Educação ambiental e educação do campo: caminhos para a sustentabilidade e a consciência coletiva

ENVIRONMENTAL EDUCATION AND RURAL EDUCATION: PATHS TOWARDS SUSTAINABILITY AND COLLECTIVE CONSCIOUSNESS

EDUCACIÓN AMBIENTAL Y EDUCACIÓN DE CAMPO: CAMINOS HACIA LA SOSTENIBILIDAD Y LA CONCIENCIA COLECTIVA

Autor

Joycianne Cristina Cabral Ribeiro
ORIENTADOR
Prof. Dr. Rodollf Augusto Regetz Herold Altisonante Borba Assumpção

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/7F0C49

DOI

Ribeiro, Joycianne Cristina Cabral . Educação ambiental e educação do campo: caminhos para a sustentabilidade e a consciência coletiva. International Integralize Scientific. v 5, n 45, Março/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Os desafios enfrentados pelos educadores na educação do campo são muitos, mas o tema aqui importa principalmente com a consciência ambiental dos alunos. Para lidar com esses desafios, os educadores na educação do campo precisam desenvolver competências específicas, que vão desde habilidades técnicas até habilidades socioemocionais. Isso inclui a capacidade de compreender e respeitar as culturas locais, adaptar metodologias de ensino às necessidades dos alunos, promover o engajamento dos estudantes com a comunidade e o ambiente rural, além de buscar constantemente estratégias inovadoras para superar as limitações de recursos. O objetivo é analisar a intersecção entre a educação ambiental e a educação rural, analisando como essas práticas docentes podem contribuir para o desenvolvimento da sustentabilidade e a promoção da consciência ambiental nas comunidades rurais. A relevância deste estudo está na tendência crescente de promoção da sustentabilidade em todos os setores da sociedade, com especial atenção às comunidades rurais, que têm uma relação direta com o meio ambiente. A educação ambiental, quando combinada com a educação rural, não só contribui para fortalecer a identidade cultural e o conhecimento tradicional, mas também capacita as novas gerações para enfrentarem os desafios ambientais globais. O método utilizado é um estudo bibliográfico que utiliza método qualitativo baseado na revisão de livros nacionais e internacionais publicados no Google Acadêmico e após selecionar um número suficiente de itens para apoiar a pesquisa, foi lido para ver mais. algumas citações da pesquisa a ser feita. Conclui-se que, avançar para uma abordagem educacional que integre a sustentabilidade e a educação rural é essencial para a construção de uma sociedade equilibrada, onde as comunidades possam prosperar em harmonia com a natureza, promovendo um futuro sustentável e justo para a sociedade.
Palavras-chave
Educação ambiental. Educação do campo. Sustentabilidade. Consciência coletiva.

Summary

The challenges faced by rural education educators are many, but the main topic here is the environmental awareness of students. To deal with these challenges, rural education educators need to develop specific competencies, ranging from technical skills to socio-emotional skills. This includes the ability to understand and respect local cultures, adapt teaching methodologies to students’ needs, promote student engagement with the community and the rural environment, and constantly seek innovative strategies to overcome resource limitations. The objective is to analyze the intersection between environmental education and rural education, analyzing how these teaching practices can contribute to the development of sustainability and the promotion of environmental awareness in rural communities. The relevance of this study lies in the growing trend of promoting sustainability in all sectors of society, with special attention to rural communities, which have a direct relationship with the environment. Environmental education, when combined with rural education, not only contributes to strengthening cultural identity and traditional knowledge, but also empowers new generations to face global environmental challenges. The method used is a bibliographic study that uses a qualitative method based on the review of national and international books published in Google Scholar and after selecting a sufficient number of items to support the research, it was read to see more. some citations of the research to be done. It is concluded that moving towards an educational approach that integrates sustainability and rural education is essential for building a balanced society, where communities can thrive in harmony with nature, promoting a sustainable and fair future for society.
Keywords
Environmental education. Rural education. Sustainability. Collective consciousness.

