Criança com autismo e os processos de aprendizagem e de desenvolvimento escolar.

THE CHILD WITH AUTISM AND THE LEARNING AND DEVELOPMENT PROCESSES

EL NIÑO CON AUTISMO Y LOS PROCESOS DE APRENDIZAJE Y DESARROLLO

Autor

Maristela de Oliveira da Silva
ORIENTADOR
Prof. Dr. Tobias do Rosário Serrão

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/A7F925

DOI

, . Criança com autismo e os processos de aprendizagem e de desenvolvimento escolar.. International Integralize Scientific. v 5, n 45, Março/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O autismo e o desenvolvimento são focos de pesquisas e cada vez mais discutidos na Educação, seja pela inclusão ou pela preocupação com a formação profissional. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é cada vez mais foco de pesquisas, pois é um transtorno do desenvolvimento que é repassado para uma pessoa ao longo de sua vida. A relevância desse estudo é de contribuir com os professores e outros estudiosos sobre o Transtornos do Espectro Autista e para com trabalhar inclusão com crianças autistas, observar como os professores se relacionam com elas, como é o seu comportamento e procurou-se orientar a escola a conhecer as características da criança e prover as acomodações físicas e curriculares necessárias e proporcionar atividades. A metodologia aplicada foi uma pesquisa bibliográfica com método qualitativo baseada na revisão de literatura bibliográficas nacionais e internacionais das publicações pesquisadas no google acadêmico e após selecionar um quantitativo de material que fosse suficiente para subsidiar a pesquisa, então se procedeu à leitura para identificar citações mais específicas ao estudo a ser realizado. O autismo produz padrões de comportamento característicos e previsíveis em pessoas com esta condição, o que afeta a maneira como pensam, entendem seu mundo, se comunicam, comem, se vestem, passam o tempo livre etc. Nessa visão, para conviver com um autista é necessário compreender sua cultura, em especial, como se processa seu pensamento para que ocorra seu desenvolvimento.
Palavras-chave
Criança. Autismo. Desenvolvimento.

Summary

Autism and development are focuses of research and are increasingly discussed in Education, whether due to inclusion or concern with professional training. Autism Spectrum Disorder (ASD) is increasingly the focus of research, as it is a developmental disorder that is transmitted to a person throughout life. The relevance of this study is to contribute to teachers and other scholars on Autism Spectrum Disorders and work on inclusion with autistic children, observe how teachers relate to them, what their behavior is like and seek to guide the school to understand the characteristics of the child and provide necessary physical and curricular accommodations and provide activities. The methodology applied was a bibliographic research with a qualitative method based on a review of national and international bibliographic literature of publications searched on Google Scholar and after selecting a sufficient amount of material to support the research, reading was then carried out to identify more specific citations. to the study to be carried out. Autism produces characteristic and predictable behavior patterns in people with this condition, which affect the way they think, understand the world, communicate, eat, dress, spend their free time, etc. understand their culture, in particular, how their thinking is processed so that their development occurs.
Keywords
Child. Autism. Development.

Resumen

Actualmente existe una variedad de tratamientos para personas autistas, los cuales están científicamente fundamentados y comprobados. Dadas las motivaciones para proteger la diversidad de personas diagnosticadas con autismo, presento una opinión sobre los beneficios y la importancia de la arteterapia para las personas con autismo. Como objetivo principal pretendemos investigar cómo las artes pueden ayudar a los estudiantes con Trastorno del Espectro Autista a interactuar con el entorno social. La relevancia de este estudio es brindar a la arteterapia la oportunidad para que los terapeutas trabajen directamente con personas en el espectro del autismo para desarrollar una gama más amplia de habilidades de una manera que pueda ser más cómoda y efectiva que el lenguaje hablado. ¿El Arte Terapia ofrece beneficios en el trastorno del espectro autista (TEA)? A través de un estudio bibliográfico, la investigación reúne a varios autores que discuten la inclusión del arte como recurso terapéutico y, para presentar la relación entre estas dos áreas, Arteterapia y Autismo, a través de la perspectiva y prácticas de diferentes investigadores, buscamos comprender Cómo el proceso de arteterapia beneficia a la población autista. Los resultados presentados en este estudio resaltaron la importancia y las contribuciones de la Arteterapia para las personas con TEA.
Palavras-clave
Arteterapia; Autismo; Yo desarrollo esto.

