Gestão da qualidade da água: Desafios e perspectivas no contexto global, brasileiro e em Uberlândia-MG

WATER QUALITY MANAGEMENT: CHALLENGES AND PERSPECTIVES IN THE GLOBAL, BRAZILIAN CONTEXT AND IN UBERLÂNDIA-MG

GESTIÓN DE LA CALIDAD DEL AGUA: DESAFÍOS Y PERSPECTIVAS EN EL CONTEXTO GLOBAL, BRASILEÑO Y EN UBERLÂNDIA-MG

Autor

Emília Rosa da Silva
ORIENTADOR
Prof. Dr. Tobias do Rosário Serrão

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/53335C

DOI

Silva, Emília Rosa da . Gestão da qualidade da água: Desafios e perspectivas no contexto global, brasileiro e em Uberlândia-MG. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

A gestão da qualidade da água é essencial para o desenvolvimento humano, especialmente diante da crescente crise hídrica global. Este estudo analisa os desafios e perspectivas da gestão da água em diferentes escalas – global, nacional, estadual (Minas Gerais) e local (Uberlândia) –, destacando exemplos de sucesso, iniciativas inovadoras e a importância de políticas públicas, tecnologias sustentáveis e governança integrada. Por meio de uma revisão bibliográfica abrangente, que inclui artigos científicos, relatórios institucionais e documentos governamentais, são mapeados obstáculos e avanços na gestão da água. Globalmente, a crise demanda políticas eficazes e inovação tecnológica, enquanto no Brasil, fatores como distribuição desigual dos recursos e impactos ambientais de setores econômicos exigem soluções regionais. Em Minas Gerais, os desastres ambientais reforçam a necessidade de medidas rigorosas, mas Uberlândia se destaca por sua gestão eficiente, infraestrutura avançada e programas inovadores, como o PREMEND. Embora haja avanços em algumas regiões, desafios como poluição e falta de saneamento básico persistem. Assim, uma gestão sustentável da água requer uma abordagem multidisciplinar, educação ambiental, pesquisa tecnológica e participação ativa da sociedade. A colaboração entre governo, instituições e comunidade é essencial para garantir o acesso seguro e equitativo à água.
Palavras-chave
Gestão da água. Qualidade da água. Sustentabilidade. Políticas públicas. Inovação tecnológica.

Summary

Water quality management is crucial for life and human development, especially in the context of the growing global water crisis. This study analyzes water quality management at different scales: global, Brazilian, state (Minas Gerais) and local (Uberlândia). The main objective is to identify the challenges and perspectives, highlighting successful examples, innovative initiatives and the importance of effective public policies, sustainable technologies and integrated governance. The methodology adopted is a comprehensive literature review, combining data from various sources, such as scientific articles, reports from institutions and government agencies. The results reveal that, despite significant advances in some regions, such as Uberlândia, which stands out for its efficient management and investments in infrastructure, challenges such as pollution, lack of basic sanitation and unequal distribution of water resources persist at global and national levels. The research concludes that sustainable water management requires a multidisciplinary and collaborative approach, involving the participation of society, the strengthening of public policies, the promotion of environmental education and investment in research and development of innovative technologies.
Keywords
Water management. Water quality. Sustainability. Public policies. Technological innovation.

Resumen

La gestión de la calidad del agua es crucial para la vida y el desarrollo humano, especialmente en el contexto de la creciente crisis mundial del agua. Este estudio analiza la gestión de la calidad del agua en diferentes escalas: global, brasileña, estatal (Minas Gerais) y local (Uberlândia). El objetivo principal es identificar desafíos y perspectivas, destacando ejemplos de éxito, iniciativas innovadoras y la importancia de políticas públicas efectivas, tecnologías sostenibles y gobernanza integrada. La metodología adoptada es una revisión bibliográfica exhaustiva, combinando datos de diversas fuentes, como artículos científicos, informes de instituciones y organismos gubernamentales. Los resultados revelan que, a pesar de avances significativos en algunas regiones, como Uberlândia, que se destaca por su gestión eficiente e inversiones en infraestructura, desafíos como la contaminación, la falta de saneamiento básico y la distribución desigual de los recursos hídricos persisten a nivel global y nacional. La investigación concluye que la gestión sostenible del agua requiere de un enfoque multidisciplinario y colaborativo, que involucre la participación de la sociedad, el fortalecimiento de las políticas públicas, la promoción de la educación ambiental y la inversión en investigación y desarrollo de tecnologías innovadoras.
Palavras-clave
Gestión del agua. Calidad del água. Sostenibilidad. Políticas públicas. Innovación tecnológica.

