Análise do comportamento aplicada no tratamento de transtornos do espectro autista

APPLIED BEHAVIOR ANALYSIS IN THE TREATMENT OF AUTISM SPECTRUM DISORDERS

ANÁLISIS CONDUCTUAL APLICADO EN EL TRATAMIENTO DE LOS TRASTORNOS DEL ESPECTRO AUTISTA

Autor

Janaina Maria Evaristo Da Costa
ORIENTADOR
 Profª Drª Simone Aparecida Marendaz

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/989CD7

DOI

Costa, Janaina Maria Evaristo da. Análise do comportamento aplicada no tratamento de transtornos do espectro autista. International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

A análise do comportamento aplicada (ABA) tem se consolidado como uma abordagem terapêutica essencial no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), particularmente no ensino de habilidades e na promoção da autonomia e da dignidade das pessoas no espectro. Este estudo teve como objetivo principal investigar os potenciais e limitações dessa abordagem, buscando compreender seus impactos práticos e éticos. A metodologia adotada foi de caráter bibliográfico, envolvendo uma análise detalhada de literatura científica relevante sobre o tema, com foco em práticas bem-sucedidas e em lacunas que ainda perduram na sua aplicação. A pesquisa revelou que, enquanto a ABA apresenta elevada eficácia na promoção de habilidades adaptativas, há críticas relacionadas à padronização excessiva e à falta de individualização das intervenções, o que pode impactar negativamente a experiência dos indivíduos. Além disso, questões como diferenças culturais e de gênero foram identificadas como aspectos que demandam maior atenção em práticas futuras, visando maior inclusão e sensibilidade. Concluiu-se que, para que a ABA seja efetivamente uma ferramenta integrada ao desenvolvimento humano, é essencial equilibrar ciência, ética e personalização, promovendo intervenções tanto eficazes quanto humanizadas. O estudo destacou a relevância de uma abordagem interdisciplinar e de investigações futuras focadas em avaliar os impactos de longo prazo, assegurando maior qualidade de vida às pessoas com TEA
Palavras-chave
ABA; Autonomia; Transtorno do Espectro Autista.

Summary

Applied Behavior Analysis (ABA) has been established as a key therapeutic approach in treating Autism Spectrum Disorder (ASD), particularly for teaching skills and promoting autonomy and dignity for individuals on the spectrum. This study aimed to investigate the potentials and limitations of this approach, seeking to understand its practical and ethical impacts. The methodology employed was bibliographical in nature, involving a detailed analysis of relevant scientific literature on the subject, with a focus on successful practices and persistent gaps in its application. The research revealed that while ABA demonstrates high efficacy in promoting adaptive skills, there are criticisms regarding excessive standardization and a lack of individualization in interventions, which may negatively affect the experience of individuals. Additionally, issues such as cultural and gender differences were identified as areas requiring further attention in future practices, aiming at greater inclusion and sensitivity. The study concluded that for ABA to effectively serve as an integrated tool for human development, balancing science, ethics, and personalization is essential, fostering interventions that are both effective and humanized. The research highlighted the importance of an interdisciplinary approach and future investigations focused on evaluating long-term impacts, ensuring better quality of life for individuals with ASD.
Keywords
ABA; Autonomy; Autism Spectrum Disorder.

Resumen

El análisis conductual aplicado (ABA) se ha consolidado como un enfoque terapéutico esencial en el tratamiento del Trastorno del Espectro Autista (TEA), especialmente en la enseñanza de habilidades y en la promoción de la autonomía y la dignidad de las personas dentro del espectro. El objetivo principal de este estudio fue investigar los potenciales y las limitaciones de dicho enfoque, buscando comprender sus impactos prácticos y éticos. La metodología adoptada fue de carácter bibliográfico, implicando un análisis detallado de la literatura científica relevante sobre el tema, con énfasis en prácticas exitosas y en las lagunas que aún persisten en su aplicación. La investigación reveló que, aunque el ABA presenta una alta eficacia en la promoción de habilidades adaptativas, existen críticas relacionadas con la excesiva estandarización y la falta de individualización de las intervenciones, lo que puede impactar negativamente la experiencia de los individuos. Además, se identificaron cuestiones como las diferencias culturales y de género como aspectos que requieren mayor atención en las prácticas futuras, con el fin de fomentar una mayor inclusión y sensibilidad. Se concluyó que, para que el ABA sea efectivamente una herramienta integrada al desarrollo humano, es esencial equilibrar ciencia, ética y personalización, promoviendo intervenciones que sean tanto eficaces como humanizadas. El estudio destacó la relevancia de un enfoque interdisciplinario y de futuras investigaciones centradas en evaluar los impactos a largo plazo, garantizando una mayor calidad de vida para las personas con TEA.
Palavras-clave
ABA; Autonomía; Trastorno del Espectro Autista.

