extensão natural de suas vidas, influenciando a forma como se comunicam, aprendem e se relacionam (Santos, 2019). 

Sobre o tema, Sales e Albuquerque (2020) também reforçam que os estudantes de hoje constroem seu conhecimento em constante interação com as tecnologias digitais e por isso, a escola precisa acompanhar essa realidade e incorporar o uso crítico dessas ferramentas ao seu processo pedagógico, isso significa promover práticas de ensino híbridas, nas quais o ambiente físico se integra com o virtual, ampliando as possibilidades de aprendizado (Bonilla; Oliveira, 2011; Lemos, 2003).

Contudo, muitas escolas ainda enfrentam dificuldades de infraestrutura para implementar essas mudanças, mas mesmo assim, é fundamental que os projetos pedagógicos valorizem as tecnologias como recursos para melhorar a aprendizagem e estimulem a formação digital dos professores, para que eles não utilizem esses recursos apenas de forma técnica ou mecânica, mas com intencionalidade e consciência pedagógica (Brito, 2006; Bonilla, 2010; Lavinas; Veiga, 2013; Pesce, 2013).

Oura questão polêmica ao abordar esse tema é quanto ao uso do celular em sala de aula, por exemplo, pode ser prejudicial se for feito sem planejamento, quando utilizado apenas como entretenimento ou sem conexão com os objetivos da aula, pode desviar a atenção dos estudantes, mas no entanto, se for integrado ao conteúdo e às estratégias de ensino, pode se tornar uma ferramenta poderosa.

Com base nessa perspectiva, é preciso reconhecer que a cultura digital exige uma nova postura das instituições escolares, como afirmam Santo, Lima e Borges (2023), a educação híbrida rompe com os limites físicos da sala de aula e permite a interação entre professores e alunos por meio de múltiplas interfaces digitais, tornando o aprendizado mais dinâmico, colaborativo e conectado com a realidade dos estudantes.

Durante o período da pandemia da Covid-19, escolas e professores tiveram que adotar rapidamente o ensino remoto emergencial, apesar das dificuldades enfrentadas, esse momento foi também um marco na utilização das tecnologias digitais na educação. Como apontam Galvão e Saviani (2021), a pandemia expôs a precarização do trabalho docente, mas também impulsionou o uso das tecnologias como forma de manter os vínculos escolares em meio ao distanciamento social.

Os autores Nolasco-Silva e Lo Bianco (2020, p. 13) afirmam que, diante da crise, “o trágico fez-se ímpeto para buscar alternativas”. Nesse cenário, surgiram novas ferramentas e possibilidades de uso das tecnologias digitais, inclusive com o fortalecimento das chamadas inteligências artificiais generativas e essas tecnologias, impulsionadas por grandes investimentos das Big Techs, tornaram-se cada vez mais presentes na vida cotidiana e no contexto educacional.

Aprofundando a discurssão, Boratto (2023, p. 22) define a Inteligência Artificial (IA) como a capacidade de fazer com que as máquinas desempenhem tarefas que exigem raciocínio e aprendizado, de forma semelhante ao ser humano. Diante disso, o grande desafio atual é identificar como as IA generativas podem ser utilizadas de forma pedagógica, contribuindo com o processo de ensino-aprendizagem, e não apenas sendo vistas como ameaça ou substituição do trabalho docente.

Muito antes de toda essa evolução tecnológica, Freire (1995) já alertava que a tecnologia, incluindo os computadores, poderia ampliar o pensamento crítico e criativo dos estudantes, desde que fosse usada com propósito educativo. Segundo o autor, tudo depende de quem usa, para quê e em benefício de quem e essa visão continua atual e se aplica perfeitamente ao debate sobre o uso das novas tecnologias na educação.

Assim, é importante compreender que a IA generativa é uma criação humana, desenvolvida com a intenção de melhorar a vida em sociedade e cabe aos educadores orientar o seu uso de maneira consciente e pedagógica. Como destacam Carvalho e Pimentel (2023), ao pensar com a tecnologia, e não no lugar dela, a escola tem a chance de transformar o processo educativo em algo mais personalizado, criativo e inovador.

Portanto, a integração das tecnologias digitais, inclusive da inteligência artificial, deve estar a serviço de uma educação crítica, inclusiva e democrática. É papel dos professores liderar esse movimento de transformação, garantindo que a tecnologia esteja a favor da aprendizagem e do desenvolvimento dos estudantes, e não o contrário.