INTRODUÇÃO

A água é um recurso fundamental para a existência da vida na Terra, essencial para a manutenção dos ecossistemas, o desenvolvimento social e econômico das comunidades e a garantia da saúde humana. No entanto, a crescente crise hídrica global, intensificada por fatores como a urbanização desenfreada, a poluição generalizada dos corpos d’água, as mudanças climáticas e a má gestão dos recursos hídricos, tem comprometido a disponibilidade e a qualidade desse recurso vital (ONU, 2021).

A gestão da qualidade da água, nesse contexto, emerge como um desafio crucial e urgente, com impactos diretos na saúde pública, na segurança alimentar, na sustentabilidade ambiental e no bem-estar das populações. A falta de acesso à água potável, por exemplo, afeta mais de 2,2 bilhões de pessoas em todo o mundo, causando doenças, pobreza e desigualdade (ONU, 2022).

A complexidade da gestão da água se manifesta em diferentes escalas, desde o nível global, onde a crise hídrica se intensifica, até o nível local, onde as particularidades de cada região exigem soluções específicas. No Brasil, a distribuição desigual dos recursos hídricos, a pressão de atividades como a mineração e a agropecuária, e os eventos de rompimento de barragens, como os de Mariana e Brumadinho, evidenciam a necessidade de uma gestão integrada e sustentável (Silva e Oliveira, 2024). Silva (2021) afirma que fatores como a urbanização acelerada, a poluição dos corpos d’água e as mudanças climáticas agravam esse cenário, demandando uma gestão integrada e sustentável, para mitigar os impactos ambientais. Gleick (2014) ressalta que tais fatores foram determinantes na crise hídrica da Síria, evidenciando a complexidade dos desafios enfrentados. 

Os recursos hídricos incluem toda a água disponível para uso humano, bem como o seu uso na agricultura e pecuária, incluindo água doce de rios, lagos, reservatórios, e aquíferos subterrâneos, além da água salgada dos oceanos e mares (ONU 2021). Ainda de acordo com Silva (2020), no Brasil, apesar da abundância relativa de recursos hídricos, a sua distribuição desigual nas regiões do país, as atividades humanas intensivas, como a mineração e a agropecuária, apresentam crescentes desafios significativos.

Silva (2020) destaca também que em Minas Gerais, um estado conhecido por sua riqueza hídrica, problemas relacionados à contaminação de águas devido ao rompimento de barragens são emblemáticos. Exemplos trágicos incluem Mariana (2015) e Brumadinho (2019), que causaram danos irreparáveis aos ecossistemas aquáticos e à saúde humana. 

No Brasil, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), LEI Nº 9.984 – 17 de julho de 2000 é responsável por definir as políticas e normas para a gestão dos recursos hídricos, incluindo a qualidade da água. Em Minas Gerais, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), criado em 1997, desempenha papel fundamental no monitoramento e controle da qualidade e quantidade das águas superficiais e subterrâneas, desenvolvendo estratégias para a conservação e uso racional dos recursos hídricos, especialmente após os trágicos eventos de Mariana e Brumadinho. A crescente conscientização sobre a importância da água e a pressão da sociedade civil têm impulsionado a busca por soluções mais sustentáveis e eficientes, como o tratamento de efluentes, a reutilização da água e a adoção de tecnologias limpas nos processos produtivos (PNUD 2021).

No entanto, desafios como a falta de infraestrutura, a poluição industrial e a agricultura intensiva ainda persistem, exigindo esforços contínuos para garantir a qualidade e a disponibilidade desse recurso vital (FAO, 2020).

Por outro lado, iniciativas locais, como as desenvolvidas pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) em Uberlândia, destacam boas práticas na gestão da água. Fundado em 1967, o DMAE opera três estações de captação e tratamento (Capim Branco, Sucupira e Bom Jardim), que produzem até 5 mil litros de água tratada por segundo. Suas análises mensais de qualidade garantem a distribuição segura para a população local (DMAE, 2024).

