A contribuição do mergulho científico para o monitoramento da ictiofauna do lago paranoá

THE CONTRIBUTION OF SCIENTIFIC DIVING TO THE MONITORING OF THE ICHTHYOFAUNA OF LAKE PARANOÁ.

LA CONTRIBUCIÓN DEL BUCEO CIENTÍFICO AL MONITOREO DE LA ICTIOFAUNA DEL LAGO PARANOÁ.

Autor

Paulo Antônio David Franco
ORIENTADOR
Prof. Dr. José Carlos Guimarães Junior

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/B57733

DOI

Franco, Paulo Antônio David . A contribuição do mergulho científico para o monitoramento da ictiofauna do lago paranoá. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

A investigação científica é uma ferramenta essencial para o monitoramento da ictiofauna, permitindo a identificação direta das espécies e a obtenção de dados mais precisos sobre a biodiversidade aquática. No Lago Paranoá, um ecossistema artificial de grande importância ecológica e sujeito a impactos antrópicos, o levantamento de espécies nativas e exóticas é fundamental para subsidiar ações de manejo e conservação. Este estudo teve como objetivo avaliar a contribuição do mergulho científico para o monitoramento da ictiofauna. A pesquisa fundamentou-se em uma revisão sistemática da literatura, seguindo a abordagem PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), que permite uma estruturação rigorosa e transparente da revisão de literatura, priorizando a identificação, seleção e avaliação dos estudos. Os resultados indicaram que o mergulho científico possibilita um inventário mais abrangente da ictiofauna, incluindo a identificação de espécies de hábitos evasivos e criptobentônicos, muitas vezes subestimadas por métodos tradicionais, como redes de arrasto e pesca experimental. Conclui-se que o mergulho científico é uma metodologia complementar eficaz para estudos ictiofaunísticos, melhorando o monitoramento da biodiversidade aquática e subsidiando estratégias de conservação e manejo. Recomenda-se sua incorporação em programas de conservação e uso de tecnologias avançadas, como filmagens, fotografias subaquáticas e registros realizados por meio de pranchetas impermeáveis para melhoria dos registros.
Palavras-chave
Mergulho científico; Monitoramento da ictiofauna; Biodiversidade aquática; Lago Paranoá; Conservação ambiental.

Summary

Scientific research is an essential tool for monitoring ichthyofauna, allowing direct identification of species and obtaining more accurate data on aquatic biodiversity. In Lake Paranoá, an artificial ecosystem of great ecological importance and subject to anthropic impacts, the survey of native and exotic species is essential to support management and conservation actions. This study aimed to evaluate the contribution of scientific diving to monitoring ichthyofauna. The research was based on a systematic review of the literature, following the PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) approach, which allows a rigorous and transparent structuring of the literature review, prioritizing the identification, selection and evaluation of studies. The results indicated that scientific diving allows a more comprehensive inventory of ichthyofauna, including the identification of species with evasive and cryptobenthic habits, often underestimated by traditional methods, such as trawling nets and experimental fishing. It is concluded that scientific diving is an effective complementary methodology for ichthyofauna studies, improving the monitoring of aquatic biodiversity and supporting conservation and management strategies. It is recommended that it be incorporated into conservation programs and that advanced technologies be used, such as filming, underwater photography and records made using waterproof clipboards to improve records.
Keywords
Scientific diving; Ichthyofauna monitoring; Aquatic biodiversity; Lake Paranoá; Environmental conservation.

Resumen

La investigación científica es una herramienta esencial para el seguimiento de la ictiofauna, permitiendo la identificación directa de las especies y la obtención de datos más precisos sobre la biodiversidad acuática. En el Lago Paranoá, ecosistema artificial de gran importancia ecológica y sujeto a impactos antropogénicos, el relevamiento de especies nativas y exóticas es esencial para apoyar acciones de manejo y conservación. Este estudio tuvo como objetivo evaluar la contribución del buceo científico al monitoreo de la ictiofauna. La investigación se basó en una revisión sistemática de la literatura, siguiendo el enfoque PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), que permite una estructuración rigurosa y transparente de la revisión de la literatura, priorizando la identificación, selección y evaluación de estudios. Los resultados indicaron que el buceo científico permite un inventario más completo de la ictiofauna, incluyendo la identificación de especies con hábitos evasivos y criptobentónicos, a menudo subestimados por los métodos tradicionales, como las redes de arrastre y la pesca experimental. Se concluye que el buceo científico es una metodología complementaria eficaz para los estudios de la ictiofauna, mejorando el monitoreo de la biodiversidad acuática y apoyando estrategias de conservación y gestión. Se recomienda incorporarlo a los programas de conservación y utilizar tecnologías avanzadas como filmaciones, fotografías subacuáticas y grabaciones realizadas mediante portapapeles impermeables para mejorar las grabaciones.
Palavras-clave
Buceo científico; Monitoreo de la ictiofauna; Biodiversidad acuática; Lago Paranoá; Conservación del medio ambiente.

