A relação entre o transtorno do processamento sensorial e a seletividade alimentar no TEA

THE RELATIONSHIP BETWEEN SENSORY PROCESSING DISORDER AND FOOD SELECTIVITY IN ASD

LA RELACIÓN ENTRE EL TRASTORNO DEL PROCESAMIENTO SENSORIAL Y LA SELECTIVIDAD ALIMENTARIA EN EL TEA

Autor

Vilma da Cruz
ORIENTADOR
 Prof. Dr. Gilson Luiz Rodrigues Souza

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/B5855B

DOI

Cruz, Vilma da . A relação entre o transtorno do processamento sensorial e a seletividade alimentar no TEA. International Integralize Scientific. v 5, n 46, Abril/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) está frequentemente associado a desafios alimentares, sendo a seletividade alimentar um dos mais comuns. Esse comportamento pode estar diretamente relacionado ao Transtorno do Processamento Sensorial (TPS), que influencia a maneira como a criança percebe e responde a estímulos sensoriais, como texturas, sabores e temperaturas dos alimentos. O objetivo deste estudo é analisar a relação entre o TPS e a seletividade alimentar em crianças com TEA, identificando fatores que contribuem para a recusa alimentar e investigando estratégias para minimizar esse comportamento. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório e descritivo, baseada na análise de artigos científicos, dissertações e teses publicadas nos últimos dez anos. Os resultados indicam que a hipersensibilidade sensorial é um fator determinante na seletividade alimentar, tornando essencial o uso de estratégias como a Terapia de Integração Sensorial, a exposição gradual a novos alimentos e o reforço positivo. Além disso, a participação ativa da família e da escola é fundamental para a ampliação do repertório alimentar da criança. Conclui-se que a abordagem multidisciplinar, envolvendo terapeutas ocupacionais, nutricionistas e educadores, é a mais eficaz para o manejo da seletividade alimentar no TEA, garantindo melhor qualidade de vida e desenvolvimento infantil.
Palavras-chave
Transtorno do Espectro Autista. Seletividade alimentar. Transtorno do Processamento Sensorial. Intervenções terapêuticas. Alimentação infantil.

Summary

Autism Spectrum Disorder (ASD) is often associated with eating challenges, with food selectivity being one of the most common. This behavior may be directly related to Sensory Processing Disorder (SPD), which influences how the child perceives and responds to sensory stimuli such as textures, flavors, and food temperatures. This study aims to analyze the relationship between SPD and food selectivity in children with ASD, identifying factors that contribute to food refusal and investigating strategies to minimize this behavior. This is a bibliographic, exploratory, and descriptive research based on the analysis of scientific articles, dissertations, and theses published in the last ten years. The results indicate that sensory hypersensitivity is a determining factor in food selectivity, making it essential to use strategies such as Sensory Integration Therapy, gradual exposure to new foods, and positive reinforcement. Additionally, active family and school participation is essential for expanding the child’s food repertoire. It is concluded that a multidisciplinary approach, involving occupational therapists, nutritionists, and educators, is the most effective for managing food selectivity in ASD, ensuring better quality of life and child development.
Keywords
Autism Spectrum Disorder. Food selectivity. Sensory Processing Disorder. Therapeutic interventions. Child nutrition.

Resumen

El trastorno del espectro autista (TEA) a menudo se asocia con problemas alimentarios, siendo la selectividad alimentaria uno de los más comunes. Este comportamiento puede estar directamente relacionado con el trastorno del procesamiento sensorial (TPS), que influye en cómo el niño percibe y responde a estímulos sensoriales como texturas, sabores y temperaturas de los alimentos. Este estudio tiene como objetivo analizar la relación entre el SPD y la selectividad alimentaria en niños con TEA, identificando los factores que contribuyen al rechazo alimentario e investigando estrategias para minimizar esta conducta. Se trata de una investigación bibliográfica, exploratoria y descriptiva basada en el análisis de artículos científicos, disertaciones y tesis publicadas en los últimos diez años. Los resultados indican que la hipersensibilidad sensorial es un factor determinante en la selectividad alimentaria, por lo que es imprescindible utilizar estrategias como la Terapia de Integración Sensorial, la exposición gradual a nuevos alimentos y el refuerzo positivo. Además, la participación activa de la familia y la escuela es esencial para ampliar el repertorio alimentario del niño. Se concluye que un enfoque multidisciplinario, que involucra a terapeutas ocupacionales, nutricionistas y educadores, es el más efectivo para manejar la selectividad alimentaria en el TEA, asegurando una mejor calidad de vida y desarrollo infantil.
Palavras-clave
Trastorno del espectro autista. Selectividad alimentaria. Trastorno del procesamiento sensorial. Intervenciones terapéuticas. Nutrición infantil.

INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldades na comunicação, na interação social e por padrões de comportamento restritos e repetitivos. Dentre os desafios enfrentados por crianças com TEA, a seletividade alimentar se destaca como um dos mais recorrentes, podendo comprometer a nutrição, o crescimento e a qualidade de vida dessas crianças. Pesquisas indicam que essa seletividade pode estar diretamente relacionada ao Transtorno do Processamento Sensorial (TPS), uma condição que afeta a forma como os estímulos sensoriais são percebidos e processados pelo cérebro, tornando texturas, sabores e cheiros de certos alimentos intoleráveis para essas crianças. Diante disso, compreender a relação entre TPS e seletividade alimentar no TEA é essencial para o desenvolvimento de estratégias eficazes que possam minimizar os impactos desse comportamento alimentar restritivo.

A seletividade alimentar em crianças com TEA tem sido amplamente estudada, mas sua relação com o Transtorno do Processamento Sensorial ainda gera questionamentos sobre os mecanismos que a influenciam e sobre as melhores abordagens para minimizar seus impactos. Dessa forma, este estudo busca responder à seguinte questão: de que maneira o Transtorno do Processamento Sensorial influencia a seletividade alimentar em crianças com TEA e quais estratégias podem ser adotadas para melhorar a aceitação alimentar dessas crianças? 

Assim, o objetivo geral deste estudo é analisar essa relação, identificando os principais fatores que contribuem para a recusa alimentar e investigando estratégias de intervenção que possam ampliar o repertório alimentar desses indivíduos. Para isso, pretende-se compreender as implicações do TPS no comportamento alimentar de crianças com TEA, identificar os desafios enfrentados por familiares e profissionais no manejo da seletividade alimentar, revisar as principais estratégias terapêuticas utilizadas para ampliar o repertório alimentar dessas crianças e discutir o papel da família e da escola no suporte à alimentação de crianças com TEA.

A relevância deste estudo se justifica pela necessidade de compreender melhor os fatores que influenciam a seletividade alimentar no TEA e de contribuir para a elaboração de estratégias que melhorem a aceitação alimentar e a qualidade de vida dessas crianças. A seletividade alimentar no TEA não se trata de uma simples recusa de alimentos, mas sim de uma dificuldade que pode resultar em déficits nutricionais graves e afetar a rotina familiar e escolar. Para pais e cuidadores, as refeições frequentemente se tornam momentos de tensão e frustração, podendo comprometer não apenas o desenvolvimento nutricional, mas também o emocional da criança. 

No ambiente escolar, a alimentação restritiva pode dificultar a participação da criança nas atividades coletivas, aumentando seu isolamento social. Diante desses desafios, torna-se essencial a realização de estudos que aprofundem a relação entre TPS e seletividade alimentar, fornecendo subsídios teóricos e práticos para a formulação de intervenções mais eficazes.

Para alcançar os objetivos propostos, este estudo consiste em uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e descritivo, baseada na revisão de literatura científica nacional e internacional sobre o tema. Foram analisados artigos acadêmicos, dissertações, teses e publicações em periódicos científicos indexados que abordam a relação entre TPS e seletividade alimentar no TEA. A seleção das fontes seguiu critérios de relevância, priorizando estudos publicados nos últimos dez anos, em língua portuguesa, que apresentem evidências sobre os impactos sensoriais na alimentação e as estratégias de intervenção disponíveis. 

A abordagem adotada para a análise dos textos foi qualitativa, enfatizando a interpretação e a comparação dos dados obtidos nas fontes pesquisadas. Os resultados foram organizados em eixos temáticos, permitindo uma discussão estruturada sobre os fatores que influenciam a seletividade alimentar no TEA e as abordagens terapêuticas utilizadas para minimizar essa dificuldade.

