INTRODUÇÃO

Este pré-projeto vislumbra não apenas a vida e história que preenchem os conhecimentos biográficos sobre o filósofo Pitágoras de Samos, este artigo também aborda as grandes contribuições epistemológicas deste filósofo para a sociedade contemporânea; e não obstante a essa temática, também é abordado neste artigo algumas características da produção científica pré-socrática (período em que viveu o filósofo a ser estudado) relacionando-as à produção científica moderna; nesse íntere, apresentaremos algumas descobertas pitagóricas como também faremos menção à escola que tinha o seu nome. Este artigo ainda aborda a questão da atual influência de algumas descobertas pitagóricas apresentadas à sociedade moderna e contemporânea, objetivando, desta forma, atender as expectativas do objetivo proposto por esta pesquisa, no qual o mesmo torna evidente à questão da análise epistemológica do período em que viveu Pitágoras, como também a resolução do problema que impulsionou esta pesquisa, onde este analisa a possibilidade de existir, ou não, alguma contribuição destas descobertas para a sociedade atual. Além da análise feita em muitos arquivos e livros que trabalham esta temática, foi de fundamental importância o uso da linha de pesquisa bibliográfica, pois, esta linha de pesquisa nos proporciona uma grande possibilidade de conhecimento e após a devida assimilação deste conhecimento, a devida compilação, concisão, ou sistematização do que antes fora adquirido através das pesquisas.

No transcorrer de suas entrelinhas, este artigo é de mui relevância a sociedade acadêmica e contemporânea, onde este trilhará em sua pesquisa caminhos pouco trilhados por alguns pesquisadores como também fará referência à epistemologia do filósofo pré-socrático Pitágoras de Samos, desenvolvendo toda uma trajetória de pesquisa e objetivando enfatizar a questão das contribuições epistemológicas deste filósofo para a ciência contemporânea; para melhor conceituarmos e compreendermos o termo “epistemologia” obteremos como referência a fala do renomado escritor e pesquisador Jonathan Dancy, que afirma:

[…] a epistemologia ocupa-se da avaliação – a avaliação de estratégias e de seus produtos (crenças). Entre as estratégias que avalia encontram-se as da ciência. Assim concebida, a epistemologia coloca-se na posição de julgar todas as outras áreas da investigação humana: é tida como filosofia primeira. (Dancy, 1995, p.5)

A produção de conhecimento designada ao filósofo Pitágoras de Samos é fundamental para que se compreenda as grandes descobertas realizadas não só pelo filósofo em questão, mas também por toda a escola pitagórica da qual o mesmo era mestre e também maior representante, a escola acima descrita foi a primeira a ocupar-se com as primeiras descobertas voltadas ao campo da matemática, como também o estudo sobre os números e algumas propriedades que são de interesse dos mesmos, mas que estas eram inteiramente ligadas a essa temática; não só da matemática como também dos números; obtemos a afirmação do texto acima transcrito ao analisarmos a obra de Ubaldo Nicola quando o mesmo escreve: 

Os pitagóricos foram os primeiros a dedicar-se às ciências matemáticas, fazendo-as progredir. Como encontraram nessas ciências o próprio nutrimento, foram da opinião de que existem e são geradas, e afirmavam que uma determinada propriedade dos números se identifica com a justiça, uma outra com a alma e com o intelecto… E que o mesmo vale, aproximadamente, para cada uma das outras propriedades numéricas. (Nicola, 2005, p.22)

Após a afirmação expressa com a citação anterior, esta pesquisa também apresentará uma espécie de contraponto a algumas ideias modernas e contemporâneas com relação à produção de conhecimento referente à Matemática, como vimos, os pitagóricos foram os primeiros a dedicar a maioria do tempo em que dispunham para possíveis descobertas especificamente nesta área, uma das definições que se opõem a esta verdade aqui afirmada é a do renomado escritor Gilberto Cotrim que diz:

[…] umas das principais características do pensamento moderno foi tentar explicar a realidade a partir de novas formulações racionais. Galileu, por exemplo, explicaria o mundo concreto, sensível, por meio de relações matemáticas, geométricas, o que não se havia feito até então, […] (Cotrim, 2012, p.223)