INTRODUÇÃO

A análise do comportamento aplicada (ABA, do inglês “Applied Behavior Analysis”) consolidou-se, nas últimas décadas, como uma abordagem científica amplamente utilizada no tratamento de pessoas diagnosticadas com transtornos do espectro autista (TEA). Fundamentada pelos princípios do behaviorismo, conforme discutido por Cooper, Heron e Heward (2007), a ABA busca compreender e modificar comportamentos socialmente significativos, empregando técnicas que promovam o aprendizado e o desenvolvimento de habilidades. O TEA, por sua vez, é caracterizado por desafios persistentes na comunicação social e por padrões repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades, conforme descrito pela American Psychiatric Association (2013). Embora estudos demonstrem a eficácia dessa abordagem em diversos contextos terapêuticos, questões éticas, culturais e pragmáticas ainda circundam sua aplicação, demandando análises aprofundadas e adaptáveis à individualidade de cada caso (Cascio, Weiss e Racine, 2020).

A expansão da prevalência do TEA globalmente, estimada por Fombonne (2009) e corroborada por dados recentes da CDC (2020), ressaltou a necessidade de tratamentos baseados em evidências que não se limitem a mitigar os desafios do transtorno, mas que também capacitem as pessoas autistas a interagir com o mundo à sua volta em sua plenitude. Nesse contexto, a ABA emergiu como uma ferramenta essencial, especialmente no que concerne ao ensino de habilidades de vida diária, comunicação funcional e regulação comportamental. Contudo, enquanto seu impacto positivo sobre o desenvolvimento de crianças autistas tem sido amplamente discutido, debates em torno dos possíveis efeitos adversos à saúde mental a longo prazo, como sugerido em Kupferstein (2018), abriram caminhos para uma análise crítica de tais intervenções. O cerne da presente pesquisa centra-se, portanto, em compreender os limites e potenciais desta metodologia no panorama contemporâneo dos cuidados com o TEA.

Partindo desse contexto, a problemática investigada sustenta-se na compreensão das condições em que a ABA pode ser considerada não apenas uma prática eficaz, mas também eticamente responsável e adaptada às diversidades de manifestações do espectro. A questão a ser respondida é a seguinte: em que medida a aplicação da análise do comportamento em pessoas com TEA pode ser ajustada para sustentar não apenas resultados objetivos, como o aumento de comportamentos adaptativos, mas também o bem-estar subjetivo e emocional das pessoas envolvidas no processo? A estrutura teórica explorada inclui, entre outros, os referenciais de Howard et al. (2014), que compararam intervenções analítico-comportamentais com abordagens ecléticas, e estudos como os de Lipinski et al. (2019), que pontuam modificações desejadas nas terapias atuais do TEA.

O objetivo geral deste trabalho foi repensar o papel da ABA como ferramenta integrada tanto para ensino de habilidades quanto para o fortalecimento das experiências de dignidade e autonomia de pessoas com TEA. Para tanto, buscou-se, pontualmente, mapear práticas bem-sucedidas na literatura científica, identificar lacunas que perpetuam resistências éticas e elaborar reflexões sobre a adaptação interdisciplinar da abordagem. Assim, este estudo não apenas delineou questões teóricas, como também propôs parâmetros conceituais para nortear futuras investigações e práticas. Um destaque relevante recai sobre as diferenças de gênero no TEA, um tema já documentado por pesquisas como as de Bargiela, Steward e Mandy (2016), enfatizando as peculiaridades do diagnóstico tardio em mulheres e os desafios para personalizar as intervenções de modo mais inclusivo.