ANÁLISE DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA PANDEMIA

A pandemia de Covid-19 impôs desafios profundos e inéditos ao sistema educacional, exigindo respostas rápidas e adaptativas das instituições de ensino. A Escola Abel Coelho, assim como diversas outras escolas públicas do país, enfrentou esse cenário desafiador, o  contexto pandêmico expôs fragilidades já existentes no sistema educacional brasileiro, que foram intensificadas pela crise sanitária.

No início da pandemia, Nolasco-Silva e Lo Bianco (2020, p. 11) refletiram sobre o momento ao afirmar que “vivemos num tempo de negação da ciência, de luta contra a Educação, de universidades tornadas inimigas da sociedade, da diferença que tentam a qualquer custo eliminar”. Essa constatação reflete o clima de instabilidade e incerteza que impactou diretamente a gestão e a organização do ensino.

A migração abrupta para o ensino remoto emergencial revelou a urgência de uma infraestrutura tecnológica acessível a todos os atores envolvidos no processo educativo, nesse cenário, muitos estudantes da Escola Abel Coelho encontraram barreiras significativas no acesso a dispositivos e conexão à internet, o que comprometeu sua participação efetiva nas atividades escolares.

Além da infraestrutura, a adaptação pedagógica dos professores às tecnologias digitais apresentou-se como um desafio considerável, pois muitos docentes não estavam preparados para a nova realidade de ensino, o que afetou a qualidade das aulas. A formação continuada tornou-se, então, fundamental, conforme foi relatado pelo Participante 6, “não houve nenhum tipo de curso preparatório para os docentes, então a gente foi aprendendo muito tateando”, acrescentando que “não foi pensado na questão de apoio financeiro/ econômico nem para os professores, nem para os estudantes”.

Esses desafios revelaram não apenas dificuldades técnicas, mas também questões relacionadas à saúde emocional e às condições de trabalho dos professores, a precarização das relações laborais foi uma realidade constatada. Sobre isso, Galvão e Saviani (2021) apontam que o ensino remoto, embora necessário, acentuou o desafio do trabalho docente, impondo sobrecarga e exigindo disponibilidade constante, sem o devido respaldo institucional, essa situação foi vivenciada na Escola Abel Coelho, onde uma professora precisou ser afastada por adoecimento psicológico, decorrente do estresse vivido naquele período.

Os professores, de maneira geral, transformaram suas residências em ambientes de trabalho improvisados. O Participante 7 relatou:

O meu computador quebrou durante a pandemia, eu tive que comprar outro computador. Um computador estava custando os olhos da cara por conta da questão da pandemia, todo mundo precisava comprar, então foi aquele desespero. Durante o período que eu precisei comprar eu tive que pedir um computador emprestado, que não era um computador 100%, mas que foi o que eu utilizei para fazer essas aulas […] O governo determinou: nós vamos voltar às aulas, e como é que nós vamos fazer isso? Pouco se importou, o professor é que vai fazer.

 

Apesar das adversidades, os educadores buscaram alternativas para manter o vínculo com os estudantes, valorizando a solidariedade e o trabalho coletivo. Os próprios professores pesquisados promoveram ações de busca ativa, incentivaram a participação das famílias e disponibilizaram materiais impressos aos alunos sem acesso à internet. Como destacou o Participante 1:

 

No período pandêmico fizemos um plano de ação, em que as ações de busca ativa foram determinantes para conseguir manter o estudante no ensino remoto. Buscamos formas de atender os estudantes que possuíam dispositivos digitais com acesso à internet e os que não possuíam, disponibilizando material impresso na escola. Foram feitos plantões pedagógicos online com os estudantes.

 

Conforme analisado por Freitas e Andrade (2023), a pandemia forçou a reinvenção do processo educacional, estimulando o uso de metodologias alternativas e a reconfiguração do papel do professor como mediador tecnológico e emocional. Em meio ao caos, surgiram iniciativas criativas que desafiaram a rigidez institucional, favorecendo o surgimento de práticas pedagógicas mais flexíveis e sensíveis ao contexto social dos alunos.