INTRODUÇÃO

Historicamente, o autismo foi descrito pela primeira vez na literatura de classificação médica no final da década de 1980 sob o nome de Transtorno Autista. Antes disso, o autismo era entendido de forma psicodinâmica como uma forma de psicose que se manifestava na infância, e era apresentado na literatura em estudos de casos clínicos, muitas vezes assistidos por psicanalistas. Portanto, a literatura diagnóstica da década de 1950 nomeou o autismo como uma Reação Esquizofrênica do Tipo Infantil, não como uma categoria diagnóstica estabelecida com critérios descritivos. Na terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais onde é possível ver o afastamento da abordagem psicanalítica e a evolução da organização nosográfica do autismo. A edição seguinte trouxe o termo Global Developmental Disorders (PDD), onde o autismo aparece incluído entre outras categorias abaixo (Pierce, 2019).

Segundo a Declaração de Salamanca (1994), a educação de alunos com necessidades educativas especiais incorpora os princípios já comprovados de uma pedagogia saudável da qual todas as crianças podem beneficiar, assumindo que as diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve ser adaptada às necessidades da criança, em vez de se adaptar a concepções predeterminadas, relativamente ao ritmo e à natureza do processo educativo. 

O autismo e o desenvolvimento são focos de pesquisas e cada vez mais discutidos na Educação, seja pela inclusão ou pela preocupação com a formação profissional. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é cada vez mais foco de pesquisas, pois é um transtorno do desenvolvimento que é repassado para uma pessoa ao longo de sua vida. Seus traços estão associados à comunicação, à interação social e ao comportamento observado na infância, por volta dos três anos de idade.

 O PDD incluía aqueles transtornos frequentemente diagnosticados pela primeira vez na infância, como retardo mental ou TDAH, mas que envolviam a presença de sintomas na interação social, comunicação e a presença de comportamentos e interesses restritos e incomuns. Havia cinco categorias dentro do PDD: Transtorno Autista, Transtorno de Aperger, Transtorno de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Outra Especificação, cada um com suas próprias variações internas. Sem esclarecer melhor as características do autismo, esse tipo de compreensão das categorias tem gerado muitos conflitos entre os médicos. Houve uma falta de distinção entre as categorias com características sobrepostas, dificultando a escolha do diagnóstico de apenas uma delas (Pierce,2019).

De acordo com Freitas & Silva (2020), as características típicas do autismo não eram universais, afetando o indivíduo como um todo, mas apareciam especificamente nas redes sociais e no comportamento social. Concluiu-se então que a categorização em formato de categoria não era adequada, preferindo visualizá-la como um espectro único, com suas características variando continuamente.

Uma nova forma de compreensão pode mostrar melhor a apresentação dessas características, como elas apareceram durante o desenvolvimento e as respostas às intervenções, o que levou à adoção do termo Transtornos do Espectro Autista (TEA). Enquanto o diagnóstico de PDD foi baseado em uma tríade de traços de interação social, comunicação e comportamento, o TEA incluiu apenas dois: interação social e comportamento. Isso porque comunicação e interação social são entendidas como indissociáveis, antes separadas por meros problemas didáticos 

O objetivo do trabalho é analisar a criança com autismo e os processos de aprendizagem e de desenvolvimento. A relevância desse estudo é de contribuir com os professores e outros estudiosos sobre o Transtornos do Espectro Autista e para com trabalhar inclusão com crianças autistas, observar como os professores se relacionam com elas, como é o seu comportamento e procurou-se orientar a escola a conhecer as características da criança e prover as acomodações físicas e curriculares necessárias e proporcionar atividades

 

METODOLOGIA

 

Na metodologia deste estudo sobre “A Criança com Autismo e os Processos de Aprendizagem e Desenvolvimento Escolar”, foi adotada uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa, baseada na revisão de literatura nacional e internacional. O levantamento bibliográfico foi realizado utilizando o Google Acadêmico, focando em artigos que abordam de forma específica e relevante as estratégias e os desafios educacionais enfrentados por crianças com autismo. O processo de escolha dos artigos seguiu um passo a passo detalhado para assegurar a seleção de materiais adequados ao objetivo do estudo.