Resumen

Los desafíos que enfrentan los educadores en la educación rural son muchos, pero el tema aquí se refiere principalmente a la conciencia ambiental de los estudiantes. Para hacer frente a estos desafíos, los educadores de educación rural necesitan desarrollar habilidades específicas, que van desde habilidades técnicas hasta habilidades socioemocionales. Esto incluye la capacidad de comprender y respetar las culturas locales, adaptar las metodologías de enseñanza a las necesidades de los estudiantes, promover el compromiso de los estudiantes con la comunidad y el entorno rural y buscar constantemente estrategias innovadoras para superar las limitaciones de recursos. El objetivo es analizar la intersección entre educación ambiental y educación rural, analizando cómo estas prácticas docentes pueden contribuir al desarrollo de la sostenibilidad y la promoción de la conciencia ambiental en las comunidades rurales. La relevancia de este estudio radica en la creciente tendencia de promover la sostenibilidad en todos los sectores de la sociedad, con especial atención en las comunidades rurales, que tienen una relación directa con el medio ambiente. La educación ambiental, cuando se combina con la educación rural, no sólo contribuye a fortalecer la identidad cultural y el conocimiento tradicional, sino que también empodera a las nuevas generaciones para enfrentar los desafíos ambientales globales. El método utilizado es un estudio bibliográfico que utiliza un método cualitativo basado en la revisión de libros nacionales e internacionales publicados en Google Scholar y luego de seleccionar una cantidad suficiente de artículos para sustentar la investigación, se leyó para ver más. algunas citas de la investigación a realizar. Se concluye que avanzar hacia un enfoque educativo que integre la sostenibilidad y la educación rural es fundamental para construir una sociedad equilibrada, donde las comunidades puedan prosperar en armonía con la naturaleza, promoviendo un futuro sostenible y justo para la sociedad.
Palavras-clave
Educación ambiental. Educación rural. Sostenibilidad. Conciencia colectiva.

INTRODUÇÃO

A educação no campo é um campo de estudo e prática pedagógica que se concentra nas especificidades do ensino em áreas rurais, considerando as particularidades, desafios e necessidades das comunidades agrícolas e rurais. Os educadores que atuam nesse contexto enfrentam uma série de desafios únicos que exigem competências específicas para garantir uma educação de qualidade.

Os desafios enfrentados pelos educadores na educação do campo são muitos, mas o tema aqui importa principalmente com a consciência ambiental dos alunos.  Para lidar com esses desafios, os educadores na educação do campo precisam desenvolver competências específicas, que vão desde habilidades técnicas até habilidades socioemocionais. Isso inclui a capacidade de compreender e respeitar as culturas locais, adaptar metodologias de ensino às necessidades dos alunos, promover o engajamento dos estudantes com a comunidade e o ambiente rural, além de buscar constantemente estratégias inovadoras para superar as limitações de recursos.

O objetivo é analisar a intersecção entre a educação ambiental e a educação rural, analisando como essas práticas docentes podem contribuir para o desenvolvimento da sustentabilidade e a promoção da consciência ambiental nas comunidades rurais. 

A relevância deste estudo está na tendência crescente de promoção da sustentabilidade em todos os setores da sociedade, com especial atenção às comunidades rurais, que têm uma relação direta com o meio ambiente. A educação ambiental, quando combinada com a educação rural, não só contribui para fortalecer a identidade cultural e o conhecimento tradicional, mas também capacita as novas gerações para enfrentarem os desafios ambientais globais.

O método utilizado é um estudo bibliográfico que utiliza método qualitativo baseado na revisão de livros nacionais e internacionais publicados no Google Acadêmico e após selecionar um número suficiente de itens para apoiar a pesquisa, foi lido para ver mais. algumas citações da pesquisa a ser feita. 