Ao realizarmos as pesquisas, e nestas encontrarmos diferentes posicionamentos sobre uma mesma temática, logo percebi que era de fundamental importância analisar, averiguar e pesquisar quais eram as contribuições designadas ao filósofo Pitágoras de Samos para a ciência contemporânea, e de que forma a sua produção epistemológica tem contribuído para a nossa sociedade atual, por isso, esta pesquisa será realizada objetivando descobrir através de referenciais teóricos (bibliográficos) possíveis respostas para questionamentos inerentes ao filósofo Pitágoras de Samos e algumas de suas descobertas. No intuito de mostrar que essas descobertas permeiam a sociedade contemporânea, destacaremos quais as suas contribuições de maior relevância para a ciência moderna, buscando, desta forma, demonstrar a importância deste grande filósofo e pesquisador para os dias atuais.

Com a remota possibilidade, porém não impossível, da tentativa de explicação sobre o “porquê” da escolha do filósofo trabalhado nesta pesquisa como também a comprovação dos conhecimentos epistemológicos produzidos pelo mesmo, é que existe a necessidade de passar, através de minhas palavras, o grande fascínio e identificação que encontrei em trabalhar e escolher este pensador e consequentemente algumas coisas inerentes ao mesmo; o que mais me chama a atenção em toda a produção pitagórica não é o resultado da descoberta em si, mas sim, todo o processo que leva ao resultado final de tal descoberta, ao analisar o resultado da experiência em si pode surgir o seguinte questionamento: como alguém, ou um ser humano, essencialmente limitado, é capaz de realizar tal descoberta? No entanto, ao conhecer todo o processo de pensamento que O mesmo levou até chegar a tal descoberta, não

Só percebe-se o alto nível de pensamento deste filósofo como também a definição de que é possível, sim, a todos aqueles que se dispuserem ao verdadeiro exercício do filosofar, alcançar pensamentos tão profundos. Nesta linha de pensamento, pode-se dizer que: o resultado final é apenas uma comprovação da brilhante forma de pensamento antes tida por Pitágoras de Samos.

Neste imenso campo de conhecimento, obteremos como foco especial algumas temáticas ou alguns caminhos que esta pesquisa nos permite trilhar, dentre tantos podemos destacar a questão de analisar o conceito de ciência no período pré-socrático, como também está ligada ao tema a questão da desmistificação da ideia de que somente houve produção científica a partir da idade moderna, explicar algumas descobertas de Pitagóricas, e o último passo a ser executado nesta pesquisa é a questão da influência dessas descobertas para o nosso dia-a-dia.

Este trabalho será de grande importância para todo o meio acadêmico e também para os futuros leitores, pois o mesmo, em suas entrelinhas, abordará uma temática que possibilitará, ao indivíduo que almeja conhecer mais sobre este período e este pensador, um maior esclarecimento dos conhecimentos epistemológicos outrora utilizados pelo filósofo estudado neste projeto; Além de prestar um esclarecimento sobre algumas ideias apresentadas por pensadores dos períodos pré-socrático, moderno e contemporâneo, e que serão, de maneira lógica, aqui abordadas.

OBJETIVOS

• Analisar o Conceito de Ciência na Época Pré-Socrática.
• Observar, Relatar e Explicar as descobertas Pitagóricas.
• Detectar a Importância Dessas Descobertas Para a Ciência Pós-Moderna.
• Desmistificar a Ideia de que Somente Houve Produção Científica a Partir da Idade Moderna.

PROBLEMÁTICA

O princípio norteador desta pesquisa tem por finalidade a investigação de questionamentos inerentes a sociedade atual, no entanto, é parte comum do ambiente acadêmico filosófico a escassez de projetos que optem por abordar uma temática voltada aos primórdios da filosofia, cito a filosofia antiga, assim, é notório que a forma como a episteme de Pitágoras de Samos contribuiu/contribui para ciência contemporânea, é o principal foco desta pesquisa.

JUSTIFICATIVA

Esta pesquisa será realizada obtendo como principal referência possíveis respostas para questionamentos referentes ao filósofo Pitágoras de Samos e suas descobertas, descobertas essas que permeiam a sociedade contemporânea, dentre as quais, destacaremos a sua contribuição para a ciência pós-moderna, como também, quais as principais descobertas

realizadas pelo mesmo, buscando, desta forma, demonstrar a importância deste grande filósofo e pesquisador para os nossos dias hodiernos.