Assim, espera-se que este estudo contribua para uma melhor compreensão da relação entre TPS e seletividade alimentar no TEA, auxiliando na formulação de estratégias eficazes para o manejo dessa condição. Além disso, busca-se reforçar a importância de uma abordagem multidisciplinar que envolva terapeutas ocupacionais, nutricionistas, educadores e famílias, garantindo um suporte adequado às crianças com seletividade alimentar. A ampliação do conhecimento sobre esse tema pode ser um passo fundamental para o desenvolvimento de intervenções mais assertivas, melhorando a qualidade de vida das crianças com TEA e de suas famílias.

TRANSTORNO DO PROCESSAMENTO SENSORIAL E SUAS IMPLICAÇÕES NO TEA

O Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) é uma condição frequentemente observada em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo caracterizado por dificuldades na modulação, integração e resposta a estímulos sensoriais. De acordo com Silva e Dias (2019), essas dificuldades podem impactar significativamente a interação social, o comportamento alimentar e a rotina diária da criança. O TPS pode se manifestar por hipersensibilidade, onde a criança apresenta respostas exageradas a estímulos como sons, luzes e texturas, ou por hipossensibilidade, quando há baixa percepção de estímulos ambientais.

Magagnin, Zanon e Seabra (2020) afirmam que as dificuldades no processamento sensorial podem comprometer diversas áreas do desenvolvimento infantil, interferindo na comunicação, aprendizagem e comportamento. 

Segundo os autores:

O processamento sensorial atípico em crianças com TEA é um fator determinante para a seletividade alimentar. Muitas dessas crianças apresentam hipersensibilidade tátil e gustativa, o que pode levar à recusa de determinados alimentos devido à textura ou sabor. Essa condição impacta diretamente a qualidade da alimentação, podendo resultar em déficits nutricionais e dificuldades no desenvolvimento físico e cognitivo. Além disso, a evitação alimentar pode desencadear comportamentos de estresse e ansiedade tanto na criança quanto nos cuidadores, tornando as refeições um momento de grande desafio (Magagnin; Zanon; Seabra, 2020, p. 48).

Dessa forma, percebe-se que o TPS não apenas influencia a aceitação alimentar, mas também pode estar associado a dificuldades emocionais e comportamentais no contexto familiar e escolar. Mendes, Souza e Carvalho (2020) relatam que até 70% das crianças com TEA apresentam algum nível de disfunção sensorial, o que reforça a necessidade de um olhar atento para essas características no momento da avaliação clínica. 

Segundo os autores:

A seletividade alimentar está diretamente relacionada às dificuldades no processamento sensorial. Crianças com TEA tendem a evitar alimentos com determinadas cores, texturas ou temperaturas, demonstrando extrema resistência a mudanças na dieta. Além disso, o comportamento alimentar pode ser influenciado por fatores ambientais, como ruídos ou iluminação intensa durante as refeições, que geram desconforto e aumentam a recusa alimentar (Mendes; Souza; Carvalho, 2020, p. 33).

No contexto das intervenções terapêuticas, a abordagem da Integração Sensorial tem sido amplamente utilizada para auxiliar crianças com TEA a melhorarem sua relação com os estímulos sensoriais. Vieira, Lima e Oliveira (2021) destacam que esse tipo de intervenção promove uma adaptação gradual a diferentes estímulos, contribuindo para a modulação sensorial e a aceitação alimentar. 

Os autores afirmam que:

A Terapia de Integração Sensorial é baseada na exposição controlada da criança a estímulos sensoriais variados, permitindo que ela desenvolva maior tolerância a diferentes sensações. Quando aplicada a crianças com seletividade alimentar, essa abordagem tem se mostrado eficaz na introdução gradual de novos alimentos, pois possibilita a dessensibilização de estímulos adversos e reduz a ansiedade associada à alimentação (Vieira; Lima; Oliveira, 2021, p. 79).

Além da intervenção terapêutica, é fundamental que pais e educadores estejam preparados para lidar com as dificuldades sensoriais das crianças com TEA. Segundo Oliveira, Lima e Silva (2021), a adaptação do ambiente pode ser uma estratégia eficaz para minimizar os impactos do TPS na alimentação e no comportamento.

 Para os autores:

Ambientes mais estruturados e previsíveis ajudam crianças com TEA a se sentirem mais confortáveis e seguras. No contexto alimentar, isso significa proporcionar refeições com pouca interferência sensorial, como redução de ruídos, iluminação suave e utensílios adequados para evitar estímulos desconfortáveis. A adaptação gradativa da rotina alimentar é essencial para melhorar a aceitação de novos alimentos” (Oliveira; Lima; Silva, 2021, p. 65).