INTRODUÇÃO

Lago Paranoá, localizado em Brasília, é um ecossistema artificial de grande relevância para a biodiversidade aquática do Cerrado. Criado na década de 1960 com o represamento do Rio Paranoá, o lago se tornou um habitat essencial para diversas espécies de peixes, incluindo nativas e introduzidas. Estudos destacam que esse ambiente desempenha papel fundamental na manutenção dos processos ecológicos e na regulação da qualidade da água, contribuindo para a conservação dos recursos hídricos da região (Siqueira & Henry-Silva, 2011). Além de sua importância ambiental, o lago também exerce função socioeconômica, sendo utilizado para abastecimento de água, geração de energia e atividades recreativas (Adasa/Ecoplan, 2012).

A biodiversidade do Lago Paranoá tem sido amplamente influenciada por atividades antrópicas, como a introdução de espécies exóticas para fins pesqueiros e ornamentais. A tilápia (Oreochromis niloticus) e o tucunaré (Cichla piquiti), por exemplo, foram introduzidos sem uma análise prévia dos impactos ecológicos, resultando na competição por recursos e na predação de espécies nativas (Agostinho et al., 2007). Além disso, a urbanização no entorno do lago tem aumentado a poluição e intensificado processos de eutrofização, prejudicando a qualidade da água e afetando diretamente a ictiofauna local (IBRAM, 2018). Esse cenário destaca a necessidade de um monitoramento constante para minimizar os impactos ambientais e garantir a sustentabilidade do ecossistema.

O mergulho científico tem se mostrado uma ferramenta eficaz no monitoramento da ictiofauna do Lago Paranoá, permitindo observações diretas das espécies e suas interações no ambiente subaquático (Aragão et al., 2020). Essa metodologia possibilita a identificação de novas ocorrências, a análise da estrutura populacional e a avaliação dos impactos das espécies invasoras sobre a biodiversidade nativa. Além disso, os dados coletados contribuem para o desenvolvimento de estratégias de manejo e conservação, auxiliando órgãos ambientais na tomada de decisões fundamentadas (ICMBio, 2018). Dessa forma, a aplicação do mergulho científico reforça a necessidade de integrar ciência e gestão ambiental para garantir a preservação do Lago Paranoá e seus serviços ecossistêmicos.

DESAFIOS NA IDENTIFICAÇÃO E MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA: LIMITAÇÕES DOS MÉTODOS CONVENCIONAIS

A identificação e o monitoramento da ictiofauna sem o uso do mergulho científico apresentam desafios importantes, especialmente em ecossistemas aquáticos complexos como o Lago Paranoá. Métodos convencionais, como redes de arrasto e pesca experimental, frequentemente subestimam a diversidade de espécies, uma vez que não capturam indivíduos de hábitos cripto bentônicos ou de pequeno porte (Duarte, 2023). Além disso, essas técnicas podem gerar estresse nos organismos aquáticos, levando a alterações comportamentais e até mesmo à mortalidade antes da análise. Segundo Leme Engenharia (2023), a eficiência do monitoramento depende da capacidade de amostragem dos métodos usados, sendo que os tradicionais apresentam limitações para a obtenção de dados precisos sobre a abundância e distribuição das espécies.

Outro desafio relevante no monitoramento sem o uso do mergulho científico é a dificuldade na detecção e no acompanhamento de espécies exóticas, que podem ser estabelecidas e impactar as populações nativas sem serem identificadas. Conforme Guimarães (2025), a introdução de espécies não nativas pode modificar as interações ecológicas e comprometer a biodiversidade local, sendo fundamental sua detecção precoce para a implementação de estratégias de manejo. No entanto, os métodos alternativos frequentemente falham em registradores dessas espécies em estágios iniciais de invasão, pois alguns podem ocupar micro-habitats específicos ou apresentar comportamentos que dificultam sua captura por redes ou armadilhas.

