Supervisão escolar e sua ação no processo de ensino-aprendizagem.

SCHOOL SUPERVISION AND ITS ROLE IN THE TEACHING-LEARNING PROCESS

SUPERVISIÓN ESCOLAR Y SU ACTUACIÓN EN EL PROCESO DE ENSEÑANZA-APRENDIZAJE

Autor

Aline Carvalho Diniz Pereira de Sá
ORIENTADOR
Prof. Dr. Fábio Terra Gomes Junior

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/9FBE8C

DOI

, Aline Carvalho Diniz Pereira de . Supervisão escolar e sua ação no processo de ensino-aprendizagem.. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar criticamente o papel da supervisão escolar no processo de ensino-aprendizagem, com base em uma revisão bibliográfica de produções publicadas entre 2020 e 2025. A pesquisa demonstrou que a supervisão escolar tem se distanciado da visão fiscalizatória tradicional, assumindo um papel formativo, dialógico e articulador. Evidenciou-se que a atuação do supervisor contribui diretamente para a qualificação do trabalho docente, a inclusão educacional e a gestão democrática, ainda que enfrente desafios como a falta de valorização e formação contínua. A partir da análise dos autores estudados, conclui-se que a supervisão escolar deve ser compreendida como instância pedagógica estratégica, voltada à promoção da aprendizagem significativa e à transformação do fazer educativo.
Palavras-chave
Supervisão escolar. Ensino-aprendizagem. Prática docente. Gestão democrática. Inclusão.

Summary

This article aims to critically analyze the role of school supervision in the teaching-learning process, based on a literature review of academic works published between 2020 and 2025. The study demonstrated that school supervision has moved away from its traditional controlling function, assuming a formative, dialogical, and articulating role. It was found that the supervisor’s actions directly contribute to the improvement of teaching practices, educational inclusion, and democratic school management, despite facing challenges such as lack of institutional recognition and continuing education. From the analysis of the selected authors, it is concluded that school supervision should be understood as a strategic pedagogical instance focused on promoting meaningful learning and transforming educational practices.
Keywords
School supervision. Teaching-learning. Teaching practice. Democratic management. Inclusion.

Resumen

Este artículo tiene como objetivo analizar críticamente el papel de la supervisión escolar en el proceso de enseñanza-aprendizaje, basado en una revisión bibliográfica de producciones publicadas entre 2020 y 2025. La investigación demostró que la supervisión escolar se ha alejado de la visión tradicional de control, asumiendo un papel formativo, dialógico y articulador. Se evidenció que la actuación del supervisor contribuye directamente a la cualificación del trabajo docente, la inclusión educativa y la gestión democrática, aunque enfrenta desafíos como la falta de valorización institucional y formación continua. A partir del análisis de los autores estudiados, se concluye que la supervisión escolar debe ser comprendida como una instancia pedagógica estratégica orientada a la promoción del aprendizaje significativo y la transformación de la práctica educativa.
Palavras-clave
Supervisión escolar. Enseñanza-aprendizaje. Práctica docente. Gestión democrática.

INTRODUÇÃO

A supervisão escolar, tradicionalmente compreendida como uma prática voltada à fiscalização do trabalho docente, tem passado por profundas ressignificações no cenário educacional contemporâneo. Em um contexto de transformações sociais, políticas e pedagógicas, o supervisor escolar passou a ser visto como um profissional articulador, formador e mediador do processo pedagógico nas instituições de ensino (Costa, 2021; Correia; Zanlorenzi, 2022; Evangelista et al., 2024).

Segundo Assumpção, Monteiro e Augusto (2023), a função do supervisor escolar não pode mais estar restrita ao controle técnico e burocrático, mas deve se configurar como uma prática crítica e reflexiva, baseada no diálogo com os docentes, no respeito à autonomia pedagógica e na promoção da melhoria contínua do ensino. Ao atuar junto aos professores, o supervisor contribui para a elaboração e reestruturação de propostas pedagógicas mais coerentes com as necessidades dos estudantes.

