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Resumo
INTRODUÇÃO
A leitura no Brasil tem uma história complexa, marcada por desafios e avanços significativos. Desde o período colonial, com a chegada dos jesuítas e a introdução da alfabetização, até a contemporaneidade, o acesso à leitura tem evoluído, embora a desigualdade social e a falta de infraestrutura ainda imponham barreiras ao pleno desenvolvimento desta prática. Apesar das iniciativas governamentais e de organizações não-governamentais, a leitura permanece uma atividade que muitos brasileiros encontram dificuldades para acessar e incorporar em suas rotinas, especialmente em contextos educacionais.
Os principais desafios educacionais incluem a dificuldade dos alunos na decodificação, vocabulário limitado, déficit de memória, formação de professores, entre outros. Por outro lado, os desafios sociais também se fazem presentes e são decorrentes de falta de tempo, renda familiar, excesso de telas, entre outros.
Para enfrentar estes desafios, diversas soluções podem ser propostas e implementadas, como por exemplo, projetos de leitura, capacitação de professores, plataforma digital de leitura, campanhas de conscientização de incentivo à leitura, entre outros.
Este artigo tem como objetivo discutir os desafios da leitura no Brasil, focando em aspectos educacionais e sociais, e apresentar possíveis soluções que podem ser adotadas para favorecê-la. A metodologia utilizada será uma revisão bibliográfica, a exemplo de autores como Oliveira (2018) e Costa (2020).
O artigo está estruturado da seguinte maneira: Introdução; Breve Histórico da Leitura no Brasil; Desafios Educacionais; Desafios Culturais; Possíveis Soluções para os Desafios da Leitura no Brasil; Considerações Finais; Referências Bibliográficas.
BREVE HISTÓRICO DA LEITURA NO BRASIL
Segundo Oliveira; Batista (2018), durante o período colonial no Brasil, a alfabetização era restrita a um grupo pequeno, que incluía principalmente os portugueses que chegaram ao país, os senhores de engenho, seus filhos e membros do clero. A maior parte da população estava fora do alcance do conhecimento escrito. Com a chegada dos jesuítas em 1549, teve início a história da educação no Brasil, embora ainda direcionada a um público limitado e elitizado.
A elite portuguesa era marcada pela influência das ideias europeias que surgiram após a Revolução Francesa, nas quais a leitura era considerada uma ameaça, pois promovia o questionamento sociopolítico e a busca por mudanças. Esse contexto levou à extinção de espaços públicos destinados ao compartilhamento de leituras, incentivando a prática de leitura nos lares. A leitura silenciosa, que já existia desde o século XVI como forma de evitar perseguições religiosas — dado que a Igreja não controlava a leitura — tornou-se ainda mais intensa durante a Idade Moderna, assumindo um papel central no desenvolvimento político. (Oliveira; Batista, 2018)
A imprensa brasileira, por sua vez, se concentrou em produzir livros didáticos, o que limitou o acesso dos grupos marginalizados ao mundo literário, mantendo o conhecimento restrito às páginas de tais publicações escolares. Para os membros da elite, que se mostravam relutantes em renunciar à imagem de europeus em um território distante, a leitura não era percebida como uma ferramenta para a construção de uma nação desenvolvida e baseada no intercâmbio de conhecimentos, mas sim como um recurso a ser protegido, criando uma linha divisória entre a elite e o povo. (Oliveira; Batista, 2018)
Durante a Era Vargas, foi estabelecido o Ministério da Educação e Saúde Pública, que perpetuou uma educação elitista, priorizando o ensino superior e secundário em detrimento do fundamental. Apesar disso, não houve avanços significativos na área educacional, pois Vargas utilizou a educação para satisfazer interesses políticos e ideológicos do seu governo. Assim, na década de 1980, discutir educação e leitura no Brasil era abordar o elitismo e a escassez de oportunidades escolares para a população em geral. (Oliveira; Batista, 2018)
Assim, no final do século XIX, com a demanda do mercado, observou-se uma gradual evolução em relação ao mais elitista sistema educacional do período colonial, que carecia de obras que incentivassem a leitura, especialmente pela ausência da imprensa. Na segunda metade do século XX, coube à escola contemporânea a responsabilidade de expandir a prática da leitura. Embora o livro didático não fosse particularmente atraente, ele se tornou um aliado crucial na estratégia de promover essa missão educacional, facilitando o acesso ao conhecimento. (Oliveira; Batista, 2018)
A partir de 1980, surgiram diversas iniciativas para incentivar a leitura, como o programa Salas de Leitura, que se caracterizou por um atendimento assistemático e limitado a escolas que atendiam a certas faixas de matrícula, previamente definidas a cada ano. Esse período foi marcado por um rápido crescimento da população urbana, o que evidenciou os problemas relacionados à baixa escolaridade e à escassez de práticas de leitura. Nesse contexto, a leitura passou a ser compreendida de maneira diferente, não mais apenas como alfabetização, mas como um letramento complexo que envolve a capacidade de interpretar e utilizar a leitura de forma crítica e reflexiva. (Oliveira; Batista, 2018)
A partir de 2000, especialmente com a criação de programas como o “Fome de Livro” e o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), houve um esforço significativo para aumentar o acesso à leitura. Essas iniciativas visaram dotar as cidades brasileiras com bibliotecas públicas e promover a leitura entre diferentes camadas da população.