Além da baixa eficiência na identificação das espécies, a falta do mergulho científico limita a compreensão do comportamento da ictiofauna e das dinâmicas ecológicas em ambientes aquáticos. Segundo Mendes (2024), uma observação direta no habitat subaquático permite o registro de interações entre espécies, padrões alimentares e respostas a variações ambientais, aspectos que os métodos tradicionais não conseguem avaliar com a mesma precisão. A ausência dessas informações compromete a elaboração de estratégias de conservação e manejo, tornando o monitoramento da biodiversidade aquática menos eficiente e dificultando a implementação de políticas ambientais baseadas em dados integrados e de alta resolução

RELEVÂNCIA DO MERGULHO CIENTÍFICO PARA O MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA

O mergulho científico é uma ferramenta de grande relevância para o monitoramento da ictiofauna, pois permite a observação direta das espécies em seu habitat natural, sem a necessidade de captura, minimizando o estresse e o impacto sobre os organismos aquáticos. Conforme Duarte (2023), o censo visual subaquático complementa as metodologias tradicionais ao possibilitar a identificação de espécies criptobentônicas ou de pequeno porte, que frequentemente escapam dos métodos de arrasto ou redes de espera. Essa abordagem não invasiva proporciona um levantamento mais fidedigno da diversidade aquática, contribuindo para a obtenção de dados essenciais para a conservação da biodiversidade.

Além de ampliar a precisão do levantamento da ictiofauna, o mergulho científico é eficaz na detecção de espécies exóticas e na análise de seus impactos sobre as comunidades nativas. Segundo Leme Engenharia (2023), a introdução de espécies não nativas pode causar desequilíbrios ecológicos, sendo fundamental sua identificação precoce para a adoção de medidas mitigadoras. A aplicação do censo visual subaquático, aliada ao uso de tecnologias como fotografia e filmagem subaquática, melhora a qualidade dos registros, permitindo análises detalhadas sobre a distribuição, abundância e interações ecológicas das espécies, informações indispensáveis para a formulação de estratégias de manejo e conservação.

Outro aspecto relevante do mergulho científico é a possibilidade de monitoramento contínuo e sazonal da ictiofauna, permitindo a identificação de variações na composição das espécies e na estrutura das comunidades aquáticas ao longo do tempo. De acordo com Duarte (2023), essa abordagem possibilita a avaliação dos efeitos de impactos ambientais, como poluição, mudanças climáticas e alteração no uso dos recursos hídricos. O acompanhamento frequente dessas dinâmicas fornece subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas e ações conservacionistas voltadas para a manutenção da biodiversidade aquática.

A incorporação de novas tecnologias ao mergulho científico tem aprimorado ainda mais sua eficácia no monitoramento da ictiofauna. Conforme Guimarães (2025), o uso de equipamentos avançados, como o Rebreather, reduz a emissão de bolhas e ruídos, permitindo uma aproximação menos intrusiva dos peixes. Essa inovação facilita a observação de espécies mais sensíveis e evasivas, favorecendo a coleta de dados sobre padrões comportamentais, como migração, alimentação e reprodução. Essas informações são fundamentais para a compreensão da ecologia das espécies e para o aprimoramento das estratégias de conservação.

Por fim, o mergulho científico também contribui para a ciência cidadã, envolvendo mergulhadores recreativos no monitoramento ambiental e ampliando a base de dados sobre a ictiofauna. Segundo Guimarães (2025), o programa REBIMAR destaca que parcerias entre cientistas e mergulhadores permitem a obtenção de registros contínuos das populações de peixes, aumentando a eficiência das pesquisas. Dessa forma, o mergulho científico se consolida como um método inovador e altamente eficaz, promovendo a integração entre tecnologia, conservação e participação social no monitoramento da biodiversidade aquática.

CONTRIBUIÇÃO DO MERGULHO CIENTÍFICO PARA O LEVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA E ESTRATÉGIAS DE MANEJO E CONSERVAÇÃO.

O mergulho científico desempenha um papel fundamental no levantamento da ictiofauna para permitir a observação direta das espécies em seus habitats naturais, sem causar impacto significativo no ecossistema. Segundo Mendes (2024), essa abordagem possibilita o estudo da biodiversidade subaquática de forma não invasiva, permitindo o monitoramento da distribuição e abundância das espécies. Além disso, técnicas como a censura visual e a filmagem subaquática aprimoram a precisão dos registros, facilitando a identificação de espécies criptobentônicas ou de difícil captura por métodos convencionais. Dessa forma, o mergulho científico se consolida como uma ferramenta essencial para estudos ictiofaunísticos.