Autores como Carlos e Lodi (2024) e Menegueti et al. (2021) destacam que a ação do supervisor é essencial para o êxito do processo de ensino-aprendizagem, uma vez que ele participa ativamente do planejamento pedagógico, promove momentos de formação continuada, orienta as práticas docentes e colabora com a gestão democrática da escola. 

Nesse sentido, emerge a necessidade de analisar com profundidade o papel da supervisão escolar, considerando os múltiplos desafios e potencialidades que atravessam sua atuação no processo educativo. 

Assim, a presente produção tem por objetivo geral: analisar criticamente o papel da supervisão escolar no processo de ensino-aprendizagem, à luz de uma perspectiva reflexiva e pedagógica. Sendo os específicos: (1) compreender as transformações históricas e conceituais da função supervisora nas escolas; (2) identificar os principais desafios e contribuições da supervisão no apoio à prática docente; (3) refletir sobre a atuação do supervisor escolar em contextos de inclusão, gestão democrática e reorganização pedagógica e (4) apontar caminhos para uma prática supervisora mais comprometida com a qualidade da aprendizagem e a formação continuada dos professores.

Para alcançar tais objetivos, optou-se pela realização de uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em produções acadêmicas publicadas entre os anos de 2020 e 2025. Os artigos analisados foram selecionados a partir de sua relevância temática e metodológica, contemplando diferentes perspectivas sobre a supervisão escolar e sua ação no processo de ensino-aprendizagem.

A metodologia seguiu os seguintes passos: (1) levantamento de artigos em periódicos científicos qualificados; (2) definição de critérios de inclusão, priorizando trabalhos voltados à supervisão educacional e seus impactos pedagógicos; (3) leitura analítica dos textos selecionados, com foco nos eixos supervisão-docência, supervisão-gestão e supervisão-inclusão; (4) organização do referencial teórico e (5) elaboração de uma discussão crítica fundamentada nas contribuições dos autores estudados.

Com essa abordagem, pretende-se contribuir com a reflexão sobre o papel estratégico do supervisor escolar nas instituições de ensino, valorizando seu protagonismo como sujeito pedagógico, formador de professores e agente promotor de uma educação de qualidade.

A SUPERVISÃO COMO ARTICULADORA DO PROCESSO PEDAGÓGICO

A supervisão escolar tem passado por transformações significativas ao longo do tempo. Se antes era compreendida como uma prática fiscalizatória e hierárquica, atualmente se consolida como uma instância articuladora, reflexiva e democrática no processo educativo. No contexto do ensino-aprendizagem, sua atuação transcende o controle técnico e passa a ser orientada por princípios de colaboração, escuta ativa, inclusão e valorização da autonomia docente.

Costa (2021), ao analisar a articulação entre a supervisão escolar e o ensino-aprendizagem, destaca que o supervisor desempenha um papel essencial na mediação entre os saberes pedagógicos e as práticas docentes. Sua atuação visa garantir a coerência entre o planejamento, a execução e a avaliação das atividades pedagógicas, de modo a favorecer o desenvolvimento integral dos estudantes. A autora aponta que o supervisor escolar deve atuar como suporte ao professor, ajudando a diagnosticar dificuldades.

Nesse sentido, o trabalho do supervisor exige formação continuada e comprometimento com a construção coletiva do conhecimento. Para além do cumprimento de normas, seu papel é estimular a reflexão pedagógica, criar espaços de diálogo e valorizar a diversidade de experiências no ambiente escolar.

Menegueti et al. (2021) reforçam a importância da supervisão escolar nas séries iniciais do ensino fundamental, ressaltando que a presença ativa do supervisor pode contribuir significativamente para o sucesso da aprendizagem dos alunos. Segundo os autores, o supervisor atua como parceiro do professor, auxiliando no diagnóstico das dificuldades de aprendizagem e na proposição de estratégias pedagógicas ajustadas às necessidades dos educandos.

A pesquisa também evidencia que o acompanhamento contínuo do trabalho docente, promovido pela supervisão, favorece um ambiente educacional mais acolhedor e eficiente. A supervisão, neste contexto, não é apenas instrumento de gestão, mas uma ferramenta pedagógica essencial para promover a equidade e a qualidade na educação básica.