Entre 2010 e 2020, as práticas e políticas públicas de leitura no Brasil passaram por diversas iniciativas e programas que visavam promover o acesso à leitura e incentivar hábitos leitores na população. Algumas das principais ações incluíram: Planos Estaduais e Municipais de Leitura e o PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa), lançado em 2012, que tinha como objetivo garantir que todas as crianças estivessem alfabetizadas até o final do 3º ano do ensino fundamental. O PNAIC promoveu a formação de professores e incentivou o uso de livros didáticos, promovendo a leitura desde os primeiros anos.
A partir de 2020, especialmente devido às transformações provocadas pela pandemia de Covid-19, as práticas de leitura no Brasil passaram por mudanças significativas, motivadas pela adoção de metodologias ativas e pelo uso de tecnologias no ensino. (Tani, 2022)
DESAFIOS EDUCACIONAIS
A leitura está presente em nosso dia a dia, seja através de livros ou até mesmo em produtos que consumimos diariamente, sendo assim é essencial estarmos preparados para os desafios impostos no dia a dia.
Para Augusto (2011, apud Andrade, S.d) a leitura é uma parte integrante do nosso dia a dia. Observamos letras e palavras em diversos contextos, como nas embalagens dos alimentos que consumimos, em placas de trânsito e nas fachadas de lojas. Assim, estamos inseridos em um ambiente letrado. No entanto, a diversidade das representações e técnicas de escrita representam um desafio significativo para muitos educadores, que lutam para promover uma alfabetização eficaz. Essa complexidade torna a abordagem da leitura um aspecto central na prática pedagógica, exigindo um entendimento mais profundo das diferentes formas e contextos em que ocorre.
Segundo Costa (2020) a decodificação na leitura envolve não apenas a habilidade de reconhecer e identificar letras, palavras e símbolos, mas também a capacidade de associar esses símbolos aos sons correspondentes. Durante esse processo, podem surgir dificuldades de aprendizagem, que se manifestam na forma de erros na leitura de letras, sílabas e até palavras completas, além de uma leitura lenta ou de repetições desnecessárias. Em relação à compreensão do que se lê, o mais crucial é captar a mensagem que o texto transmite. Isso se dá através da extração e organização da linguagem contida no texto, permitindo ao leitor uma interpretação mais precisa do conteúdo.
Para Citoler (1996, apud Costa, 2020), as dificuldades de aprendizagem relacionadas à leitura podem surgir de vários fatores. Entre eles estão: dificuldade na decodificação ( habilidade de traduzir letras e palavras em sons pode ser comprometida, dificultando a leitura), vocabulário limitado (um vocabulário restrito impede que o leitor compreenda plenamente o conteúdo e o significado dos textos), falta de experiências anteriores (a ausência de experiências que possam ajudar a contextualizar a leitura prejudica a compreensão da mensagem), déficit de memória (dificuldades em reter e recordar informações lidas afetam a capacidade de entender e conectar ideias), falta de técnicas para Captação (a ausência de estratégias efetivas de leitura, como a leitura crítica ou a leitura transversal, pode dificultar a compreensão), desinteresse do leitor (a falta de motivação para ler pode levar a um engajamento superficial e a uma baixa absorção do conteúdo). Esses fatores são essenciais a serem considerados no desenvolvimento de estratégias pedagógicas que visem melhorar a leitura e a compreensão textual entre os alunos.