Neste contexto, o objetivo principal deste estudo é analisar a gestão da qualidade da água em diversas escalas, desde o nível global até o local, com ênfase em Uberlândia, Minas Gerais. O estudo visa identificar os principais desafios, as perspectivas e os casos de sucesso, ressaltando a importância de políticas públicas eficazes, tecnologias sustentáveis e uma governança integrada para assegurar a disponibilidade e a qualidade da água para as gerações futuras.

Além disso, pretende-se especificamente verificar e destacar exemplos de boas práticas, iniciativas bem-sucedidas e desafios críticos no gerenciamento dos recursos hídricos. Por fim, avaliar a relevância de políticas públicas, tecnologias sustentáveis e governança integrada para a conservação e uso racional da água.

METODOLOGIA – UMA IMERSÃO ANALÍTICA NA GESTÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

A pesquisa em questão adota uma metodologia de revisão bibliográfica abrangente, que combina elementos descritivos e analíticos para alcançar os objetivos propostos. Essa abordagem permite a construção de um panorama completo e elucidativo sobre a gestão da qualidade da água, considerando diversas perspectivas e contextos.

A revisão bibliográfica, conforme definida por autores como Gil (2019) e Marconi e Lakatos (2011), consiste na análise sistemática de obras já publicadas, incluindo livros, artigos científicos, relatórios técnicos e documentos de órgãos governamentais e instituições de pesquisa. Essa metodologia é fundamental para a construção do conhecimento científico, pois possibilita a identificação de lacunas na literatura existente, a análise de diferentes abordagens sobre o tema e a formulação de novas hipóteses.

A utilização da revisão bibliográfica como método de pesquisa é amplamente reconhecida na academia, pois proporciona uma base sólida para a compreensão de fenômenos complexos, como a gestão da qualidade da água, e contribui para o avanço do conhecimento na área. Assim, a pesquisa se fundamenta em uma abordagem rigorosa e bem estruturada, que busca não apenas descrever, mas também analisar criticamente as informações disponíveis.

Fontes de Dados

A coleta de dados se deu por meio de uma pesquisa meticulosa em bases de dados bibliográficas de renome, como o SciELO, o Google Scholar e o Portal da Transparência. Adicionalmente, foram consultados os websites de órgãos e instituições relevantes, como a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Foram selecionados artigos científicos, relatórios técnicos, livros e documentos que abordam a temática da gestão da qualidade da água em diferentes escalas (global, nacional, estadual e local), com foco em Uberlândia, Minas Gerais. A seleção dos documentos se baseou em critérios como relevância para o tema, e a disponibilidade das fontes e abrangência da abordagem.

Análise dos Dados

A análise dos dados coletados foi realizada de forma qualitativa, buscando identificar os principais temas, desafios e tendências relacionados à gestão da qualidade da água. Os resultados foram organizados em diferentes seções, de acordo com a escala de análise (global, nacional, estadual e local), permitindo uma análise comparativa e contextualizada da problemática.

Foram considerados a evolução histórica e legal da gestão hídrica no Brasil e em outros contextos globais, bem como iniciativas de sucesso, como o projeto NEWater de Singapura e a recuperação do Rio Pinheiros em São Paulo. A análise comparativa entre diferentes escalas e contextos permitiu identificar os desafios comuns e específicos da gestão da qualidade da água, bem como os exemplos de boas práticas e as iniciativas bem-sucedidas.

Instrumentos de Análise

O Índice de Qualidade das Águas (IQA) foi utilizado como principal indicador para avaliar a qualidade da água em diferentes contextos, permitindo a comparação entre diferentes realidades e a identificação de áreas críticas. Serão analisados os parâmetros que compõem o IQA, como temperatura, pH, oxigênio dissolvido, resíduo total, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo total e turbidez

Sabe-se que O Índice de Qualidade das Águas (IQA) é um indicador que avalia a qualidade da água que será abastecida ao público. Ele é o principal indicador qualitativo do Brasil.  Assim, se utilizou o IQA como principal indicador para subsidiar as discussões sobre a avaliação da qualidade da água em diferentes contextos, permitindo a comparação entre diferentes realidades e a identificação de áreas críticas.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

QUALIDADE DA ÁGUA

A qualidade da água refere-se às suas características físicas, químicas e biológicas, que determinam sua adequação para diferentes finalidades, como consumo humano, recreação, agricultura e processos industriais. Esse aspecto é fundamental para a saúde humana e ambiental, pois abrange um conjunto de propriedades que garantem a segurança e a eficácia do uso da água em diversas atividades (APHA, 2017).

