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Resumo
INTRODUÇÃO
A crescente preocupação com a violência urbana nas grandes cidades brasileiras tem levado diversas instituições de ensino, incluindo as universidades federais, a implementar medidas de segurança com o objetivo de garantir a proteção de sua comunidade acadêmica. A busca por um ambiente seguro para estudantes, professores e funcionários é essencial para o bom desenvolvimento acadêmico e social, no entanto, essas ações de segurança podem ter impactos significativos tanto na qualidade de vida quanto no desempenho acadêmico de todos os envolvidos. Nesse contexto, é necessário compreender como as políticas de segurança, como o aumento do policiamento, instalação de câmeras de vigilância e o controle de acesso, influenciam o ambiente universitário, afetando não só a segurança física, mas também o bem-estar psicológico e social dos indivíduos.
O objetivo deste trabalho é investigar o impacto dessas medidas de segurança na qualidade de vida dos estudantes e professores das universidades federais brasileiras. A análise se concentra em identificar tanto os efeitos positivos quanto negativos que essas medidas podem ter, observando como elas afetam o cotidiano, a sensação de segurança, a interação social e, por fim, o rendimento acadêmico dos membros da comunidade universitária. A segurança no campus, embora fundamental, pode gerar um ambiente de vigilância excessiva, que muitas vezes resulta em sentimentos de medo e ansiedade, impactando diretamente a liberdade acadêmica e a convivência social entre os indivíduos. Por outro lado, a implementação de medidas eficazes de segurança também pode contribuir para um ambiente mais tranquilo e focado, promovendo o bem-estar e a estabilidade para o desenvolvimento acadêmico.
A metodologia adotada para este estudo é de caráter bibliográfico, baseando-se em uma revisão da literatura acadêmica existente sobre o tema. Através dessa abordagem, busca-se analisar artigos, livros e estudos de caso que discutem a relação entre segurança e qualidade de vida nas universidades, considerando diferentes perspectivas e experiências. O trabalho busca, assim, oferecer uma visão crítica e abrangente sobre os impactos das políticas de segurança nas universidades federais, ressaltando a importância de um equilíbrio entre a proteção da comunidade acadêmica e a preservação de um ambiente livre e propício ao aprendizado e à troca de ideias.
ANÁLISE DO IMPACTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA NA QUALIDADE DE VIDA E NO AMBIENTE ACADÊMICO NAS UNIVERSIDADES FEDERAIS
Nos últimos anos, a segurança tem se tornado uma das questões mais urgentes nas universidades federais brasileiras, devido ao aumento da violência urbana nas grandes cidades e à percepção de insegurança por parte dos membros da comunidade acadêmica. O impacto das medidas de segurança, como o aumento do policiamento e a instalação de câmeras de vigilância, não se limita apenas à proteção física, mas também afeta a qualidade de vida, o desempenho acadêmico e as relações interpessoais dentro do campus. A pesquisa se justifica pela necessidade de compreender como essas medidas influenciam a experiência universitária e a convivência social, sendo essencial para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias que garantam um ambiente de ensino seguro e saudável.
A metodologia adotada é bibliográfica, baseada na análise de autores que discutem as relações entre segurança, qualidade de vida e o ambiente universitário. De acordo com Soares(2019, p.47), “a segurança não é apenas uma questão de proteção, mas também de promoção do bem-estar coletivo”. Essa visão destaca que a segurança transcende a proteção física, afetando diretamente a dinâmica acadêmica e o convívio no campus. O objetivo é identificar as influências positivas e negativas dessas políticas, analisando seu impacto nos estudantes e professores.
A segurança exerce um impacto direto na qualidade de vida, especialmente no contexto universitário, onde o bem-estar dos indivíduos é crucial para o desenvolvimento acadêmico. Em universidades, quando a sensação de insegurança aumenta, o desempenho acadêmico pode ser comprometido, pois os alunos e professores se preocupam mais com sua proteção do que com as atividades acadêmicas. A segurança não se resume apenas à proteção física, mas envolve também a segurança emocional e a sensação de liberdade dentro do ambiente universitário. Goffman(2006) afirma que “o ambiente social e físico onde o indivíduo se encontra afeta diretamente seu comportamento e percepção de liberdade”. Em um campus universitário, um ambiente seguro permite que os estudantes e professores se concentrem mais em suas atividades acadêmicas e interações sociais, promovendo um espaço de aprendizado mais eficaz. No entanto, a insegurança no campus pode reduzir a motivação dos membros da comunidade acadêmica, afetando negativamente seu desenvolvimento intelectual e pessoal.