O estudo de Negreiro e Gonçalves (2023) amplia a discussão ao abordar a contribuição da supervisão escolar na Educação Especial Inclusiva. A partir de um estudo de caso, as autoras mostram que, apesar de a supervisora reconhecer sua importância nesse contexto, sua atuação ainda se limita ao monitoramento do trabalho dos profissionais do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

As autoras argumentam que a supervisão deve ser protagonista no processo de inclusão, articulando ações pedagógicas que promovam o acesso e a permanência dos alunos com deficiência na escola. Isso exige uma postura mais ativa, colaborativa e formativa por parte do supervisor, que deve dialogar com os professores, orientar práticas inclusivas e garantir que as políticas públicas de inclusão sejam efetivamente implementadas.

Henrique (2020), ao tratar da inclusão de alunos surdos, também reforça essa perspectiva, destacando a necessidade de uma supervisão que compreenda a importância da educação bilíngue e que atue como mediadora das práticas pedagógicas inclusivas. O autor chama atenção para o papel do supervisor na garantia da acessibilidade linguística e cultural dos estudantes surdos, defendendo que o uso da Libras e o respeito à identidade surda devem ser princípios norteadores da ação pedagógica.

Silva e Constantino (2020) propõem uma releitura da função supervisora, enfatizando seu papel na consolidação de uma cultura de gestão democrática nas escolas. A pesquisa desenvolvida nas escolas municipais de São Paulo evidencia que a supervisão pode e deve romper com o paradigma do controle, assumindo uma postura dialógica, participativa e formadora.

De acordo com os autores, o supervisor escolar precisa se afastar da lógica autoritária e se engajar em práticas que valorizem a escuta, a corresponsabilidade e o empoderamento dos sujeitos escolares. A descentralização do poder e a valorização da comunidade escolar são pilares para que a supervisão contribua efetivamente com a melhoria da qualidade do ensino.

Santos (2020) discute o papel do supervisor escolar na articulação curricular em uma escola do campo, destacando a necessidade de um currículo contextualizado, que respeite os saberes e práticas locais. A pesquisa evidencia que o supervisor atua como mediador entre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as realidades socioculturais dos estudantes do campo, promovendo um currículo que valorize a identidade e a diversidade.

Essa perspectiva aponta para uma supervisão sensível às especificidades dos contextos educacionais, que compreende o currículo não apenas como um documento normativo, mas como uma construção coletiva, viva e em constante transformação. Assim, o supervisor se torna peça-chave na implementação de propostas pedagógicas significativas.

Guimarães et al. (2023) exploram os desafios enfrentados pela supervisão escolar durante a pandemia de COVID-19. O estudo destaca que os supervisores escolares foram fundamentais na reorganização das práticas pedagógicas, na adaptação dos planejamentos e no suporte emocional aos professores e estudantes.

Diante de um cenário de incertezas e mudanças abruptas, a supervisão se mostrou ainda mais necessária para garantir a continuidade do processo educativo, o que evidencia sua capacidade de adaptação e resiliência. A atuação dos supervisores nesse período revelou a importância da liderança pedagógica e do trabalho colaborativo na superação das adversidades.

Assumpção, Monteiro e Augusto (2023) oferecem uma abordagem filosófica da supervisão escolar, ancorada nos conceitos de liberdade e autonomia desenvolvidos por Paul Ricoeur e Paulo Freire. Os autores defendem que o supervisor educacional deve atuar respeitando a liberdade docente, promovendo o diálogo e construindo com os professores um planejamento pedagógico que valorize a diversidade e a emancipação.

Para esses autores, a verdadeira supervisão não impõe, mas propõe; não ordena, mas orienta; não vigia, mas acompanha. Trata-se de uma atuação que reconhece no professor um sujeito autônomo e capaz, e que vê no diálogo uma ferramenta transformadora.