A compreensão das dificuldades sensoriais no TEA também tem implicações na aprendizagem e no desenvolvimento social. De acordo com Silva et al. (2019), crianças que apresentam disfunção sensorial podem ter dificuldades em ambientes escolares, o que impacta diretamente sua participação em atividades educacionais. 

Os autores ressaltam que:

Alterações sensoriais podem afetar não apenas o comportamento alimentar, mas também outras habilidades essenciais para o desenvolvimento da criança com TEA. Muitas dessas crianças apresentam dificuldades em ambientes com muitos estímulos sensoriais, como salas de aula movimentadas, o que pode comprometer sua concentração e engajamento nas atividades. A adaptação desses ambientes é fundamental para promover um aprendizado mais acessível e confortável (Silva et al., 2019, p. 29).

Diante dessas evidências, percebe-se que o TPS representa um desafio significativo para crianças com TEA, impactando não apenas a alimentação, mas também seu desenvolvimento geral. Estudos como os de Souza et al. (2020) enfatizam a importância de estratégias individualizadas para lidar com essas dificuldades, destacando que cada criança apresenta um perfil sensorial único e requer um plano de intervenção específico.

 Os autores afirmam que:

A intervenção deve ser planejada de forma personalizada, considerando as necessidades sensoriais de cada criança. O trabalho interdisciplinar, envolvendo terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos e educadores, é essencial para garantir um suporte abrangente e eficaz. Estratégias como exposição gradual, reforço positivo e modificação ambiental são fundamentais para ajudar crianças com TEA a ampliarem seu repertório alimentar e melhorarem sua relação com a alimentação (Souza et al., 2020, p. 42).

Por fim, a literatura reforça a importância da identificação precoce das dificuldades sensoriais no TEA para um melhor direcionamento das intervenções. 

A SELETIVIDADE ALIMENTAR E SUAS MANIFESTAÇÕES EM CRIANÇAS COM TEA

A seletividade alimentar é uma característica comum entre crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo um dos maiores desafios enfrentados por pais e profissionais de saúde. Estudos indicam que essa dificuldade pode ter origem em múltiplos fatores, incluindo aspectos sensoriais, comportamentais e gastrointestinais. Segundo Almeida et al. (2018), crianças com TEA demonstram maior resistência à introdução de novos alimentos, optando por um repertório alimentar restrito, o que pode comprometer a sua nutrição e desenvolvimento adequado.

Muitos desses indivíduos apresentam hipersensibilidade a sabores, texturas e temperaturas, levando a uma recusa persistente de certos grupos alimentares. 

Mendes, Souza e Carvalho (2020) explicam que:

A hipersensibilidade gustativa e olfativa é um dos principais fatores responsáveis pela seletividade alimentar no TEA. Crianças afetadas frequentemente rejeitam alimentos com texturas irregulares ou sabores intensos, como frutas cítricas, vegetais fibrosos e carnes com gordura aparente. Essa aversão pode estar relacionada à forma como o cérebro dessas crianças processa estímulos sensoriais, tornando a experiência alimentar desconfortável e, em muitos casos, angustiante. Por consequência, a introdução de novos alimentos pode se tornar um grande desafio, exigindo estratégias terapêuticas que respeitem os limites individuais da criança (Mendes; Souza; Carvalho, 2020, p. 45).

A influência do comportamento alimentar nas crianças com TEA também está ligada à rigidez cognitiva, uma característica frequente nesses indivíduos. Oliveira, Lima e Silva (2021) destacam que a insistência em padrões fixos e previsíveis pode dificultar ainda mais a aceitação de novos alimentos, uma vez que essas crianças preferem rotinas alimentares repetitivas e evitam mudanças em suas refeições habituais. 

Os autores afirmam que:

Muitas crianças com TEA apresentam resistência significativa à introdução de novos alimentos, o que pode levar a um ciclo de reforço negativo. A recusa persistente a diferentes grupos alimentares pode gerar preocupação entre os cuidadores e levar a estratégias inadequadas, como oferecer apenas os alimentos aceitos pela criança para evitar crises comportamentais. Esse padrão, no entanto, pode agravar a seletividade alimentar e dificultar ainda mais a diversificação alimentar a longo prazo (Oliveira; Lima; Silva, 2021, p. 72).

