Autismo enquanto dificultador no aprendizado em crianças: Uma análise sobre as intervenções dos profissionais de educação

AUTISM AS A HINDRANCE IN CHILDREN'S LEARNING: AN ANALYSIS OF INTERVENTIONS BY EDUCATION PROFESSIONALS

EL AUTISMO COMO OBSTÁCULO EN EL APRENDIZAJE INFANTIL: UN ANÁLISIS DE LAS INTERVENCIONES DE LOS PROFESIONALES DE LA EDUCACIÓN

Autor

José Omilson Ferreira de Araújo Junior
ORIENTADOR
Prof. Dr. Rodger Roberto Alves de Sousa

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/A1246C

DOI

Junior , José Omilson Ferreira de Araújo . Autismo enquanto dificultador no aprendizado em crianças: Uma análise sobre as intervenções dos profissionais de educação. International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento que pode afetar em diversas questões sociais, e principalmente no aprendizado das crianças nas escolas, assim fazendo com que a pedagogia haja diretamente com novas estratégias e novos métodos dos profissionais de educação para a melhora no aprendizado das crianças portadoras de autismo. O objetivo desta pesquisa é relatar os percalços em crianças portadoras de autismo na hora do aprendizado escolar e a atuação dos profissionais de educação para melhorar as condições de ensino das crianças portadoras de autismo. Essa pesquisa é uma revisão integrativa da literatura que utiliza apenas literaturas atualizadas dos últimos cinco anos para embasamento mais atual e literaturas apenas em português. As crianças portadoras de autismo podem apresentar diversas características únicas, assim fazendo com que os profissionais de educação tenham cada vez mais capacidade de atuar na inclusão dessas crianças para que o processo de aprendizado delas seja cada vez mais integral e humano. Assim conclui-se que as crianças portadoras de autismo precisam de atenção especial nas redes de educação, sendo de responsabilidade dos profissionais saberem atuar e lidar com as situações que possam vir a atuar com esse público.
Palavras-chave
psicopedagogia; aprendizagem; autismo; inclusão.

Summary

Autism is a neurodevelopmental disorder that can affect several social issues, and especially the learning of children in schools, thus making pedagogy work directly with new strategies and new methods of education professionals to improve the learning of children with autism of autism. The objective of this research is to report the mishaps in children with autism at the time of school learning and the performance of education professionals to improve the teaching conditions of children with autism. This research is an integrative literature review that uses only updated literature from the last five years for a more current basis and literature only in Portuguese. Children with autism may have several unique characteristics, thus making education professionals increasingly able to act in the inclusion of these children so that their learning process is increasingly integral and humane. Thus, it is concluded that children with autism need special attention in education networks, and it is the responsibility of professionals to know how to act and deal with situations that may be experienced with this public.
Keywords
pedagogy; apprenticeship; autism; inclusion.

Resumen

El autismo es un trastorno del neurodesarrollo que puede afectar a diversas cuestiones sociales, y principalmente al aprendizaje de los niños en las escuelas, haciendo así que la pedagogía se involucre directamente con nuevas estrategias y nuevos métodos desde los profesionales de la educación para mejorar el aprendizaje de los niños con autismo. El objetivo de esta investigación es relatar los obstáculos que enfrentan los niños con autismo durante el aprendizaje escolar y las acciones de los profesionales de la educación para mejorar las condiciones de enseñanza de los niños con autismo. Esta investigación es una revisión integradora de la literatura que utiliza sólo literatura actualizada de los últimos cinco años para obtener un apoyo más actual y literatura solo en portugués. Los niños con autismo pueden presentar diversas características únicas, lo que hace que los profesionales de la educación sean cada vez más capaces de trabajar por la inclusión de estos niños para que su proceso de aprendizaje sea cada vez más integral y humano. Por tanto, se puede concluir que los niños con autismo necesitan una atención especial en las redes educativas, siendo responsabilidad de los profesionales saber cómo actuar y afrontar las situaciones que puedan presentarse al tratar con este colectivo.
Palavras-clave
psicopedagogía; aprendiendo; autismo; inclusión.

INTRODUÇÃO 

O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento das pessoas com ele. É uma condição complexa e variável, mas o diagnóstico precoce e o suporte adequado podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento de crianças com autismo (Chicote, 2023, p. 5).

Uma área em que o apoio é particularmente importante é a educação. Isso ocorre porque as escolas desempenham um papel importante em garantir oportunidades de aprendizagem e inclusão dessas crianças (Chicote, 2023, p. 7).