Evangelista et al. (2024) traçam um panorama histórico da supervisão escolar, demonstrando sua evolução desde a função de inspeção até o atual papel pedagógico e formativo. O artigo ressalta a necessidade de consolidar a supervisão como uma prática fundamentada na ética, na empatia e no compromisso com a qualidade da educação.

Correia e Zanlorenzi (2022), em estudo do tipo revisão bibliográfica revelam a escassez de pesquisas acadêmicas que abordem a função supervisora de forma crítica e aprofundada. As autoras destacam a importância de retomar o debate sobre a supervisão, compreendendo-a como uma dimensão essencial da gestão escolar e da prática docente.

DISCUSSÃO

Discutir a supervisão escolar e sua ação no processo de ensino-aprendizagem exige compreender que essa função extrapola a dimensão técnica e assume um papel pedagógico e formativo fundamental no interior das instituições educacionais. O supervisor escolar, mais do que um executor de normas, deve ser reconhecido como mediador entre a política educacional e a prática docente, articulador de saberes, incentivador do trabalho colaborativo e promotor de processos reflexivos contínuos.

Apesar de avanços teóricos e legais, muitas redes de ensino ainda mantêm resquícios de uma supervisão escolar marcada pela hierarquia e pelo controle, o que impede o pleno desenvolvimento de uma atuação verdadeiramente pedagógica. Assumpção, Monteiro e Augusto (2023) destacam que a autoridade da supervisão educacional deve ser construída a partir da autonomia dos docentes e do diálogo permanente, rompendo com modelos autoritários que desvalorizam a capacidade crítica dos profissionais da educação. 

Correia e Zanlorenzi (2022) apontam a escassez de produções científicas voltadas à supervisão escolar, revelando uma lacuna preocupante no campo educacional. A pouca visibilidade acadêmica dessa função reflete, em parte, a ausência de políticas públicas voltadas à formação e valorização do supervisor escolar, o que compromete seu papel no fortalecimento do processo de ensino-aprendizagem.

A supervisão, quando pautada em princípios ético-políticos, é capaz de promover transformações reais na prática pedagógica. Menegueti et al. (2021) evidenciam que o trabalho do supervisor, especialmente nos anos iniciais do ensino fundamental, impacta diretamente na aprendizagem dos estudantes. A ação desse profissional junto aos professores, contribuindo na elaboração de estratégias de ensino mais eficazes e ajustadas às necessidades reais dos alunos, é determinante para o êxito escolar.

Nos contextos inclusivos, a atuação do supervisor escolar adquire ainda maior relevância. Negreiro e Gonçalves (2023) demonstram que a supervisora investigada compreendia sua importância na mediação entre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) e os professores da sala comum, mas limitava-se a um acompanhamento burocrático. A análise sugere que a supervisão, nesse campo, precisa ser propositiva, dialógica e ativa, assumindo a responsabilidade de fomentar práticas pedagógicas acessíveis e coerentes.

Henrique (2020) corrobora essa visão ao discutir a supervisão escolar na inclusão de estudantes surdos. Ao defender uma educação bilíngue, o autor enfatiza a importância de uma supervisão que reconheça a identidade cultural e linguística desses sujeitos e atue como defensora do direito à diferença. Nesse sentido, a atuação do supervisor deve ser fundamentada na escuta, no respeito às singularidades e na articulação de políticas educacionais que garantam a aprendizagem de todos.

Além da inclusão, outro aspecto essencial da supervisão escolar refere-se à sua contribuição para a gestão democrática da escola. Silva e Constantino (2020) argumentam que o supervisor precisa romper com o paradigma fiscalizador e consolidar uma postura mediadora, fortalecendo o diálogo entre os diferentes atores escolares. A participação coletiva no planejamento pedagógico e a valorização da escuta da comunidade escolar são dimensões que tornam a supervisão uma prática emancipadora e comprometida.

No campo curricular, Santos (2020) apresenta a atuação da supervisão escolar em uma escola do campo, destacando seu papel como articuladora entre as orientações da BNCC e a realidade local. A pesquisa indica que o supervisor é peça-chave na construção de um currículo contextualizado, que considere os saberes da comunidade e as especificidades dos sujeitos do campo. Tal perspectiva evidencia a importância de uma supervisão politicamente engajada, que compreende o currículo como instrumento de valorização.