No Brasil, a Portaria GM/MS nº 888, um marco regulatório fundamental, estabelece os procedimentos e o controle de qualidade da água para consumo humano, bem como os padrões de potabilidade que devem ser rigorosamente seguidos em todo o território nacional.

Esta portaria, que representa um avanço significativo na garantia da saúde pública, teve sua origem em discussões e estudos aprofundados sobre os riscos à saúde associados à água contaminada. A Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, desempenha um papel crucial na definição de diretrizes e parâmetros para a qualidade da água potável, com base em evidências científicas e análises de risco. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar a qualidade da água, publicada em 2021, a Portaria GM/MS nº 888 atualiza e consolida as normas anteriores, incorporando avanços técnicos e científicos na área de vigilância da qualidade da água.

Os parâmetros de qualidade da água estabelecidos na Portaria GM/MS nº 888 abrangem uma ampla gama de características, incluindo:

  • Características físicas: cor, turbidez, temperatura e odor.
  • Características químicas: pH, cloro residual, presença de metais pesados e concentração de outras substâncias químicas.
  • Características biológicas: presença de coliformes totais e Escherichia coli, bem como outros microrganismos patogênicos.

O Índice de Qualidade das Águas (IQA), por sua vez, é um indicador essencial utilizado em todo o país para avaliar a qualidade da água para abastecimento da população, após o tratamento convencional. Ele é calculado com base em nove parâmetros distintos, que abrangem tanto características físicas e químicas quanto biológicas da água. Os parâmetros utilizados no cálculo do IQA são:

  • Temperatura da água: A temperatura ideal da água para consumo humano deve estar entre 15°C e 25°C.
  • pH: O pH ideal da água para consumo humano deve estar entre 6,0 e 8,5.
  • Oxigênio dissolvido: A água deve conter, no mínimo, 5 mg/L de oxigênio dissolvido para garantir a saúde humana e a vida aquática.
  • Resíduo total: O nível de resíduo total na água deve ser o mais baixo possível, idealmente inferior a 500 mg/L.
  • Demanda bioquímica de oxigênio (DBO): A DBO, que indica a quantidade de matéria orgânica presente na água, deve ser inferior a 5 mg/L.
  • Coliformes termotolerantes: A presença de coliformes termotolerantes na água indica contaminação fecal, sendo o ideal a ausência total (0 NMP/100 mL).
  • Nitrogênio total: O nitrogênio total na água deve ser inferior a 1 mg/L.
  • Fósforo total: O fósforo total na água deve ser inferior a 0,1 mg/L.
  • Turbidez: A turbidez da água, que indica a presença de partículas em suspensão, deve ser inferior a 5 NTU (Unidades Nefelométricas de Turbidez).

É importante ressaltar que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), autarquia federal responsável pela gestão dos recursos hídricos no Brasil, realiza o monitoramento constante das águas superficiais e subterrâneas em todo o país. Esse monitoramento é feito com base em dados fornecidos por órgãos estaduais gestores de recursos hídricos, que atuam em nível regional.