Além disso, a implementação de medidas de segurança, como vigilância constante e controle de acessos, pode gerar um paradoxo interessante. Embora a segurança seja essencial para garantir um ambiente de proteção, essas medidas podem afetar a liberdade e a espontaneidade dos membros da universidade. Piza(2017, p.22) observa que “o controle rigoroso do acesso aos espaços pode criar um ambiente de confiança, mas também resultar em desconforto e ansiedade”. Isso reflete como as práticas de vigilância excessiva podem ser percebidas como intrusivas, limitando a liberdade dos indivíduos e suas interações. Em um ambiente universitário, onde a liberdade acadêmica e o debate de ideias são fundamentais, a imposição de restrições físicas e comportamentais pode prejudicar a qualidade de vida dos membros da comunidade acadêmica, gerando um ambiente de aprendizado mais controlado, mas menos dinâmico.
Por fim, é importante considerar que a segurança não deve ser vista apenas como uma questão de controle, mas como um fator que influencia as relações sociais dentro do campus. A vigilância excessiva pode inibir as interações sociais espontâneas e afetar o clima acadêmico. Cohen(2011) destaca que “medidas de segurança, quando mal planejadas, podem gerar um ambiente de segregação”. Esse controle pode reduzir as oportunidades de interação social entre os estudantes e professores, afetando a troca de ideias e a formação de redes de apoio acadêmico. Como apontam Santos e Ferreira(2018, p.12), “a segurança deve ser equilibrada com a promoção de espaços abertos e inclusivos”. A chave é criar um ambiente seguro, mas também livre e aberto para a troca de conhecimentos e a construção de uma comunidade acadêmica saudável.
A implementação de medidas de segurança, como cercas, câmeras e policiamento constante, pode criar uma sensação de proteção, mas também pode afetar negativamente a convivência e o espírito de comunidade dentro da universidade. Segundo Cohen(2011), embora a segurança seja necessária, sua implementação de forma exagerada pode resultar em segregação e distanciamento social. A convivência universitária é um dos aspectos mais importantes para o desenvolvimento pessoal e acadêmico, sendo essencial que as políticas de segurança considerem o equilíbrio entre a proteção física e a promoção de um ambiente social saudável. A criação de um ambiente seguro é necessária para garantir o bem-estar, mas é igualmente importante que as medidas de segurança não interfiram nas interações naturais entre os membros da comunidade universitária. A implementação de barreiras físicas, como cercas, ou a vigilância excessiva pode gerar um sentimento de exclusão, afetando a integração e a troca de experiências entre os estudantes e professores.
Por outro lado, Santos e Ferreira(2018) argumentam que a segurança bem planejada, quando aliada à criação de espaços de convivência seguros e acessíveis, pode fortalecer as relações sociais dentro da universidade. Ao garantir a segurança dos espaços comuns, a universidade oferece um ambiente propício para o desenvolvimento de atividades coletivas e o fortalecimento do espírito de comunidade. A presença de segurança deve ser vista como uma ferramenta que facilita, e não impede, a interação social. Como destacam os autores:
Políticas de segurança devem ser projetadas não apenas para proteger os indivíduos, mas também para fomentar um ambiente inclusivo onde as interações sociais possam florescer. Espaços de convivência, como áreas de lazer e encontros informais, desempenham um papel vital na promoção do engajamento acadêmico e na formação de redes de apoio dentro do campus. Uma abordagem equilibrada pode transformar a segurança em um catalisador para a integração social e o desenvolvimento intelectual(Santos; Ferreira, 2018, p. 63).
A integração de políticas de segurança com uma infraestrutura que favoreça o contato social pode resultar em uma comunidade universitária mais coesa e colaborativa.
Portanto, é fundamental que a gestão de segurança nas universidades busque o equilíbrio entre proteger a comunidade acadêmica e preservar o espírito de convivência. A segurança excessiva, sem uma visão abrangente das necessidades sociais, pode gerar um ambiente isolado, no qual os estudantes e professores se sentem mais distantes uns dos outros. Como observam Santos e Ferreira(2018), a criação de espaços de convivência seguros, onde os alunos possam interagir sem medo, é fundamental para o fortalecimento da rede social acadêmica, essencial para o desenvolvimento tanto acadêmico quanto pessoal dos indivíduos no campus universitário.