Além de contribuir para o inventário de espécies, o mergulho científico auxilia na formulação de estratégias de manejo e conservação, fornecendo dados detalhados sobre a estrutura e dinâmica das situações de peixes. De acordo com Marques (2024), o uso de metodologias padronizadas permite a reprodutibilidade dos estudos, garantindo a confiabilidade das informações coletadas. A aplicação dessa abordagem permite a identificação precoce de impactos ambientais, como a presença de espécies invasoras ou alterações na qualidade da água, auxiliando os gestores na implementação de políticas públicas externas para a conservação da biodiversidade aquática.

Por fim, o mergulho científico também desempenha um papel crucial no desenvolvimento da ciência cidadã, envolvendo mergulhadores recreativos em ações de monitoramento e pesquisa. Conforme o relatório de Marques (2024), a capacitação de cientistas e voluntários para atividades subaquáticas amplia a coleta de dados, enriquecendo os estudos sobre a ictiofauna e promovendo a conscientização ambiental. Essa integração entre tecnologia, pesquisa e participação social fortalece as estratégias de preservação dos ecossistemas aquáticos, garantindo uma gestão mais eficiente da biodiversidade.

REVISÃO DE LITERATURA

CONCEITO E IMPORTÂNCIA DO MERGULHO CIENTÍFICO NO MONITORAMENTO AMBIENTAL

O mergulho científico é uma abordagem metodológica que utiliza técnicas de mergulho para realizar estudos e coletas subaquáticas, oferecendo uma perspectiva única sobre os ecossistemas aquáticos. Segundo Mendes (2024), essa prática vai além do mero lazer e se configura como uma ferramenta fundamental para a pesquisa científica, permitindo aos pesquisadores a observação direta de ambientes subaquáticos. No contexto do Lago Paranoá, o mergulho científico se apresenta como um meio eficaz para monitorar a biodiversidade local e fornecer dados essenciais sobre a ictiofauna, especialmente em regiões de difícil acesso para métodos convencionais.

Sua importância no monitoramento ambiental reside na possibilidade de realizar amostragens e censos visuais sem a necessidade de capturar ou interferir diretamente na fauna local, o que reduz o estresse e o impacto nos organismos observados. De acordo com de Carvalho-Souza (2021), o mergulho científico proporciona um olhar mais detalhado sobre a estrutura das comunidades aquáticas, possibilitando o estudo de espécies em seus habitats naturais e identificando variações sazonais e comportamentais. Essa abordagem não invasiva permite uma avaliação precisa da biodiversidade e ajuda na compreensão de como os organismos interagem dentro de seus ecossistemas.

Além disso, o mergulho científico tem um papel crucial na preservação de ambientes sensíveis, onde os métodos tradicionais de amostragem podem ser ineficazes ou prejudiciais. O uso de tecnologias como filmagens subaquáticas e fotografia digital, combinadas com censos visuais, facilita a coleta de dados de alta qualidade e alta resolução (Alves, 2019). Isso permite uma monitorização contínua e detalhada da biodiversidade, promovendo a criação de estratégias de manejo mais eficazes e baseadas em evidências científicas robustas.

MÉTODOS TRADICIONAIS DE MONITORAMENTO DA ICTIOFAUNA E SUAS LIMITAÇÕES

Os métodos tradicionais de monitoramento da ictiofauna, como o uso de redes de arrasto, pesca elétrica e armadilhas, têm sido amplamente utilizados, mas apresentam diversas limitações que comprometem a precisão dos dados coletados. De acordo com Leme Engenharia (2023), essas técnicas muitas vezes não conseguem capturar espécies de pequeno porte, de hábitos criptobentônicos ou aquelas que se escondem em estruturas complexas, como rochas ou substratos vegetais. Além disso, esses métodos podem afetar negativamente o comportamento dos peixes e até causar a morte de indivíduos, o que não é ideal quando se busca estudar a dinâmica populacional em ambientes sensíveis.

Outra limitação dos métodos tradicionais é a incapacidade de fornecer uma visão abrangente das comunidades subaquáticas. Redes de arrasto, por exemplo, são frequentemente ineficazes em áreas de alta complexidade estrutural, onde as espécies podem se abrigar em fendas e estruturas (Mendes, 2024). Esses métodos também não são adequados para estudar interações comportamentais entre as espécies, como o processo de alimentação ou reprodução, que são essenciais para a compreensão dos ecossistemas aquáticos.

Em contraste, o mergulho científico oferece uma solução para essas limitações ao permitir a observação direta das espécies em seus habitats naturais. Como destacado por de Carvalho-Souza (2021), técnicas como censos visuais subaquáticos permitem uma coleta de dados mais precisa e menos invasiva, além de facilitar o estudo de espécies de difícil captura. Essa abordagem também possibilita a análise de fatores ambientais que influenciam a distribuição das espécies e a dinâmica das populações, tornando-se uma metodologia complementar essencial ao monitoramento da ictiofauna.