Na visão de Costa (2020), ainda há pesquisadores que apontam quatro fatores que podem influenciar a aprendizagem da leitura de um aluno: a dificuldade em perceber a fonética e aprender o alfabeto; a falta de estratégias para compreensão da leitura; a dificuldade em encontrar motivação para ler; e a ausência de professores capacitados nas instituições de ensino. Esses problemas relacionados à leitura podem resultar em dificuldades para o aluno recordar palavras que já viu, dificuldades na soletração, trocas de letras e palavras, além de um vocabulário limitado. Tudo isso pode acabar desestimulando o interesse da criança pela leitura.
DESAFIOS SOCIAIS
Segundo NEGOCIOSSC, 2024, a sexta publicação da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, conduzida pelo Instituto Pró-Livro, revelou dados alarmantes para o setor de livros no país. Em 2024, o Brasil experimentou uma redução de 6,7 milhões de leitores desde 2019 e um total de 11,3 milhões a menos em comparação com 2015. Diante deste cenário será apontado os cinco principais motivos para esse déficit.
Escolas sem eficácia em desenvolver habilidades de leitura: O Instituto Pró-Livro classifica como “leitor” aquele que leu ao menos um livro, seja completo ou em partes, todo e qualquer gênero, em três meses que antecederam a pesquisa. Portanto, seria natural que as escolas contribuíssem para a construção de um público leitor crescente; no entanto, o efeito delas tem diminuído com o tempo. Em 2015, a média de obras lidas por recomendação escolar era de 0,93 por ano. Quatro anos depois, essa média caiu para 0,87, e em 2024, alcançou apenas 0,65. A pesquisa ‘Retratos da Leitura no Brasil’ evidencia que a pressão das instituições de ensino é uma das razões pouco frequentemente citadas para o envolvimento dos brasileiros com a leitura. Na sexta publicação da pesquisa, somente 6% dos leitores mencionaram essa influência. A preferência pessoal, por outro lado, lidera, sendo indicada por 24%. Ademais, constatou-se uma redução no hábito de leitura em todos os graus de escolaridade no Brasil. Mesmo entre aqueles com ensino superior, a média de livros lidos caiu de 9,49 em 2019 para 6,45 em 2024, mostrando uma diminuição significativa nesse grupo. (NEGOCIOSSC, 2024)
Ausência de diretrizes governamentais para estímulo à leitura: a formação de um país de leitores não se baseia exclusivamente em iniciativas do setor privado. É essencial que se desenvolvam políticas públicas para promover a leitura, começando pelo acesso aos livros. O Censo Escolar 2023 evidencia que quase metade das escolas no Brasil (47,5%) não possuem uma biblioteca ou um espaço dedicado à leitura para seus alunos. Nos últimos anos, no entanto, tem-se observado uma diminuição desses ambientes que favorecem a formação de leitores, além de casos de censura a livros nas próprias escolas. Esses episódios de censura prejudicam a capacidade dos alunos de explorar novas descobertas literárias, de interagir e dialogar com as obras, e, o mais significativo, comprometem a formação de cidadãos críticos. (NEGOCIOSSC, 2024)
Falta de concentração provocada pelos meios digitais: o vício em celulares e redes sociais é frequentemente considerado uma das principais razões para a diminuição do hábito de leitura. Embora essa nova dinâmica digital realmente tenha um papel importante, o problema parece estar mais relacionado aos impactos da era digital no funcionamento do cérebro do que simplesmente à prevalência da internet na vida diária dos brasileiros. Em relação à última pesquisa sobre leitura no país, o tempo dedicado à navegação online não sofreu grandes alterações. Em 2019, a média de tempo que os brasileiros permaneciam conectados à internet era de 9 horas e 29 minutos, enquanto nas redes sociais o tempo médio era de 3 horas e 34 minutos. Em 2024, esses números mudaram para 9 horas e 13 minutos e 3 horas e 37 minutos, respectivamente. Independentemente do tempo despendido, a vida digital afeta a habilidade de manter a concentração por longos períodos e a memória, competências fundamentais para desenvolver o hábito de leitura.Por essa razão, não é surpresa que o número de pessoas que se identificam como não leitores e dizem não gostar de ler aumentou de 28% em 2019 para 32% em 2024. Além disso, 13% afirmaram não ter paciência para ler, enquanto 12% preferem se engajar em atividades diferentes da leitura, especialmente usando a internet. As informações do Instituto Pró-Livro apontam para uma provável relação entre o uso intenso de tecnologia digital e a diminuição do hábito de leitura em crianças e adolescentes durante a pandemia. A queda mais acentuada foi observada na faixa etária de 11 a 13 anos, sugerindo consequências significativas dessa nova realidade digital. (Negociossc, 2024)