A segurança física em ambientes universitários é, frequentemente, uma resposta à violência urbana e aos desafios da segurança pública. No entanto, a presença constante de policiamento e a vigilância intensa podem gerar uma percepção de ameaça, o que pode, paradoxalmente, aumentar a sensação de medo entre os membros da comunidade acadêmica, afetando o desempenho acadêmico e psicológico. Segundo Silva(2016):
A presença de policiamento constante, especialmente quando acompanhada de práticas de controle rígido, pode alterar profundamente a percepção de segurança dos indivíduos. Em vez de se sentirem protegidos, os membros da comunidade acadêmica podem experimentar sentimentos de desconforto e ansiedade, uma vez que a vigilância constante é percebida como uma invasão à privacidade. Isso pode levar à redução da liberdade de expressão, ao distanciamento social e, em última instância, a um ambiente educacional menos produtivo(Silva, 2016, p. 41).
Esse ponto reforça que as práticas de segurança, quando excessivas, podem minar a confiança no ambiente universitário, prejudicando tanto o desempenho acadêmico quanto as relações interpessoais.
Esse fenômeno é corroborado por Costa e Almeida(2015), que observam que a presença contínua de forças de segurança pode alterar profundamente o comportamento dos estudantes e professores. A sensação de ser constantemente vigiado pode reduzir a liberdade e a autonomia dos indivíduos, fatores essenciais para o desenvolvimento intelectual e emocional. Costa e Almeida(2015) apontam que, em ambientes onde o policiamento é excessivo, os alunos e professores tendem a se sentir desconfortáveis, o que pode resultar em um distanciamento emocional e na diminuição da colaboração acadêmica.
Almeida e Lima(2017) corroboram essa visão, argumentando que os estudantes podem evitar atividades extracurriculares, como eventos culturais ou reuniões acadêmicas, devido ao medo de situações de risco. Segundo os autores, “o ambiente universitário deve ser mais do que um espaço de ensino; deve ser um lugar seguro e de troca cultural”(Almeida; Lima, 2017, p. 45). Essa perspectiva destaca a importância de criar condições que incentivem os estudantes a participar plenamente das experiências universitárias. As universidades são ambientes ricos em trocas de ideias e interações sociais, mas, quando a sensação de perigo é exacerbada pela vigilância excessiva, os estudantes tendem a se distanciar dessas experiências, prejudicando seu desenvolvimento integral.
As atividades extracurriculares são um componente importante na formação acadêmica e social dos estudantes, pois proporcionam oportunidades para a construção de redes de apoio e o enriquecimento cultural. No entanto, o medo constante pode levar à evitação dessas experiências, limitando as oportunidades de aprendizado fora da sala de aula e afetando o desenvolvimento social dos alunos. Como apontam Almeida e Lima(2017), “a integração acadêmica depende de uma convivência segura e acolhedora, onde os estudantes se sintam livres para explorar o ambiente universitário”(Almeida; Lima, 2017, p. 47).
Portanto, é importante que as universidades busquem implementar medidas de segurança que não sejam excessivas a ponto de criar um ambiente de medo. A criação de um ambiente seguro, mas que permita a liberdade de movimento e interação, é essencial para o desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes. As universidades devem equilibrar a proteção com a promoção de um ambiente de aprendizado saudável e estimulante. A segurança deve ser vista como um facilitador da educação, e não um obstáculo ao crescimento intelectual e social dos indivíduos.
O impacto das medidas de segurança também deve ser analisado em relação aos professores, que, assim como os estudantes, estão sujeitos às condições do ambiente universitário. Segundo Pereira(2020), “o sentimento de insegurança no trabalho pode desviar a atenção dos professores para questões de proteção, reduzindo seu foco no ensino”(Pereira, 2020, p. 62). Esse comentário ressalta como a insegurança pode gerar estresse e prejudicar o relacionamento entre professores e alunos. Quando os professores percebem seu ambiente de trabalho como inseguro, sua atenção e energia são direcionadas para garantir sua própria segurança, ao invés de se concentrarem plenamente na qualidade do ensino.