Outro fator limitante é o impacto ambiental causado por técnicas convencionais, que podem resultar na captura acidental de espécies não alvo, danos físicos aos organismos e degradação dos habitats. Alves (2019) ressalta que, ao utilizar redes de espera ou de arrasto, há um alto risco de mortalidade dos indivíduos capturados, além da destruição de vegetação subaquática e substratos essenciais para diversas espécies. Dessa forma, métodos tradicionais podem comprometer a integridade dos ecossistemas monitorados, reduzindo sua aplicabilidade em longo prazo.

Além das questões ecológicas, a eficiência desses métodos pode ser prejudicada por fatores externos, como condições climáticas adversas e baixa visibilidade da água. Conforme de Carvalho-Souza (2021), destaca que águas turvas e substratos rochosos dificultam a captura e a identificação de espécies, tornando o monitoramento menos preciso. Essas limitações reforçam a necessidade de abordagens complementares, como o mergulho científico, que permite a observação direta da ictiofauna e fornece dados qualitativos e quantitativos mais confiáveis sobre a biodiversidade aquática.

CASOS DE SUCESSO DO USO DO MERGULHO CIENTÍFICO EM ESTUDOS DE BIODIVERSIDADE AQUÁTICA

Diversos estudos demonstram que o mergulho científico tem sido uma ferramenta altamente eficaz na pesquisa e conservação da biodiversidade aquática. Guimarães (2025) relata que essa abordagem tem sido amplamente empregada em projetos de monitoramento ambiental, permitindo a identificação de espécies raras e a análise do comportamento dos peixes em tempo real. Um exemplo relevante é o levantamento da ictiofauna realizado em recifes do Atlântico Sul, onde o censo visual subaquático possibilitou a catalogação de novas espécies e a documentação de interações ecológicas antes desconhecidas.

Além disso, O mergulho científico tem sido fundamental para a formulação de estratégias de manejo sustentável e preservação de espécies ameaçadas, permitindo avaliar impactos antrópicos e monitorar a conectividade entre habitats aquáticos. No entendimento de Carvalho-Souza (2021), consultorias ambientais utilizam essa técnica para analisar poluição e alterações nos ecossistemas, enquanto filmagens e fotografias subaquáticas auxiliam na identificação de áreas críticas para conservação. Além disso, a observação direta de comportamentos reprodutivos e migração tem contribuído para estratégias específicas de manejo e proteção da biodiversidade, especialmente em ambientes complexos e de difícil acesso. Esses dados têm sido essenciais para embasar políticas públicas voltadas à conservação aquática e aprimorar ações de gestão ambiental.

Outro caso de sucesso envolve a participação de mergulhadores recreativos em programas de ciência cidadã, ampliando a coleta de dados sobre a biodiversidade subaquática. De acordo com Alves (2019), iniciativas como essas têm contribuído para o fortalecimento da pesquisa científica, fornecendo informações sobre a distribuição e a abundância das espécies em diferentes regiões. Esse modelo de colaboração entre pesquisadores e a sociedade tem se mostrado promissor, garantindo a continuidade do monitoramento da ictiofauna e promovendo a conscientização ambiental.

O IMPACTO DAS ESPÉCIES EXÓTICAS NO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO DO LAGO PARANOÁ

A introdução de espécies exóticas no Lago Paranoá tem causado impactos significativos na estrutura da ictiofauna local, ameaçando a biodiversidade nativa e alterando o equilíbrio ecológico. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (2018), algumas dessas espécies competem diretamente com os peixes nativos por recursos, reduzindo sua situação e modificando as cadeias tróficas. Além disso, uma introdução de predadores exóticos pode levar à diminuição de espécies vulneráveis, comprometendo a estabilidade do ecossistema. Essas mudanças são preocupantes, pois podem resultar na perda da diversidade biológica e na homogeneização da fauna aquática, tornando o ambiente menos resiliente a distúrbios ambientais e ameaçando a sustentabilidade dos recursos pesqueiros locais.

O mergulho científico tem mostrado uma ferramenta crucial para monitorar os impactos das espécies invasoras, possibilitando a detecção precoce dessas populações antes que seus efeitos se tornem irreversíveis. Mendes (2024) destaca que a aplicação de censos visuais subaquáticos e registros por filmagem permite uma análise detalhada das interações entre espécies, contribuindo para a identificação de organismos invasores e para a avaliação dos impactos na ictiofauna. Essa abordagem fornece uma visão mais precisa da dinâmica ecológica de ambientes aquáticos, auxiliando na formulação de estratégias de controle e manejo. Assim, o monitoramento contínuo realizado por meio do mergulho se torna essencial para minimizar os danos causados por espécies exóticas e preservar a biodiversidade nativa.