Esta é uma pesquisa qualitativa porque é altamente participativa, portanto, incontrolável, e pode orientar o rumo da pesquisa. Segundo Gil (2021, p. 64) “Queremos entender algo em profundidade e em vez de estatísticas, regras e teorias, trabalhamos com definições, comparações, interpretações e suposições”.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO DO CAMPO: UMA CONSCIÊNCIA SOCIOAMBIENTAL

A educação ambiental nas áreas, construída no âmbito do estudo crítico, trará relevância e compreensão prática das práticas de educação ambiental na educação do campo. Segundo Andreoli e Campos (2015):

As Escolas Rurais possuem características que as diferenciam e por isso necessitam de uma Educação Ambiental diferenciada que esteja conectada aos interesses e necessidades das comunidades, utilizando seu papel político, o que permite a crítica a partir de repensar a relação dos sujeitos e de si mesmos entre si e o meio ambiente (Andreoli e Campos, 2015, p.303).

Para os autores, a educação ambiental crítica proporciona essa abordagem ambiental diferenciada, com desafios e sentimento de pertencimento dos sujeitos em relação ao seu ambiente, reconhecimento e construção da identidade local a partir da compreensão do ambiente e das relações. Isso é cheio disso (Andreoli; Campos, 2015).

Os hábitos que a sociedade adquiriu ao longo dos anos levam ao esgotamento dos recursos naturais e à destruição do meio ambiente. Essas mudanças acontecem, seja por falta de compreensão sobre as questões ambientais e seu poder de sustentação, seja pela busca consciente do lucro destruindo o meio ambiente. Essas atitudes têm causado diversos danos à qualidade do ambiente natural, trazendo prejuízos não só para a natureza, mas também para as pessoas (Moura de Abreu, et al., 2018).

Em Jacobi (2012), é preciso mudar o modo de vida, os padrões de produção e as formas de pensar e agir sobre as questões ambientais, pois é impossível resolver os crescentes e difíceis problemas ambientais e retornar às suas causas sem a obesidade. nos sistemas de informação, valores e comportamentos produzidos pelo poder de compreensão existente, com base no aspecto econômico do desenvolvimento.

Para Caldart (2012), a educação ambiental almeja o desenvolvimento de conhecimentos, compreensões, habilidades e motivação para construir valores, mentalidades e atitudes necessárias para lidar com os problemas ambientais e solucioná-los de forma sustentável.

Assim, com base nos princípios da participação e do conhecimento ambiental, foi promulgada em 1999 a Lei Federal 9.795, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, definindo a Educação Ambiental (EA) como (art. 1º) “processos nos quais os indivíduos e a sociedade criam valores, conhecimentos, habilidades, atitudes e habilidades voltadas para a preservação do meio ambiente, bem utilizado pelas pessoas em geral, importante para a sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (Brasil, Art. 1º , 1999) .

Tornou-se  uma  característica  de  qualidade  para  as  unidades  de  informação, principalmente   as   públicas,   a   adoção   de   práticas   sustentáveis,   atendendo   a responsabilidade  socioambiental.  As  bibliotecas  públicas  podem  ser  consideradas “organismos  multifacetados”  (Crestana et  al.,  2013),  propondo  novas  ações diretamente ligadas às inovações referentes ao Meio Ambiente.

Segundo Santos et al, (2016), o meio ambiente é responsabilidade de todos, embora nem todos percebam a sua importância e quanto qualquer problema ambiental de grande magnitude, ocasionado neste meio, pode afetar a “todos”. Por isso, é de grande importância a percepção, o comprometimento de todos, mesmo que seja na menor parcela de participação, quando se elabora as políticas públicas direcionadas para a questão do meio ambiente.

Para Moura de Abreu et al. (2018), o ato de conscientização pode se dar em diversas disciplinas ministradas na escola, onde o aluno adquire conhecimento e, portanto, um senso crítico da disciplina em questão. Neste contexto, onde a EA se faz presente, no contexto de uma temática diferente da temática sobre conservação ambiental, que pode ser realizada em diferentes espaços públicos, onde podemos destacar o novo na relação de ensino e aprendizagem que se dá dentro e fora da escola, ou seja, pela troca de conhecimentos adquiridos.