Este trabalho será de grande importância para todo o meio acadêmico e também para os futuros leitores, pois o mesmo, em suas entrelinhas, abordará uma temática que possibilitará, ao indivíduo que almeja conhecer mais sobre este período e este pensador, o esclarecimento sobre algumas ideias apresentadas por pensadores modernos e contemporâneos, e que serão, de maneira lógica, aqui abordadas.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA DA INVESTIGAÇÃO

O caminho a ser percorrido para que esta pesquisa seja realizada é mais voltado a questão da pesquisa bibliográfica, uma vez que esta nos permite um maior acervo literário e didático, pois, teremos que investigar o pensamento de alguns autores e filósofos em diferentes períodos da filosofia, como lá não estamos, teremos as informações referentes aos estudos realizados pelos mesmos somente através da pesquisa bibliográfica, pois como descreve a professora Márcia Rita Trindade Leite Malheiros (2010, p.2), “[…] a pesquisa bibliográfica levanta o conhecimento disponível na área, possibilitando que o pesquisador conheça as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para compreender ou explicar o seu problema ou objeto de investigação”. E, obtendo como base a definição anteriormente exposta, é que pretendo conduzir toda esta pesquisa objetivando alcançar no final da mesma o resultado que me será apresentado de acordo com as possíveis descobertas.

Pitágoras de Samos é um dos mais conhecidos e controvertidos filósofos gregos. Ele não escreveu nada e pouco foi dito sobre ele por seus contemporâneos. A maior parte das informações sobre sua vida foi escrita séculos depois de sua morte, daí muitos dados não serem considerados confiáveis. Nasceu na ilha de Samos, na costa da Turquia Moderna, entre 570 e 590 a.C. era filho do rico joalheiro Mnésarcnos e de Parthénis. Pitágoras deu origem à tradição filosófica grega, uma das principais práticas do filósofo acima mencionado que marcou a época. Criador da escola pitagórica, onde a mesma levava este nome em sua homenagem e tinha como símbolo o pentagrama (estrela de cinco pontas); os membros da escola recebiam uma educação formal nas áreas de Geometria, Aritmética, Astronomia e Música, ressaltando também que para Pitágoras os números constituíam formas e sinais externos que revelavam os elos entre o universo e a humanidade; nos dias atuais podemos facilmente perceber as contribuições de Pitágoras, contribuições essas que estão presentes em nossa sociedade, demonstrando cada vez mais a importância desse período, deste filósofo e de suas grandes e fantásticas contribuições para a atual educação.

Embora sua biografia seja marcada por diversas lendas e fatos não comprovados pela História, temos dados e informações importantes sobre sua vida. Com 18 anos de idade, Pitágoras já conhecia e dominava muitos conhecimentos matemáticos e filosóficos da época. Através de estudos astronômicos, afirmava que o planeta Terra era esférico e suspenso no Espaço (ideia pouco conhecida na época). Encontrou certa ordem no universo, observando que as estrelas, assim como a Terra, giravam ao redor do Sol. Recebeu muita influência científica e filosófica dos filósofos gregos Tales de Mileto, Anaximandro e anaxímenes. Enquanto visitava o Egito, impressionado com as pirâmides, desenvolveu o famoso Teorema de Pitágoras. Atribui-se também a ele o desenvolvimento da tábua de multiplicação, o sistema decimal e as proporções aritméticas. Sua influência nos estudos futuros da matemática foi enorme, pois foi um dos grandes construtores da base dos conhecimentos matemáticos, geométricos e filosóficos que temos atualmente.

Uma das tarefas fundamentais deste projeto é a definição do conceito de “ciência” no período pré-socrático, inserido neste período, o filósofo Pitágoras, ainda sem recorrer ou agir conforme os métodos científicos modernos, até porque o referido não tinha nenhum conhecimento sobre estes, foi, ao longo de sua trajetória, produzindo e utilizando princípios de sua época, hoje atribuídas aos filósofos “modernos” para as suas devidas descobertas – problema, observação e experimentação. Porém, percebe-se que este tópico é de fundamental importância tendo em vista que a “boa” ou “má” continuidade deste projeto será relacionada exclusivamente a definição expressa nesta etapa sobre “ciência”.

