INTRODUÇÃO

O presente artigo abordou como ocorre o processo de inclusão dos educandos, através do uso das metodologias ativas por parte dos docentes, e como se trata de uma necessidade que esse alunado apresenta, ainda mais com todas as mudanças que vem ocorrendo no modo de vida das pessoas, que em via de regra, atingem a todos os públicos de maneira extremamente intensa. 

O objetivo é demonstrar como se trata de um processo de socialização e adaptação dos educandos para o modelo de vivência em sociedade o uso das metodologias ativas, eis uma questão de extrema importância a ser enaltecida, o modo como às instituições de ensino se preocupam com a formação social do alunado. 

A metodologia adotada foi à pesquisa de caráter bibliográfico, tendo sido realizadas diversas consultas em obras que relatam como o uso das metodologias ativas vem promovendo uma verdadeira revolução com relação ao processo de ensino e aprendizagem aos estudantes de uma maneira holística. 

A pesquisa se justifica pela necessidade de compreender o que representa as metodologias ativas, o modo com que esses recursos apresentam um grande diferencial na formação do alunado, e mais do que isso, como o ensino de uma maneira geral, vem sofrendo um processo de modernização.

O artigo em sua fundamentação, demonstra como a inclusão representa um termo muito mais amplo, principalmente no que diz respeito à dimensão que os planos de ação estabelecidos pelos educadores, embasam um período de tempo muito maior na vida dos educandos, e por essa razão, não apenas com relação às pessoas com algum tipo de deficiência, assim como a necessidade de demonstrar como é preciso promover um preparo maior para o alunado de acordo com o modelo de vivência em sociedade. 

Nas considerações finais, os leitores podem observar como as metodologias ativas representam metodologias de ensino extremamente enriquecedoras, e que vão além do que pode ser considerado como um viés cognitivo, e sim, de cunho social, ao serem ofertadas de uma maneira proficiente pelos docentes, se mostram capazes de aproximar muito o alunado com relação à realidade que os mesmos encontrarão na vida em sociedade, principalmente ao atingirem a idade adulta.

Grande parte dos educadores já se preocupam em compreender como o uso das metodologias ativas, representa um ganho e que por essa razão, não podem deixar de serem ofertados ao alunado, pelo menos em relação à forma de estímulo, e claro, como um modo de conhecimento que elenca as necessidades educacionais e culturais, que os estudantes da atualidade devem desenvolver.

REFERENCIAL TEÓRICO

Metodologias ativas, representam modelos de ensino que promovem uma grande transformação em relação à concepção de ensino, e por essa razão, vem ganhando grande projeção na educação atualmente e com amplas possibilidades de conquistar um espaço ainda mais impactante no processo de formação de pessoas.

Todavia, é preciso em um primeiro momento, estabelecer-se como as metodologias ativa são usadas de maneira indiscriminada em toda a sociedade, de uma maneira extremamente consumista, principalmente quando a mesma é correlacionada ao uso da internet (Filho, 2019).

Trata-se de uma das principais mudanças que a sociedade vem sofrendo na atualidade e por essa razão, quando se fala na oferta das metodologias ativas nas instituições de ensino, representa uma forma de inclusão extremamente importante, pensando na formação dos educandos de uma maneira que se adeque a realidade social.

Pelo simples fato de essa ser uma exigência que a sociedade moderna apresenta, e a educação representa a principal possibilidade de inserção e preparo para a vivência em sociedade, contudo, com uma grande vantagem, que se encontra no fato de possuir toda uma faceta pedagógica, que é algo que o restante da vida em comunidade não apresentar (Barbosa; Moura, 2013).

Usando uma linguagem mais coloquial, quando se fala em metodologias ativas, se trata de um recurso que possibilita aos estudantes serem amplamente mais participativos dos processos educacionais, o que representa um viés de extrema importância, para desenvolver um engajamento maior no alunado com relação à obtenção de um aprendizado de qualidade maior (Filho, 2019).

Além da inclusão de atividades ativas, o ideal seria pensar a aula de forma horizontal, como um grupo de pessoas, responsáveis, buscando objetivos comuns, organizado em círculo, onde todos (professor e alunos) possam se vir e redefinir os objetivos da própria aula, podendo ou não se utilizar de tecnologias virtuais como suporte; utilizar técnicas participativas e tornar a avaliação integrada ao processo, como garantia de melhores condições de aprendizagem, subsidiando os vários elementos que participam da mesma: o aluno e o professor nos seus desempenhos e o programa ou planos de curso em sua adequação (Martins, 2020). 