Em um contexto pedagógico, o desafio é adaptar estratégias e abordagens educacionais para atender às necessidades individuais de crianças com autismo, respeitar suas diferenças e promover o desenvolvimento acadêmico e social. Isso requer uma compreensão profunda do autismo e acesso a recursos e profissionais treinados (Silveira et al.2021).

Ao criar um ambiente educacional inclusivo, as escolas podem adotar uma variedade de práticas educacionais que promovem o aprendizado em crianças com autismo. Isso inclui a implementação de estratégias visuais, como o uso de desenhos e quadros brancos para ajudar a entender as instruções e gerenciar o tempo. Além disso, ter uma rotina clara e previsível pode reduzir a ansiedade e aumentar a segurança emocional (Pessoa, 2021, p. 4).

Outro aspecto importante é facilitar a interação social, incentivando a criança com autismo a participar de atividades em grupo, mas respeitando as limitações individuais. Estratégias de ensino individualizadas que levam em consideração o estilo cognitivo e as habilidades de aprendizagem de cada criança também são importantes para promover seu envolvimento e progresso acadêmico (Chicote, 2023, p. 8).

Apoios profissionais como psicólogos, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos também desempenham um papel importante no processo educacional de crianças com autismo. Esses profissionais fornecem orientação e suporte para educadores e pais, ajudando a implementar estratégias eficazes e criar ambientes que atendam às necessidades exclusivas de cada criança (Chicote, 2023, p. 11).

A educação inclusiva para crianças com autismo requer compreensão e comprometimento de todos os membros da escola. Com um apoio adequado e uma abordagem pedagógica individual, a aprendizagem e a integração destas crianças podem ser facilitadas para que possam desenvolver plenamente o seu potencial e construir uma base sólida para o seu futuro (Souza, 2019, p.14).

Diante o exposto, o objetivo deste trabalho é relatar quais as dificuldades enfrentadas pelas crianças portadoras de autismo em relação ao seu aprendizado escolar e qual o papel do profissional de educação enquanto ferramenta de ensino.

METODOLOGIA

Este trabalho tem como método de pesquisa a revisão integrativa da literatura. Com o objetivo de responder a temática da pesquisa que é: quais as dificuldades e percalços de crianças com autismo na aprendizagem e como os profissionais lidam com essa questão, com atuações e intervenções, assim, essa pesquisa tem por título: autismo enquanto dificultador no aprendizado em crianças: uma análise sobre as intervenções dos profissionais de educação.

A revisão integrativa da literatura tem por característica o melhor método para responder questões norteadoras com análises e interpretações de literaturas, com a escolha dos descritores e métodos de inclusão, é possível responder ao objetivo da pesquisa com buscas em bancos de dados nos devidos descritores e temas (Mendes et al.2019).

Para a construção de um trabalho de método de pesquisa a revisão integrativa da literatura, é essencial seguir à risca as seis etapas da revisão integrativa, que são: elaboração da pergunta norteadora, busca ou amostragem na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão integrativa. Assim podendo responder à temática desejada (Mendes et al. 2019).

Para o encontramento das literaturas utilizadas neste trabalho, foram escolhidos métodos de inclusão e exclusão, para assim filtrar as literaturas achadas para assim poder responder mais precisamente as questões norteadoras desta pesquisa. Os métodos de inclusão são: artigos apenas dos últimos anos (2019 até 2023), literaturas de base de dados confiáveis e relevantes, literaturas apenas da língua brasileira. Os métodos de exclusão são: literaturas anteriores ao ano de 2019, literaturas de revistas e editoras predatórias, literaturas em outras linguagens e literaturas com o tema que desvie do tema desta pesquisa.

RESULTADO E DISCUSSÕES 

Esse trabalho tem como título: autismo enquanto dificultador no aprendizado em crianças: uma análise sobre as intervenções dos profissionais de educação. Foi planejado um total de três eixos para a resolução das questões norteadoras deste trabalho. Os eixos são: caracterização de crianças com autismo, como a pedagogia atua com crianças com autismo e as intervenções dos profissionais de educação para o aprendizado de crianças com autismo.

A seguir contém uma tabela com as características das literaturas usadas para a construção da síntese do conhecimento deste trabalho, a tabela está organizada com (ID) que vai de L1 até L11, referências, local de publicação e ano de publicação.

Tabela 1: características das literaturas escolhidas.