A relevância desta pesquisa revela-se em múltiplas dimensões, começando pelo impacto social do tema. O crescente número de diagnósticos de TEA, articulado à diversidade de limitações que se apresentam ao longo da vida, levou famílias, profissionais e formuladores de políticas públicas a buscarem intervenções que conciliam eficácia terapêutica e respeito pela neurodiversidade (Cascio, 2015). À luz dessa necessidade, o estudo amplia discussões quanto às disparidades culturais e econômicas que ainda permeiam o acesso à ABA. Enquanto práticas ocidentais padrão de intervenção se destacam na literatura, conforme apontado por Cascio et al. (2020), subgrupos populacionais frequentemente permanecem negligenciados tanto na pesquisa quanto na aplicação clínica. Trazer essas questões ao primeiro plano possibilita vislumbrar estratégias inclusivas que transcendam o paradigma médico tradicional.

Uma segunda perspectiva de relevância repousa sobre os debates éticos emergentes na comunidade científica. Como exposto por Kupferstein (2018), enquanto vários estudos defendem a ABA por seus resultados observáveis, crescem relatos de experiências negativas, onde práticas inadequadas podem gerar desconforto emocional significativo ou mesmo traumas em pessoas autistas. Tal cenário aponta para a urgência em conciliar objetivos funcionais com abordagens mais sensíveis às necessidades emocionais de quem recebe o tratamento. Por consequência, a reflexão ética apresentada neste trabalho dialoga diretamente com a noção de dignidade das pessoas neuro divergentes ao longo de intervenções que moldam seus comportamentos.

Ademais, este estudo tem relevância no campo acadêmico ao propor interseções com outros saberes, explorando o papel das habilidades comportamentais ensinadas pela ABA como pontes para a inclusão social. A literatura mais recente, como demonstrado por Zuber e Webber (2019), evidencia que o desenvolvimento de competências não se limita ao indivíduo, mas ecoa nas famílias, nas comunidades e no discurso social sobre o que é “aceitável” e “normativo”. Investigar como intervenções podem ser redesenhadas para sustentar tais diálogos reduz a lacuna entre ciência e prática, fortalecendo a base teórica das ciências do comportamento aplicadas.

A justificativa deste trabalho baseia-se, inicialmente, na alta incidência e impacto do TEA, conforme observado em Paula et al. (2011), demonstrando que o diagnóstico precoce e as intervenções baseadas em evidências configuram-se como determinantes para a qualidade de vida ao longo da vida. Se tais práticas já se mostraram eficazes em questões como desenvolvimento cognitivo e social, a reflexão ética sobre os limites e complexidades de sua aplicação ainda é incipiente, tornando fundamental a ampliação deste olhar crítico.

Do ponto de vista comunitário, esta pesquisa agrega valor ao identificar como diferentes culturas e estratos sociais lidam com o diagnóstico e o tratamento do TEA. Cascio (2015) já sinalizou as tensões entre diferentes interpretações do transtorno, apontando para disparidades que mantêm populações indígenas, comunidades de baixa renda ou países em desenvolvimento fora do debate científico predominante. Assim, discutir intervenções ajustadas às especificidades contextuais torna-se um compromisso para os próximos anos.

Finalmente, a justificativa metodológica, amparada na literatura de base, versa sobre como a crítica à ABA foi moldada a partir de estudos longos, mas ainda lacunares, deixando desafios práticos e teóricos a serem enfrentados. Por meio de um levantamento bibliográfico rigoroso, a presente pesquisa sintetizou as evidências mais proeminentes no campo, cruzando dados quantitativos e qualitativos para extrair conclusões amplas e concisas. Utilizando fontes como Almeida-Prado (1997) e Howard et al. (2014), garantiu-se um panorama que transcende os achados puramente técnicos, promovendo uma reavaliação filosófica e científica desta técnica psicológica.

A metodologia adotada envolveu um levantamento bibliográfico sistemático, fundamentado em autores que discutem os elementos conceituais e práticos da ABA, suas eficácias e seus dilemas. Buscou-se conjugar estudos clássicos e contemporâneos, com ênfase na revisão de artigos publicados em periódicos indexados e plataformas acessíveis, como o Journal of Autism and Developmental Disorders e o Perspectivas em Análise do Comportamento. Esse processo investigativo permitiu consolidar uma abordagem crítica e multidimensional, alinhada às normativas éticas defendidas atualmente no campo das ciências do comportamento. Ao amparar cada argumento em fontes amplamente reconhecidas, garantiu-se consistência, profundidade e relevância à proposta do trabalho.

