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Resumo
INTRODUÇÃO
A gestão ambiental no Brasil teve seus primeiros marcos durante o regime militar, impulsionada por pressões internacionais devido à vasta biodiversidade do país. Nesse período, as políticas ambientais eram fragmentadas e resultavam de decisões isoladas, voltadas principalmente para os interesses da classe média. Foi apenas a partir da década de 1980 que começaram a surgir iniciativas sociais, o fortalecimento de organizações ambientais e o avanço dos estudos acadêmicos voltados à preservação dos ecossistemas e da biodiversidade. Com o progresso da ciência ambiental, houve também uma maior conscientização sobre a importância da preservação para as futuras gerações(Couto, 2014).
Com o avanço científico, o conceito de biodiversidade consolidou-se na literatura como a diversidade de formas de vida em todos os níveis, desde os organismos microscópicos, como bactérias, vírus e fungos, até seres macroscópicos, como plantas, árvores e animais. Cada forma de vida possui sua própria estrutura e função dentro do equilíbrio natural, formando o que se conhece como ecossistema(Junior, 2017).
Embora a percepção sobre a diversidade biológica seja antiga e tenha acompanhado a evolução da autoconsciência humana, o termo “biodiversidade” é relativamente recente. Esse conceito está diretamente relacionado à vida e à necessidade de sua conservação, despertando, assim, novas perspectivas sobre a restauração ambiental(Franco, 2013).
Países com vasta biodiversidade, como o Brasil, enfrentam desafios tanto em âmbito nacional quanto internacional, pois a conservação dos recursos naturais é uma questão de grande relevância ambiental. Dessa forma, a implementação de estratégias eficazes, incluindo ações políticas voltadas para a preservação, torna-se fundamental. Afinal, o uso inadequado da biodiversidade pode comprometer significativamente o bem-estar humano(Junior, 2017).
Em 2016, o Ministério do Meio Ambiente identificou as principais causas da degradação ambiental no Brasil, destacando o desmatamento como o fator de maior impacto. Além disso, a poluição da água, do ar e a geração excessiva de resíduos sólidos foram apontadas como problemas ambientais significativos que contribuem para a degradação dos ecossistemas(Junior, 2017).
A relação entre o bem-estar humano e a biodiversidade passou a ganhar ainda mais destaque à medida que a perda da diversidade biológica começou a impactar diretamente a qualidade de vida das populações. Diante disso, a conservação ambiental tornou-se uma pauta essencial para governantes, organizações ambientais e a sociedade como um todo(Junior, 2017).
Com base nesse contexto, surgem algumas questões fundamentais: quais são os principais fatores responsáveis pela degradação ambiental? De que maneira a ação humana interfere no equilíbrio dos ecossistemas? Quais são as características essenciais da biodiversidade? E, por fim, qual a real importância do meio ambiente para a vida humana? Diante dessas problemáticas, este estudo tem como objetivo responder a essas questões, abordando aspectos da biodiversidade, diversidade biológica e conservação dos ecossistemas.
METODOLOGIA
O presente estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, abrangendo pesquisas nacionais e internacionais sobre a degradação ambiental e a biodiversidade brasileira. Além disso, analisa como a literatura aborda a conservação do meio ambiente. O tema central da pesquisa é: “A degradação do meio ambiente e a biodiversidade brasileira: uma revisão bibliográfica sobre a conservação ambiental”.
A construção de uma revisão integrativa da literatura segue diversas etapas fundamentais, incluindo a formulação da pergunta norteadora, a seleção de estudos na literatura, a coleta de dados, a análise crítica das pesquisas incluídas, a discussão dos resultados e a síntese do conhecimento adquirido. Esses procedimentos são essenciais para garantir uma resposta criteriosa à questão central do estudo(Mendes et al., 2019).
Figura 1: Etapas de construção de uma revisão integrativa da literatura.
