Síndrome metabólica em pessoa idosa portadora da doença de Parkinson

METABOLIC SYNDROME IN AN ELDERLY PERSON WITH PARKINSON'S DISEASE

SÍNDROME METABÓLICO EN UNA PERSONA MAYOR CON ENFERMEDAD DE PARKINSON

Autor

Vanilza Gonçalves Ferreira Cardoso
ORIENTADOR
 Profª Drª Luciana de Sena Melo Veras

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/660F31

DOI

Cardoso , Vanilza Gonçalves Ferreira. Síndrome metabólica em pessoa idosa portadora da doença de Parkinson. International Integralize Scientific. v 5, n 45, Março/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa progressiva caracterizada pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos, resultando em sintomas motores e não motores. A Síndrome Metabólica (SM), composta por resistência à insulina, obesidade abdominal, hipertensão arterial e dislipidemia, tem sido associada ao agravamento da DP, devido ao aumento do estresse oxidativo e da inflamação sistêmica. Diante disso, este estudo teve como objetivo investigar a inter-relação entre SM e DP em pessoas idosas, analisando os impactos metabólicos na progressão da doença e explorando estratégias terapêuticas integradas. Trata-se de uma revisão de literatura, realizada a partir da busca de artigos científicos nas bases PubMed, SciELO e BVS, abrangendo publicações dos últimos dez anos. Os critérios de inclusão envolveram estudos que abordam a relação entre SM e DP em pessoas idosas, enquanto relatos de casos e artigos não indexados foram excluídos. Os resultados indicaram que a SM pode acelerar a neurodegeneração na DP, intensificando sintomas motores e cognitivos. Além disso, a nutrição e o acompanhamento multidisciplinar foram apontados como estratégias eficazes para mitigar os impactos metabólicos na progressão da doença. Conclui-se que a abordagem integrada, combinando tratamento farmacológico, nutrição adequada e reabilitação física, pode melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas com DP e SM. Estudos adicionais são necessários para aprofundar a compreensão dos mecanismos envolvidos e aprimorar as intervenções terapêuticas.
Palavras-chave
Doença de Parkinson. Síndrome Metabólica. Pessoa idosa. Nutrição. Estratégias Terapêuticas.

Summary

Parkinson’s Disease (PD) is a progressive neurodegenerative condition characterized by the degeneration of dopaminergic neurons, resulting in both motor and non-motor symptoms. Metabolic Syndrome (MS), which includes insulin resistance, abdominal obesity, arterial hypertension, and dyslipidemia, has been associated with the worsening of PD due to increased oxidative stress and systemic inflammation. In this context, this study aimed to investigate the interrelation between MS and PD in older adults, analyzing the metabolic impacts on disease progression and exploring integrated therapeutic strategies. This is a literature review, conducted through a search of scientific articles in the PubMed, SciELO, and BVS databases, covering publications from the last ten years. The inclusion criteria encompassed studies addressing the relationship between MS and PD in older adults, while case reports and non-indexed articles were excluded. The results indicated that MS may accelerate neurodegeneration in PD, intensifying both motor and cognitive symptoms. Furthermore, nutrition and multidisciplinary follow-up were identified as effective strategies to mitigate the metabolic impacts on disease progression. It is concluded that an integrated approach, combining pharmacological treatment, proper nutrition, and physical rehabilitation, can improve the quality of life for older individuals with PD and MS. Additional studies are needed to deepen the understanding of the underlying mechanisms and enhance therapeutic interventions.
Keywords
Parkinson’s Disease. Metabolic Syndrome. Older Adults. Nutrition. Therapeutic Strategies.