DESENVOLVIMENTO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é reconhecido como uma condição do neurodesenvolvimento que desafia cientistas, profissionais de saúde e educadores a compreenderem suas complexidades e variações. Pela descrição do DSM-5, o TEA envolve déficits no domínio da comunicação social e a presença de comportamentos restritivos e repetitivos (American Psychiatric Association, 2013). Mas tentar encapsular o espectro em definições rígidas e universais frequentemente encontra limitações, já que a subjetividade e a diversidade individual são aspectos fundamentais da experiência autista. Para Alvares et al. (2019), as diferenças de funcionamento cognitivo entre indivíduos dificultam o uso de inteligência como preditor de habilidades funcionais, reforçando a necessidade de abordagens adaptativas e individualizadas.

Uma questão amplamente debatida no estudo do TEA se refere à sua prevalência crescente. Dados epidemiológicos trazidos por Fombonne (2009) indicaram um aumento significativo nos índices de diagnóstico nas últimas décadas, atribuído não apenas a mudanças nos critérios diagnósticos, mas também à maior conscientização sobre o transtorno. Estudos posteriores, como os da CDC (2020), corroboram essas tendências, alertando para a desigualdade no diagnóstico entre diferentes grupos populacionais, incluindo disparidades culturais e socioeconômicas. Tais resultados reforçam a necessidade de estratégias mais inclusivas e acessíveis.

O gênero emerge como outro elemento crucial na modulação das manifestações do espectro autista. Bargiela et al. (2016) exploraram as experiências de mulheres diagnosticadas tardiamente, sugerindo que características tradicionalmente associadas ao TEA em homens podem obscurecer o diagnóstico em mulheres. Essa percepção é ampliada por Loomes et al. (2017), em sua análise das razões de sexo, que desafia a percepção generalizada de que o autismo é significativamente predominante em indivíduos do sexo masculino. Juntos, esses achados sugerem vieses no diagnóstico que precisam ser corrigidos para assegurar que as intervenções sejam igualmente eficazes e representativas.

A análise do comportamento aplicada (ABA) é frequentemente citada como uma das principais intervenções no tratamento do TEA, devido à sua base científica e orientação voltada ao ensino de habilidades funcionais (Cooper; Heron; Heward, 2007). No entanto, enquanto muitos estudos destacam o potencial da ABA para promover ganhos significativos em desenvolvimento de habilidades, críticas éticas também são recorrentes. Kupferstein (2018) levantou preocupações sobre o impacto da ABA na saúde mental das pessoas autistas, sugerindo que práticas inadequadamente administradas podem levar a aumentos nos sintomas de transtorno de estresse pós-traumático. Por isso, é essencial que sua aplicação seja examinada com cuidado, tanto sob a ótica prática quanto ética.

Há também relevância em abordar a adaptabilidade da ABA em contextos multiculturais. Cascio (2015) identificou que a diversidade cultural influencia a percepção do TEA e, consequentemente, a recepção de métodos terapêuticos. Ao negligenciar essas diferenças, corremos o risco de universalizar práticas terapêuticas, comprometendo sua eficácia em cenários diversos. Ao discutir os desafios e potencialidades de intervenções analítico-comportamentais em populações variadas, pesquisadores defendem a construção de metodologias mais flexíveis e inclusivas.

Sob outra perspectiva, Howard et al. (2014) realizaram comparações entre abordagens comportamentais e ecléticas, revelando que intervenções baseadas na análise comportamental tendem a ser mais consistentes em seus resultados a longo prazo. No entanto, críticas apontam que essa consistência não deve acontecer à custa da individualidade ou do bem-estar emocional das pessoas com TEA. Essa dualidade desafia pesquisadores e terapeutas a equilibrar progresso mensurável com o respeito às particularidades subjetivas de cada indivíduo.