Inicialmente, foram definidos os critérios de inclusão e exclusão dos artigos. Os critérios de inclusão consistiram em selecionar publicações dos últimos dez anos, revisadas por pares, em português, inglês ou espanhol, que discutissem diretamente a aprendizagem, o desenvolvimento escolar e a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em contrapartida, foram excluídos artigos que abordassem apenas aspectos clínicos do autismo, sem relação direta com o contexto educacional ou que utilizassem metodologias consideradas obsoletas.

Na etapa de busca e identificação, utilizamos palavras-chave como “autismo e aprendizagem”, “desenvolvimento escolar e TEA”, “inclusão escolar de crianças autistas” e “estratégias educacionais para crianças com autismo”. Com isso, uma seleção inicial de aproximadamente 40 artigos foi realizada, identificando publicações que pareciam pertinentes ao tema em análise.

Seguindo para a etapa de seleção e avaliação dos artigos, cada um dos 40 textos foi revisado inicialmente em seu resumo, introdução e conclusão, para que se verificasse a sua adequação aos objetivos do estudo. Após essa triagem, 20 artigos foram escolhidos para análise mais aprofundada. Estes foram considerados os que mais contribuíam para uma compreensão robusta do tema, trazendo teorias educacionais, estratégias de ensino inclusivo e relatos de intervenções bem-sucedidas no contexto escolar com crianças autistas.

Posteriormente, os artigos selecionados foram lidos integralmente, e as informações mais relevantes foram organizadas em categorias, tais como “estratégias pedagógicas inclusivas”, “desenvolvimento cognitivo e social” e “barreiras e facilitadores no ambiente escolar”. Durante a leitura detalhada, foram destacadas citações específicas e dados essenciais que dariam subsídio à pesquisa, conforme a orientação de Gil (2022), para que se pudesse desenvolver discussões fundamentadas e consistentes ao longo do estudo.

Com a organização dos dados e a categorização do conteúdo extraído dos artigos, foi possível avançar para a análise qualitativa do material coletado. Essa organização meticulosa permitiu uma interpretação mais profunda dos fatores que influenciam o aprendizado e o desenvolvimento escolar das crianças com TEA. Essa etapa metodológica representa um alicerce essencial para a pesquisa, pois garante que a revisão de literatura esteja alinhada com os objetivos centrais do estudo, permitindo assim um desenvolvimento bem fundamentado das conclusões e recomendações.

 

CONCEITO E CARACTERÍSTICAS

Os primeiros sintomas do autismo, que eram observados antes dos três anos, podem já estar presentes na infância, pois algumas crianças com sintomas leves só podem ser atendidas quando as demandas ultrapassam os limites de suas capacidades, como acontece. Aprendizagem precoce para alunos com Transtorno de Asperger. Afinal, historicamente esse diagnóstico nunca foi claramente separado do Autismo ou dos Transtornos Desintegrativos da Infância (TDC). No primeiro caso, a ausência de atrasos de linguagem e dificuldades cognitivas por si só não foi suficiente para distinguir Asperger do autismo, e o termo Autismo de Alto Funcionamento ainda é utilizado para indicar a presença dessas características. 

Quando novas pesquisas mostram que o declínio é uma variável contínua no TEA, especialmente no desenvolvimento da linguagem, essas alterações deixam de ser consideradas uma parte especial do autismo e passam a ser entendidas como uma condição concomitante (Souza & Santos, 2021). Na verdade, estudos nacionais demonstraram que o comprometimento da linguagem no autismo ocorre em cerca de vinte por cento dos casos, o que separa o TDI como uma categoria separada.

No autismo, a abordagem social se manifesta em situações em que a criança toma a iniciativa de manipular o cabelo de estranhos por interesse na textura, ou de aproximar o rosto de quem fala para falar. Além disso, muitas vezes a conversa carece de qualidade e fluência, principalmente pelo reduzido compartilhamento de interesses, sentimentos e preferências (Freitas; Silva, 2020). 

 Neste ponto, segundo Maia & Freire (2020), interesses circunscritos podem desempenhar um papel importante e limitar as possibilidades de temas a serem discutidos, reduzindo a história social e as trocas interativas. A diversidade de apresentação de características pode ser percebida na manifestação de diversas dificuldades, como a falta de troca e a falta do primeiro passo na comunicação social, que é causada principalmente por dificuldades de comunicação.