Entretanto, muitos estudantes não conseguiram permanecer vinculados à escola. As desigualdades sociais tornaram-se ainda mais visíveis, principalmente entre os alunos da zona rural, como é o caso de um alto número de alunos na Escola Abel Coelho, que muitas vezes precisaram deixar os estudos para ajudar em atividades agrícolas, já que essas atividades ocorrem ao ar livre e eram permitidas mesmo durante as restrições. Num período de muitas incertezas e dificuldades financeiras, a necessidade de garantir a subsistência das famílias falou mais alto do que a continuidade dos estudos.

A pandemia também reforçou a importância de integrar as tecnologias digitais ao cotidiano escolar, não como um recurso emergencial, mas como uma ferramenta pedagógica estruturante. Essa transição exigiu dos docentes um esforço contínuo de formação e adaptação. Segundo Silva e Barreto (2022), a capacitação tecnológica deve ser vista como um processo formativo permanente, integrado à prática pedagógica cotidiana.

Conforme ainda destacou o Participante 3, a experiência com o ensino remoto revelou a urgência de refletir criticamente sobre o uso das tecnologias:

Fomos forçados a utilizar os recursos, seja ele tecnológico ou não. Você não tem outra alternativa a não ser aprender e todo aprendizado, na minha opinião, é bem-vindo, porém nós precisamos focar na maneira que essa tecnologia está sendo empregada na educação, porque senão, fica algo sem sentido.

Portanto, a experiência vivida pela Escola Estadual Professor Abel Freire Coelho durante a pandemia revela que, embora as tecnologias digitais possam ser aliadas importantes no processo de ensino-aprendizagem, sua utilização deve estar acompanhada de planejamento, formação adequada e políticas públicas que assegurem o direito à educação com equidade.

ANÁLISE DA CONECTIVIDADE E LIMITAÇÕES

O acesso a dispositivos com conexão à internet tornou-se um fator determinante na educação contemporânea, pois a utilização de recursos digitais, tanto online quanto offline, é fundamental para a aprendizagem colaborativa em rede. No entanto, esse processo vem acompanhado de desafios e considerações importantes, a questão do acesso à internet nas escolas é crucial e não se trata apenas de disponibilizar infraestrutura, mas também de garantir que ela seja confiável e abrangente, alcançando todos os espaços da instituição. A falta de conectividade em algumas áreas escolares pode gerar disparidades entre os alunos, comprometendo o acesso igualitário aos recursos e às oportunidades educacionais.

No contexto brasileiro, os dados da pesquisa TIC Domicílios 2022, do Comitê Gestor da Internet (CGI, 2022), indicam que naquele ano a internet estava presente em 78% dos domicílios do país. Na região Nordeste, esse número era inferior, com 72% dos domicílios possuindo acesso à rede, seja via cabo ou móvel. No caso específico da Escola Abel Coelho, o acesso a dispositivos conectados à internet é uma realidade ausente para a maioria dos professores e estudantes e essa falta de estrutura representa um desafio significativo, especialmente para o desenvolvimento de práticas híbridas de ensino. 

A disparidade na disponibilidade de recursos digitais contribui para a ampliação de lacunas educacionais, impactando negativamente o desenvolvimento acadêmico dos estudantes. Apesar desse cenário, o Participante 5 relatou que “a escola não tem uma internet adequada, a escola não tem computador, nem uma sala equipada para que a gente possa utilizar essas tecnologias digitais com os alunos”.

Diante disso, é imperativo que sejam implementadas medidas na escola para garantir que todos os alunos tenham igualdade de acesso e oportunidade para aproveitar plenamente os benefícios das tecnologias digitais no processo pedagógico. Isso pode envolver iniciativas como programas de aquisição de dispositivos (notebooks, tablets), parcerias com organizações que forneçam acesso à internet, além do desenvolvimento de conteúdos educacionais acessíveis também em modo offline.

Nessa direção, o Participante 2 destacou: “A escola não é pensada em um formato que favoreça o digital. Não temos tomadas, integração na sala de aula com Wi-Fi/internet, algo que facilite o uso do digital. A gente não tem uma tela de projeção, a que temos é daquela de armar, necessitando colocar o pedestal, não está pronta na sala.” 