Discussões acerca da inclusão escolar de pessoas autistas frequentemente destacam a importância do uso de técnicas comportamentais para facilitar o aprendizado e a interação social. Ferreira et al. (2017) demonstraram a eficácia de treinamentos baseados em tentativa discreta no ensino de cuidadores, ampliando as possibilidades de suporte educacional mais ajustadas. Contudo, a exclusividade de abordagens como essas pode ser debatida. Leugi e Guerin (2016) salientaram que métodos baseados exclusivamente em análises formais ignoram os saberes e dinâmicas das comunidades onde as intervenções acontecem, afastando o potencial de uma revolução social integradora.

Aspectos relacionados à saúde mental da população adulta autista, especialmente no tocante a comorbidades psiquiátricas, também necessitam de maior atenção. Lugnegård et al. (2011) relataram que indivíduos diagnosticados com Asperger, parte do espectro autista, frequentemente enfrentam altas taxas de transtornos associados, como ansiedade e depressão. Nesse contexto, Cassidy et al. (2014) chamaram a atenção para as preocupações com ideação suicida e a necessidade de serviços mais especializados. Esses dados oferecem um importante ponto de reflexão sobre a insuficiência dos sistemas de saúde em abordar plenamente as complexidades do espectro.

Pesquisas sobre os impactos da terapia comportamental estendem-se também à perspectiva de gênero. Lehnhardt et al. (2016) identificaram diferenças nos perfis cognitivos de homens e mulheres diagnosticados com TEA mais tarde na vida, sugerindo ajustes que contemplem essas distinções. Além disso, Milner et al. (2019) discutem como experiências individuais com serviços de diagnóstico e tratamento podem variar significativamente, dependendo do gênero e de outros marcadores de identidade, apontando para um campo vasto a ser explorado.

Na tentativa de construir abordagens mais humanas e eficientes, o trabalho de Cascio et al. (2020) enfatizou a aplicação dos princípios da interseccionalidade na pesquisa autista, considerando o impacto simultâneo de múltiplos fatores identitários nas vivências do TEA. Assim, ao incorporar discussões interseccionais no desenvolvimento de métodos terapêuticos, é possível propor soluções que reconheçam as diversidades dentro do espectro.

O uso de tecnologias emergentes para apoio ao desenvolvimento também causa impacto. Zuber e Webber (2019) exploraram como a promoção da autodeterminação em contextos educacionais pode melhorar significativamente os resultados dos alunos autistas, integrando tecnologia e práticas educacionais adaptativas. Ainda assim, avanços como esses exigem constante revisão e avaliação para assegurar que cumpram com objetivos éticos e funcionais relevantes.

Embora a ABA siga como um dos pilares principais no tratamento do TEA, a crítica a métodos estritamente padronizados ressalta a importância de sensibilizar essa prática. Silva et al. (2020) mostraram os efeitos positivos do ensino de intraverbais em crianças, mas alertaram para a necessidade de personalização nos estímulos empregados. Desse modo, unir eficácia científica a uma maior sensibilidade humana desponta como um objetivo a ser perseguido.

Por fim, ao voltar-se para o panorama brasileiro, o estudo de Paula et al. (2011) revelou que o cenário diagnóstico enfrenta desafios estruturais, como acesso limitado a serviços especializados. Tais barreiras impedem não somente o diagnóstico precoce, mas também o estabelecimento de planos terapêuticos baseados em evidências. Nesse sentido, investir na formação profissional e na ampliação de políticas públicas é um passo essencial para garantir maior equidade na assistência às pessoas com TEA.

O entendimento do TEA, seja no âmbito científico, terapêutico ou comunitário, permanece um campo em constante evolução. Diálogos contínuos entre pesquisadores como Almeida-Prado (1997), que abordou o papel da dinâmica familiar no tratamento de crianças autistas, e Frazier et al. (2014), que investigaram variações comportamentais entre os gêneros dentro do espectro, são fundamentais para expandir a abordagem prática e teórica do tema, contribuindo para avanços que promovam a dignidade, a autonomia e um verdadeiro senso de inclusão social para aqueles que vivem no espectro.