Renda familiar: o custo dos livros não representa, como muitos supõem, um obstáculo expressivo para o crescimento do número de leitores no Brasil. Apenas 2% dos não leitores mencionaram o preço dos livros como razão para não terem lido nenhuma obra nos últimos três meses. De outra forma, constata-se que, à medida que a renda familiar aumenta, a média de livros lidos anualmente também se eleva. Nos lares que recebem até um salário mínimo, a média de leitura é de 2,43 livros, enquanto nas famílias com renda acima de 10 salários mínimos, essa média aumenta para 7,23.Isso sugere que políticas visando uma distribuição mais equitativa da renda podem funcionar como incentivos indiretos à leitura. No entanto, é importante considerar outras questões econômicas, como o elevado percentual de famílias de baixa renda endividadas e a concorrência com compras essenciais e jogos de azar, que disputam espaço no orçamento familiar. (Negociossc, 2024)
Cultivar o hábito de leitura exige tempo: A leitura de livros ocupa a modesta posição de décima segunda entre as atividades preferidas dos brasileiros para o seu tempo livre. É provável que o tempo livre dos indivíduos seja limitado, especialmente considerando que, em média, as pessoas perdem 21 dias por ano em tráfego nas grandes cidades do país, conforme revelado por uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do Sebrae. No entanto, essa questão não se limita apenas à falta de tempo; 33% dos leitores citaram a falta de tempo como um dos fatores que contribuem para a sua baixa leitura. Diante desse cenário, é imprescindível implementar medidas urgentes que incentivem o hábito da leitura, pois tais ações terão um efeito positivo somente a longo prazo. A diminuição no número de interessados em livros no Brasil tem sido um fenômeno que se intensificou desde 2015, e, na ausência de ações concretas nesse período, chegamos à realidade atual. Apesar disso, é fundamental manter a esperança de que possamos cultivar um futuro repleto de leitores, pois imaginar um futuro sem eles seria uma perspectiva difícil para o país. (Negociossc, 2024)
POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA OS DESAFIOS DA LEITURA NO BRASIL
Pensar em soluções para os desafios da leitura no Brasil requer um compromisso sério dos vários autores envolvidos.
Em relação aos desafios educacionais, dificuldades como a percepção da fonética, a falta de estratégias para compreensão, a baixa motivação para ler e a ausência de professores capacitados, podem ser resolvidos seguindo algumas estratégias:
Importância da Fonética e Aprendizado do Alfabeto: a primeira solução está relacionada ao ensino da fonética. Isso pode ser feito através de metodologias ativas que promovam a interação e a prática, como exemplo pode ser citado Jogos de fonética, onde se utiliza jogos que envolvam a identificação de sons e letras, assim pode ajudar alunos a perceber melhor a fonética e familiarizar-se com o alfabeto (Buesa, 2023).
Estratégias para Compreensão da Leitura: a estratégia de “Construção dos Significados” enfatiza que os alunos devem entender a importância de conectar o conhecimento prévio com o novo conhecimento. Para isso, os professores podem utilizar perguntas que estimulem a reflexão pré-leitura e a formulação de hipóteses sobre o texto (Buesa, 2023).
Motivação para Ler: a incorporação de recursos digitais na aprendizagem pode ser altamente motivadora para os estudantes do século XXI. O uso de e-books e outras ferramentas digitais pode atrair alunos que estão mais familiarizados e confortáveis com tecnologia (Buesa, 2023).
Capacitação de Professores: promover cursos e workshops que ofereçam treinamento em metodologias ativas e estratégias de ensino que ajudem na alfabetização e no desenvolvimento da leitura (Buesa, 2023).