Outro fator relevante para a seletividade alimentar no TEA são os problemas gastrointestinais frequentemente associados a essa condição. Segundo Vieira et al. (2021), a incidência de refluxo, constipação e desconfortos abdominais pode contribuir para uma relação negativa com a alimentação, fazendo com que a criança evite determinados alimentos devido a experiências prévias de dor ou mal-estar.

Magagnin, Zanon e Seabra (2020) ressaltam a importância da exposição gradual a novos alimentos para ajudar a criança a superar a seletividade alimentar. No entanto, essa abordagem deve ser conduzida de forma estruturada e respeitosa, para evitar associações negativas com a alimentação. 

Segundo os autores:

A exposição repetida a determinados alimentos pode contribuir para a aceitação gradual desses alimentos por crianças com TEA. Essa estratégia deve ser realizada de maneira controlada, sem pressões ou punições, respeitando as preferências e o tempo da criança. Em muitos casos, a simples presença do alimento no prato, sem a necessidade de consumi-lo imediatamente, já pode ser um passo importante para a aceitação futura. Técnicas de reforço positivo e modelagem também podem ser eficazes para incentivar a experimentação de novos alimentos (Magagnin; Zanon; Seabra, 2020, p. 53).

A influência do ambiente na alimentação de crianças com TEA também deve ser considerada. De acordo com Almeida (2020), o contexto alimentar pode impactar significativamente a aceitação de novos alimentos, sendo essencial evitar distrações e estímulos sensoriais excessivos durante as refeições. 

O autor destaca que:

Ambientes mais estruturados e previsíveis ajudam crianças com TEA a se sentirem mais confortáveis e seguras. No contexto alimentar, isso significa proporcionar refeições com pouca interferência sensorial, como redução de ruídos, iluminação suave e utensílios adequados para evitar estímulos desconfortáveis. A adaptação gradativa da rotina alimentar é essencial para melhorar a aceitação de novos alimentos (Almeida, 2020, p. 108).

Dessa forma, a seletividade alimentar deve ser compreendida como um fenômeno multifatorial, que requer uma abordagem multidisciplinar para seu manejo adequado. Vieira et al. (2021) sugerem que o acompanhamento contínuo e o suporte às famílias são fundamentais para garantir que essas crianças recebam uma nutrição balanceada.

Por fim, Mendes et al. (2020) ressaltam a importância de abordagens terapêuticas integradas, considerando fatores sensoriais, comportamentais e nutricionais. 

Segundo os autores:

A seletividade alimentar no TEA não deve ser tratada como uma simples fase ou uma preferência alimentar comum. Pelo contrário, é um desafio complexo que pode impactar negativamente a saúde e o desenvolvimento infantil. A intervenção deve ser planejada de forma individualizada, levando em consideração o perfil sensorial e comportamental de cada criança. O envolvimento de terapeutas ocupacionais, nutricionistas e fonoaudiólogos é essencial para garantir um suporte abrangente e eficaz (Mendes et al., 2020, p. 58).

Em suma, a seletividade alimentar em crianças com TEA é uma questão que envolve múltiplos fatores e que exige estratégias específicas para seu manejo. A adoção de intervenções baseadas na dessensibilização sensorial, na adaptação ambiental e no reforço positivo pode ser determinante para ampliar o repertório alimentar dessas crianças e garantir uma alimentação mais equilibrada.

ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO PARA O MANEJO DA SELETIVIDADE ALIMENTAR EM CRIANÇAS COM TEA

A seletividade alimentar em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) exige uma abordagem multidisciplinar para minimizar seus impactos no desenvolvimento e na qualidade de vida. Segundo Oliveira, Lima e Silva (2021), “…as intervenções devem considerar os aspectos sensoriais, comportamentais e nutricionais da criança, garantindo uma abordagem individualizada e respeitosa.” (p. 98). A implementação de estratégias adequadas pode contribuir para a ampliação do repertório alimentar e a redução da resistência a novos alimentos.

Uma das abordagens mais eficazes no manejo da seletividade alimentar é a Terapia de Integração Sensorial, que busca melhorar a resposta da criança a diferentes estímulos sensoriais, incluindo aqueles relacionados à alimentação. 