Além de afetar diretamente a população de peixes nativos, as espécies invasoras promovem alterações no habitat e nas interações ecológicas do lago. Mendes (2024) ressalta que algumas dessas espécies modificam a qualidade da água e a disponibilidade de alimentos, prejudicando a sobrevivência da ictiofauna local. No Lago Paranoá, o aumento da biomassa de organismos exóticos tem sido associado ao declínio de espécies endêmicas, levando à perda da variabilidade genética e ao comprometimento da estabilidade ecológica. Nesse contexto, Guimarães (2025) enfatiza que uma observação direta no ambiente subaquático, aliada ao uso de tecnologias como fotografia e filmagem, aprimorando o monitoramento da distribuição e do comportamento dessas espécies, viabilizando ações de manejo mais precisas para conter sua propagação e mitigar seus impactos negativos sobre o ecossistema aquático.

METODOLOGIA

ÁREA DE ESTUDO

O Lago Paranoá, situado na região do Distrito Federal, é um reservatório artificial criado a partir do represamento do rio Paranoá. Sua formação remonta à década de 1950 como parte do planejamento urbano de Brasília, com múltiplas funções, incluindo abastecimento de água, produção de energia, lazer e turismo. Originalmente, a área era composta por pequenos córregos e riachos, mas a construção da barragem alterou significativamente a dinâmica hídrica da região. Esse represamento resultou na criação de um ecossistema lacustre, proporcionando novos habitats para diversas espécies aquáticas, tanto nativas quanto introduzidas (Cabral, 2022).

A relevância ecológica do Lago Paranoá está associada à sua função como ecossistema aquático fundamental para a biodiversidade local e regional. Estudos apontam que o reservatório abriga tanto espécies nativas quanto exóticas, sendo estas últimas responsáveis por impactos sobre a ictiofauna original (ICMBio, 2018). Moreira (2023) sustenta que a introdução de espécies não nativas, como o tucunaré azul (Cichla piquiti) tucunaré amarelo (Cichla kelberi.), tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus), tilápia do congo (Coptodon rendalli) e carpa (Cyprinus carpio) alteraram as interações ecológicas e a estrutura das comunidades aquáticas, afetando a dinâmica populacional dos peixes nativos. Além disso, programas de monitoramento da biodiversidade ressaltam a necessidade de estratégias de conservação e manejo, a fim de garantir o equilíbrio ecológico do lago e minimizar os impactos das atividades humanas sobre a fauna e a flora aquáticas (Guimarães, 2025).

MÉTODO DE COLETA DE DADOS

A pesquisa foi fundamentada em uma revisão sistemática da literatura, seguindo a abordagem Prisma (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), garantindo uma estruturação rigorosa e transparente da revisão Templier & Paré (2015) e Grant & Booth (2009). A metodologia priorizou a identificação, seleção e avaliação dos estudos mais relevantes sobre o uso do mergulho científico na identificação da ictiofauna e seu impacto na conservação ambiental.

A pesquisa foi fundamentada em uma revisão sistemática da literatura, seguindo a abordagem Prisma (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses), que permite uma estruturação rigorosa e transparente da revisão científica (Templier & Paré, 2015; Grant & Booth, 2009). Essa metodologia priorizou a identificação, seleção e avaliação dos estudos mais relevantes sobre o uso do mergulho científico na identificação da ictiofauna e seu impacto na conservação ambiental. Segundo Shehata (2024), a revisão sistemática Prisma melhorou a qualidade da pesquisa ao estabelecer critérios claros para a inclusão e exclusão de estudos, garantindo a reprodutibilidade e confiabilidade dos resultados. No contexto do Lago Paranoá, esta revisão possibilitou uma análise comparativa entre diferentes técnicas de monitoramento e suas respectivas aplicações na conservação da biodiversidade aquática.

Para a coleta de dados em campo, foram utilizadas diferentes técnicas de registro e monitoramento da ictiofauna, com foco na observação direta e documentação visual. A fotografia subaquática foi essencial para a identificação de espécies e análise de características morfológicas, permitindo comparações previstas entre os indivíduos registrados e os descritos na literatura científica, conforme exposto por de Carvalho-Souza (2021). Segundo Alves (2019) as anotações em pranchetas impermeáveis auxiliaram na catalogação imediata das espécies observadas durante os mergulhos, garantindo o registro de informações comportamentais e ambientais relevantes. Conforme Rocha (2025), essas técnicas minimizam o impacto sobre os organismos monitorados, tornando o método menos invasivo em comparação às práticas convencionais de amostragem, como redes de arrasto e pesca científica.