Também merece destaque toda a variedade, amplitude, possibilidades de recursos a serem usados em sala de aula, na realidade, tudo o que possibilita um engajamento maior para a participação dos educandos, pode ser considerada como uma metodologia ativa, o diferencial, contudo, apresenta-se no dinamismo que cada recurso apresenta e o modo como os estudantes o empregam.

Uma tentativa que pode ser considerada como extremamente válida de enriquecer o processo de ensino e aprendizagem, e ao mesmo tempo, exacerbar a necessidade de se promover uma inclusão social, que permita aos estudantes compreenderem todo o sistema que se encontram inseridos.

É importante considerar que as mudanças no campo do ensino e da aprendizagem na educação formal não surgem desconectadas de seu contexto social, cultural e econômico, e a escola sabe muito bem a responsabilidade que possui. 

Algumas razões ajudam a explicar o contexto em que as metodologias ativas passam a vigorar como uma alternativa importante para o enfrentamento do insucesso da aprendizagem na educação formal, tais como: o surgimento de novos ambientes de convívio e interação social mediados pelas tecnologias digitais; a superabundância da informação possibilitada pelos mecanismos de busca facilmente acessíveis com um aparelho celular conectado à Internet; e a emergência de uma economia do conhecimento, em que nações e indivíduos são medidos pela capacidade de adquirir, produzir e processar conhecimento, a despeito das desigualdades que lhes são inerentes e que são perceptíveis a olho nu (Martins, 2020). 

Fato é que o uso das metodologias ativas promovem uma verdadeira reflexão por parte dos estudantes, na maneira como cada atividade que é idealizada dentro do ambiente escolar, pode ser usada no seu cotidiano, muito mais do que uma mera adaptação, e sim, a construção de um modelo de conhecimento a ser aplicado em diversos momentos no dia a dia desse alunado.

As metodologias ativas, apresentam grande edificação com relação ao processo de aprendizagem, principalmente pelo fato de se tratar de estratégias que facilitam a compreensão dos estudantes, e do mesmo modo, se adequa a toda classe educacional, bem como as diversas concepções educacionais que existem na educação nacional (Dias; Fonseca, 2015).

O advento da tecnologia e sua acessibilidade proporcionaram um novo formato de ensinar e aprender, as aulas tornaram-se mais dinâmicas e envolventes, fortalecendo a percepção do aluno de que ele pode ser o autor de suas próprias ações. A vinculação do conteúdo que precisa ser ensinado e aprendido a um recurso tecnológico proporcionou a construção de vários exemplos de metodologias ativas, como possibilidades de melhoria do ensino e da aprendizagem, a saber: ensino híbrido, sala de aula invertida, gamificação e aprendizagem baseada em problema (Ramos, 2016, p. 66). 

O uso das metodologias ativas também apresentam um viés de extrema importância, a partir do momento em que se observa os seus benefícios através da ótica dos docentes, ou seja, quando se obtém uma aresta mais profissional com relação ao trabalho que vem sendo desenvolvido pelos educadores.

Em um primeiro momento, é de extrema importância citar o fato de que os educadores representam uma classe extremamente cobrada pela sociedade, e por essa razão, muitas pessoas esperam que esses profissionais consigam realizar um trabalho de qualidade, que faça a diferença a favor do processo de socialização.

Contudo, durante muitos anos, esses educadores tiveram que enfrentar diversos desafios, para que pudessem realizar o trabalho que verdadeiramente desejavam, principalmente pela falta de recursos didáticos que pudessem promover uma mudança significativa das abordagens realizadas em sala de aula.

Em outras palavras, os educadores percebem o momento em que mudanças necessitam serem idealizadas, até por uma questão motivacional, ou seja, deixar um conteúdo mais atrativo para o alunado, sob uma forma de prender a atenção dos mesmos por um período de tempo maior (Barbosa; Moura, 2013).

Esse desafio começou a ser vencido com maior facilidade, a partir do momento em que se pensou no processo de formação de docentes de uma maneira mais holística, e o uso das metodologias ativas representou um grande avanço nesse sentido para a educação em geral.

Contudo, o viés motivacional dos educadores também pode ser considerado como algo positivo, até pára tirar os profissionais de uma possível zona de conforto, algo que é muito comum em todas as profissões, principalmente quando o executor já se encontra diante de uma mesma atividade há muitos anos (Mazur, 2015).