Fonte: Elaboração do autor (2025)

CARACTERIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO 

As crianças com autismo são geralmente caracterizadas por desafios na comunicação, interação social e comportamento restrito e repetitivo. Essas características podem variar de leve a grave e podem afetar o desenvolvimento global da criança (Chicote, 2023, p. 12).

Uma das características mais comuns do autismo em crianças é a dificuldade na interação social. Elas podem ter dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos com seus colegas, bem como em interpretar sinais sociais e expressões faciais. Algumas crianças com autismo podem preferir brincar sozinhas ou ter dificuldade em compartilhar brinquedos e iniciar conversas com outras crianças (Chicote, 2023, p. 13).

A comunicação é outra área em que as crianças com autismo podem ter desafios significativos. Elas podem ter dificuldade em desenvolver a fala e a linguagem, ou podem ter um discurso repetitivo e estereotipado. Algumas crianças com autismo podem preferir se comunicar através de sinais, gestos ou imagens visuais, em vez de usar palavras (Pessoa, 2021, p. 5).

Comportamentos repetitivos e restritos são outra característica comum nas crianças com autismo. Elas podem se envolver em estereotipias motoras, como balançar as mãos, balançar o corpo ou girar em círculos. Além disso, a criança pode ter interesses restritos e fixos em determinados objetos ou assuntos e pode resistir a mudanças em sua rotina diária (Camargo et al. 2020).

Outra característica que pode ser observada em algumas crianças com autismo é a sensibilidade sensorial. Elas podem ser hipersensíveis ou hipossensíveis a estímulos sensoriais, como luzes brilhantes, sons altos ou texturas diferentes. Essas sensibilidades podem levar a reações excessivas ou evasivas a certos estímulos sensoriais (Pessoa, 2021, p. 7).

É importante notar que cada criança com autismo é única e apresenta uma combinação diferente de características. Algumas crianças podem ser altamente funcionais e capazes de se comunicar e interagir socialmente, enquanto outras podem ter desafios mais significativos em todas as áreas (Silveira et al. 2021).

O diagnóstico de autismo geralmente é feito na infância, embora algumas crianças possam não ser diagnosticadas até uma idade mais avançada. Os pais, cuidadores e professores podem notar sinais precoces de autismo, como a falta de contato visual, atraso na fala ou comportamentos restritos e repetitivos. O diagnóstico é feito por profissionais de saúde especializados, como pediatras, psicólogos ou psiquiatras, através da observação do comportamento da criança e da avaliação de seu desenvolvimento (Silveira et al. 2021).

Uma vez que uma criança é diagnosticada com autismo, é importante fornecer suporte adequado para suas necessidades individuais. Isso pode incluir terapia ocupacional, terapia da fala e terapia comportamental, que visam melhorar a comunicação, a interação social e a redução de comportamentos restritos e repetitivos. Além disso, a criança pode se beneficiar de ambientes estruturados e previsíveis e de apoio social contínuo para ajudá-la a se adaptar às demandas diárias (Chicote,2023, p. 14).

Embora o autismo seja uma condição vitalícia, muitas crianças com autismo podem ter um desenvolvimento positivo com o suporte adequado. O envolvimento precoce e contínuo da família, juntamente com intervenções terapêuticas individualizadas e um ambiente inclusivo, pode ajudar a criança a alcançar todo o seu potencial e a se tornar um membro ativo e participante da sociedade (Pessoa,2021, p. 9).

As crianças com autismo são caracterizadas por desafios na comunicação, interação social e comportamentos restritos e repetitivos. Cada criança com autismo é única e apresenta uma combinação diferente de características. O diagnóstico precoce e o suporte adequado são fundamentais para ajudar a criança a alcançar todo o seu potencial e a viver uma vida plena e feliz.

COMO A PEDAGOGIA ATUA COM CRIANÇAS COM AUTISMO 

A pedagogia desempenha um papel fundamental no apoio e na educação de crianças com autismo. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação e interação social da criança, bem como seu comportamento e habilidades de aprendizado. Portanto, é necessário um ambiente educacional especializado para atender às suas necessidades específicas (Schmidt,2019, p. 5).

Uma das abordagens mais comuns no campo da pedagogia para crianças com autismo é a Educação Estruturada. Essa abordagem se concentra no estabelecimento de um ambiente estruturado, previsível e organizado, que permite que a criança com autismo se sinta segura e aprenda de maneira eficaz. Os elementos principais da Educação Estruturada são rotinas claras, instruções visuais, apoios sensoriais e quebra de tarefas em partes menores e mais gerenciáveis (Machado et al. 2019).