A integração entre as habilidades de comunicação verbal e não verbal é muitas vezes inconsistente ou atrasada, tornando a intenção da comunicação difícil de ser compreendida pelo falante. Segundo Freitas & Silva (2020), pessoas com autismo podem contar uma história oralmente, mas sem utilizar simultaneamente ferramentas de comunicação não-verbal, como expressões faciais ou gestos. Esta última é uma decisão do interlocutor para interpretar o que há de mais importante no relato e qual o significado emocional da conversa, pois dá pistas sobre os dois significados de determinadas palavras ou expressões, por exemplo. Quanto às alterações no contato visual e na linguagem corporal, as primeiras tendem a ser menos frequentes em comparação com crianças sem autismo, com olhar menos direcionado para o rosto durante a interação social. 

Crianças sem autismo focam nos olhos durante a interação, enquanto aquelas com autismo focam mais na área oral e preferem cenas sociais a imagens geométricas (Pierce et al., 2019). Esse comportamento ajuda a explicar a perda de sinais sociais que ocorrem durante as interações, o que acaba se manifestando em dificuldades sociais. O desenvolvimento e a manutenção dos relacionamentos são muitas vezes falhos, principalmente em crianças do mesmo nível de desenvolvimento, o que é facilmente observado no contexto escolar (Pierce et al., 2019).

Há uma tendência de as atividades serem realizadas isoladamente, negligenciando a participação dos pares devido às dificuldades no compartilhamento de jogos, principalmente aqueles que exigem habilidades cognitivas e mentais complexas, como o faz-de-conta ou a representação simbólica (Souza & Santos, 2021). Em casos mais graves, existe uma visível falta de interesse legítimo nas pessoas, o que pode ser interpretado como comportamento de evitação ou afastamento devido a problemas de interação.

É importante destacar que, no ambiente escolar, o professor pode aproximar as crianças com autismo de seus pares e ajudá-las a se comunicarem com a comunidade, resolvendo essa relação. Afinal, este tem sido um forte argumento a favor da inclusão de pessoas com autismo (Schmidt et al., 2016). Além do comprometimento social, padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades também são critérios diagnósticos para autismo. Aqui, não só a moralidade e o comportamento religioso podem ser proibidos, mas também os interesses. A fala, os movimentos motores ou o uso de objetos são ritualísticos ou repetitivos, incluindo alucinações, ecolalia (repetição de palavras ou frases após serem ouvidas) e até comportamentos primitivos de dirigir brinquedos ou girar objetos. Esses fatores, quando mais presentes em crianças de três a cinco anos, fornecem previsões reservadas sobre o desenvolvimento cognitivo e as habilidades adaptativas (Troyb et al., 2016).

Desde as primeiras observações feitas por Maia & Freire (2020), foi relatada uma tendência à mesmice (sameness) no autismo. De fato, há uma aderência a rotinas que pode se apresentar de forma variada ao longo do espectro, desde padrões mais rígidos e inflexíveis até os mais adaptativos. Os comportamentos ritualizados estão associados, em grande parte, à ansiedade social, sendo utilizados como estratégias compensatórias para diminuir a ansiedade derivada da exposição a situações sociais. 

A inflexibilidade cognitiva se manifesta no comportamento e pode ser observada por meio de rituais motores, insistência no mesmo trajeto ou nos mesmos alimentos, perguntas repetitivas ou ansiedade extrema diante de mudanças. Padrões ritualizados de comportamento ocorrem de forma tanto verbal, quanto não verbal. Aliás, esta característica tem sido identificada como um importante estressor para as famílias e educadores por ser de difícil manejo (Schlebusch et al., 2016). 

Os interesses das crianças autistas podem ser muito limitados e intensos, irregulares ou focados. Essas crianças podem se envolver em assuntos incomuns, muitas vezes de natureza incomum, como nomes de dinossauros, rotas de ônibus ou tipos de carros. Esta característica permite que as pessoas com autismo utilizem muitas informações sobre determinadas coisas ou acontecimentos, mas as dificuldades sociais associadas a este transtorno criam obstáculos à sua utilização para fins de comunicação. Dentre as características relatadas no DSM-5, verifica-se que, apesar de historicamente descrito em diversas autobiografias e filmes sobre o autismo, apenas na versão mais recente do manual é considerado pela primeira vez como método diagnóstico. Essas alterações sensoriais manifestam-se como hiper ou hiporreatividade aos estímulos ambientais e podem ocorrer em qualquer um dos sentidos, seja tátil, visual, olfativo ou auditivo (Souza & Santos, 2021).