A atuação da supervisão escolar também se mostrou decisiva em contextos de crise, como ocorreu durante a pandemia da COVID-19. Guimarães et al. (2023) relatam que o supervisor assumiu funções estratégicas, reorganizando planejamentos pedagógicos, apoiando emocionalmente os professores e garantindo a continuidade do vínculo educativo com os estudantes e suas famílias. Esses desafios escancararam a importância de uma supervisão flexível, adaptativa e sensível às necessidades emergenciais da comunidade escolar.

No aspecto teórico e histórico, Evangelista et al. (2024) analisam a trajetória da supervisão escolar ao longo da história da educação brasileira, demonstrando que, embora a função tenha origem em práticas de controle, há uma tendência crescente de ressignificação de seu papel. A supervisão contemporânea é chamada a assumir um posicionamento ético e pedagógico, alinhado à promoção da justiça social, da equidade e da aprendizagem significativa.

A função supervisora, portanto, não se limita à verificação de metas ou ao cumprimento de rotinas. Ela envolve a articulação de múltiplos saberes, a escuta ativa dos profissionais da educação, a mediação de conflitos e a proposição de alternativas didáticas e metodológicas. Para que isso ocorra de forma plena, é imprescindível que o supervisor escolar tenha espaço para atuar com autonomia, formação continuada e reconhecimento institucional de sua importância no processo educativo.

Desse modo, a ação da supervisão escolar no processo de ensino-aprendizagem deve ser compreendida como uma prática de natureza transformadora, que dialoga com os fundamentos da pedagogia crítica e da gestão democrática. Quando pautada pela colaboração, pelo respeito à diversidade e pela construção coletiva do conhecimento, a supervisão contribui significativamente para uma educação mais justa, inclusiva e comprometida com a aprendizagem de todos os sujeitos escolares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise dos estudos abordados neste trabalho permitiu compreender que a supervisão escolar ocupa uma posição estratégica no interior das instituições de ensino, sobretudo quando atua de maneira articulada ao processo de ensino-aprendizagem. Sua função deixou de ser meramente técnica ou fiscalizatória para se consolidar como uma prática pedagógica e formativa, centrada na mediação, no diálogo e no fortalecimento das práticas docentes.

A pesquisa bibliográfica evidenciou que o supervisor escolar é um profissional que contribui diretamente para a qualificação do trabalho pedagógico, atuando na formação continuada dos professores, na construção coletiva do planejamento escolar, na identificação de dificuldades de aprendizagem e na proposição de estratégias didáticas mais adequadas às realidades dos estudantes. Sua ação, portanto, não se limita à observação ou controle, mas assume um papel ativo e transformador no cotidiano da escola.

Os autores analisados convergem na defesa de uma supervisão comprometida com a gestão democrática, com a inclusão educacional e com o reconhecimento da diversidade como valor educativo. Em especial, destacam-se as contribuições da supervisão escolar em contextos de vulnerabilidade, em situações de crise, como a pandemia, e no apoio à implementação de políticas públicas voltadas à qualidade da educação.

Todavia, também foram identificadas limitações e desafios que ainda atravessam o exercício da supervisão nas escolas brasileiras, como a falta de reconhecimento institucional, a carência de formação continuada, a sobrecarga de funções e a persistência de práticas autoritárias. Esses fatores podem comprometer a efetividade da supervisão, reduzindo seu potencial pedagógico e seu impacto no processo de ensino-aprendizagem.

Diante disso, conclui-se que fortalecer a função da supervisão escolar requer um esforço coletivo que envolva políticas públicas de valorização profissional, programas permanentes de formação e uma reestruturação da cultura organizacional das escolas, de modo a reconhecer o supervisor como sujeito essencial no processo educativo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Sá, Aline Carvalho Diniz Pereira de . Supervisão escolar e sua ação no processo de ensino-aprendizagem..International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Referencias

BAILEY, C. J.; LEE, J. H.
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Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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