Durante a pesquisa, constatou-se que os chromebooks disponíveis para acesso dos alunos na escola eram utilizados prioritariamente pelas turmas do 3º ano do ensino médio, enquanto as demais séries permaneciam sem acesso aos equipamentos, o que reforça a necessidade de expansão da rede, de aquisição de mais dispositivos e de adaptações na estrutura arquitetônica da instituição.

Nessa perspectiva, convém ressaltar, conforme proposto por Lemos (2003), que a inclusão digital dos estudantes não deve se limitar à oferta de condições materiais para o acesso às tecnologias. Para uma inclusão digital efetiva e significativa, é necessário promover processos cognitivos críticos. Isso implica não apenas fornecer dispositivos e conexão à internet, mas também desenvolver habilidades de pensamento crítico, avaliação de informações online e consciência sobre as implicações sociais e éticas do uso da tecnologia.

De modo semelhante, Bonilla e Oliveira (2011, p. 36) destacam que as ações de inclusão digital devem potencializar “interações e possibilidades dos próprios sujeitos se engajarem nas atuais dinâmicas sociotécnicas de forma ativa, participativa, propositiva e construtora de novas realidades sociais”. Ao adotar essa abordagem, as iniciativas de inclusão digital contribuem para a formação de cidadãos críticos e conscientes, capazes de utilizar a tecnologia de maneira significativa e de participar ativamente da construção de uma sociedade digital mais equitativa e inclusiva.

ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS DIGITAIS 

A inserção pedagógica das tecnologias digitais na educação tem se consolidado como uma temática central nas últimas décadas, evidenciando a necessidade urgente de formação adequada para potencializar os processos educativos e enriquecer a aprendizagem dos estudantes, como destacam Dias-Trindade e Santo (2021). Nesse contexto, o Abel Coelho se configura como um espaço que revela a urgência do aprimoramento das competências digitais tanto por parte dos professores quanto dos alunos. Observa-se que os estudantes, em sua maioria, utilizam as tecnologias digitais principalmente como forma de entretenimento, com ênfase em redes sociais e plataformas de jogos online. 

Paralelamente, os docentes enfrentam dificuldades em integrar pedagogicamente essas tecnologias, muitas vezes por não dominarem metodologias que favoreçam essa mediação. Nesse sentido, a Participante 4 afirmou: “Eu sou muito leiga nessa questão de uso das Tecnologias Digitais na sala de aula”, demonstrando disposição para aprender sobre o tema. Ela também mencionou que “o acesso à internet tem os prós e os contras, porque quando há a possibilidade da gente realizar trabalho de pesquisa na sala, a fim de produzir atividades pedagógicas, como exemplo, podcast ou algo do tipo”, a utilização das tecnologias digitais se torna interessante. Contudo, ela ressalta que os estudantes demonstram imaturidade quanto ao uso pedagógico dessas ferramentas. Em suas palavras:

 

Os alunos se aproveitam muito disso, deixam de estudar para estar usando TikTok, olhando esses vídeos, jogando […] Pelo menos hoje tenho observado que eles são viciados no jogo em sala de aula (jogos online)[…] É necessário mesmo, tanto para o uso do celular, como para o uso da internet de modo consciente.

 

Por sua vez, o Participante 1 destacou que, apesar dos desafios, “as tecnologias digitais se fazem necessárias, pois vão colaborar de alguma maneira para o trabalho pedagógico, mas precisa de uso consciente no ambiente escolar para que possa ser positivo e alcançar os objetivos propostos”.

Alguns autores como Dias-Trindade e Santo (2021) destacam que a prática docente na contemporaneidade, atravessada pela modernidade líquida, exige dos educadores um contínuo desenvolvimento de competências que abranjam não apenas o domínio crítico e reflexivo dos conteúdos curriculares, mas também a integração entre saberes pedagógicos e tecnológicos. Assim, para além das condições socioeconômicas e políticas que permeiam o processo de ensino-aprendizagem, é essencial que os conteúdos curriculares sejam trabalhados com o suporte de técnicas e estratégias didáticas que incorporem o uso consciente e reflexivo das tecnologias digitais emergentes.

Na Escoa Abel Coelho, embora haja incentivo para que os docentes aprimorem suas competências digitais, não existem programas sistemáticos de formação continuada que articulem criticamente o uso das tecnologias ao planejamento curricular. A ausência desses processos formativos limita a construção de um ambiente dinâmico de aprendizagem, no qual a tecnologia seja incorporada de maneira orgânica e significativa, ampliando as possibilidades de interação e de construção do conhecimento.