Pereira(2020) observa que esse sentimento de insegurança pode levar os professores a se sentirem desconfortáveis, o que compromete sua capacidade de criar um ambiente de aprendizado positivo e estimulante. A falta de confiança no ambiente em que ensinam pode gerar um distanciamento emocional, dificultando a construção de uma relação sólida com os alunos. Além disso, a pressão para garantir a segurança dos alunos também afeta o bem-estar psicológico dos docentes.
Segundo o estudo de Costa(2019), “a constante preocupação com a segurança gera um ambiente de tensão, comprometendo o bem-estar dos professores”(Costa, 2019, p. 58). Essa pressão adicional pode reduzir sua capacidade de se engajar plenamente em suas atividades acadêmicas, impactando sua motivação e desempenho. A construção de um ambiente acadêmico positivo depende, em grande parte, da confiança que os docentes têm em seu ambiente de trabalho. Quando essa confiança é abalada pela insegurança, o processo de ensino-aprendizagem se torna mais desafiador, e a qualidade do ensino pode ser prejudicada. Costa(2019) destaca que, em um contexto de insegurança, os docentes podem reduzir suas interações com os alunos ou se sentir menos motivados a participar de atividades acadêmicas fora da sala de aula, o que prejudica tanto sua carreira quanto o desenvolvimento acadêmico dos alunos.
Portanto, as medidas de segurança implementadas nas universidades devem considerar o impacto no bem-estar psicológico dos professores. Garantir um ambiente seguro, mas que não seja excessivamente controlado, é essencial para o bem-estar dos docentes. A segurança deve ser uma ferramenta que auxilie na promoção de um ambiente de ensino positivo, sem gerar uma atmosfera de tensão ou desconforto, o que pode comprometer o desenvolvimento acadêmico e a qualidade das relações dentro do campus.
A avaliação contínua das políticas de segurança é um fator essencial para garantir sua eficácia e ajustar as estratégias de acordo com as necessidades reais da comunidade universitária. Segundo Carvalho e Martins(2019), “processos de avaliação e feedback são cruciais para compreender o impacto das medidas de segurança”(Carvalho; Martins, 2019, p. 45). Essa prática permite às universidades identificar melhorias necessárias, garantindo que as políticas de segurança sejam dinâmicas e respondam às demandas da comunidade acadêmica. O ambiente universitário, com sua diversidade de atores e dinâmicas sociais, exige estratégias de segurança que não apenas protejam os indivíduos, mas também favoreçam a liberdade acadêmica e a convivência.
A revisão periódica das políticas de segurança é particularmente importante em um contexto de mudanças constantes, seja na dinâmica social, no comportamento da comunidade ou nas tecnologias disponíveis. Conforme Carvalho e Martins(2019), “é fundamental que as instituições ajustem suas abordagens de segurança para acompanhar as transformações do ambiente universitário e atender às expectativas da comunidade acadêmica”(Carvalho; Martins, 2019, p. 46). Isso implica na realização de avaliações sistemáticas que analisem a efetividade das medidas implementadas, considerando tanto os aspectos técnicos quanto os sociais.
Além disso, a criação de canais de comunicação entre os membros da comunidade universitária e os gestores de segurança tem um papel estratégico na melhoria das políticas. Carvalho e Martins(2019) destacam que “a comunicação aberta e contínua entre alunos, professores e gestores contribui para aumentar a confiança nas medidas de segurança e para o desenvolvimento de soluções mais adequadas”(Carvalho; Martins, 2019, p. 50). Essa interação permite que as instituições obtenham insights valiosos sobre os desafios enfrentados pelos diferentes grupos que compõem a comunidade acadêmica, possibilitando ajustes mais alinhados às suas necessidades.
Um aspecto relevante na avaliação contínua é o fortalecimento da confiança da comunidade acadêmica nas políticas de segurança. Segundo Carvalho e Martins(2019), “um ambiente seguro e transparente fortalece a confiança nas instituições de ensino”(Carvalho; Martins, 2019, p. 53). Quando os alunos e docentes percebem que suas preocupações são levadas em consideração e que suas sugestões resultam em ações concretas, eles passam a se engajar mais ativamente no cumprimento das medidas de segurança. Esse engajamento é essencial para criar uma cultura de segurança participativa, onde cada indivíduo contribui para a manutenção de um ambiente mais protegido e harmonioso.