A produção de conhecimento que era executada no período aqui exposto era mais voltada à questão epistemológica, isso não afirma uma possível possibilidade de desqualificação das descobertas e dos conhecimentos de Pitágoras, como também não referenciamos aqui nenhum tipo de conhecimento que não pertença a ciência por não encaixar-se nos seus moldes metodológicos, mas sim uma produção rica e indispensável à sociedade da época, um reflexo do que aqui é exposto é que ainda após muitos séculos conseguimos, com facilidade, detectar não apenas a importância, como também a influência dos conhecimentos produzidos por Pitágoras.

A importância de se apontar e também de se encontrar princípios epistemológicos nas descobertas do respectivo filósofo, pode-se afirmar que é uma etapa de muita relevância e de muitos desvelamentos desta pesquisa, uma vez que o conhecimento epistemológico era o meio, ou método, ao qual dispunha, não apenas Pitágoras, como também todos os filósofos que fizeram parte do período da antiguidade; como relatamos anteriormente, isso não desqualifica a produção ou as descobertas dos mesmos, é justamente o oposto de tudo isso, intensifica a valorização do conhecimento hoje encontrado (através de variadas fontes) e que na época foi produzido pelos filósofos do período supracitado. Não são ideias opostas apresentadas aqui, apenas é apresentado que a cientificidade, com o seu vasto conteúdo de métodos, servem para valorizar as descobertas que contém princípios epistemológicos, pois estas não são opostas e nem se completam, apenas evidenciam os princípios diferentes e que também em muitos casos fazem referência e até acabam explicando a mesma descoberta.

A produção científica no período pré-socrático, onde também nasceu o principal objeto desta pesquisa (Pitágoras de Samos), estava inteiramente relacionada à questão das crenças, dos ritos, da experiência prática, com isso, logo se pode concluir que as descobertas que aconteceram no período supracitado eram, de fato, experiências que tinham o seu processo de conclusão já na parte prática da mesma, ou seja, pode-se abrir aqui um parêntese também para a possibilidade de algumas descobertas científicas terem se concretizado sem ao menos terem uma prévia orientação teórica sobre ela mesma, com isso não se torna frágil ou fraco a veracidade, legalidade ou importância dessas descobertas, mas creio que esta

abordagem apenas serve para enfatizar a essência da ciência, que é justamente a questão da observação, e após a observação a comprovação da ideia antes pensada ou formulada; no entanto, os caminhos trilhados para que se pudesse chegar a algumas comprovações científicas na época eram métodos não utilizados nos dias atuais, por isso mesmo é que também existe a necessidade desta pesquisa, mesmo utilizando-se das crenças e tantos outros requisitos para tais comprovações demonstrarem que a produção realizada naquela época e naquele período também era científica, mesmo utilizando apetrechos e métodos arcaicos pouco comuns para os dias hodiernos.

Para a realização deste trabalho, muitas pesquisas tiveram que ser realizadas objetivando uma provável afirmação ou negação do problema antes exposto; é evidente que ao final deste podemos dizer que obtivemos, sim, uma resposta, mas foi de fundamental importância o registro da “inesgotável” fonte de conhecimento que é o período pré-socrático como também o filósofo Pitágoras, mesmo com as limitações no que se refere aos aparatos tecnológicos e científicos que produzem a experimentação, este filósofo consegue uma produção que ainda segue de forma bem atualizada nos nossos dias; o pensador acima mencionado tinha um compromisso fiel com a busca do verdadeiro conhecimento racional, porque apenas este seria capaz de nos proporcionar uma sociedade mais justa e competitiva.