Figura 1 –  Educação Ambiental na sensibilização e transformação do paradigma atual

Fonte: https://www.revistaea.org/pf.php?idartigo=1906. Acesso em 6 de jan. de 2025.

Barbieri (2011), diz que a educação ambiental deve estimular as pessoas a serem portadoras de soluções e não apenas a reclamar, embora essas devam ser as primeiras atitudes diante dos desmandos socioambientais. Deve também produzir mudanças em seu comportamento, ajustando, por exemplo, seus hábitos de consumo.

A educação ambiental tem o papel de possibilitar que as pessoas mudem suas formas de fazer as coisas, pois tem em seu modelo de ensino reflexivo, o processo de construção, reconstrução, transformação e apropriação, onde, segundo Oliveira & Pinto (2014), desempenha um papel importante papel na formação de pessoas, promovendo a consciência crítica para enfrentar as realidades negativas, que comprovam que nosso planeta é único e que seus recursos são limitados.

Figura 2 – Ação para mudanças da relação ser humano e natureza

Fonte: https://www.revistaea.org/pf.php?idartigo=1906. Acesso em 6 de jan. de 2025.

Portanto, coaduna-se com a prática de ações responsáveis ​​entre poder público e sociedade, onde a educação ambiental auxilia na utilização de outros métodos de intervenção, participa da mudança de atitudes e hábitos para auxiliar na conservação e no uso sustentável dos recursos naturais, na melhoria da qualidade de vida no meio ambiente, social e econômico (Bravo et al., 2018).

Em Souza e Santos (2020), diz que essa ação ambiental deve iniciar na escola para que cresçam cidadãos educados nesse tema. Fonseca (2009) afirma que com foco no ambiente natural de educação significa ter uma conversa sobre ser liberado do programa educação como parte importante do ambiente, ou seja, visualizar o processo educação que considera diferentes tipos de relações sociais e ambientais

No entanto, para Faggionato (2009), a compreensão é inerente a cada indivíduo, que percebe, reage e responde de forma diferente tanto nas relações interpessoais quanto nas ações da natureza.

As práticas ecologicamente corretas são reduzir a produção de lixo, reutilizar materiais, reciclar materiais para transformá-los em novos produtos e. Rejeitar o uso de produtos que causem grande impacto ao meio ambiente.

A utilização dos recursos do meio ambiente e das bibliotecas para se beneficiar da reflexão sobre a sustentabilidade ambiental tornou-se uma tendência principalmente após a aprovação dos ODS na Agenda 2030, que visa utilizar os recursos de forma sustentável e econômica, não apenas nas bibliotecas, mas em todas as áreas da sociedade em todo o mundo

A consciência ambiental faz parte de uma visão global e no cotidiano das pessoas sobre as formas como determinadas ações podem afetar o meio ambiente e entender como podemos evitar esses eventos.

Por meio da educação ambiental, as pessoas conhecem e aprendem sobre as questões relacionadas ao meio ambiente e os problemas ambientais causados ​​pelas atividades por ele desenvolvidas. Com tal conhecimento você ganha uma compreensão da importância do assunto em questão.

A educação ambiental é uma excelente forma de conscientizar as comunidades locais, promover atividades educativas, aproximar-se da natureza e levar conhecimentos práticos.

O caminho para a construção de um sujeito socioecológico que assuma sua responsabilidade coletiva no mundo é amplo e complexo, mas não necessariamente racional. A Educação ambiental reforça a participação social e política e o processo de resgate dos valores morais necessários para restabelecer a responsabilidade social nas relações interdisciplinares. Essa educação complexa e transdisciplinar não pode ser dissociada da essência humana, por meio da qual é possível transformar a natureza agregando significados e reposicionando-se no papel de compreender sobre o ser no mundo. Portanto, o desenvolvimento do artigo contribuiu para a harmonização e produção de materiais que auxiliam no melhor entendimento da Educação Socioambiental em geral, principalmente junto ao público.