As metodologias ativas fazem com que os educadores tenham que desenvolver um plano de aula muito mais bem elaborado, fazendo com que os mesmos pensem na criação de um cenário mais palpável em prol dessa prática, e isso apresenta a necessidade de um nível de envolvimento muito mais significativo.

Segundo Barbosa e Moura (2013), a aprendizagem ativa ocorre por meio da interação do aluno com o assunto estudado, ouvindo, falando, perguntando, discutindo, fazendo e ensinando, sendo estimulado a construir o conhecimento ao invés de recebê-lo passivamente. Aplicar os aprendizados em contextos diferentes daqueles em que foram obtidos exigirá mais do que simples decoração ou solução mecânica de exercícios. 

O tempo que os educadores utilizam para que o uso das metodologias ativas sejam condizentes com as necessidades que os educandos possuem, e com as possibilidades em sala de aula, é o que adicionam uma qualidade muito maior com relação ao que é construído pelo profissional, e claro, o que faz a diferença na realidade do educando.

A educação como um processo, também merece destaque por todo o dinamismo que apresenta, o que leva a necessidade de abordar não somente o viés da adaptação, e sim, pela conscientização que todos na escola devem ter, de que as mudanças tão intensas que vem ocorrendo na sociedade, verdadeiramente devem ser repassadas de um modo coloquial, ou melhor, em uma linguagem jocosa, que esteja em sintonia com as necessidades apresentadas pelo sistema em si.

O envolvimento que os educandos possuem nas propostas de metodologias ativas, faz com que as aulas sejam mais produtivas, ao mesmo tempo em que os temas devem ser correlacionados com o dia a dia dos educandos.

Justamente por essa razão, é que o uso das metodologias ativas pode ser considerado como um diferencial, uma vez que, se trata de um conjunto de recursos que verdadeiramente de adéquam a todos os tipos de conteúdos em que a educação se encontra inserido, basta que os educadores tenham o conhecimento que se faz necessário, para que esse tipo de prática alcance resultados mais edificantes (Dias; Fonseca, 2015).

As metodologias ativas também apresentam outra vantagem que deve ser considerada como muito importante, que é a facilitação do acesso à informação, algo que os meios educacionais considerados como tradicionais, simplesmente não conseguem oferecer.

Quando o estudante tem o desejo de buscar novas fontes de conhecimento, as metodologias ativas conseguem contribuir muito com esse aluno, premiando seu interesse quase que de uma maneira instantânea, o que também dinamiza o processo de ensino e aprendizagem.

Outro fator que necessita ser levado em consideração, diz respeito aos estudantes que apresentam déficit de aprendizagem, ou seja, não conseguem aprender da mesma maneira que os demais que se encontram inseridos na mesma sala de aula, não se trata de uma comparação entre alunos, e sim, a necessidade que os educadores possuem de desenvolverem um olhar diferenciado sobre as barreiras que existem quanto ao processo de aprendizagem (Ceretta, 2021).

Com efeito, os educadores têm a possibilidade de adotarem materiais embasados nas metodologias ativas, a fim de apresentar o conteúdo sob outro prisma para seus alunos que demonstram um nível de dificuldade de aprendizagem mais salutar, e para esses educandos por sua vez, se trata de mais uma oportunidade de compreender o conteúdo.

Um grave erro que muitas pessoas, inclusive, a comunidade escolar, ainda mais quando a mesma não vem a ser participativa, é crer que o uso das metodologias ativas se encontra relacionadas apenas na operacionalização dos recursos tecnológicos por parte dos estudantes, de modo que, se trata de um viés muito mais amplo.

Em relação às estratégias utilizadas, o contexto educacional que vivemos na atualidade pode ser caracterizado como um mosaico. Enquanto alguns professores ainda utilizam métodos tradicionais como às aulas expositivas, o quadro-negro, o giz e o livro-didático, outros utilizam práticas pedagógicas inovadoras e diversificadas (Ceretta, 2021). 

Ainda sobre as estratégias com metodologias ativas, as mesmas são utilizadas com o objetivo de levar um estudante a descobrir um fenômeno e a compreender conceitos por si mesmo e, na sequência, conduzir este estudante a relacionar suas descobertas com seu conhecimento prévio do mundo ao seu redor, que são fundamentais para seu desenvolvimento cognitivo e cultural. 

As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se o desejo é que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se o desejo é que os educandos sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa (Prado; Vieira, 2014, p. 55). 