Na época tudo ainda era muito mítico, porém alguns filósofos gregos, entre eles Pitágoras, admirados e espantados com o que presenciavam no momento, ficaram insatisfeitos com uma explicação mitológica para tudo o que ali acontecia, e a partir deste momento começaram a surgir às indagações e consequentemente a busca das respostas para essas supostas indagações, por isso têm-se a ideia do surgimento da filosofia com a utilização do que essencialmente está ligada a ciência atual, que é justamente a indagação, o problema, a dúvida, e foi à tentativa de resposta racional que se originou a filosofia, a busca pela verdade dos acontecimentos que os filósofos da época presenciavam; este mesmo princípio ainda rege a ciência, no entanto, diferentemente daquela época, hoje as formas de se pensar o solução para este problema é bem mais fácil, por causa dos aparatos tecnológicos, porém, o que ainda move a ciência nos dias atuais, como naquela época, é a interrogação, o problema, a dúvida, o questionamento a ser solucionado, e não podemos negar que este questionamento também existia na época, e se assim acontecia, a produção existente naquele período (pré-socrático) também foi uma produção científica.

Uma das etapas consideráveis a serem executadas neste projeto é, também, a definição do termo “epistemologia” tendo em vista a constante necessidade do uso desta expressão, como também para que seja compreensível aos possíveis leitores deste artigo o que de fato significa esta expressão, vejamos; esta expressão está intrinsecamente ligada ao período pré-socrático/antigo, pois esta se atém a estudar e observar as questões relacionadas às crenças que existiam especificamente no período filosófico antigo, como escreve (Dancy, 1995, p.1) “A epistemologia é o estudo do nosso direito às crenças que temos”; esta definição só deixa mais evidente a afirmação outrora exposta, os conhecimentos epistemológicos do filósofo Pitágoras são recheados de princípios relacionados à questão mitológica e também relacionados à crença, os mesmos não são apenas derivados destes, até porque algo fundamental e brilhante no filósofo citado era a sua capacidade de relacionar a base do conhecimento existente na época (mito e crença) com a sua inconfundível produção racional, algo até então pouco visto por alguns pensadores da época.

De todas as etapas, a menos pedante é detectar a vasta contribuição herdada pelos modernos e contemporâneos, não apenas da filosofia, como também da ciência produzida no período pré-socrático, em especial por Pitágoras; é evidente que não é possível demonstrar todas as descobertas do mesmo neste trabalho pela grande quantidade das mesmas, no entanto, pode-se iniciar todo esse processo de análise das influências através do campo filosófico, e logo após trataremos do campo especificamente científico. Os filósofos, em especial, sabem a importância da filosofia no meio social, e Pitágoras de Samos foi o criador deste tema, tal qual o conhecemos hoje, como demonstra (Chaui, 2012, p. 28) que “Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos a invenção da palavra filosofia”, porque esta palavra em seu sentido mais completo não nos joga em um campo meramente mítico ou cheio de crenças, como pensam alguns, mas traz a realidade o verdadeiro exercício da reflexão e do verdadeiro pensar racional, e é desta maneira que Pitágoras define a filosofia, ou o filósofo, como sendo amigo, ou amante, da sabedoria.

Mesmo estando inserido no ambiente com as características expostas no parágrafo anterior, Pitágoras consegue sobressair-se em meio a uma cultura totalmente atípica ao exercício do pensar racional, afinal o campo epistemológico não faz referência às descobertas sem nenhuma forma de saber avaliar o conteúdo citado, mas esta, mesmo tendo princípios contestados por estar ligada a questão das crenças, que têm sim, algumas estratégias de avaliação.

Sendo normativa, a epistemologia ocupa-se de avaliação – a avaliação de estratégias e de seus produtos (as crenças). Entre as estratégias que avaliam encontram-se as da ciência. Assim concebida, a epistemologia coloca-se na posição de julgar todas as outras áreas da investigação humana: é tida como filosofia primeira. (Dancy, 1995, p.5)

Além da investigação a partir de princípios normativos, podemos encontrar, em outro extremo, as investigações epistemológicas a partir da razão, e esta era uma produção muito importante nesta época tendo em vista que este tipo de visão sempre proporciona ao investigador e pesquisador um consequente movimento, e este acontece de forma magnífica de uma velha e antiga descoberta, ou forma de pensar, para um conhecimento até então desconhecido (novo). Esta diferente forma de análise dos acontecimentos tem como fator preponderante a questão da inferência e/ou dedução, e esse processo só não acontece e não tem veracidade quando o primeiro objeto da investigação (as premissas), que é o lugar de onde possivelmente nos movemos, seja verdadeiro se a conclusão, lugar para a qual obtemos como alvo, for falsa, desta feita, não sendo seguidos esses princípios logo deduzimos que o referido pensamento não terá logicidade e/ou validade; é compreensível, desta forma, que estaremos retirando do filósofo Pitágoras as descobertas que se adequam às perfil anteriormente aqui tratado sobre os princípios de investigação a partir da razão, é por isso que foi aqui afirmado que por ser ligado a epistemologia e automaticamente a questão das crenças,

As descobertas feitas no referido período não são de fácil refutação, a grande prova disso é que algumas delas permeiam, em nível de importância, a nossa atual sociedade.