O uso da Análise do Comportamento Aplicada (ABA, do inglês Applied Behavior Analysis) no contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA) consolidou-se como um dos métodos mais amplamente utilizados para o desenvolvimento de habilidades adaptativas e comportamentais. Ao longo das décadas, a ABA demonstrou ser uma abordagem eficaz na promoção do aprendizado e da autonomia, fornecendo estratégias sistematizadas para o ensino de comportamentos socialmente significativos. Estabelecida sobre os fundamentos do behaviorismo, essa metodologia é amplamente fundamentada na obra de Cooper; Heron; Heward (2007). No entanto, enquanto tem promovido avanços consideráveis, o método também é alvo de discussões éticas e adaptações para garantir que suas práticas respeitem a singularidade e a dignidade das pessoas no espectro.

Os déficits relacionados à comunicação social caracterizam algumas das maiores dificuldades enfrentadas pelas pessoas com TEA, conforme descrito no DSM-5 (American Psychiatric Association, 2013). Esses desafios, somados aos comportamentos restritivos e repetitivos, dificultam a autonomia e a plena inserção social. Práticas como a ABA buscam justamente minimizar essas barreiras, ensinando habilidades que ampliam a independência dos indivíduos. No entanto, conforme discutido por Cascio (2015), algumas dessas práticas precisam ser adaptadas às especificidades culturais e contextuais, evitando que intervenções padronizadas negligenciam nuances importantes.

Com relação à inteligência ou às capacidades cognitivas como preditores de funcionalidade, Alvares et al. (2019) destacam que esses fatores muitas vezes são insuficientes para determinar habilidades funcionais adaptativas. Assim, a ABA não apenas busca suprir lacunas, mas estimular capacidades latentes que possam contribuir para a dignidade de vida dos indivíduos. Contudo, Kupferstein (2018) apontou críticas sobre impactos negativos que práticas comportamentais não ajustadas podem gerar, como aumento no potencial de estresse e desconforto emocional. A necessidade de revisões contínuas para alinhamento a uma perspectiva ética torna-se, portanto, crucial no campo da análise aplicada.

Essa perspectiva ética também encontra respaldo em debates sobre o equilíbrio entre eficácia técnica e respeito às subjetividades pessoais. Howard et al. (2014), ao comparar abordagens comportamentais e práticas ecléticas, concluíram que a ABA tende a apresentar resultados consistentes no desenvolvimento de habilidades. Ainda assim, práticas exclusivamente orientadas pela eficácia podem correr o risco de negligenciar as experiências emocionais e sociais de quem está sendo tratado. Assim, fomentar um diálogo crítico entre a ciência e a vivência autista contribui para torná-la uma prática mais sensível e equitativa.

O papel das famílias como mediadoras do processo de intervenção comportamental tem fundamental importância, de acordo com Almeida-Prado (1997), que explorou as dinâmicas familiares frente ao autismo. Ao mesmo tempo, questões de gênero representam outro fator determinante, especialmente no diagnóstico e nas intervenções subsequentes. Bargiela et al. (2016) exploraram as peculiaridades de mulheres diagnosticadas tardiamente, evidenciando como a percepção tradicional do TEA frequentemente obscurece suas manifestações no grupo feminino. Essas discussões são ampliadas em Loomes et al. (2017), que desafiam a ideia de que o autismo afeta significativamente mais homens do que mulheres, e defendem práticas inclusivas e adaptáveis.

A inclusão de padrões culturais diversificados também desempenha um papel essencial na abordagem das intervenções de ABA, conforme relatado por Cascio et al. (2020). Na perspectiva internacional, a aplicação de análise comportamental frequentemente está ancorada em paradigmas ocidentais, que podem carecer de relevância para contextos culturais alternativos. Para garantir que as práticas terapêuticas da ABA promovam não apenas autonomia, mas também dignidade, cresce a demanda por uma análise interseccional, especialmente em populações sub-representadas, como as investigadas em Paula et al. (2011) no contexto brasileiro.

Outro ponto de análise reside nos desafios enfrentados por adultos no espectro autista, frequentemente marginalizados no formato tradicional da ABA, que tende a se concentrar majoritariamente em pacientes do público infantil. Lugnegård et al. (2011) relataram altos índices de comorbidades psiquiátricas em adultos com TEA, indicando que práticas comportamentais criadas para crianças precisam urgentemente de adaptação ao público adulto. Os dados de Cassidy et al. (2014) sobre ideação suicida entre adultos com TEA reforçam ainda mais a necessidade de intervenções terapêuticas que abordem aspectos emocionais em paralelo às aplicações técnicas.