Resumen

La Enfermedad de Parkinson (EP) es una condición neurodegenerativa progresiva caracterizada por la degeneración de las neuronas dopaminérgicas, lo que resulta en síntomas motores y no motores. El Síndrome Metabólico (SM), compuesto por resistencia a la insulina, obesidad abdominal, hipertensión arterial y dislipidemia, ha sido asociado con el agravamiento de la EP debido al aumento del estrés oxidativo y la inflamación sistémica. Ante esto, este estudio tuvo como objetivo investigar la interrelación entre el SM y la EP en personas mayores, analizando los impactos metabólicos en la progresión de la enfermedad y explorando estrategias terapéuticas integradas. Se trata de una revisión de literatura, realizada a partir de la búsqueda de artículos científicos en las bases de datos PubMed, SciELO y BVS, abarcando publicaciones de los últimos diez años. Los criterios de inclusión incluyeron estudios que abordaron la relación entre el SM y la EP en personas mayores, mientras que se excluyeron los estudios de casos y los artículos no indexados. Los resultados indicaron que el SM puede acelerar la neurodegeneración en la EP, intensificando los síntomas motores y cognitivos. Además, la nutrición y el seguimiento multidisciplinario fueron identificados como estrategias eficaces para mitigar los impactos metabólicos en la progresión de la enfermedad. Se concluye que un enfoque integrado, que combine tratamiento farmacológico, nutrición adecuada y rehabilitación física, puede mejorar la calidad de vida de las personas mayores con EP y SM. Se requieren estudios adicionales para profundizar en la comprensión de los mecanismos involucrados y mejorar las intervenciones terapéuticas.
Palavras-clave
Enfermedad de Parkinson. Síndrome Metabólico. Persona mayor. Nutrición. Estrategias Terapéuticas.

INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um fenômeno natural e irreversível, marcado por transformações biológicas, psicológicas e sociais que impactam a vida cotidiana dos indivíduos. Dentre os desafios enfrentados na velhice, destaca-se a necessidade de adaptação às mudanças nos círculos sociais, o que pode levar ao isolamento e à solidão, fatores associados ao declínio da qualidade de vida e ao agravamento de condições de saúde mental e física (Oliveira, Salvador e Lima, 2023). A socialização da pessoa idosa, portanto, assume um papel central na promoção do bem-estar e na construção de um envelhecimento ativo e saudável.

A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa crônica e progressiva, caracterizada pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos na substância negra do cérebro, resultando em sintomas motores como tremores, rigidez muscular e bradicinesia, além de manifestações não motoras, como distúrbios do sono e déficits cognitivos (Granja et al., 2024). A DP é considerada a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo, afetando principalmente pessoas idosas, com incidência crescente conforme o envelhecimento populacional (Gonçalves et al., 2021). Estudos recentes indicam que a DP pode estar associada a diversos fatores metabólicos e inflamatórios, sugerindo uma inter-relação com a Síndrome Metabólica (SM), condição clínica caracterizada por um conjunto de fatores de risco cardiometabólicos (Wang et al., 2020).

A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de condições inter-relacionadas, incluindo obesidade abdominal, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial, fatores que aumentam significativamente o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2 (Kasprzak-Drozd et al., 2021). A SM tem sido amplamente associada ao envelhecimento, uma vez que sua prevalência aumenta com a idade, comprometendo a funcionalidade e a qualidade de vida das pessoas idosas. Além disso, evidências apontam que a SM pode contribuir para o desenvolvimento de desordens neurodegenerativas, incluindo a DP (Por Tashkin et al., 2020). Estudos demonstram que processos inflamatórios crônicos e o estresse oxidativo, presentes na SM, podem acelerar a progressão da neurodegeneração e agravar sintomas da DP (Paciotti et al., 2020).

A interconexão entre DP e SM é sustentada por mecanismos patofisiológicos comuns, como inflamação sistêmica, disfunção mitocondrial e estresse oxidativo (Shao et al., 2021). A resistência à insulina, um dos principais fatores da SM, tem sido associada ao aumento do risco de neurodegeneração e comprometimento cognitivo, afetando a plasticidade sináptica e a função neuronal (Wang et al., 2020). Além disso, alterações no metabolismo lipídico, como a disfunção do metabolismo de ceramidas lisossomais, têm sido descritas como potenciais fatores que contribuem para a deposição anormal de α-sinucleína, proteína central na patogênese da DP (Paciotti et al., 2020).

A presença simultânea da DP e da SM em pessoas idosas pode ter implicações clínicas significativas. Pacientes com DP frequentemente apresentam distúrbios metabólicos, como dislipidemia e intolerância à glicose, fatores que podem agravar os sintomas motores e não motores da doença, além de aumentar o risco cardiovascular (Por Tashkin et al., 2020). O declínio cognitivo, frequentemente observado em pacientes com DP, também pode ser exacerbado pela SM, sugerindo que a presença de distúrbios metabólicos pode acelerar a progressão da neurodegeneração (Gonçalves et al., 2021). Assim, compreender a relação entre essas condições é essencial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas que possam mitigar seus impactos na saúde das pessoas idosas.