De uma forma semelhante, os alunos da instituição ainda não são suficientemente incentivados a adotar uma postura protagonista no uso das tecnologias digitais para fortalecer seu próprio processo de aprendizagem. Essa limitação está associada tanto à carência de práticas pedagógicas mediadas por tecnologia quanto à falta de estrutura física e organizacional da escola, que não favorece a integração das tecnologias ao currículo escolar e essa integração é fundamental não apenas para estimular a criatividade dos estudantes, mas também para promover a aprendizagem colaborativa e crítica.

Desse modo, a efetiva integração das tecnologias digitais no contexto educacional no Abel Coelho requer uma abordagem ampla, que contemple a formação continuada dos professores, a incorporação das tecnologias ao planejamento curricular, a disponibilização de infraestrutura adequada (como internet banda larga de qualidade e dispositivos digitais) e, sobretudo, o estímulo à autonomia e ao protagonismo dos estudantes. É imprescindível promover o uso crítico e emancipador da tecnologia, em consonância com os princípios de Paulo Freire (1987), que defende uma educação voltada à formação de sujeitos conscientes de seus direitos e responsabilidades sociais.

Por fim, a promoção de um ambiente de aprendizagem dinâmico e interativo, no qual as tecnologias digitais estejam integradas de forma natural ao cotidiano escolar, possibilitará a ampliação das interações e a construção coletiva do conhecimento. Dessa forma, professores e alunos poderão explorar plenamente o potencial educativo das tecnologias, contribuindo para a formação de sujeitos ativos, críticos e criativos. Para isso, é fundamental que a Escola Abel Coelho invista em políticas institucionais que articulem infraestrutura, formação docente e ações pedagógicas inovadoras, promovendo uma cultura digital educacional que favoreça a equidade e a inclusão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No contexto pós-pandêmico, se torna evidente que a cultura digital passou a ocupar um papel central na configuração das relações sociais e educacionais, a aceleração da digitalização impôs um novo paradigma, redimensionando a relação entre sujeitos e conhecimento, diante disso, se tornou imprescindível que o uso das tecnologias digitais na educação seja orientado por uma postura crítica, reflexiva e ética. O estudo desenvolvido na Escola Abel Coelho revelou importantes limitações e potencialidades relacionadas à integração das tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem na Educação Básica. 

Em especial, foi possível identificar que a ausência de programas sistemáticos de formação continuada voltados ao uso pedagógico das tecnologias digitais constitui um dos principais entraves para sua inserção significativa no ambiente escolar. Investir na formação docente, portanto, configura-se como um passo fundamental para a construção de um espaço educativo alinhado às demandas contemporâneas. Professores qualificados e conscientes de seu papel diante da cultura digital são capazes de promover práticas pedagógicas que transcendem o uso meramente técnico das tecnologias, favorecendo a construção de saberes críticos e transformadores.

A integração efetiva das tecnologias digitais deve estar ancorada nos princípios de uma educação libertadora, conforme propõe Paulo Freire (1987), na qual o processo educativo se constitua como meio de emancipação dos sujeitos e de transformação social. A cultura digital, nesse sentido, oferece um campo fértil para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras, colaborativas e interativas, capazes de ampliar os horizontes da construção do conhecimento.

Outro fator limitante identificado refere-se à infraestrutura tecnológica. A falta de equipamentos adequados, acesso instável à internet e ausência de dispositivos atualizados comprometem significativamente o uso pedagógico das tecnologias digitais no contexto escolar. A superação dessas barreiras demanda investimentos concretos por parte das instituições e das políticas públicas, garantindo que todos os sujeitos envolvidos no processo educativo tenham acesso equitativo aos recursos tecnológicos necessários.

Importa ressaltar, contudo, que a presente pesquisa limitou-se à análise da perspectiva docente, não incorporando diretamente a visão dos estudantes, esse recorte metodológico restringe o alcance da compreensão sobre os fenômenos analisados. Assim, recomenda-se que estudos futuros contemplem a participação discente, de modo a proporcionar uma visão mais ampla, plural e representativa das dinâmicas que envolvem a integração das tecnologias digitais no cotidiano escolar.

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