A compreensão da qualidade da água, seus parâmetros e indicadores, como o IQA, é de suma importância para a gestão eficiente dos recursos hídricos. A revisão bibliográfica abrangente sobre o tema permite:

  • Conhecer os padrões de qualidade da água: As normas e legislações estabelecidas, como a Portaria GM/MS nº 888, fornecem um guia claro para garantir que a água seja segura para consumo humano e outros usos.
  • Avaliar a qualidade da água em diferentes contextos: Através da análise de parâmetros como o IQA, é possível comparar a qualidade da água em diferentes regiões e identificar áreas que necessitam de maior atenção.
  • Monitorar a evolução da qualidade da água ao longo do tempo: O acompanhamento regular dos parâmetros de qualidade da água permite identificar tendências, avaliar o impacto de atividades humanas e implementar medidas preventivas e corretivas.
  • Desenvolver estudos e pesquisas sobre a gestão da água: A revisão bibliográfica fornece o conhecimento necessário para aprofundar a pesquisa sobre a gestão da água, seus desafios e oportunidades.
  • Implementar práticas sustentáveis na gestão da água: Com base no conhecimento adquirido, é possível desenvolver e implementar práticas mais eficientes e sustentáveis na gestão dos recursos hídricos, visando à preservação da qualidade da água e à garantia do acesso à água potável para todos.

A SITUAÇÃO DA ÁGUA NO MUNDO

Sabe-se que a água é um recurso essencial para a vida, mas sua distribuição e disponibilidade são extremamente desiguais ao redor do mundo.

Estima-se que 97,5% da água existente no planeta seja salgada e, portanto, inadequada para consumo direto ou irrigação. Dos 2,5% de água doce, a maior parte (69%) está aprisionada em geleiras e calotas polares, principalmente na região da Antártida e Groenlândia, 30% são águas subterrâneas,  que estão distribuídas em aquíferos localizados em diversas partes do mundo, como o Aquífero Guarani na América do Sul e o Aquífero de Ogallala nos Estados Unidos. e apenas 1% está disponível em rios e lagos para uso humano direto, com grandes concentrações em bacias hidrográficas como a Amazônica na América do Sul e a do Congo na África (ANA, 2024).

Globalmente, a água enfrenta desafios significativos, incluindo escassez, poluição e desigualdade no acesso. A escassez hídrica é particularmente grave em regiões como o Oriente Médio, onde décadas de má gestão, crescimento populacional e aumento das temperaturas têm degradado os recursos hídricos limitados. A previsão é que, até 2050, todos os países do Oriente Médio e Norte da África vivam sob extrema escassez hídrica (WORLD BANK, 2018).

EXEMPLOS DE SUCESSO E FRACASSO NA GESTÃO DA ÁGUA

África: A África enfrenta desafios significativos em relação à gestão da água, incluindo escassez, poluição e conflitos pelo acesso aos recursos hídricos (UNICEF, 2024).

Em regiões como a África Subsaariana, apesar das melhorias nos últimos anos,  dados mostram que em 2020 cerca de 418 milhões de pessoas ainda não têm acesso a serviços básicos de água potável e 779 milhões carecem de saneamento básico (UNICEF, 2021). A gestão inadequada e a falta de infraestrutura são problemas persistentes. No entanto, iniciativas como a cooperação regional para a gestão do Rio Nilo mostram esforços para melhorar a situação (FNU, 2024).

Dinamarca: A Dinamarca é um exemplo de sucesso na gestão da água.

O país implementou políticas rigorosas de conservação e tratamento de água, resultando em perdas na distribuição de apenas 6% (UNICEF, 2024).

A abordagem dinamarquesa inclui a reutilização de águas residuais e a promoção de tecnologias de eficiência hídrica (FNU, 2024). 

Além disso, a Dinamarca reduziu o consumo per capita de água em 35% nos últimos 20 anos, graças a reformas no setor e à implementação do “preço cheio da água” (Agência Brasil, 2024).

Índia: A Índia enfrenta grandes desafios na gestão da água, exemplificados pela poluição do Rio Ganges. Apesar de vários programas de despoluição, o rio continua altamente poluído devido ao despejo de esgoto não tratado e resíduos industriais. A poluição do Ganges representa um risco significativo para a saúde pública e o meio ambiente, afetando milhões de pessoas que dependem do rio para suas necessidades diárias (Gupta, 2024).

Singapura: Singapura é um exemplo de gestão avançada da água, com um sistema de reutilização de água altamente eficiente. O país utiliza tecnologias de ponta para tratar e reutilizar águas residuais, transformando-as em água potável. Esse sistema, conhecido como NEWater, é uma das principais fontes de água do país e demonstra como a inovação tecnológica pode contribuir para a sustentabilidade hídrica (PUB, 2024).