A nutrição é fundamental na modulação dos riscos associados tanto à DP quanto à SM. Dietas ricas em compostos fenólicos, presentes em frutas, vegetais e grãos integrais, têm demonstrado efeitos benéficos na regulação da microbiota intestinal, na redução da inflamação sistêmica e na melhora dos componentes da SM (Kasprzak-Drozd et al., 2021). Além disso, abordagens dietéticas específicas podem auxiliar no controle dos sintomas da DP, reduzindo o impacto dos distúrbios metabólicos na progressão da doença (Granja et al., 2024). Nesse contexto, estratégias nutricionais podem ser ferramentas promissoras para o manejo conjunto dessas condições.

Diante da crescente prevalência da DP e da SM na população idosa, torna-se fundamental investigar como esses dois distúrbios interagem e influenciam a saúde dos pacientes. A coexistência dessas condições levanta importantes questionamentos sobre a necessidade de abordagens integradas para o tratamento, considerando tanto os aspectos neurológicos quanto os metabólicos. Ainda há lacunas no conhecimento sobre os mecanismos subjacentes que conectam a DP e a SM, e a investigação dessa relação pode contribuir para estratégias terapêuticas mais eficazes e personalizadas (Shao et al., 2021).

Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo geral investigar a inter-relação entre a Síndrome Metabólica e a Doença de Parkinson em pessoas idosas, analisando como os componentes da SM influenciam a progressão e a gravidade da DP. Os objetivos específicos incluem: Avaliar a prevalência dos componentes da SM em pessoas idosas diagnosticados com DP; Investigar a associação entre distúrbios metabólicos e a severidade dos sintomas motores e não motores da DP; Analisar o impacto de intervenções nutricionais na modulação dos componentes da SM e na progressão da DP e; Explorar possíveis mecanismos biológicos que conectam a SM e a DP, com enfoque na inflamação, estresse oxidativo e metabolismo lipídico. Espera-se que este estudo contribua para uma melhor compreensão dos impactos metabólicos na DP, possibilitando intervenções terapêuticas mais eficazes para pessoas idosas portadores de ambas as condições.

DESENVOLVIMENTO 

METODOLOGIA 

Este estudo trata-se de uma revisão de literatura com o objetivo de investigar a inter-relação entre a Síndrome Metabólica e a Doença de Parkinson em pessoas idosas, analisando como os componentes da SM influenciam a progressão e a gravidade da DP. A revisão foi conduzida seguindo uma abordagem sistemática, permitindo a identificação, seleção e análise crítica de publicações relevantes sobre o tema.

A pesquisa foi realizada em bases de dados científicas reconhecidas: PubMed, Scopus, SciELO e BVS, abrangendo estudos publicados nos últimos cinco anos (2020-2025). Foram utilizados descritores controlados e palavras-chave em português e inglês, conforme a terminologia dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e do Medical Subject Headings (MeSH). Os termos incluíram: “Síndrome Metabólica” (“Metabolic Syndrome”), “Doença de Parkinson” (“Parkinson’s Disease”), “Idoso” (“Elderly”), “Neurodegeneração” (“Neurodegeneration”), “Disfunção Metabólica” (“Metabolic Dysfunction”) e “Inflamação Sistêmica” (“Systemic Inflammation”), sendo utilizados de forma isolada ou combinada por operadores booleanos (AND, OR).

Os critérios de inclusão adotados foram: (1) artigos originais, revisões sistemáticas e metanálises que abordassem a relação entre SM e DP em pessoas idosas; (2) estudos publicados em inglês, português ou espanhol; (3) publicações em periódicos indexados em bases de dados científicas; e (4) artigos que apresentassem dados relevantes sobre mecanismos fisiopatológicos, impacto metabólico e estratégias terapêuticas para a SM e DP.

Foram excluídos artigos que: (1) não abordassem diretamente a relação entre SM e DP; (2) fossem cartas ao editor, dissertações e teses não publicadas em periódicos científicos indexados; (3) apresentassem metodologia inadequada ou baixa qualidade metodológica, segundo critérios de avaliação da ferramenta Joanna Briggs Institute (JBI) para revisões de literatura.

Após a busca inicial, os estudos foram selecionados em três etapas: (1) leitura dos títulos e resumos para triagem inicial; (2) leitura integral dos textos que atenderam aos critérios de inclusão; (3) análise crítica e extração dos principais achados. A seleção foi realizada por dois pesquisadores de forma independente, reduzindo o viés de seleção. Os dados extraídos foram sintetizados e organizados em categorias temáticas, facilitando a identificação das evidências disponíveis sobre a interação entre SM e DP.