A filmagem subaquática desempenhou um papel crucial no monitoramento da ictiofauna, possibilitando a análise de interações ecológicas, padrões de entrega e preferências de habitat das espécies registradas. De acordo com Guimaraes (2025), o uso de câmeras de alta resolução permite a captura de detalhes que podem passar despercebidos durante uma observação direta, ampliando a precisão dos estudos ecológicos. Além disso, a identificação visual foi um dos métodos mais eficazes na diferenciação entre espécies nativas e exóticas, auxiliando no reconhecimento de padrões comportamentais e estratégias de sobrevivência. A integração dessas técnicas viabiliza um monitoramento ecossistêmico de alta resolução, subsidiando a formulação de estratégias mais robustas e cientificamente embasadas para a conservação e o manejo sustentável da biodiversidade aquática.

ANÁLISE DOS DADOS

A análise dos dados seguiu a metodologia PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Segundo Templier & Paré (2015), a metodologia permite uma estruturação criteriosa dos dados obtidos, proporcionando maior confiabilidade nos resultados e permitindo uma síntese metodologicamente robusta.

Inicialmente, os dados obtidos foram organizados e classificados com base em registros visuais fotografias e filmagens. Observou nos referenciais bibliográficos que o uso de pranchetas impermeáveis é eficaz para o registro quase que imediato das observações subaquáticas, permitindo que os mergulhadores anotem informações detalhadas no momento exato das observações realizadas, como identificação das espécies e das condições ambientais, reduzindo o risco de perda de dados devido à memória ou às condições adversas do ambiente aquático. As observações e registros subaquáticos apresentam vantagens significativas, pois permitem documentar as espécies em seu habitat natural sem a necessidade de captura, reduzindo o estresse nos organismos e minimizando interferências antrópicas na biodiversidade aquática. Ademais, possibilitam a coleta de informações sobre comportamento, interações ecológicas e dinâmicas populacionais, aspectos que muitas vezes passam despercebidos em métodos tradicionais de amostragem.

O uso de materiais físicos, como redes de arrasto, pode causar impactos ambientais, como a perturbação de habitats e a captura acidental de espécies não alvo. Em contrapartida, técnicas como filmagem subaquática e fotografia permitem um registro detalhado de espécies criptobentônicas, difíceis de serem detectar por métodos tradicionais, além de minimizar o estresse nos organismos (Guimarães, 2025). Dessa forma, a análise criteriosa de registros visuais possibilita a identificação de espécies, a observação de padrões de distribuição e o acompanhamento das variações na composição da ictiofauna ao longo do tempo.

Após o levantamento dos referenciais bibliográficos e observando a existência de uma lacuna significativa de informações sobre o uso do mergulho científico no monitoramento da ictiofauna, foram definidos descritores específicos para a organização inicial dos dados. A utilização de descritores relacionados ao impacto ecológico de espécies exóticas e às características tróficas da ictiofauna auxiliou na delimitação do escopo da pesquisa, favorecendo a comparação entre diferentes abordagens metodológicas.

Ademais, a identificação visual realizada por mergulhadores especializados possibilita uma análise mais abrangente do comportamento das espécies, um aspecto que não é capturado por métodos tradicionais. Conforme Bianchini et al (2021), o mergulho científico não apenas contribui para o levantamento de espécies, mas também permite a observação de interações ecológicas e padrões comportamentais relevantes para a conservação da biodiversidade.

Os resultados indicaram que o mergulho científico proporciona um inventário mais complexo sobre a ictiofauna do Lago Paranoá em comparação com os métodos convencionais. Dessa forma, a metodologia aplicada reforça a importância e a aplicabilidade do mergulho científico como uma metodologia complementar essencial para o monitoramento da ictiofauna e a conservação da biodiversidade aquática, especialmente no que tange à conservação das espécies nativas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

COMPARAÇÃO ENTRE O MERGULHO CIENTÍFICO E OUTROS MÉTODOS DE MONITORAMENTO

Os resultados obtidos indicam que o mergulho científico se mostrou uma ferramenta eficaz e complementar aos métodos tradicionais de monitoramento da ictiofauna, como redes de arrasto e pesca experimental. Enquanto os métodos convencionais são eficientes para capturar espécies nectônicas, eles apresentam limitações na detecção de espécies cripto bentônicas e na avaliação da biodiversidade em micro-habitats complexos. Segundo Rocha (2025), “o mergulho científico permite a observação direta de peixes em seu ambiente natural, reduzindo o estresse nos organismos e evitando a mortalidade associada à captura”. Além disso, o uso de filmagens e fotografias subaquáticas possibilitou um inventário mais abrangente da ictiofauna, permitindo análises comportamentais e ecológicas detalhadas (Alves, 2019).