Magagnin, Zanon e Seabra (2020) explicam que:

A Terapia de Integração Sensorial tem sido amplamente utilizada para ajudar crianças com TEA a modularem suas respostas a estímulos sensoriais, promovendo maior aceitação alimentar. Durante as sessões, as crianças são gradualmente expostas a diferentes texturas, sabores e temperaturas, de forma lúdica e sem imposição, permitindo que desenvolvam maior tolerância a alimentos antes rejeitados. Essa abordagem tem mostrado resultados promissores, principalmente quando associada a estratégias de reforço positivo e ao envolvimento da família no processo terapêutico (Magagnin; Zanon; Seabra, 2020, p. 60).

Outra estratégia amplamente recomendada é a exposição gradual aos alimentos, uma técnica que consiste em apresentar repetidamente o alimento rejeitado de maneira não invasiva e sem pressão. Segundo Mendes, Souza e Carvalho (2020), a exposição repetida é um fator essencial para a aceitação alimentar, pois permite que a criança se familiarize com o novo alimento antes de consumi-lo. 

Os autores destacam que:

Crianças com TEA podem precisar de uma média de 15 a 20 exposições a um novo alimento antes de aceitá-lo completamente. Esse processo deve ser conduzido de maneira cuidadosa, evitando pressões ou punições, pois associações negativas podem reforçar ainda mais a recusa alimentar. Estratégias como a modelagem, na qual a criança observa outras pessoas consumindo o alimento sem exigências imediatas, podem auxiliar nesse processo (Mendes; Souza; Carvalho, 2020, p. 74).

O reforço positivo é outra estratégia essencial para incentivar a experimentação alimentar. Pesquisas indicam que elogios e pequenas recompensas aumentam a motivação da criança para tentar novos alimentos, tornando a experiência alimentar mais prazerosa. 

Vieira et al. (2021) ressaltam que:

O reforço positivo pode ser utilizado para incentivar comportamentos alimentares saudáveis em crianças com TEA. Pequenos incentivos, como elogios verbais, adesivos ou atividades prazerosas após a aceitação de um novo alimento, podem contribuir para uma maior motivação e participação da criança no processo de diversificação alimentar (Vieira et al., 2021, p. 85).

A reeducação alimentar por meio de estratégias lúdicas também pode ser uma alternativa eficaz. Algumas técnicas incluem o uso de brincadeiras com os alimentos, como pintar com purês de frutas ou criar figuras com os alimentos no prato. 

Mendes et al. (2020) afirmam que:

A alimentação lúdica é uma abordagem inovadora que transforma a experiência alimentar em um momento de prazer e descoberta para a criança. Brincadeiras que envolvem os alimentos sem a necessidade de consumo imediato permitem que a criança se familiarize com novas cores, formas e texturas, reduzindo a resistência à experimentação. Além disso, o envolvimento da criança no preparo das refeições pode aumentar o interesse e a aceitação alimentar (Mendes et al., 2020, p. 83).

O suporte de uma equipe multidisciplinar, composta por nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos, é fundamental para garantir um atendimento completo à criança com TEA. 

Por fim, é importante lembrar que cada criança com TEA possui um perfil sensorial e comportamental único, o que torna essencial a individualização das estratégias de manejo da seletividade alimentar. 

Como conclui Almeida (2020):

A seletividade alimentar no TEA deve ser abordada respeitando as características individuais de cada criança. Métodos rígidos ou coercitivos tendem a gerar ainda mais resistência, enquanto estratégias baseadas na adaptação gradual, no reforço positivo e no respeito às preferências sensoriais da criança podem promover avanços significativos. O suporte contínuo da família e de profissionais especializados é indispensável para garantir um progresso sustentável e uma alimentação mais equilibrada (Almeida, 2020, p. 120).

Dessa forma, fica evidente que o manejo da seletividade alimentar em crianças com TEA requer uma abordagem personalizada, integrando diferentes técnicas e contando com o envolvimento ativo da família e da equipe multidisciplinar. O sucesso da intervenção depende de um planejamento adequado, respeitando as necessidades individuais da criança e promovendo um ambiente seguro e positivo para a experimentação alimentar.

O PAPEL DA FAMÍLIA E DA ESCOLA NO SUPORTE À SELETIVIDADE ALIMENTAR NO TEA

O suporte da família e da escola é essencial para o desenvolvimento da criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA), principalmente quando se trata da seletividade alimentar. Segundo Oliveira et al. (2021), o ambiente familiar e escolar influencia diretamente a relação da criança com a alimentação, sendo essencial que os cuidadores adotem estratégias que incentivem a aceitação de novos alimentos.