Para garantir a qualidade e confiabilidade da revisão, os artigos selecionados foram analisados com base em sua relevância científica, impacto do periódico onde foram publicados e rigor metodológico. Foram priorizadas publicações recentes e de alto fator de impacto. A interpretação dos dados foi realizada de forma crítica, destacando convergências e divergências entre os estudos revisados.

Por fim, esta revisão de literatura foi conduzida seguindo as diretrizes metodológicas recomendadas para revisões integrativas e narrativas, garantindo uma abordagem abrangente sobre o tema. Os achados obtidos poderão contribuir para novas investigações e para a formulação de estratégias terapêuticas voltadas ao manejo da SM e da DP em pessoas idosas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO 

FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA DE PARKINSON E SUA RELAÇÃO COM DISTÚRBIOS METABÓLICOS

A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa progressiva caracterizada pela degeneração dos neurônios dopaminérgicos na substância negra do mesencéfalo, levando a déficits motores e não motores. Estudos recentes têm demonstrado que, além da morte neuronal, fatores metabólicos desempenham um papel fundamental na patogênese da DP, incluindo inflamação sistêmica, disfunção mitocondrial e alterações no metabolismo lipídico (Vázquez-Vélez e Zoghbi, 2021). Assim, a compreensão da interação entre os aspectos neurodegenerativos e metabólicos pode contribuir para novas estratégias terapêuticas e intervenções clínicas mais eficazes.

Marino et al. (2020) descrevem a fisiopatologia clássica da DP, destacando que a principal característica da doença é a agregação anormal da proteína α-sinucleína, formando corpúsculos de Lewy dentro dos neurônios dopaminérgicos. Segundo os autores, essa agregação leva à disfunção mitocondrial, aumento do estresse oxidativo e inflamação, mecanismos que resultam na morte neuronal progressiva. Além disso, discutem que o metabolismo energético cerebral é afetado pela redução da função mitocondrial, levando a um quadro de neuro inflamação crônica que pode ser agravado por fatores metabólicos como resistência à insulina e dislipidemia.

Já Tashkin et al. (2020) destacam que existe uma forte ligação entre a DP e doenças cardiovasculares, demonstrando que pacientes com DP frequentemente apresentam alterações no metabolismo lipídico e resistência à insulina. Os autores sugerem que esses fatores não apenas aumentam o risco cardiovascular, mas também contribuem para a neurodegeneração ao promover processos inflamatórios crônicos no sistema nervoso central. O estudo aponta que a inflamação periférica associada a doenças metabólicas pode atravessar a barreira hematoencefálica e intensificar a ativação da micróglia, exacerbando a degeneração neuronal.

Missiatto et al. (2024) exploram a relação entre lipídios e neurodegeneração na DP, com foco na esfingomielina, um fosfolipídio essencial para a integridade da membrana celular e a sinalização neuronal. Segundo os autores, níveis alterados de esfingomielina e seus metabólitos, como ceramidas, estão associados à patogênese da DP. O estudo sugere que um desequilíbrio na homeostase lipídica pode facilitar a agregação de α-sinucleína, contribuindo para a disfunção mitocondrial e o acúmulo de estresse oxidativo nas células dopaminérgicas. Dessa forma, os autores reforçam que a disfunção do metabolismo lipídico pode ser um fator chave na progressão da doença.

Por sua vez, Rocha et al. (2021) abordam os efeitos adversos dos medicamentos antiparkinsonianos, discutindo que, embora as terapias disponíveis melhorem os sintomas motores, podem causar complicações metabólicas, como ganho de peso, hiperglicemia e dislipidemia. Segundo os autores, o uso prolongado de levodopa pode interferir no metabolismo da glicose e na função hepática, potencializando distúrbios metabólicos em pessoas idosas. O estudo alerta que essas alterações podem agravar a progressão da DP, reforçando a necessidade de uma abordagem terapêutica mais abrangente.

Vázquez-Vélez e Zoghbi (2021) analisam os aspectos genéticos e patofisiológicos da DP, demonstrando que mutações em genes como LRRK2, GBA e PARK2 estão associadas a defeitos no metabolismo lipídico e na função lisossomal. Esses genes desempenham papel fundamental na degradação de proteínas e na homeostase mitocondrial, e sua disfunção pode resultar no acúmulo de metabólitos tóxicos e na ativação de respostas inflamatórias. Os autores sugerem que a predisposição genética, combinada com fatores metabólicos e ambientais, pode acelerar a neurodegeneração e aumentar a vulnerabilidade dos neurônios dopaminérgicos.