SITUAÇÃO DA ÁGUA NO BRASIL

O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos, detendo aproximadamente 12% da água doce superficial disponível no planeta. No entanto, há distribuição geográfica desigual e temos como exemplo, a região Norte que concentra quase 70% dos recursos hídricos disponíveis no Brasil e é a região que se concentra a menor densidade demográfica de 4,12 habitantes para cada quilômetro quadrado e os impactos de atividades como mineração e agropecuária representam desafios complexos (Jornal da USP, 2024). 

Em 2022, a retirada total de água estimada no Brasil foi de 2.035,2 m 3/s, com os principais usos sendo a irrigação (50,5%), o abastecimento urbano (23,9%) e a indústria (9,4%) (ANA, 2024).

Exemplos de Boas Práticas

  • Projeto de Recuperação do Rio Pinheiros: Em São Paulo, o projeto de recuperação do Rio Pinheiros é um exemplo relevante de despoluição em larga escala. A iniciativa visa melhorar a qualidade da água do rio, reduzir a poluição e revitalizar áreas urbanas adjacentes (ANA, 2024).
  • Rio Jundiaí: Outro caso emblemático é a recuperação do Rio Jundiaí, que teve suas águas reclassificadas de impróprias para boas após parcerias público-privadas (ANA, 2024).

SITUAÇÃO DA ÁGUA EM MINAS GERAIS

Minas Gerais enfrenta desafios relacionados à qualidade da água e à regularização dos usos dos recursos hídricos. A mineração, uma atividade econômica importante no estado, gera impactos significativos na qualidade das águas, afetando ecossistemas aquáticos e a saúde humana (FNU, 2024). O rompimento de barragens em Mariana (2015) e Brumadinho (2019) já mencionados, são exemplos trágicos desses impactos (FNU, 2024).

Medidas de Mitigação

  • Revitalização da Bacia do Rio das Velhas: Entre as iniciativas positivas, destaca-se a revitalização da Bacia do Rio das Velhas, tendo início em 2003 reduzindo a poluição e promovendo a educação ambiental nas comunidades locais (FNU, 2024).
  • Sistema de Monitoramento em Tempo Real: Minas Gerais também foi pioneiro na implementação de um sistema de monitoramento em tempo real da oferta e demanda de água, o MIRA – Monitoramento Remoto Integrado das Águas, permitindo uma gestão mais eficiente e a prevenção de crises hídricas (UNICEF, 2024). A bacia do Rio São Francisco é uma das 36 circunscrições hidrográficas de Minas Gerais monitoradas por telemetria. (IGAM 2023).

A SITUAÇÃO DA ÁGUA EM UBERLÂNDIA

Uberlândia, situado na região do Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais, é um exemplo de gestão eficiente da água, sendo referência nacional no ranking do Instituto Trata Brasil, é uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, formada por empresas com interesse nos avanços do saneamento. Uberlândia está entre as 10 melhores cidades do país e é a primeira de Minas Gerais por mais de 15 anos consecutivos, desde a divulgação em 2009. (PREFEITURA DE UBERLÂNDIA, 2024)

O município é atendido pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), criado em 1967, responsável em garantir o abastecimento de água potável para toda a população e de um alto índice de cobertura de esgotamento sanitário (INSTITUTO ÁGUA E SANEAMENTO, 2024). Investimentos em infraestrutura e políticas de conscientização como veiculação de comerciais na mídia, bem como postagens nas redes sociais e ações de educação ambiental nas escolas, são algumas das ações que o DMAE realiza com o objetivo de sensibilizar o maior número de pessoas para o uso racional da água, recomendando ações como não lavar calçada com mangueira, reutilizar a água da máquina de lavar roupa para limpar o chão, consertar vazamentos e não deixar a torneira pingando têm sido fundamentais para manter a segurança hídrica, mesmo durante períodos de estiagem prolongada superior a dois meses, como ocorreu em maio a julho de 2020 e nos mesmos meses no ano de 2021. (PREFEITURA DE UBERLÂNDIA, 2024).

Uberlândia possui três estações de tratamento de água (Capim Branco, Sucupira e Bom Jardim), que juntas garantem a captação e produção de até 5 mil litros de água tratada por segundo (PREFEITURA DE UBERLÂNDIA, 2024). 