Em relação aos desafios sociais como a ausência de diretrizes governamentais para estímulo à leitura, Escolas sem eficácia em desenvolver habilidades de leitura, Falta de concentração provocada pelos meios digitais e renda familiar, podem ser resolvidos seguindo algumas estratégias:
Projeto de leitura: deve ser envolvente e atrativo e ser estruturado. Deve selecionar textos, definir prazos e por fim selecionar atividades interativas como por exemplo, rodas de conversa, dramatização, desenhos e ilustrações. (Educacional, 2024)
Plataforma digital de leitura: essas plataformas não apenas oferecem acesso a livros digitais, mas também disponibilizam exercícios e recursos interativos que tornam a experiência de leitura mais cativante. Além disso, elas geram relatórios visualmente informativos que fornecem dados sobre o envolvimento dos alunos, como a quantidade de títulos lidos e o número de páginas percorridas, facilitando assim o acompanhamento do desempenho pedagógico. Netto, (s.d)
Criação de Campanhas de Conscientização: Lançar campanhas de conscientização que destaquem a importância da leitura pode sensibilizar a sociedade. Assim, a leitura é promovida como uma atividade essencial para o desenvolvimento pessoal e intelectual. Netto, (s.d)
Fomento à Leitura em Comunidades: É importante que a comunidade se envolva no incentivo à leitura. Isso pode incluir feiras de livros, clubes de leitura, e até mesmo a criação de espaços dedicados à leitura em bibliotecas ou centros comunitários. A integração da leitura com eventos culturais pode ser uma maneira eficiente de atrair a atenção pública. Netto, (s.d)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise da história da leitura no Brasil revela um cenário complexo, caracterizado por desafios educacionais e sociais que se entrelaçam. A exclusividade da leitura durante o período colonial e a continuidade das baixas taxas de literacia evidenciam a necessidade urgente de abordagens que promovam uma educação mais inclusiva e acessível. Neste contexto, a ausência de motivação para ler, a falta de professores capacitados, e a carência de políticas públicas são fatores que dificultam o avanço no fomento à leitura.
As possíveis soluções apresentadas, como a capacitação de educadores em metodologias ativas de leitura e a implementação de plataformas digitais de leitura, são caminhos promissores. Essas iniciativas têm o potencial de transformar a dinâmica da leitura em sala de aula, tornando-a mais envolvente e acessível. Além disso, a promoção de campanhas de conscientização destacando a importância da leitura é crucial para mudar a percepção social sobre seu valor.
Diante dos desafios identificados e das soluções propostas, é necessário um esforço conjunto que envolva a sociedade civil, educadores e políticas públicas. Como enfatizado por autores como Oliveira e Andrade, a transformação no panorama da leitura no Brasil depende não apenas do acesso a livros, mas também de um engajamento coletivo que valorize a leitura como parte fundamental do desenvolvimento intelectual e social.
Por fim, é imperativo que as políticas públicas sejam reestruturadas para criar um ambiente onde a leitura não apenas é incentivada, mas também celebrada, cultivando uma cultura de leitura robusta e inclusiva em nosso país.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, J. Os Desafios so Ensino da Leitura e Escrita: Alfabetização em Foco. (S.D). Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/os-desafios-ensino-leitura-escrita-alfabetizacao-foco.htm. Acesso em: 13 Abril. 2025.
BUESA, N.Y. Jogos Pedagógicos na Educação. (2023). Disponível em:https://edu682tema15v2pt.webflow.io/. Acesso em: 13 Abril. 2025.
CINCO MOTIVOS PARA A LEITURA DO BRASIL ESTAR EM QUEDA. Negocios sc.Florianópolis/SC 23 de dezembro de 2024. Disponível em: https://www.negociossc.com.br/blog/5-motivos-por-que-o-habito-de-leitura-no-brasil-esta-em-queda/. Acesso em: 13 Abril. 2025.
COMO INCENTIVAR A LEITURA NA ESCOLA? 6 DICAS ESSENCIAIS. Ecossistema Educacional, 11 de Janeiro de 2024. Disponível em: https://educacional.com.br/praticas-pedagogicas/como-incentivar-a-leitura/. Acesso em: 18 abril. 2025.
COSTA, C.R. Dificuldade de Aprendizagem de Leitura e Escrita. (2020). Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/dificuldade-de-aprendizagem-de-leitura-e-escrita.htm. Acesso em: 13 Abril. 2025.
NETTO, C.M. Cidadania Digital. (s.d). Disponível em: https://edu670tema16pt.webflow.io/. Acesso em: 13 Abril. 2025.
OLIVEIRA, M.L.L; BATISTA, G.M. Breve história da leitura escolar no Brasil: a formação de leitores. (2018). Disponível em: https://periodicos.ufms.br/index.php/papeis/article/view/3148/7093. Acesso em: 13 Abril. 2025.
TANI, Z.R. Metodologias Ativas. (2022). Disponível em: https://edu510tema17pt.webflow.io/ . Acesso em: 13 Abril. 2025.
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