Os estudos revisados apresentam um consenso sobre a importância da disfunção metabólica na patogênese da DP, embora cada um enfoque diferentes mecanismos envolvidos. Marino et al. (2020) enfatizam o impacto da disfunção mitocondrial na neurodegeneração, enquanto Missiatto et al. (2024) destacam a importância da homeostase lipídica, sugerindo que a alteração no metabolismo da esfingomielina pode ser um fator determinante na agregação de α-sinucleína. Já Potashkin et al. (2020) relacionam a DP a doenças cardiovasculares e inflamação sistêmica, ampliando a visão sobre como fatores metabólicos periféricos podem contribuir para a progressão da doença.

Um ponto de divergência está na influência dos medicamentos antiparkinsonianos nos distúrbios metabólicos. Enquanto Rocha et al. (2021) ressaltam que essas terapias podem agravar condições como resistência à insulina e dislipidemia, Vázquez-Vélez e Zoghbi (2021) argumentan que os principais determinantes da progressão da DP são fatores genéticos e alterações na via lisossomal. No entanto, ambos os estudos concordam que o metabolismo energético desempenha um papel essencial na vulnerabilidade neuronal.

Outro ponto relevante é a relação entre inflamação sistêmica e neuroinflamação. Pó Tashkin et al. (2020) sugerem que doenças metabólicas, como a Síndrome Metabólica, podem intensificar a inflamação cerebral e agravar a DP. Missiatto et al. (2024) reforçam essa ideia, demonstrando que alterações lipídicas podem estimular respostas inflamatórias prejudiciais ao sistema nervoso. Dessa forma, ambos os estudos sugerem que estratégias terapêuticas focadas no controle da inflamação e da homeostase metabólica podem ser benéficas para pacientes com DP.

SÍNDROME METABÓLICA EM PESSOAS IDOSAS: FATORES DE RISCO E CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE NEUROLÓGICA

A Síndrome Metabólica (SM) é um conjunto de fatores interligados que incluem obesidade abdominal, resistência à insulina, dislipidemia e hipertensão arterial, aumentando significativamente o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas. Em pessoas idosas, a SM é ainda mais preocupante, pois está associada ao declínio funcional, ao aumento da multimorbidade e ao comprometimento cognitivo progressivo (Silva et al., 2024). Estudos recentes demonstram que a SM pode influenciar diretamente a progressão de doenças neurodegenerativas, como a Doença de Parkinson (DP), agravando seus sintomas motores e não motores. Assim, compreender os impactos da SM na população de maior idade é essencial para a formulação de estratégias terapêuticas e preventivas que reduzam seus efeitos adversos.

Silva et al. (2024) analisam os riscos e os malefícios da Síndrome Metabólica, destacando sua associação com doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial. Segundo os autores, pessoas idosas com SM apresentam maior risco de declínio cognitivo e piora na funcionalidade devido ao impacto da resistência à insulina no metabolismo cerebral. O estudo evidencia que o aumento da glicemia e a disfunção no transporte de glicose no cérebro comprometem a plasticidade neuronal, um fator relevante para a progressão de doenças neurodegenerativas. Além disso, os autores ressaltam que a obesidade abdominal, um dos principais critérios da SM, está diretamente relacionada ao aumento de citocinas pró-inflamatórias, que contribuem para processos neurodegenerativos e distúrbios cognitivos.

Já o estudo de Silva et al. (2021) investiga a relação entre consumo alimentar, estado nutricional e SM em pessoas idosas, reforçando a importância da alimentação no controle da síndrome e na preservação da função cognitiva. Os autores demonstram que uma dieta inadequada, rica em açúcares refinados e gorduras saturadas, está associada à piora dos componentes da SM e ao aumento da inflamação sistêmica. O estudo sugere que intervenções nutricionais focadas no consumo de fibras, antioxidantes e ácidos graxos poli-insaturados podem auxiliar na regulação do metabolismo, reduzindo os impactos da SM sobre a saúde cerebral. A análise desses dados reforça que estratégias alimentares adequadas são essenciais para minimizar os riscos metabólicos e neurológicos em pessoas idosas.