O Rio Uberabinha, principal manancial, é monitorado para atender aos padrões de potabilidade exigidos pela legislação (DMAE, 2023). Programas como o “Projeto Escola Água Cidadã” e investimentos em novas estações de tratamento mostram o compromisso do município com a sustentabilidade hídrica (PREFEITURA DE UBERLÂNDIA, 2024).

EM UBERLÂNDIA: O PROGRAMA PREMEND

A gestão da qualidade da água residuária em Uberlândia é realizada por meio do Programa de Recebimento e Monitoramento de Efluentes Não Domésticos (PREMEND). 

Instituído pelo Decreto Municipal nº 13.481, de 22 de junho de 2012, o PREMEND é destinado a regularizar o lançamento de efluentes não domésticos na rede pública de esgoto, garantindo que esses efluentes atendam aos padrões estabelecidos para evitar danos ao sistema de esgotamento sanitário e ao meio ambiente (Prefeitura de Uberlândia, 2023).

O PREMEND visa monitorar e controlar os efluentes líquidos gerados por atividades comerciais e industriais, assegurando que esses efluentes passem por um tratamento prévio antes de serem lançados na rede pública. O programa exige que os usuários especiais, definidos como aqueles que geram efluentes não domésticos, assinem um Contrato de Recebimento de Efluentes Não Domésticos (CREND) e submetam seus efluentes a análises periódicas, bimestrais para os fatores de poluição maiores que 1,2 e semestrais para os fatores de poluição iguais ou menores que 1,2. (Prefeitura de Uberlândia, 2023).

DESAFIOS E GANHOS DO PREMEND

A implementação do PREMEND enfrenta desafios como a necessidade de adequação das empresas aos padrões exigidos de acordo com o Decreto 13.481 de 22 de junho de 2012 e a fiscalização contínua por parte do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE). No entanto, os ganhos são significativos: a redução da carga poluidora nos corpos d’água (60 % de redução de Demanda Bioquímica de Oxigênio – Resolução CONAMA nº 430/2011, para efluentes com vazão superior a 200 metros cúbicos por dia, por exemplo), bem como a preservação da Estação de Tratamento de Esgoto Uberabinha e a melhoria da qualidade ambiental no município (Prefeitura de Uberlândia, 2023).

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA

Para garantir que a água seja segura e saudável são avaliados diversos parâmetros, tendo como um dos principais protocolos, o Protocolo de Monitoramento de Qualidade da Água da OMS, que fornece orientações sobre as coletas de amostras, análise de parâmetros físicos, químicos e biológicos, e interpretação dos resultados (OMS, 2023).

Parâmetros físicos: como temperatura, cor, turbidez e odor.

Parâmetros químicos: como pH, níveis de oxigênio dissolvido, presença de metais pesados (como chumbo e mercúrio), e concentração de nutrientes (como nitrogênio e fósforo).

Parâmetros biológicos: como a presença de bactérias, vírus e outros microrganismos.

A gestão eficaz da qualidade da água requer monitoramento contínuo, implementação de tecnologias de tratamento e políticas rigorosas para prevenir a contaminação.

IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO CONTÍNUO

O monitoramento contínuo da qualidade da água é crucial para detectar mudanças nos parâmetros que possam indicar contaminação ou degradação ambiental. Tecnologias modernas, como sensores em tempo real e sistemas de informação geográfica (SIG), permitem a coleta e análise de dados de forma mais eficiente e precisa fornecendo dados básicos que servem de suporte ao planejamento e ao gerenciamento. Esses sistemas ajudam a identificar fontes de poluição, avaliar a eficácia de medidas de controle e garantir que a água atenda aos padrões de qualidade estabelecidos (ANA, 2023).

Segundo Palma (2016), o monitoramento contínuo e participativo pode melhorar a governança da água e envolver a comunidade no processo de vigilância sanitária e ambiental. 

Além disso, autores como Kütter et al. (2023) destacam que a má utilização das águas pode levar ao crescimento da contaminação por poluentes e ao aumento de doenças infecciosas, reforçando a importância de um monitoramento eficaz.