A educação inclusiva é outro domínio onde a ABA demonstra resultados, mas também enfrenta desafios éticos importantes. Ferreira et al. (2017) apresentaram dados que validam treinamentos em tentativas discretas como eficazes na mediação de habilidades envolvendo crianças autistas, especialmente no cenário escolar. Contudo, abordagens mecanicistas que priorizam a repetição e a obediência podem gerar a falsa impressão de progresso, como alertam Leugi e Guerin (2016), que apontam para a relevância dos saberes locais e contextuais que frequentemente são deixados de lado quando privilegiam-se intervenções formatadas.

A introdução dos conceitos de autonomia e autodeterminação em conjunto com as práticas de ABA também revela um campo complexo no qual os esforços técnicos devem equilibrar aspectos emocionais e sociais. Zuber e Webber (2019) apontaram que intervenções que visam desenvolver habilidades práticas devem também capacitar indivíduos a tomarem decisões sobre sua própria vida, promovendo possibilidades reais de autodeterminação. Essas reflexões chamam a atenção para o limite entre eficácia comportamental e vulnerabilidade ética.

De forma semelhante, Milner et al. (2019) reforçaram que as experiências subjetivas dos indivíduos no espectro, inclusive no acesso às terapias especializadas, variam de forma significativa com base em gênero e fatores sociais. Essa perspectiva é alinhada por Lehnhardt et al. (2016), que exploraram perfis cognitivos específicos relacionados ao gênero, sugerindo ajustes clínicos relevantes. Discussões nesse âmbito ajudam a redirecionar a ABA para uma personalização mais substancial e inclusiva.

Paralelamente, o uso de tecnologias como mediadoras nas intervenções da ABA desponta como uma área promissora, mas que também requer vigilância crítica. Lipinski et al. (2019) investigaram o uso de psicoterapia intensiva para indivíduos de alto funcionamento, elucidando que mesmo os avanços tecnológicos devem ser adaptados com o cuidado de maximizar não a eficiência, mas sim a utilidade para o indivíduo. Esses estudos complementam as preocupações levantadas anteriormente ao integrarem tecnologia e humanização no mesmo escopo de discussão.

Com base nessas reflexões, a abordagem da ABA como ferramenta de ensino e autonomia não deve ser reduzida a um sistema rígido de modulação de comportamento, mas sim uma extensão que considere as experiências completas de quem é alvo dessas intervenções. Estudos como os de Silva et al. (2020) defendem que é fundamental adaptar os métodos às nuances comportamentais e comunicativas, promovendo ganhos em habilidades intraverbais, mas o fazem sem comprometer a autonomia natural da criança ou adulto no espectro.

Finalmente, é possível reconhecer que, enquanto a ABA oferece ferramentas valiosas ao ensino de habilidades e promoção de dignidade, o campo permanece em expansão no que se refere a uma aplicação verdadeiramente ética e inclusiva. Revisões que cruzam os trabalhos de Almeida-Prado (1997), Cascio et al. (2020) e Howard et al. (2014) lançam luz sobre a necessária interdisciplinaridade e flexibilidade que a abordagem deve incorporar em sua evolução contínua. Essas discussões asseguram que os princípios fundamentais da ciência comportamental permaneçam sempre alinhados a valores humanos universais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo reforça a relevância da ABA como ferramenta no tratamento do TEA, confirmando sua eficácia tanto no ensino de habilidades práticas quanto na promoção de maior autonomia para pessoas dentro do espectro. Desde o início, o objetivo central foi compreender como as intervenções baseadas na análise comportamental podem equilibrar resultados funcionais mensuráveis com o respeito pela individualidade e dignidade dos indivíduos. Ao longo do trabalho, tornou-se evidente que, embora a ABA tenha contribuído significativamente para o desenvolvimento de competências importantes, ainda existem desafios éticos e práticos que demandam atenção contínua.

A pergunta de pesquisa, que buscava avaliar até que ponto a ABA pode ser considerada uma prática eficaz e, ao mesmo tempo, ética, encontrou respostas relevantes ao apontar a necessidade de ajustes tanto na implementação quanto na personalização das intervenções. Observou-se que, quando aplicada de maneira rígida e padronizada, a ABA pode perder de vista a subjetividade das pessoas com TEA, impactando negativamente aspectos emocionais e sociais. No entanto, abordagens mais adaptativas, que integrem a sensibilidade às necessidades individuais, demonstram um enorme potencial para promover resultados positivos em termos de aprendizado e qualidade de vida.