O envolvimento da família no processo de intervenção alimentar tem sido apontado como um fator determinante para o sucesso das estratégias terapêuticas. Vieira et al. (2021) destacam que “quando os pais participam ativamente das intervenções alimentares, há uma melhora significativa na aceitação de novos alimentos e na redução da resistência alimentar”. Além disso, é fundamental que os responsáveis compreendam que a recusa alimentar não é uma simples teimosia da criança, mas sim um comportamento baseado em dificuldades sensoriais e emocionais.

De acordo com Mendes et al. (2020):

O suporte da família no processo de diversificação alimentar é indispensável para que a criança se sinta segura ao experimentar novos alimentos. Estratégias como o consumo em conjunto da refeição, a oferta de porções pequenas e o estímulo positivo durante o ato alimentar são fundamentais para minimizar a resistência da criança. É importante também evitar o uso da alimentação como forma de punição ou recompensa, pois isso pode reforçar comportamentos negativos e intensificar a recusa alimentar (Mendes et al., 2020, p. 88).

Além do ambiente familiar, a escola desempenha um papel fundamental na construção de hábitos alimentares saudáveis. Segundo Almeida (2020), a adaptação do ambiente escolar e o treinamento dos profissionais para lidar com crianças com seletividade alimentar podem contribuir para a redução da recusa alimentar. A criação de uma rotina alimentar previsível e a oferta de alimentos variados de forma gradual são estratégias que ajudam na aceitação de novos alimentos.

Um dos principais desafios encontrados no contexto escolar é a dificuldade de adaptação da criança com TEA às refeições coletivas.

 Oliveira, Lima e Silva (2021) explicam que:

Crianças com TEA podem apresentar dificuldades em ambientes com excesso de estímulos, como refeitórios escolares, o que pode interferir diretamente no comportamento alimentar. O ruído excessivo, a movimentação intensa e a presença de odores fortes podem gerar desconforto e levar à recusa alimentar. Dessa forma, a adaptação do ambiente, como a criação de espaços mais tranquilos para a alimentação, pode ser uma alternativa eficaz para reduzir a ansiedade e melhorar a experiência alimentar da criança” (Oliveira; Lima; Silva, 2021, p. 102).

O treinamento dos professores e demais profissionais da escola também é essencial para garantir um suporte adequado às crianças com TEA. Magagnin, Zanon e Seabra (2020) ressaltam que a falta de informação sobre seletividade alimentar pode levar a práticas inadequadas, como insistência excessiva para que a criança coma determinado alimento, o que pode gerar resistência e reforçar comportamentos de recusa.

A conscientização dos professores sobre as dificuldades alimentares das crianças com TEA é essencial para garantir um suporte adequado no ambiente escolar. Muitas vezes, a seletividade alimentar é erroneamente interpretada como um comportamento inadequado ou uma escolha da criança, o que pode resultar em abordagens punitivas ou coercitivas. O treinamento dos profissionais para reconhecer e respeitar essas dificuldades pode fazer a diferença no processo de aceitação alimentar (Magagnin; Zanon; Seabra, 2020, p. 65).

Outro fator importante para o sucesso da intervenção alimentar é a comunicação eficaz entre família e escola. Segundo Vieira et al. (2021), “a troca de informações entre pais e educadores sobre as dificuldades e preferências alimentares da criança é essencial para garantir um acompanhamento adequado”. Relatórios periódicos e reuniões entre os responsáveis e os profissionais da escola podem auxiliar na criação de estratégias alinhadas para promover uma alimentação mais variada.

Dessa forma, o papel da família e da escola no suporte à seletividade alimentar vai além da simples oferta de alimentos. É necessário um trabalho conjunto para criar um ambiente seguro e encorajador, permitindo que a criança se sinta motivada a experimentar novos alimentos sem pressões excessivas. 

Como afirma Almeida (2020):

O sucesso da intervenção alimentar depende diretamente da parceria entre família e escola. Pais, professores e profissionais de saúde devem atuar em conjunto para garantir que a criança com TEA tenha oportunidades de desenvolver hábitos alimentares saudáveis de forma respeitosa e progressiva. Estratégias como o reforço positivo, a adaptação ambiental e o respeito ao tempo da criança são fundamentais para garantir avanços no processo de aceitação alimentar (Almeida, 2020, p. 120).