Além da Educação Estruturada, a pedagogia para crianças com autismo também inclui estratégias como a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA). A CAA envolve o uso de recursos visuais, como fotos, símbolos gráficos e dispositivos de comunicação por voz, para ajudar a criança a se comunicar de maneira eficaz. Isso é particularmente útil para crianças com autismo que têm dificuldades de fala ou linguagem expressiva limitada (Souza,2019, p. 4).

Outra estratégia pedagógica eficaz para crianças com autismo é a análise aplicada do comportamento (ABA, na sigla em inglês). A ABA é uma abordagem baseada em evidências que se concentra em ensinar habilidades sociais e comportamentos adequados por meio de reforço positivo. Essa abordagem pode ser usada para ensinar habilidades acadêmicas, habilidades de vida diária e habilidades de comunicação, adaptando cada atividade às necessidades e interesses individuais da criança (Souza, 2019, p. 6).

A pedagogia também deve considerar as habilidades sensoriais das crianças com autismo. Algumas crianças podem ter uma sensibilidade aumentada ou diminuída aos estímulos sensoriais, como som, luz, textura e sabor. Portanto, é importante adaptar o ambiente físico da sala de aula, usando equipamentos como fones de ouvido com cancelamento de ruído, iluminação ajustável e materiais sensoriais para ajudar as crianças a lidar com suas sensibilidades sensoriais (Pesitta et al. 2019).

Além disso, a pedagogia também deve promover a inclusão e a interação social entre crianças com autismo e seus colegas típicos. Isso pode ser feito por meio de atividades em grupo, jogos cooperativos e projetos colaborativos. Sousa (2024) diz que o professor desempenha um papel fundamental no processo de inclusão escolar, atuando como mediador entre o aluno e o conhecimento. Com isso, trazer a interação social, isso porque a interação social é uma parte fundamental do desenvolvimento infantil, e as crianças com autismo também podem se beneficiar disso, mesmo que precisem de apoio adicional e adaptações (Pesitta et al. 2019).

Outro aspecto importante da pedagogia para crianças com autismo é o envolvimento dos pais e cuidadores. A colaboração entre a escola e a família é essencial para proporcionar uma educação eficaz e consistente. É importante que os professores e terapeutas trabalhem em estreita colaboração com os pais, discutindo o progresso da criança, compartilhando estratégias e oferecendo suporte emocional (Monteiro, 2021, p. 3).

A pedagogia desempenha um papel central na educação de crianças com autismo. Por meio de abordagens como a Educação Estruturada, a Comunicação Alternativa e Aumentativa, a Análise Comportamental Aplicada e estratégias adaptativas, as crianças com autismo podem alcançar seu potencial máximo de aprendizado e desenvolvimento. É fundamental adaptar a pedagogia às necessidades individuais de cada criança, envolver os pais e cuidadores e promover a inclusão e a interação social (Schmidt, 2019, p. 8).

AS INTERVENÇÕES DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO PARA O APRENDIZADO DE CRIANÇAS COM AUTISMO

O autismo é um transtorno neurológico que afeta o desenvolvimento da criança, interferindo em suas habilidades sociais, de comunicação e comportamentais. O papel dos profissionais de educação é fundamental para proporcionar intervenções eficazes que atendam às necessidades específicas das crianças com autismo, promovendo seu aprendizado e desenvolvimento. Neste texto, serão abordadas algumas das intervenções mais comuns realizadas por profissionais de educação para crianças com autismo (Santos, 2021, p. 3).

Uma das intervenções mais importantes é a criação de um ambiente estruturado e previsível. Crianças com autismo muitas vezes têm dificuldade em lidar com mudanças e situações imprevisíveis. Portanto, os profissionais de educação devem estabelecer uma rotina clara e consistente, com horários e atividades definidas, de forma a proporcionar um ambiente seguro e previsível para a criança (Monteiro, 2021, p.11).

Outra intervenção importante é o uso de estratégias visuais. Crianças com autismo geralmente são visuais e tendem a processar informações visuais de forma mais eficiente do que auditiva. Portanto, os profissionais de educação podem utilizar recursos visuais, como calendários, diagramas, cartões de comunicação e quadros de tarefas, para ajudar a criança a compreender e seguir instruções, entender a rotina diária e expressar suas necessidades (Bezerra, 2022, p. 9).

Além disso, é importante que os profissionais de educação estejam sempre em contato com os pais e responsáveis da criança com autismo, uma vez que a parceria entre a escola e a família é essencial para o sucesso da intervenção. Os profissionais devem compartilhar informações sobre as conquistas e desafios da criança, discutir estratégias de intervenção e buscar o apoio da família no trabalho conjunto para o desenvolvimento da criança (Bezerra, 2022, p.11).