Verificou-se que os objetivos do estudo foram amplamente alcançados ao propor reflexões não apenas sobre a prática terapêutica, mas também sobre o compromisso ético e social necessário para integrar dignidade e respeito nas intervenções. O trabalho conseguiu mapear práticas bem-sucedidas e áreas carentes de atenção, evidenciando lacunas tanto na literatura quanto na aplicação prática da ABA. Claramente, a metodologia comportamental tem muito a oferecer, mas exige adaptações sensíveis às particularidades dos contextos culturais, socioeconômicos e de gênero.

Foi possível também explorar as limitações deste estudo, que se concentrou predominantemente em uma abordagem teórica e bibliográfica. Embora tenha oferecido uma ampla visão sobre a ABA no contexto do TEA, a pesquisa não se aprofundou em aspectos experimentais ou em análises empíricas diretamente aplicadas a populações específicas. Esse fator, ainda que compreensível dentro do escopo do trabalho, sugere a necessidade de investigações futuras que combinem teoria e prática, expandindo os limites do conhecimento no campo. Além disso, a diversidade cultural e as experiências regionais requerem maior atenção, especialmente em países onde o acesso à ABA ainda é restrito.

Com base nos resultados discutidos, recomenda-se que estudos futuros explorem estratégias capazes de integrar a interdisciplinaridade à ABA, combinando áreas como psicologia, educação e neurociência para enriquecer as intervenções. Também seria proveitoso desenvolver pesquisas focadas em metodologias mais participativas, onde pessoas com TEA e suas famílias contribuam ativamente no planejamento e avaliação dos programas. Assim, uma perspectiva mais inclusiva pode emergir, alinhando a ciência do comportamento às demandas reais das comunidades que dela se beneficiam.

Ao analisar a hipótese inicial, que propunha ser a ABA uma ferramenta eficaz e humanizada, concluiu-se que essa premissa é válida desde que sejam tomadas precauções e medidas corretivas em relação ao seu uso. A eficácia técnica da ABA é indiscutível, mas deve ser constantemente ajustada a padrões éticos e sensíveis às particularidades de cada caso. A combinação entre ciência e humanização não é apenas desejável, mas absolutamente necessária para garantir que suas práticas sejam verdadeiramente sustentáveis e benéficas a longo prazo.

Os resultados apontaram para um campo de enorme potencial, mas que ainda enfrenta críticas e desafios, como as experiências adversas relatadas por algumas pessoas submetidas a formas inadequadas da ABA. Tais questões enfatizam a necessidade de diálogo constante entre pesquisadores, terapeutas e a comunidade autista, de modo a reduzir resistências e construir práticas mais respeitosas e amplamente aceitas. O equilíbrio entre progressos mensuráveis e a promoção de bem-estar subjetivo mostrou-se um tema central, demandando esforços tanto acadêmicos quanto práticos para ser plenamente concretizado.

Os próximos passos da pesquisa devem incluir uma expansão no entendimento das interseções entre TEA e outras dimensões, como gênero, raça e classe social, buscando respostas mais abrangentes e inovadoras. Além disso, seria pertinente avaliar o impacto longitudinal das intervenções da ABA, considerando indicadores como qualidade de vida, integração social e saúde mental. Estudos qualitativos também podem oferecer insights valiosos ao abordar as experiências vividas das pessoas com TEA e suas famílias, indo além dos números e das métricas quantitativas convencionais.

Portanto, este estudo não apenas consolidou a importância da ABA como ferramenta prática e teórica, mas também ressaltou a complexidade de sua aplicação em contextos diversos. A necessidade de adaptações contínuas e de uma postura crítica diante das práticas estabelecidas tornou-se evidente, reforçando o papel da pesquisa e da prática reflexiva na construção de intervenções que promovam, simultaneamente, autonomia, dignidade e inclusão para as pessoas com TEA.

 

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Acesso em: 2024-09-03.

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n. 47
Análise do comportamento aplicada no tratamento de transtornos do espectro autista

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