Fonte: Elaboração do autor, 2025
Esta pesquisa tem como tema “A degradação do meio ambiente e a biodiversidade brasileira: uma revisão bibliográfica sobre a conservação ambiental”. Para a síntese do conhecimento, foram estruturados três eixos centrais relacionados ao tema: biodiversidade, diversidade biológica e ecossistema; degradação do meio ambiente e conservação; além do uso dos recursos naturais e a manutenção da diversidade biológica. Na busca por dados, foram estabelecidos critérios de inclusão para garantir que as literaturas selecionadas estivessem alinhadas à temática do estudo. Considerando a relevância global do tema, foram utilizadas fontes nacionais e internacionais, de modo a fortalecer a argumentação dentro dos eixos definidos. Apenas materiais que se encaixavam rigorosamente na questão norteadora foram incluídos, enquanto aqueles que não apresentavam aderência ao tema foram descartados. A seleção das fontes para a construção da síntese do conhecimento foi realizada na Biblioteca Eletrônica Científica Online (SciELO), utilizando o descritor “diversidade biológica”, que resultou em um total de 275 publicações. Para refinar os resultados e garantir maior relevância ao estudo, foram aplicados filtros temáticos dentro da plataforma, incluindo os termos “ecologia”, “biodiversidade” e “conservação”, reduzindo o número de materiais para 66 publicações compatíveis com o tema. Após nova triagem, foram selecionados 19 estudos que atendem precisamente aos eixos norteadores desta pesquisa.
RESULTADO E DISCUSSÕES
Quadro 1: referências utilizadas para responder aos eixos norteadores desta pesquisa.
ID | REFERÊNCIA | BASE DE
INDEXAÇÃO |
ANO DE
PUBLICAÇÃO |
L1 | JÚNIOR, A.P..; PEREIRA, E. DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E A DIVERSIDADE BIOLÓGICA/BIODIVERSIDADE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. ENCICLOPEDIA BIOSFERA, [S. l.], v. 14, n. 26, 2017. | CONHECER.
ORG.BR |
2017 |
L2 | RICKLEFS, R. E.; MILLER, G. Ecology. 4.ed. s. l.: W. H. Freeman, 2000 | SCIRP | 2000 |
L3 | FRANCO, J. L. DE A… O conceito de biodiversidade e a história da biologia da conservação: da preservação da wilderness à conservação da biodiversidade. História (São Paulo), v. 32, n. 2, p. 21–48, jul. 2013. | SciELO | 2013 |
L4 | CHIVIAN, E.; BERNSTEIN, A. (Ed.) How human health depends on biodiversity. New Yoirk: Oxford University Press, 2008. | BU.EDU | 2008 |
L5 | BURKETT, V. R. et al. Non-linear dynamics in ecosystem response to climate change: Case studies and policy implications. Ecological Complexity, v.2, p.357-94, 2005. |
SCIENCE
DIRECT |
2005 |
L6 | HARRYSON, P. A. Linkages between biodiversity attributes and ecosystem services: A systematic review. Ecosystem Services. USA, n. 9, p. 191 – 203, may./2014. DOI: http://doi.org/10.1016/j.ecoser.2014.05.006 | ACADEMIA.
EDU |
2014 |
L7 | HOWE, H. P. Diversity Storage: Implications for tropical conservation and restoration. Global Ecology and Conservation. USA, n.2, p. 349 – 358, oct. 2014 DOI: http://dx.doi.org/10.1016.j.gecco.2014.10.004 | SCIENCE
DIRECT |
2014 |
L8 | GRAÇA, P. M. L. A. et al. Cenários de desmatamento para região de influência da rodovia BR-319: perda potencial de habitats, status de proteção e ameaça para a biodiversidade. In. | INPA.GOV | 2014 |
L9 | EMÍLIO, T.; LUIZÃO, F. Cenários para a Amazônia: clima, biodiversidade e uso da terra. Manaus: INPA, 2014, cap. 8, p. 91 – 104. ISBN 978- 85-211-0126-0 CDD 551.69811 | INPA.GOV | 2014 |