A comunicação é outro aspecto crucial no aprendizado de crianças com autismo. Muitas crianças com autismo têm dificuldades na comunicação verbal, podendo apresentar atrasos na fala ou não desenvolver a fala de forma adequada. Os profissionais de educação podem utilizar técnicas alternativas de comunicação, como a comunicação por meio de imagens ou gestos, para auxiliar a criança na expressão de suas necessidades e pensamentos. Além disso, também é importante estimular o desenvolvimento da linguagem oral, por meio de atividades que promovam a fala e a interação social (Souza, 2019, p. 8).

Os profissionais de educação também devem utilizar estratégias de ensino que sejam altamente individuais e personalizadas. Cada criança com autismo é única e possui suas próprias necessidades e interesses. Portanto, os profissionais devem adaptar suas abordagens de ensino de acordo com as características específicas de cada criança, buscando sempre a melhor forma de engajá-la e motivá-la a aprender (Machado et al.2019).

Além disso, é importante que os profissionais de educação estejam sempre em contato com os pais e responsáveis da criança com autismo, uma vez que a parceria entre a escola e a família é essencial para o sucesso da intervenção. Os profissionais devem compartilhar informações sobre as conquistas e desafios da criança, discutir estratégias de intervenção e buscar o apoio da família no trabalho conjunto para o desenvolvimento da criança (Schmidt, 2019, p. 13).

As crianças com autismo apresentam desafios específicos que requerem intervenções adequadas por parte dos profissionais de educação. A criação de um ambiente estruturado e previsível, o uso de estratégias visuais, o ensino estruturado, o estímulo à comunicação e o uso de estratégias individualizadas são algumas das intervenções realizadas por esses profissionais. Além disso, é fundamental o estabelecimento de uma parceria com os pais ou responsáveis, de forma a garantir uma intervenção eficaz e consistente em todos os contextos em que a criança está inserida (Monteiro, 2021, p. 12).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ficou evidente neste trabalho que crianças portadoras de autismo enfrentam dificuldades sociais e principalmente no aprendizado no ambiente escolar, com dificuldade em aprender práticas novas, interações com os colegas e meios comportamentais.

Ficou mais que exposto que os profissionais de educação desempenham um papel extremamente importante no ambiente escolar para crianças portadoras de autismo, sabendo que é de sua competência obter conhecimento técnico científico para poder lidar com os mais diversos episódios que podem lhe acometer no momento da aprendizagem.

Ficou claro neste trabalho que a pedagogia enfrenta desafios para o aprendizado de crianças portadoras de autismo, tendo que planejar métodos coletivos e individuais para esse público, criando um ambiente seguro para o aprendizado da criança, com abordagens planejadas e comunicação ativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CHIOTE, Fernanda de Araújo Binatti. Inclusão Da Criança Com Autismo Na Educação Infantil: Trabalhando A Mediação Pedagógica. Digitaliza Conteúdo, 2023.

MACHADO, Thainá Pedroso. Et al. Tertúlias Pedagógicas Inclusivas no Pampa: Intervenção Precoce Com Crianças Que Apresentam O Transtorno Do Espectro Do Autismo. E-Mosaicos, V. 8, N. 17, P. 34-42, 2019.

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PISETTA, Maria Angélica Augusto; SANTIAGO, Mylene Cristina. A Tríade Ensino, Pesquisa E Extensão No Fazer Universitário Com A Inclusão De Alunos Com Autismo: Intervenções Educacionais E Psicanalíticas. Revista On-Line De Política E Gestão Educacional, V. 23, N. 1, P. 836-855, 2019.

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SCHMIDT, Carlo; DOS SANTOS RAMOS, Fabiane. Intervenção Mediada Por Pares Como Prática Pedagógica Para Alunos Com Autismo. Inclusivas, 2019.

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SOUZA, Maria Da Guia. Autismo E Inclusão Na Educação Infantil: Efeitos De Um Programa De Intervenção Colaborativa Nas Práticas Pedagógicas Dos Professores. 2019. Dissertação de Mestrado. Brasil.

Junior , José Omilson Ferreira de Araújo . Autismo enquanto dificultador no aprendizado em crianças: Uma análise sobre as intervenções dos profissionais de educação.International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Referencias

BAILEY, C. J.; LEE, J. H.
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v. 67
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2021.
Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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