TECNOLOGIAS UTILIZADAS NO MONITORAMENTO

Diversas tecnologias são empregadas no monitoramento da qualidade da água. Sensores de pH, turbidez e oxigênio dissolvido são amplamente utilizados para fornecer dados em tempo real. Análises laboratoriais complementam esses dados, permitindo a detecção de metais pesados, pesticidas e outros contaminantes. Além disso, tecnologias de teledetecção e drones são cada vez mais utilizadas para monitorar grandes áreas e corpos d’água de difícil acesso (ANA, 2023).

INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA ÁGUA

A gestão da água envolve a aplicação de princípios como sustentabilidade e participação social, utilizando instrumentos como outorga de uso, planos de recursos hídricos e enquadramento de corpos d’água. 

A outorga de uso é um instrumento que regula o direito de uso dos recursos hídricos, garantindo que sejam utilizados de forma racional e sustentável. 

Os planos de recursos hídricos são documentos que estabelecem diretrizes para a gestão integrada dos recursos hídricos em uma determinada bacia hidrográfica. 

O enquadramento de corpos d’água define os usos preponderantes de cada corpo d’água, estabelecendo metas de qualidade a serem atingidas (ANA, 2023).

LEGISLAÇÃO E OBRIGAÇÕES DOS MUNICÍPIOS

Os municípios são obrigados por lei a realizar o monitoramento e a gestão da qualidade da água. A Portaria GM/MS nº 888/2021 estabelece os padrões de qualidade da água para consumo humano e define a frequência mínima de monitoramento. 

De acordo com a portaria, o monitoramento deve ser realizado mensalmente para parâmetros microbiológicos e trimestralmente para parâmetros físico-químicos e organolépticos (Ministério da Saúde, 2021). 

Além disso, a Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/1997) e a Lei nº 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, reforçam a obrigatoriedade do monitoramento contínuo e da gestão eficiente dos recursos hídricos pelos municípios (BRASIL, 1997; BRASIL, 2007).

ÓRGÃOS DE CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA

A qualidade da água é controlada por diversos órgãos, incluindo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua), e as secretarias estaduais e municipais de saúde. Esses órgãos são responsáveis por estabelecer normas, realizar monitoramentos e fiscalizar o cumprimento das legislações vigentes (ANA, 2023; Ministério da Saúde, 2021).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A gestão da qualidade da água configura-se como um desafio complexo e multifacetado, com particularidades distintas em cada escala de análise. Em nível global, a crise hídrica demanda ações urgentes e coordenadas, com destaque para a necessidade de políticas públicas eficazes, tecnologias sustentáveis e governança integrada. No Brasil, a distribuição desigual dos recursos hídricos e os impactos de atividades como a mineração e a agropecuária exigem soluções específicas e adaptadas a cada região. Em Minas Gerais, os eventos de rompimento de barragens, como os de Mariana e Brumadinho, evidenciam a fragilidade da gestão da água e a importância de medidas preventivas e de controle rigorosas.

Em Uberlândia, por outro lado, o município se destaca como um exemplo de sucesso na gestão da água, com investimentos em infraestrutura, tratamento e distribuição, além de programas inovadores como o PREMEND. No entanto, mesmo em contextos de excelência, como o de Uberlândia, a gestão da qualidade da água demanda monitoramento contínuo, tecnologias avançadas e aprimoramento constante das práticas.

A presente pesquisa, ao analisar a gestão da qualidade da água em diferentes escalas, evidenciou a importância da integração de políticas públicas, da inovação tecnológica e da participação social para a garantia da sustentabilidade dos recursos hídricos. Os exemplos de sucesso, como o de Uberlândia, demonstram que, com planejamento, colaboração e investimento, é possível conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.

Recomenda-se, portanto, o fortalecimento das políticas públicas, a ampliação da educação ambiental e o incentivo à pesquisa e à inovação, tanto em nível global quanto nacional e local. A gestão da qualidade da água é um desafio contínuo, que exige o envolvimento de todos os atores da sociedade, desde os governos e empresas até os cidadãos, para garantir o acesso à água segura e de qualidade para as presentes e futuras gerações.

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Gestão da qualidade da água: Desafios e perspectivas no contexto global, brasileiro e em Uberlândia-MG

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