Embora cerca de 97% das crianças autistas apresentem sentidos anormais, estes não são exclusivos do autismo, pois estão presentes em cerca de 70% das crianças com outras deficiências (Green et al., 2016).

Descreve-se aparente indiferença ao frio ou ao calor. Dificuldades em medir a cognição, nesses casos, podem levar a dificuldades comportamentais no dia a dia, como lidar com as mudanças climáticas no sentido de trocar de roupa do verão para o inverno ou vice-versa. Quando o método auditivo é alterado, é comum que as crianças coloquem as mãos nos ouvidos, seja para bloquear o som, considerado muito alto, ou, ao contrário, para ampliar o campo auditivo e assim aumentar o som, o que é ouvido. como abaixo. Tocar objetos com os dedos é frequentemente associado a alterações sensoriais táteis, que são observadas quando uma criança com autismo explora excessivamente certas texturas, como isopor ou superfícies de borracha. Em um cenário visual, pode haver iluminação interessante, ângulos ou movimento de objetos giratórios (Souza & Santos, 2021).

A razão para esse comportamento não está clara na literatura. Os estudos que investigam as condições sociais do comportamento sensorial dividem-se entre os que enfatizam o papel reforçador do ambiente em sua manutenção e os que associam sua expressão a interações negativas (Freitas; Silva, 2020). 

 Apesar de não exista uma explicação consensual sobre este tema, a frequência de comportamentos hiporresponsivos em resposta a estímulos sociais é mais prevalente em crianças com autismo do que em outros transtornos ou desenvolvimento típico de autismo como um espectro implica entender que suas características podem se manifestar de formas extremamente variadas em cada sujeito (Souza & Santos, 2021).

Uma determinada criança pode apresentar graves dificuldades no meio social, como falta de linguagem e resistência em se aproximar de outras crianças, ao mesmo tempo que podem estar presentes crenças psicológicas e comportamento flexível e flexível. No entanto, outra criança com o mesmo transtorno pode apresentar uma linguagem verbal desenvolvida que facilita a comunicação e o uso de expressões faciais adequadas ao contexto, mas acompanhada de comportamento muito rígido e com baixa resposta às mudanças ambientais. Esses exemplos mostram que a heterogeneidade sintomatológica pode se manifestar em áreas de comunicação e comportamento de forma independente (Maia; Freire, 2020).

Posar (2018), afirma que, para começar a entender os distúrbios do processamento sensorial no autismo, é necessário falar de sensibilidade, ou seja, a forma como o cérebro recebe, integra e organiza informações. 

A sensorialidade é olfativa, dinâmica, tátil, auditiva, visual e auditiva. É a capacidade de ver, ouvir e identificar objetos, sons, sabores, cores etc., além de ser capaz de descrever sentimentos pessoais. A capacidade de integrar diferentes sentidos só é possível através do processamento sensorial.

Segundo Posar (2018), as alterações emocionais causadas pelos distúrbios do processamento sensorial afetam o comportamento de crianças com TEA, influenciando seu comportamento. As atividades diárias, como comer e dormir, podem ser problemáticas, assim como as mudanças no ambiente. Muitas crianças com autismo começam a falar tarde e outras não. Eles não usam expressões faciais em vez de falar, pois a comunicação é muito limitada (WEIZENMANN et al. 2020).