Grosser et al. (2020) exploram a relação entre Síndrome Metabólica, multimorbidade e capacidade funcional em pessoas idosas, demonstrando que indivíduos com SM apresentam maior prevalência de doenças crônicas concomitantes, incluindo doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. O estudo evidencia que a presença de múltiplas doenças afeta diretamente a autonomia das pessoas idosas, aumentando o risco de incapacidades físicas e cognitivas. Além disso, destaca que a inflamação crônica associada à SM pode afetar mecanismos neuroprotetores no cérebro, intensificando o declínio cognitivo. Os autores enfatizam a necessidade de um acompanhamento multiprofissional para gerenciar os impactos da SM na funcionalidade da pessoa idosa.

Mazereel et al. (2020) abordam um aspecto essencial da SM: os efeitos adversos dos medicamentos psicotrópicos na saúde metabólica. O estudo demonstra que pacientes que fazem uso prolongado de fármacos como antipsicóticos e antidepressivos apresentam maior risco de desenvolver resistência à insulina, obesidade e dislipidemia, fatores que compõem a SM. Além disso, os autores destacam que alterações metabólicas induzidas por esses medicamentos podem agravar doenças neurodegenerativas, como a DP e a Doença de Alzheimer. Essa evidência reforça a importância de monitorar os efeitos colaterais das intervenções farmacológicas, especialmente em pessoas idosas que já apresentam fatores de risco para a SM.

Tamura et al. (2020) enfatizam a importância da transição das estratégias preventivas da SM para a prevenção da fragilidade em pessoas idosas. Os autores argumentam que, embora o foco do tratamento da SM seja a redução dos fatores metabólicos de risco, é fundamental considerar o impacto da fragilidade na saúde da pessoa idosa. O estudo sugere que uma abordagem integrada, que combine o controle da SM com a manutenção da massa muscular e da capacidade funcional, pode reduzir significativamente os riscos associados à neurodegeneração. Os autores também ressaltam que o envelhecimento está associado a mudanças na composição corporal, como a sarcopenia, que pode ser exacerbada pela SM e aumentar a vulnerabilidade da pessoa idosa a complicações neurológicas.

Os estudos revisados apresentam um consenso sobre os impactos negativos da Síndrome Metabólica na saúde neurológica e funcional das pessoas idosas, embora enfoquem diferentes aspectos dessa relação. Enquanto Silva et al. (2024) destacam a relação direta entre a SM e o declínio cognitivo, evidenciando o papel da resistência à insulina na neurodegeneração, Silva et al. (2021) trazem a alimentação como um fator determinante no controle da SM, sugerindo que intervenções nutricionais podem atenuar seus efeitos adversos.

Grosser et al. (2020) complementam essa visão ao enfatizar que a multimorbidade em pessoas idosas com SM aumenta a vulnerabilidade à neurodegeneração e à incapacidade funcional, destacando a necessidade de abordagens clínicas individualizadas. Por outro lado, Mazereel et al. (2020) adicionou uma nova perspectiva ao discutir o impacto dos medicamentos psicotrópicos na saúde metabólica, demonstrando que o uso prolongado desses fármacos pode contribuir para o agravamento da SM e, consequentemente, intensificar seus efeitos sobre a função cognitiva.

Tamura et al. (2020) propõem uma abordagem ampliada, defendendo que a prevenção da SM em pessoas idosas deve ir além do controle metabólico, incluindo estratégias para a manutenção da massa muscular e da capacidade funcional. Esse ponto é relevante, pois sugere que o envelhecimento saudável não depende apenas do manejo da SM, mas também da preservação da integridade física e funcional.

Em termos de convergência, todos os estudos indicam que a inflamação crônica e a resistência à insulina são fatores-chave na relação entre SM e declínio neurológico. A inflamação de baixo grau, comum na SM, pode comprometer a neuroproteção e favorecer a progressão de doenças neurodegenerativas. Além disso, há consenso de que intervenções nutricionais e monitoramento médico adequado podem minimizar esses impactos e melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas.

No entanto, os estudos divergem em relação às estratégias de intervenção mais eficazes. Enquanto alguns autores enfatizam a importância da modulação nutricional (Silva et al., 2021), outros ressaltam a necessidade de um acompanhamento multiprofissional para lidar com a multimorbidade e os efeitos adversos dos medicamentos (Grosser et al., 2020; Mazereel et al., 2020). Além disso, Tamura et al. (2020) sugerem que o foco do manejo da SM deve ser ampliado para incluir estratégias de prevenção da fragilidade, o que adiciona uma nova dimensão ao debate sobre os impactos da SM na saúde neurológica das pessoas idosas.

ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS PARA O MANEJO DA SÍNDROME METABÓLICA E DA DOENÇA DE PARKINSON

A Doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta o controle motor, a cognição e a qualidade de vida dos pacientes. Embora os tratamentos convencionais incluam medicamentos antiparkinsonianos, intervenções nutricionais e estratégias terapêuticas integradas vêm sendo cada vez mais estudadas para mitigar os sintomas motores e não motores da doença (Breasail et al., 2022). A Síndrome Metabólica (SM), por sua vez, agrava a progressão da DP ao contribuir para processos inflamatórios e disfunções metabólicas que intensificam a neurodegeneração (Agnihotri e Aruoma, 2020). Assim, abordagens terapêuticas complementares, incluindo nutrição, suporte multidisciplinar e estratégias de cuidado centrado na pessoa, têm sido investigadas como potenciais aliadas na melhora da funcionalidade dos pacientes.

Gonçalves et al. (2021) apresentam um estudo de caso que avalia a evolução nutricional e cognitiva de um paciente com DP na Atenção Primária à Saúde. O estudo enfatiza que a alimentação desempenha um papel fundamental no manejo dos sintomas, especialmente devido ao impacto dos macronutrientes na biodisponibilidade da levodopa, principal fármaco utilizado no tratamento da DP. Os autores relatam que o paciente estudado apresentou piora dos sintomas motores quando a ingestão proteica não era devidamente ajustada, sugerindo que um planejamento alimentar adequado pode otimizar os efeitos do tratamento medicamentoso. Além disso, observaram que a inclusão de alimentos ricos em antioxidantes e ácidos graxos essenciais contribuiu para a melhora da cognição e da qualidade de vida.

Loureiro, Cunha e Ventura (2024) discutem estratégias para viver ativamente com a Doença de Parkinson, destacando a necessidade de um cuidado integrado e centrado na pessoa. Os autores argumentam que o tratamento da DP não deve se restringir ao uso de medicamentos, mas sim envolver uma abordagem holística que considere fatores nutricionais, físicos e psicossociais. O estudo sugere que a adoção de uma dieta anti-inflamatória, associada à prática de atividade física e ao suporte psicossocial, pode retardar a progressão da doença e melhorar a autonomia dos pacientes. Os autores enfatizam que programas de reabilitação que combinam fisioterapia, terapia ocupacional e suporte nutricional demonstram benefícios significativos na manutenção da funcionalidade.

Breasail et al. (2022) exploram a DP sob uma perspectiva nutricional, analisando o impacto de diferentes padrões alimentares na progressão da doença. O estudo destaca que dietas ricas em compostos antioxidantes, como os encontrados na dieta mediterrânea, podem reduzir o estresse oxidativo e a neuroinflamação, dois fatores críticos na patogênese da DP. Além disso, os autores discutem que a regulação da microbiota intestinal pode influenciar positivamente a saúde neurológica dos pacientes, uma vez que o eixo intestino-cérebro tem sido cada vez mais associado a doenças neurodegenerativas. O estudo recomenda a inclusão de prebióticos e probióticos na alimentação para promover um ambiente intestinal mais equilibrado e reduzir a inflamação sistêmica associada à SM.

Muleiro Alvarez et al. (2024) apresentam uma abordagem abrangente para a DP, discutindo seus aspectos moleculares, clínicos e terapêuticos. Os autores destacam que a neuroproteção pode ser favorecida por estratégias nutricionais voltadas para a modulação do metabolismo energético e da resposta inflamatória. O estudo reforça que a suplementação com coenzima Q10, resveratrol e ácidos graxos ômega-3 tem demonstrado efeitos positivos na preservação neuronal e na redução do impacto da SM na DP. Além disso, os autores sugerem que intervenções personalizadas, baseadas em perfis genéticos e metabólicos individuais, podem otimizar os resultados terapêuticos em pessoas idosas com DP e SM.

Agnihotri e Aruoma (2020) investigam a relação entre estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e nutrição na DP e na Doença de Alzheimer. Os autores destacam que a SM exacerba a neurodegeneração ao aumentar a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e comprometer a função mitocondrial. O estudo sugere que a dieta pode desempenhar um papel protetor ao fornecer compostos bioativos que reduzem o impacto do estresse oxidativo no cérebro. Além disso, enfatiza que a exposição a toxinas ambientais e a deficiências nutricionais podem acelerar o declínio neurológico em indivíduos predispostos à DP. Os autores reforçam que estratégias de detoxificação, como o consumo de alimentos ricos em polifenóis e fibras, podem auxiliar na mitigação dos efeitos deletérios da SM no sistema nervoso central.