É possível afirmar, que o uso das metodologias ativas, fez com que o engajamento dos estudantes passasse a ser muito mais acentuado, e como se isso não bastasse, a partilha do conhecimento passou a ser muito mais bem aceita entre os próprios discentes, o que para o educador, representa um auxílio considerável, principalmente em salas de aula com um número expressivo de educandos.

Classes abarrotadas de estudantes, têm sido menos comuns, a partir do momento em que as reformas e as maneiras como as concepções dos planos de ação educacionais vêm sendo colocadas em prática, mas, ainda assim, existem, e representam um desafio hercúleo por parte dos educadores (Ramos, 2016).

Essa mescla, entre sala de aula e ambientes virtuais é fundamental para abrir a escola para o mundo e para trazer o mundo para dentro da escola. Outra mescla, ou blended é a de prever processos de comunicação mais planejados, organizados e formais com outros mais abertos, como os que acontecem nas redes sociais, onde há uma linguagem mais familiar, uma espontaneidade maior, uma fluência de imagens, ideias e vídeos constante (Prado; Vieira, 2014). 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A possibilidade que os educadores possuem de usarem as metodologias ativas em sala de aula, representa uma questão de extrema importância em prol do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes e isso em todas as modalidades educacionais existentes no território nacional.

Trata-se de um verdadeiro conjunto de experiências, que agregam muito ao processo de ensino e aprendizagem dos estudantes, rompendo com qualquer possibilidade de pragmatismo por parte dos educadores quanto aos métodos de ensino, e o que é mais importante, quando se envolve os estudantes e os motiva para que os mesmos sejam pessoas ativas na construção de seu próprio conhecimento.

Felizmente, existem diversas possibilidades para que os educadores coloquem em prática, o uso das metodologias ativas nas classes em que atuam, e esse é um diferencial, uma vez que, possibilita diversas alterações com relação às estratégias de ensino a serem ofertadas pelos docentes.

No entanto, merece amplo destaque toda a preocupação que as instituições de ensino possuem, para poderem transformar a qualidade de vida dos estudantes, a aproximando de maneira muito clara com a realidade social em que os mesmos se encontram inseridos, o que denota uma proposta de inclusão, que representa um dos principais artifícios que as escolas possuem na atualidade, ou seja, a preocupação com o preparo que as pessoas devem receber para a vivência em sociedade de um modo geral.

A educação formal está num impasse diante de tantas mudanças na sociedade, e isso é algo que preocupa muito os profissionais da educação, sobre como evoluir para tornar-se relevante e conseguir que todos aprendam de forma competente a conhecer, a construir seus projetos de vida e a conviver com os demais. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, E. F. MOURA, D. G. (2013) Metodologias ativas de aprendizagem na Educação Profissional e Tecnológica. Boletim Técnico do Senac, 39(2), 48-67.

CERETTA, S. B. N. Possibilidades de engajamento discente na Educação Profissional e Tecnológica através da aprendizagem vivencial. Revista Brasileira da Educação Profissional e Tecnológica, [s.l.], v. 2, n. 21, p. e11102, out. 2021. 

DIAS, R. F. N. C.; FONSECA, V. M. Avaliação da aprendizagem na metodologia PBL – Aprendizagem baseada em problemas. In: ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO, 8, e Congresso internacional trabalho docente e processos educativos, 3., 22 a 24 de set de 2015, Uberaba, MG. Anais…, Uberaba, MG: Universidade de Uberaba, 2015. p. 5-15.

FILHO, J. I. M. Flipped Classroom: uma estratégia ativa de aprendizagem. In: SARMENTO, Maristela (coord.). O futuro alcançou a escola?: o aluno digital, a BNCC e o uso de metodologias ativas de aprendizagem. São Paulo: Editora do Brasil, 2019. 

MARTINS, J. C. A. Metodologias Ativas na Educação Profissional e Tecnológica: possibilidades para uma aprendizagem significativa. Anais VII CONEDU – Edição Online. Campina Grande: Realize Editora, 2020. 

MAZUR, E. Peer instruction: a revolução da aprendizagem ativa. Porto Alegre: Penso, 2015.

PRADO, C.; VIEIRA, A. Editorial convidado: aprendizagem ativa. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 36, n. 4, 2014. 

RAMOS, D. K. R. Metodologias ativas de ensino/aprendizagem: dificuldades de docentes de um curso de enfermagem = Active teaching/learning methodologies: difficulties faced by the faculty of a nursing course. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 14 n. 2, p. 473-486, maio/ago. 2016.