 

O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO

Dois contextos importantes nos quais a aprendizagem ocorre são na escola e em casa. É melhor ensinar habilidades cotidianas em um ambiente natural, no entanto, isso nem sempre acontece. Fazer tarefas diárias simples, como comer sozinho, usar o banheiro, escovar os dentes, faz muita diferença para eles qualidade de vida. É importante que os pais trabalhem pela independência de seus filhos (Aragão, 2023). É preciso que você encoraje a criança a se vestir, alimentar, comer, beber entre outros estímulos, além disso, a criança sente necessidade de falar para melhorar sua fala. Isso deve ser feito silenciosamente, cuidadosamente considerando que o desenvolvimento da criança com autismo é lento, lembrar de sempre elogiar cada progresso alcançado. (Posar, 2018),

A participação dos pais é muito importante no processo de desenvolvimento da criança autista e são responsáveis ​​por grande parte da aprendizagem da criança incentivando a interação social. Ao mesmo tempo em que a rotina é importante, é necessário também levar em consideração que o autista deve aprender a aceitar mudanças. Por isso é preciso que os pais e os professores façam pequenas mudanças na vida diária da criança, inicialmente uma de cada vez, como por exemplo, mudar o caminho de ir à escola ou tentar mudar a carteira onde a criança se senta na escola. As rotinas não são imutáveis, e isso deve ser mostrado desde cedo para a criança. (Posar, 2018),

De acordo com Weizenmann et al. (2020), existem algumas técnicas que têm certa eficácia para a aprendizagem de crianças autistas. São as técnicas de aprendizagem que se utilizadas de maneira adequada podem fazer muita diferença na vida dessas crianças. Estratégias como essas são usadas na escola e além do continuum de trabalho dessas estratégias em casa, é interessante cooperar com parentes ou vizinhos para modelar um comportamento, habilidade, atividade, como gravação o irmão de uma criança com autismo mostrando como decidir o que vestir para a escola, ou até mesmo um trabalho como arrumar a cama, onde cada passo capturado e legendado. Outra estratégia interessante, segundo  Aragão (2023), é que parentes ou vizinhos (idade da criança com autismo) criam uma situação diária de como fazer compras no mercado em casa e acompanhá-lo em uma determinada situação real nas instituições públicas. 

Segundo Maia & Freire (2020), existem melhores estratégias de tratamento crianças autistas em casa e/ou em clínicas de terapia, que se usadas em adequada e conscientemente pode ser eficaz na reabilitação dessas crianças, especialmente aqueles que iniciam o tratamento precocemente.

As escolas devem estar preparadas para que alunos com autismo ou necessidades educacionais especiais se desenvolvam como cidadãos capazes de pensar, aprender, criar e tomar decisões. Crianças autistas podem frequentar uma escola regular, mas ainda apresentam erros, por isso a necessidade de procurar outra instituição que ofereça educação especial. Os professores percebem um aluno diferente, com uma necessidade específica, mas não conseguem ver o problema, as crianças autistas podem aprender sem saber o que é, podem resolver problemas de matemática sem entender o enunciado. É preciso preparar os profissionais, a comunidade educativa que faz parte da vida da criança autista para que os alunos possam aprender e se inserir na sociedade(CasagrandE, 2021). 

Segundo Cataño et al.,(2020), é possível que nas escolas existam casos não detectados de crianças com autismo, que por suas dificuldades e diferenças são rotuladas como mal-educadas, desorganizadas, irrestritas, lentas, etc. O professor deve ficar atento ao comportamento dos alunos, caso veja algo diferente, deve encaminhar a situação à rede escolar para que, junto com os pais, encaminhem a criança para um especialista. A escola tem um papel importante na investigação diagnóstica, pois é o primeiro local fora do ambiente familiar onde a criança aprende(Aragão, 2023). O currículo educacional deve ser elaborado levando em consideração a situação em que a criança está inserida, bem como a forma como outras crianças realizam determinadas atividades e o ambiente em que essas atividades são realizadas. A escola deve ser um local de interação e socialização da criança, onde ela aprenda as regras que devem ser seguidas. Uma criança autista sente dificuldade em se expressar adequadamente, mas a partir do momento que começa a treinar a linguagem oral, aparecem as alterações de linguagem, socialização e comunicação verbal e física e o desenvolvimento de sua leitura. Segundo Dematthews (2021):

 

As crianças com autismo, regra geral, apresentam dificuldades em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas se obtiverem um programa intenso de aulas haverá mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e aprendizagem é um trabalho árduo precisa muita dedicação e paciência da família e também dos professores. É vital que pessoas afetadas pelo autismo tenham acesso a informação confiável sobre os métodos educacionais que possam resolver suas necessidades individuais (p.4). 