VANTAGENS E DESAFIOS DO MERGULHO CIENTÍFICO NO MONITORAMENTO DA BIODIVERSIDADE AQUÁTICA

O mergulho científico apresenta diversas vantagens para o monitoramento da ictiofauna, incluindo sua abordagem não invasiva, a possibilidade de observação direta dos organismos e a coleta de dados em tempo real. No entanto, há desafios consideráveis, como o custo elevado dos equipamentos, a necessidade de formação especializada e as limitações impostas por condições ambientais adversas. Segundo a STACCIARINI (2024), “a falta de regulamentação específica para o mergulho científico no Brasil dificulta a padronização de protocolos e compromete a segurança dos pesquisadores” (Marques, 2024). Além disso, fatores como baixa visibilidade subaquática e forte correnteza podem restringir a coleta de dados em determinadas áreas (Alves, 2019).

SUGESTÕES DE MELHORIA E APLICABILIDADE DO MÉTODO PARA FUTURAS PESQUISAS

Para aprimorar a aplicabilidade do mergulho científico no monitoramento da ictiofauna, recomenda-se a adoção de tecnologias avançadas, como armadilhas fotográficas, drones subaquáticos e sensores ambientais, que podem complementar as observações diretas dos mergulhadores. Além disso, a implementação de programas de capacitação para mergulhadores que desempenham voluntariamente a prática da ciência cidadã colaborativa poderia ampliar uma maior e capacitação para cientistas mergulhadores nessa abordagem metodológica. Rocha (2025) destaca que “a colaboração entre instituições acadêmicas e associações de mergulho é fundamental para garantir a continuidade dos estudos e a melhoria das técnicas de monitoramento”. Por fim, políticas públicas voltadas para a regulamentação do mergulho científico e o financiamento de pesquisas nessa área poderiam contribuir para a conservação da biodiversidade aquática no Lago Paranoá e em outros ecossistemas semelhantes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os achados desta pesquisa reforçam a importância do mergulho científico como ferramenta essencial no monitoramento da ictiofauna, destacando suas vantagens em relação aos métodos tradicionais. Embora o mergulho científico apresente benefícios significativos, ainda existem desafios a serem enfrentados, como os custos operacionais, a formação de profissionais especializados e a regulamentação adequada. Superar essas barreiras é crucial para o avanço dessa técnica no campo da pesquisa.

O mergulho científico refere-se ao levantamento de dados e informações coletadas por meio de técnicas de mergulho, com a realização de pesquisas de observação ou parte delas no ambiente subaquático. Para garantir a qualidade e a precisão dos dados, é necessário que esses trabalhos sejam conduzidos por profissionais capacitados, que saibam interpretar corretamente as informações obtidas, respeitando as normas e regulamentos estabelecidos.

Embora o uso do mergulho científico seja ainda pouco explorado dentro das instituições de pesquisa, há registros de grande rendimento em diversos projetos, como apontado por Marin et al. (2011). Sua versatilidade torna-o aplicável a diversas áreas do conhecimento. No entanto, a falta de clareza sobre os métodos de mergulho científico, muitas vezes negligenciados em projetos e publicações científicas, limita o acesso a informações detalhadas sobre sua aplicação.

É evidente que, ao longo do tempo, os cientistas passaram a reconhecer o mergulho como uma atividade profissional importante para a pesquisa. No entanto, a escassez de formação específica voltada para essa área impede um maior investimento no desenvolvimento de suas potencialidades.

Considerando que o mergulho científico é uma prática consolidada na aquisição de dados, sua importância no avanço das pesquisas científicas se torna cada vez mais evidente. O surgimento e a evolução de diversos métodos aplicados em áreas específicas demonstram que o mergulho científico é uma ferramenta confiável e eficaz para a realização de pesquisas subaquáticas.

Portanto, é fundamental incentivar a utilização do mergulho científico nas áreas de ensino e pesquisa. A aplicação de metodologias adequadas e o desenvolvimento de novas estratégias são essenciais para garantir a conservação da biodiversidade aquática e aprimorar as técnicas de monitoramento, especialmente no Lago Paranoá, e em outros ambientes aquáticos.

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