Os estudos revisados apontam um consenso sobre a importância da nutrição no manejo da DP e da SM, destacando que a alimentação pode modular a resposta inflamatória, melhorar a biodisponibilidade dos fármacos e atuar na proteção neuronal. Gonçalves et al. (2021) evidenciam que a ingestão proteica deve ser ajustada para evitar interferências na absorção da levodopa, enquanto Breasail et al. (2022) enfatizam que padrões alimentares ricos em antioxidantes e prebióticos podem reduzir a neuroinflamação e melhorar a saúde intestinal dos pacientes.

Já Loureiro, Cunha e Ventura (2024) propõem uma abordagem mais ampla, defendendo que a nutrição deve ser parte de um plano terapêutico multidisciplinar, incluindo reabilitação física e suporte psicossocial. Essa visão é reforçada por Muleiro Alvarez et al. (2024), que sugerem a personalização das intervenções terapêuticas de acordo com as características metabólicas individuais dos pacientes.

Em relação ao impacto da SM na DP, Agnihotri e Aruoma (2020) trazem um enfoque bioquímico ao demonstrar que o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial são fatores críticos na aceleração da neurodegeneração. Os autores argumentam que dietas ricas em compostos bioativos podem reduzir a produção de ROS e melhorar a função mitocondrial, enquanto Muleiro Alvarez et al. (2024) complementam essa visão ao sugerir que suplementos específicos, como coenzima Q10 e resveratrol, podem atuar na neuroproteção.

Um ponto de divergência entre os estudos está na ênfase dada a cada estratégia terapêutica. Enquanto alguns autores priorizam a nutrição como fator determinante na progressão da DP (Breasail et al., 2022; Agnihotri e Aruoma, 2020), outros defendem que a alimentação deve ser parte de um cuidado integrado e multidisciplinar (Loureiro, Cunha e Ventura, 2024). Além disso, há diferenças na abordagem nutricional recomendada: enquanto alguns estudos sugerem a adoção de padrões alimentares específicos, como a dieta mediterrânea, outros enfatizam a necessidade de intervenções individualizadas e suplementação específica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

A relação entre a Síndrome Metabólica (SM) e a Doença de Parkinson (DP) em pessoas idosas representa um desafio clínico significativo, evidenciando a necessidade de abordagens integradas para o manejo dessas condições. A revisão da literatura demonstrou que a disfunção metabólica está diretamente associada à progressão da DP, uma vez que fatores como resistência à insulina, inflamação sistêmica e estresse oxidativo contribuem para a degeneração neuronal e o agravamento dos sintomas motores e não motores da doença.

Os estudos analisados indicam que a presença da SM em pessoas idosas com DP pode acelerar o declínio funcional e cognitivo, aumentando o risco de multimorbidade e impactando negativamente a qualidade de vida desses indivíduos. Além disso, evidências apontam que intervenções nutricionais e terapêuticas personalizadas podem ser essenciais no controle dos sintomas e na redução dos efeitos metabólicos adversos. Estratégias como a modulação do consumo alimentar, a inclusão de dietas anti-inflamatórias e antioxidantes, o ajuste da ingestão proteica e o uso de suplementos neuroprotetores demonstraram efeitos positivos na preservação da saúde neurológica e funcional dos pacientes.

Outro aspecto relevante abordado na revisão foi a importância de um acompanhamento multiprofissional, que envolva nutricionistas, fisioterapeutas, neurologistas e outros profissionais da saúde para proporcionar um atendimento mais abrangente e eficaz. O cuidado centrado na pessoa, aliado à adoção de um estilo de vida saudável, pode mitigar os impactos negativos da SM e contribuir para a manutenção da autonomia das pessoas idosas com DP.

Diante dos achados, fica evidente a necessidade de mais estudos clínicos e experimentais que aprofundem o entendimento sobre os mecanismos que conectam a SM e a DP, possibilitando o desenvolvimento de novas terapias e abordagens preventivas. Assim, a integração entre tratamentos farmacológicos, mudanças no estilo de vida e estratégias nutricionais se apresenta como um caminho promissor para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da DP em pessoas idosas que também apresentam SM.

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