Conclui-se que, em relação aos processos informacionais identificados, todos demonstraram potencial para funcionar em qualquer biblioteca, tendo em vista que são atividades simples e baratas, que também demandam poucos trabalhadores. No entanto, reconhece-se que tais processos requerem planejamento, gestão e avaliação.

AS COMPETÊNCIAS DO EDUCADOR NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A habilidade para adaptar currículos, métodos de ensino e materiais didáticos para atender às necessidades específicas dos alunos rurais é fundamental para proporcionar uma educação significativa e eficaz. Conhecer a realidade, cultura, contexto socioeconômico e ambiental das comunidades rurais é crucial. Isso permite ao educador identificar as necessidades dos alunos e adaptar os currículos de acordo com sua vivência e experiência  (Kolllng et al. 1999).

Adaptar o currículo para incluir conteúdos relevantes e contextualizados para a vida dos alunos rurais é de extrema importância.  Isso pode envolver a integração de temas locais, exemplos práticos da vida no campo, questões agrícolas, preservação ambiental ou aspectos culturais da região (Fernando et al. 2004).

Segundo Arroyo (1999), ter uma compreensão profunda da cultura, economia e desafios enfrentados pela comunidade rural, tornando o ensino mais contextualizado e relevante, por exemplo, estudar e compreender as tradições, práticas culturais, valores e crenças presentes na comunidade rural. Isso ajuda os educadores a integrar elementos culturais nos currículos, tornando o ensino mais inclusivo e valorizando a identidade cultural dos alunos.

Uma competência importante que um professor deve ter é a capacidade de estabelecer veículos, construir relacionamentos com os alunos, suas famílias e a comunidade, promovendo um ambiente de aprendizagem mais acolhedor buscando por estratégias pedagógicas inovadoras que possam superar limitações de recursos e engajar os alunos de maneira eficaz (Kolllng et al. 1999).

Outro ponto importante é o investimento em programas de desenvolvimento profissional para capacitar os educadores com habilidades e conhecimentos específicos para a educação do campo obtendo parcerias e colaborações entre escolas e a comunidade local para envolver os alunos em atividades práticas e contextualizadas (Medeiros et al. 2020). A exploração de métodos de ensino alternativos e uso inteligente de recursos locais também é importante, pois a natureza e a cultura local, para enriquecer o aprendizado (Rocha, 2013).

Uma educação de qualidade no campo pode levar ao desenvolvimento social, econômico e cultural das comunidades rurais. No desenvolvimento do tema sobre desafios e competências do educador na educação do campo, a análise detalhada desses aspectos oferece opções sobre como enfrentar os obstáculos e promover uma educação mais eficaz e inclusiva nas áreas rurais (Benjamin; Caldart, 1999).

Em 2007, o MEC, por meio da SECADI, instituiu o Programa de Apoio ao Ensino Superior no Ensino do Campo (PROCAMPO), cujo objetivo principal era apoiar a implementação de cursos de todo o país, com o objetivo de promover a formação de estudantes. Professores da área do conhecimento para atuar nos últimos anos do ensino fundamental e médio e na gestão das práticas docentes nas escolas rurais. Adquirir conhecimento relevante e habilidades aplicáveis, os alunos podem se tornar agentes de mudança em suas próprias comunidades (Rocha, 2013).