Outro ponto crucial é que a análise contínua das políticas de segurança permite às universidades se adaptarem a desafios emergentes, como o avanço de ameaças digitais e o aumento da complexidade nas interações sociais. “A flexibilidade e a capacidade de adaptação são características indispensáveis para políticas de segurança eficazes”(Carvalho; Martins, 2019, p. 55). Isso inclui, por exemplo, o uso de tecnologias avançadas para monitorar e prevenir incidentes, sem comprometer a privacidade dos membros da comunidade.
A implementação de processos de feedback também desempenha um papel significativo na melhoria das políticas de segurança. Como afirmam Carvalho e Martins(2019), “o feedback contínuo possibilita ajustes imediatos e eficazes nas políticas, alinhando-as às necessidades reais da comunidade universitária”(Carvalho; Martins, 2019, p. 57). Esse processo deve ser estruturado de forma inclusiva, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas, desde os alunos até os gestores administrativos. A inclusão de múltiplas perspectivas amplia a compreensão das instituições sobre os desafios de segurança e aumenta a probabilidade de sucesso das medidas implementadas.
Além disso, as avaliações contínuas não apenas beneficiam as políticas de segurança, mas também ajudam a construir um ambiente de aprendizado mais colaborativo e produtivo. Quando os alunos e professores se sentem seguros, a qualidade das interações acadêmicas aumenta, promovendo trocas de ideias mais livres e enriquecedoras. “A segurança percebida impacta diretamente a qualidade do ambiente acadêmico, permitindo que os indivíduos se concentrem em suas atividades principais”(Carvalho; Martins, 2019, p. 59).
Por fim, a periodicidade das avaliações deve ser planejada de forma estratégica, com relatórios regulares que documentem os avanços e as áreas que ainda necessitam de melhorias. Esses relatórios servem como ferramentas importantes para a transparência institucional, permitindo que a comunidade acompanhe os esforços realizados para aprimorar a segurança. A transparência fortalece a relação de confiança entre os gestores e os membros da comunidade acadêmica, criando um ambiente onde a segurança é percebida como um esforço conjunto e integrado.
Portanto, a avaliação contínua das políticas de segurança é indispensável para garantir sua eficácia e adaptabilidade às necessidades reais das universidades. Além de proteger os indivíduos, essas avaliações promovem uma cultura de segurança que valoriza a colaboração, a comunicação e a transparência. Assim, as instituições conseguem não apenas mitigar riscos, mas também criar um ambiente que favoreça o aprendizado, a convivência e o desenvolvimento pleno de todos os membros da comunidade acadêmica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O impacto das medidas de segurança nas universidades federais brasileiras é um tema crucial, uma vez que envolve uma série de aspectos relacionados à proteção física e ao bem-estar de estudantes, professores e funcionários. Embora a implementação de políticas de segurança seja essencial para garantir um ambiente seguro e protegido, é igualmente importante que tais medidas sejam equilibradas para não comprometer a liberdade acadêmica, a convivência social e o desenvolvimento emocional de todos os envolvidos. A segurança excessiva ou mal planejada pode gerar efeitos negativos, como aumento do estresse e da ansiedade, prejudicando o desempenho acadêmico e a saúde mental dos indivíduos. Em contrapartida, quando as políticas de segurança são bem estruturadas, elas podem contribuir significativamente para a criação de um ambiente que favoreça o aprendizado, a interação social e o crescimento pessoal.
Além disso, é fundamental que as universidades adotem uma abordagem holística ao planejar e implementar medidas de segurança, considerando tanto as necessidades de proteção física quanto o cuidado com a saúde mental da comunidade acadêmica. Isso implica em criar políticas que não apenas se concentrem em aspectos físicos, como vigilância e controle de acessos, mas também incluam suporte psicológico, programas de conscientização sobre saúde mental e a promoção de um ambiente inclusivo e de respeito. Ao adotar essa abordagem equilibrada, as universidades podem garantir que a segurança seja uma base para o desenvolvimento acadêmico e pessoal, sem prejudicar a liberdade intelectual ou as interações sociais. Portanto, o desafio é encontrar soluções que integrem de maneira eficaz a segurança e o bem-estar da comunidade acadêmica, promovendo um ambiente de aprendizado mais saudável e produtivo.
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