L10 | NERY, E. R. A. et al. O conceito de restauração na literatura científica e na legislação brasileira. Revista Caititu, Salvador, n. 1, p. 43 – 56, set. 2013. DOI10.7724/caititu. 2013.v1.n1.d04 | UFBA | 2013 |
L11 | SÁNCHEZ, L. E. Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina de Textos, 2008. | USP.BR | 2008 |
L12 | RIGUEIRA, D. M. G. et al. Perda de habitat, leis ambientais e conhecimento científico: proposta de critérios para a avaliação dos pedidos de supressão vegetal. Salvador, v.1, n. p. 21 – 42, set. 2013 DOI 10.7724/caititu. 2013.v1.n1.d03 |
UFBA | 2013 |
L13 | OLIVEIRA, D. A.; PIETRAFESA, J. P.; BARBALHO, M. G. S. Manutenção Da Biodiversidade e o Hotspots Cerrado. Caminhos da Geografia. Uberlândia, v. 9. N. 26, p. 101 – 114, jun/2008. ISSN 1678-6343 | UFU.BR | 2008 |
L14 | LAURENCE, W. F. Habitat destruction: death by a thousand cuts. In: SHODI, Navjot S.; EHRLINCH, Paul R. Conservartion Biology for all. Oxford University. New York, 2010. Cap. 4, p. 76 – 83 | RESEAR
GATE |
2010 |
L15 | PEREIRA, R. C.; ROQUE, F. O.; CONSTANTINO, P. A. L SABINO, J.; UEHARAPRADO, M. Monitoramento in situ da biodiversidade. Proposta para um Sistema Brasileiro de Monitoramento da Biodiversidade. Brasília: ICMBio, 2013 | GOV.BR | 2013 |
L16 | PAULINO, A. F.; FERREIRA, R. L. A biodiversidade e os impactos ambientais potenciais decorrentes do novo Código Florestal Brasileiro. 2016. |
CETESB | 2016 |
L17 | PEIXOTO, A. L.; LUZ, J. R. P.; BRITO, M. A. (Org.). Conhecendo a biodiversidade. Brasília: MCTIC/CNPq/PPbio, 2016, p.114. ISBN: 978-85-63100-08-5 CDD:577- 0981. | AMBIENTAL
T4H |
2016 |
L18 | SADRONI, L. T.; CARNEIRO, M. J. T. Conservação da biodiversidade nas ciências sociais brasileiras: uma revisão sistemática de 1990 a 2010. Amazônia & Sociedade. São Paulo, v. 12, n.3, p. 21 – 46, jul/set. 2016. | SciELO | 2016 |
L19 | GIRON, J. Diversidade biológica, relevância e contexto. In: BUTZKE, Alindo;
PONTALTI, Sieli (Org). Os recursos naturais e o homem. O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado frente à responsabilidade Solidária. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer – Goiânia, v.14 n.26; p. 2017 935 Caxias do Sul: EDUSC, 2012. Seção IV. Cap. 17, p. 289 – 307 |
USC.BR | 2012 |
Fonte: Elaboração do autor, 2025.
A BIODIVERSIDADE, DIVERSIDADE BIOLÓGICA E O ECOSSISTEMA
O conceito de biodiversidade e diversidade biológica surgiu inicialmente no livro A Different Kind of Country (1968), de Raymond F. Dasmann, sendo posteriormente consolidado pelo biólogo Edward O. Wilson. Foi a partir das décadas de 1980 e 1990 que os termos passaram a ser amplamente utilizados nas pesquisas científicas para descrever a diversidade de formas de vida no ambiente e suas características. A biodiversidade diferencia-se da diversidade biológica por enfatizar os desafios de preservação, a dependência humana dos recursos naturais, os riscos ecológicos e a ecologia da restauração. Segundo Edward O. Wilson, esses aspectos são fundamentais para compreender a biodiversidade. Já a diversidade biológica refere-se ao conjunto de seres vivos presentes no ambiente. (Franco, 2013)
Atualmente, o termo biodiversidade é empregado para descrever grandes conjuntos biológicos responsáveis por gerar uma ampla variedade de formas de vida em diferentes níveis, desde microorganismos até os ecossistemas terrestres. Para a ciência, a diversidade biológica deve ser analisada não apenas de forma global, mas também considerando a estrutura e a função de cada organismo dentro do ecossistema. (Junior, 2017).