O caminho percorrido tem um caráter bibliográfico, uma vez que este nos permite um contexto literário e didático, pois, tivemos que investigar o pensamento de alguns autores e filósofos em diferentes períodos da filosofia, como lá não estamos, teremos as informações referentes aos estudos realizados pelos mesmos somente através desse tipo pesquisa, sobre isso descreve Malheiros (2010, p.2), “[…] a pesquisa bibliográfica levanta o conhecimento disponível na área, possibilitando que o pesquisador conheça as teorias produzidas, analisando-as e avaliando sua contribuição para compreender ou explicar o seu problema ou objeto de investigação”. E, obtendo como base a definição anteriormente exposta, é que pretendemos conduzir toda esta pesquisa objetivou alcançar em seu final um resultado que nos foi apresentado de acordo com as possíveis descobertas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para a realização deste trabalho, muitas pesquisas tiveram que ser realizadas objetivando uma provável afirmação ou negação do problema antes exposto; é evidente que ao final deste podemos dizer que obtivemos, sim, uma resposta, mas foi de fundamental importância o registro da “inesgotável” fonte de conhecimento que é o período pré-socrático como também o filósofo Pitágoras, mesmo com as limitações no que se refere aos aparatos tecnológicos e científicos que produzem a experimentação, este filósofo consegue uma produção que ainda segue de forma bem atualizada nos nossos dias; o pensador acima mencionado tinha um compromisso fiel com a busca do verdadeiro conhecimento racional, porque apenas este seria capaz de nos proporcionar uma sociedade mais justa e competitiva.

Na época tudo ainda era muito mítico, porém alguns filósofos gregos, entre eles Pitágoras, admirados e espantados com o que presenciavam no momento, ficaram insatisfeitos com uma explicação mitológica para tudo o que ali acontecia, e a partir deste momento começaram a surgir às indagações e consequentemente a busca das respostas para essas supostas indagações, por isso têm-se a ideia do surgimento da filosofia com a utilização do que essencialmente está ligada a ciência atual, que é justamente a indagação, o problema, a dúvida, e foi à tentativa de resposta racional que se originou a filosofia, a busca pela verdade dos acontecimentos que os filósofos da época presenciavam; este mesmo princípio ainda rege a ciência, no entanto, diferentemente daquela época, hoje as formas de si pensar o solução para este problema é bem mais fácil, por causa dos aparatos tecnológicos, porém, o que ainda move a ciência nos dias atuais, como naquela época, é a interrogação, o problema, a dúvida, o questionamento a ser solucionado, e não podemos negar que este questionamento também existia na época, e se assim acontecia, a produção existente naquele período (pré-socrático) também foi uma produção científica.

CRONOGRAMA

Fonte: Elaboração do autor(2025)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAUI, Marilena de Souza. Iniciação à filosofia. 1ª Ed. São Paulo: Editora Ática, 2012. COTRIM, Gilberto. Fundamentos de filosofia / Gilberto Cotrim, Mirna Fernandes – Cap. 13:

DANCY, Jonathan. Problemas da epistemologia – trad. Eliana Curado. Texto extraído da Oxford Companion to Philosophy – OUP, pp. 809-812, 1995. Postado por Orlando Tambosi às 12h01min AM.

Razão e Experiência. 1ª Ed. – São Paulo: Saraiva, 2010.

MALHEIROS, Márcia Rita Trindade Leite. Pesquisa na graduação. Disponível em: http://www.profwillian.com/_diversos/download/prof/marciarita/Pesquisa_na_Graduacao.pdf.

Acessado em: 02/06/2013.

NICOLA, Ubaldo. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna. 1ª Ed. – São Paulo: Globo, 2005.