Quadro 1 – Instituição de ensino superior que ofertam licenciatura em educação do campo

Região Universidades Estados
Centro-Oeste UNB Distrito Federal
Nordeste UFS, UFPI, UNEB, UFBA, UECE, URCA UFPE, AESET, UNIVASP, CESA, UFMA, IFMA, UFCG, UNEAL Sergipe, Piauí, Bahia, Ceará, Pernambuco, Maranhão, Paraíba e Alagoas
Norte UFPA, IFPA, UNIR, UNIFAP, UFRR Pará, Rondônia, Amapá e Roraima
Sudeste ISES, UFES, UNIMONTES, UFMG, UFVJM, INFNET, UNITAU Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo
Sul UNICENTRO, UNIOESTE, UFTPR, UFSC Paraná e Santa Catarina

Fonte: INEP, 2017.

O PROCAMPO foi uma iniciativa voltada para a qualificação e formação de professores que atuam em contextos rurais, buscando oferecer uma educação mais contextualizada e adequada à realidade dessas comunidades. Por meio desse programa, os estudantes e professores envolvidos adquiriam conhecimentos relevantes e habilidades práticas aplicáveis, permitindo-lhes ser agentes de mudança em suas próprias comunidades (Kolllng et al. 1999).

Reconhecer a importância do conhecimento e das práticas culturais presentes nas comunidades rurais, integrando esses aspectos ao currículo e práticas educacionais e a promoção da Educação no Campo: Buscar estratégias para ampliar o acesso, permanência e sucesso dos estudantes no contexto rural, visando reduzir as desigualdades educacionais entre as áreas urbanas e rurais (Medeiros et al. 2020).

Sendo assim, O PROCAMPO foi uma importante iniciativa para fortalecer a educação nas áreas rurais, capacitando professores e reconhecendo a importância da educação contextualizada, capaz de atender às demandas e peculiaridades dessas comunidades. Essa abordagem contribuiu para a formação de professores mais preparados para atuar no ensino rural, favorecendo a qualidade da educação oferecida aos estudantes dessas regiões (Rocha, 2013). 

As escolas localizadas em áreas rurais frequentemente enfrentam dificuldades significativas no acesso à internet. Esse cenário pode trazer desafios para os professores no campo, afetando o desenvolvimento de atividades educacionais, recursos de ensino, comunicação e acesso a materiais educacionais digitais (Benjamin; Caldart, 1999).

Gráfico 1 –  Escolas do campo com acesso à internet

Fonte: https://www.brasildefato.com.br/2020/08/20/professores-driblam-dificuldades-para-manter-o-acesso-dos-alunos-a-educacao-no-campo

A localização remota das escolas rurais pode dificultar o acesso aos serviços de internet devido às distâncias das áreas urbanas, onde a infraestrutura de telecomunicações tende a ser mais desenvolvida (Bezerra Neto, 2013).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação ambiental deve refletir e apresentar oportunidades juntos na educação. Vale destacar que se trata de uma prática docente voltada para a ação de ecologia que leva ao conhecimento, portanto, é necessário para a diversidade.

Ao incentivar o envolvimento dos estudantes e da comunidade, a educação ambiental na área não só contribui para a conservação dos recursos naturais, mas também fortalece o sentimento de pertencimento e de identidade cultural.

A integração entre educação ambiental e educação do campo revela-se fundamental para promover sustentabilidade e construir uma consciência coletiva voltada para a preservação do meio ambiente. Essas abordagens, quando aplicadas de forma interdisciplinar e contínua, possibilitam o desenvolvimento de práticas educativas que valorizam os saberes locais, respeitam a diversidade e estimulam a responsabilidade ambiental. Assim, a união desses campos contribui não apenas para formar cidadãos mais conscientes e engajados com a natureza, mas também para fortalecer comunidades no enfrentamento dos desafios socioambientais contemporâneos, promovendo um futuro mais equilibrado e sustentável para todos.

Portanto, conclui-se que, avançar para uma abordagem educacional que integre a sustentabilidade e a educação rural é essencial para a construção de uma sociedade equilibrada, onde as comunidades possam prosperar em harmonia com a natureza, promovendo um futuro sustentável e justo para a sociedade.

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Referencias

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