No contexto ecológico, a biodiversidade está intrinsecamente ligada à interação entre seres vivos e não vivos, como a relação entre peixes e a água ou animais e o solo. Essa complexidade biológica evidencia a importância dos ecossistemas naturais, nos quais as interações e processos ecológicos ocorrem como um sistema holístico. O funcionamento desses ecossistemas depende da biodiversidade e da interconexão dos organismos vivos com os fatores ambientais. (Ricklefs, 2000)
Os ecossistemas possuem estruturas baseadas na heterogeneidade da vegetação, solo, microrganismos e fauna, sendo sua função determinada pelas interações entre esses elementos naturais. A dinâmica dos ecossistemas é regida pelo fluxo de energia, no qual plantas servem como base alimentar para herbívoros, que, por sua vez, são consumidos por carnívoros, e os resíduos orgânicos são decompostos por micro-organismos do solo. Esse ciclo envolve uma ampla variedade de espécies e habitats, demonstrando a complexidade das relações ecológicas. (Ricklefs, 2000)
Entretanto, a intervenção humana tem gerado impactos significativos nos ecossistemas, trazendo consequências negativas para a biodiversidade. Segundo Chivian (2008), as principais ameaças incluem a destruição de habitats, a exploração excessiva dos recursos naturais e a introdução de espécies exóticas. Além disso, problemas contemporâneos, como o aumento da patogenicidade, o uso indiscriminado de substâncias tóxicas (agrotóxicos e lixo) e as mudanças climáticas, agravam ainda mais o cenário ambiental.
Embora os ecossistemas possuam mecanismos de recuperação, a ação humana pode comprometer os processos naturais, afetando ciclos biogeoquímicos, nutrientes e interações físico-químicas essenciais para a manutenção da biodiversidade. (Burkett et al, 2005) Diante desses desafios, destaca-se a necessidade de preservação ambiental e monitoramento sistemático dos habitats naturais, considerando fatores como a capacidade de sobrevivência dos organismos, a dependência humana dos ecossistemas e os riscos associados à perda da biodiversidade. (Franco, 2013)
Literaturas internacionais, como as de Harryson (2014) e Howe (2014), reforçam a importância da biodiversidade para a vida humana, destacando os serviços ecossistêmicos essenciais, como a oferta de água limpa, madeira, alimentos e minerais. Assim, a interdependência entre a humanidade e a natureza evidencia a urgência de estratégias para conservação ambiental e sustentabilidade.
A DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Os motivos para a degradação do meio ambiente, segundo Graça (2014) e Nery et al. (2013), estão diretamente ligados ao crescimento das zonas urbanas, ao aumento da produção de insumos que demandam recursos naturais e à expansão de fábricas e usinas. Todas essas ações estão relacionadas à atividade humana, que, por meio da exploração intensiva, contribui para o aumento da poluição do ar, do solo e dos rios, além de fomentar a caça predatória, comprometendo gravemente os ecossistemas.
Para Sánchez (2008), a degradação ambiental também pode ser ocasionada por atividades antrópicas ou por eventos naturais, como um raio que incendeia uma área de vegetação, provocando destruição. Independentemente da causa, qualquer forma de degradação ambiental resulta em impactos negativos para o meio ambiente.
Junior (2017) destaca que a Resolução CONAMA n° 001, de 1986, define a degradação ambiental como toda alteração física, química ou biológica do meio ambiente, resultante de mudanças humanas ou naturais. Essas alterações podem impactar diretamente:
Outros fatores associados à degradação ambiental incluem a pressão sobre as florestas devido à exploração de madeira, à expansão de fronteiras agrícolas, à criação de pastagens e à extração de petróleo e minérios. Rigueira et al. (2013) e Souza (2015) relacionam a degradação ambiental não apenas às ações humanas, mas também a fenômenos naturais, como incêndios espontâneos, furacões, tsunamis, atividades vulcânicas e glaciações.
Rigueira et al. (2013) enfatizam que as áreas de proteção permanente (APP) e reservas legais (RL) devem ser criteriosamente avaliadas antes da exploração de seus recursos. A extração de madeira sem planejamento, por exemplo, pode resultar em impactos como mudanças climáticas e extinção de espécies.
Literaturas nacionais trazem novas perspectivas sobre a conservação ambiental. Oliveira et al. (2008) alertam para o aumento das consequências negativas da exploração dos recursos naturais. A falta de cuidado na extração de madeira; como a ausência de replantio de sementes, pode levar à extinção de espécies arbóreas, comprometendo a paisagem e a biodiversidade.