O professor deve fazer métodos de desenvolvimento para um aluno autista pode se comunicar e se desenvolver. Conteúdo do programa de uma criança autista deve se adaptar ao seu crescimento e força, portanto de acordo com sua idade e interesse, o ensino é a chave o objetivo a ser alcançado e seu progresso é muito importante, para eles são independentes, em que a criança autista não demonstra interesse atividades propostas pelo professor, eles devem participar das atividades, mesmo que ele não entende o que está sendo ensinado. Quando uma criança consegue algo trabalho bem-sucedido ou se expressar em palavras, deve parabenizá-lo por isso e fazer elogios, assim ele se sentirá mais motivado a aprender coisas novas. Dupin & Silva (2020), também diz que na verdade, os problemas encontrados na definição de autismo, aparece na dificuldade de construção ferramentas precisas e adequadas para o processo de avaliação e comportamento. 

Segundo Maia & Freire (2020), entende-se que uma avaliação pedagógica de uma criança autista é necessária para levar considerar e respeitar seu desenvolvimento, sua forma de se expressar uma forma que não prejudique sua vida escolar, não precisa buscar informações somente sobre patologia, mas também ser sensível para manter a integridade e conhecer a criança observando suas necessidades. 

Segundo Freitas & Silva (2020),  no âmbito da intervenção escolar a parte pedagógica das pesquisas analíticas e relatórios de psicologia, psicologia, neurológica, pedagógica e social. Disponibilidade de tempo e compreensão para lidar com situações inesperadas que possam ocorrer, e para transferir métodos e habilidades. O tratamento é baseado no diagnóstico de que não é entendido para avaliar seu potencial acadêmico, para desenvolver carreiras importantes, para determinar o equilíbrio físico e emocional. Dificuldades enfrentadas por crianças autistas podem ser superadas, desde que haja vigilância especial, e o uso de técnicas que devem ser usadas ​​de acordo com as necessidades de cada criança. Essas técnicas ajudam a desenvolver habilidades cognitivas também interagir com as pessoas em sua vida diária. A leitura deve ser estimulada por professores, e principalmente os pais que têm um papel importante, pois são que convivem todos os dias com essas crianças.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O transtorno do espectro autista ainda é muito difícil de traçar um único perfil, pois possuem uma variedade de sinais e graus que acabam confundindo outras patologias. Eles têm dificuldade em interagir em diferentes níveis dificuldade, de fácil a muito difícil. No entanto, quando detectado e tratado, inclusive com mais formas de brincar podem vir a interagir com a natureza.

Uma criança autista precisa de uma família e de um acompanhamento especial, pois seu crescimento acontece gradativamente e requer paciência dos pais e professores. Os familiares precisam estar atentos e presente em todos os momentos da vida da criança para que ela se sinta amada. O processo de desenvolvimento de uma criança com autismo leva tempo, por isso requer calma e compromisso. Portanto, deve-se entender que o tempo de uma criança autista é diferente e deve ser respeitada. Tanto os pais como os professores devem encorajar e mostrar às crianças que elas aprendem.

A educação é uma das maiores ferramentas para desenvolver uma criança autista. Através da educação, essas crianças podem desenvolver muito, não é fácil, mas é evidente que com dedicação e amor essas crianças podem alcançar independência e qualidade de vida.

O autismo produz padrões de comportamento característicos e previsíveis em pessoas com esta condição, o que afeta a maneira como pensam, entendem seu mundo, se comunicam, comem, se vestem, passam o tempo livre etc. Nessa visão, para conviver com um autista é necessário compreender sua cultura, em especial, como se processa seu pensamento para que ocorra seu desenvolvimento. 

As crianças com autismo, via de regra, têm dificuldade em aprender a usar corretamente suas vozes, mas se eles tiverem um cronograma sólido de aulas, haverá mudanças positivas nas habilidades, na linguagem, na parte motora, na comunicação e leitura mesmo sendo um trabalho árduo e que exige muita dedicação e paciência da família e dos professores. É importante que as pessoas afetadas pelo autismo tenham acesso a informações confiáveis ​​sobre métodos educacionais que podem resolver suas necessidades individuais.

 

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Referencias

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v. 67
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Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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v. 5
n. 45
Criança com autismo e os processos de aprendizagem e de desenvolvimento escolar.

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