Em estudos internacionais, evidenciou-se que uma das principais causas da degradação ambiental é a intervenção humana na agricultura, considerada a maior responsável pelas alterações no meio ambiente natural. Laurence (2010) também destaca que, além da agricultura, a degradação ambiental está associada à exploração dos recursos naturais, como minérios, madeira e pesca, bem como à expansão urbana, que avança sobre os ecossistemas naturais.
A CONSERVAÇÃO, O USO DOS RECURSOS NATURAIS E A MANUTENÇÃO DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA
Em análises de literaturas sobre a conservação do meio ambiente, Silva et al. (2017) destacam que a conservação é o meio mais eficaz para a preservação da diversidade biológica e dos ecossistemas, garantindo a sobrevivência ambiental em escala global. Além disso, permite a manutenção e recuperação dos ecossistemas, enfatizando o avanço tecnológico como estratégia fundamental para a proteção do patrimônio natural. Muitas vezes, a degradação ambiental ocorre por meios naturais, como mudanças climáticas, erupções vulcânicas, terremotos, tsunamis e deslizamentos de terra.
No que diz respeito aos pilares da conservação ambiental, a conversão do uso dos recursos naturais e a manutenção da diversidade biológica são essenciais. Pereira et al. (2013), Paulino (2016), Peixoto et al. (2016) e Sandroni (2016) apontam estratégias para a conservação dessas áreas, uma vez que a interferência humana tem modificado paisagens e ecossistemas por meio da extração de recursos naturais e da urbanização. Algumas das principais ações para a conservação ambiental incluem:
De acordo com a literatura nacional, Giron (2012) destaca um aspecto positivo das Áreas de Proteção Permanente (APPs), associando-as a um dos principais meios de conservação e sustentabilidade ambiental. Essas áreas, caracterizadas por sua ampla extensão, possuem atributos bióticos, abióticos, culturais e estéticos, além de uma rica biodiversidade e ecossistemas naturais. Dessa forma, desempenham um papel fundamental na promoção da qualidade de vida e do bem-estar humano, tornando essencial a proteção disciplinada de seus recursos naturais.
A conservação ambiental no Brasil está fortemente relacionada à manutenção da biodiversidade e ao desenvolvimento de práticas sustentáveis no setor agrícola, de modo a minimizar os impactos ambientais. O Relatório Nacional do Ministério do Meio Ambiente (2016) destacou os esforços do país para alcançar a sustentabilidade e reduzir a dependência de práticas agrícolas degradantes. Entre as iniciativas, enfatiza-se o fortalecimento da produção agrícola familiar e comunitária em pequena escala, bem como o incentivo ao extrativismo sustentável e à produção orgânica. (Junior, 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ficou nítido nesta pesquisa que a biodiversidade, meio ambiente e o ecossistema são de suma importância para a sobrevivência da humanidade, mas que infelizmente vemos casos de degradação do meio ambiente resultante dos desmatamentos de florestas e exploração do homem para obtenção dos recursos naturais.
É evidente que a humanidade precisa dos recursos naturais, e que a natureza consegue fazer sua própria manutenção de seus recursos, mas é de extrema importância a vigilância das áreas habitadas por grandes biodiversidades para que os mesmos não percam sua ordem natural, pois, com a implementação das ações humanas, habitats são mudados, os ecossistemas mudam e a vida natural perde sua linha de natureza.
Os impactos do meio ambiente sofridos por mãos humanas e naturais podem desencadear percalços drásticos ao ser humano, como a mudança de clima, sendo assim de suma importância a implementação de áreas protegias para que a natureza consiga fazer seu papel sem a ação humana.
Com todos os eixos explorados nesta pesquisa, ficou evidente a importância da conservação do meio ambiente diante a degradação da biodiversidade e ecossistema, sendo de suma importância a criação de leis de amparo para essa pauta, assim conseguindo fazer com que a natureza e a humanidade caminhem juntos, sem maiores malefícios para ambos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Case studies and policy implications. Ecological Complexity, v.2, p.357-94, 2005.
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