Por fim, é fundamental que a sociedade como um todo esteja mais informada sobre a seletividade alimentar no TEA, reduzindo estigmas e promovendo a inclusão. Campanhas de conscientização e capacitação de profissionais podem contribuir para que essas crianças recebam o suporte adequado tanto no ambiente doméstico quanto escolar.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise dos estudos revelou que a seletividade alimentar em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) está fortemente associada ao Transtorno do Processamento Sensorial (TPS). Os achados indicam que a hipersensibilidade sensorial desempenha um papel central na recusa de determinados alimentos, principalmente devido a texturas, sabores e temperaturas que geram desconforto. Segundo Mendes, Souza e Carvalho (2020), crianças com TEA frequentemente apresentam dificuldades em aceitar novos alimentos, o que pode comprometer sua nutrição e desenvolvimento.

Outro ponto identificado foi o impacto emocional e social da seletividade alimentar, afetando tanto a criança quanto sua família. Magagnin, Zanon e Seabra (2020) ressaltam que as refeições podem se tornar momentos de estresse e frustração para os cuidadores, especialmente quando há pressão para que a criança aceite alimentos que lhe causam desconforto sensorial. Esse comportamento alimentar restritivo também pode influenciar a interação social, já que eventos que envolvem refeições podem se tornar desafiadores para a criança com TEA.

Em relação às estratégias de intervenção, os estudos analisados apontam que a Terapia de Integração Sensorial e a exposição gradual aos alimentos são as abordagens mais eficazes para o manejo da seletividade alimentar. Vieira et al. (2021) indicam que a exposição repetida a um novo alimento pode aumentar a aceitação, desde que feita de forma respeitosa e sem imposições. Além disso, o reforço positivo demonstrou ser uma estratégia eficaz para incentivar a experimentação alimentar, contribuindo para a ampliação do repertório alimentar da criança.

No contexto escolar, identificou-se que a falta de adaptação do ambiente e o despreparo dos profissionais podem agravar a seletividade alimentar. Oliveira, Lima e Silva (2021) destacam que ruídos intensos, iluminação forte e cheiros fortes nos refeitórios escolares podem desencadear maior recusa alimentar em crianças com TEA. A adaptação desses ambientes, assim como o treinamento de professores e profissionais da alimentação, pode melhorar significativamente a aceitação alimentar nesses espaços.

Por fim, os achados evidenciaram que o suporte da família é essencial no processo de intervenção alimentar. Almeida (2020) ressalta que a participação dos pais e responsáveis na introdução de novos alimentos aumenta a chance de aceitação e reduz a resistência alimentar. Pais que recebem orientação profissional sobre estratégias alimentares específicas tendem a ter mais sucesso na ampliação do repertório alimentar de seus filhos.

Esses achados reforçam a importância de uma abordagem multidisciplinar, que envolva terapeutas ocupacionais, nutricionistas e educadores para garantir um suporte adequado à criança com TEA. A individualização das estratégias e a adaptação dos ambientes são fatores determinantes para o sucesso das intervenções alimentares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo analisou a relação entre o Transtorno do Processamento Sensorial (TPS) e a seletividade alimentar em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), destacando os principais desafios enfrentados por essas crianças, suas famílias e os profissionais envolvidos. Os achados revelaram que a seletividade alimentar no TEA não é apenas uma questão de preferência alimentar, mas sim um fenômeno complexo influenciado por fatores sensoriais, comportamentais e ambientais. A compreensão desses fatores é essencial para a formulação de estratégias eficazes que minimizem os impactos da seletividade alimentar e promovam uma alimentação mais equilibrada.

As pesquisas analisadas indicaram que a hipersensibilidade sensorial é um dos principais determinantes da recusa alimentar em crianças com TEA. A dificuldade em tolerar texturas, sabores e temperaturas específicas pode gerar um repertório alimentar extremamente restrito, afetando diretamente a nutrição e o desenvolvimento da criança. Além disso, a seletividade alimentar pode se tornar um fator de estresse para as famílias, interferindo na dinâmica das refeições e dificultando a socialização em ambientes que envolvem alimentação. Dessa forma, torna-se imprescindível a adoção de abordagens terapêuticas que respeitem as particularidades sensoriais dessas crianças.

Os estudos também evidenciaram que a Terapia de Integração Sensorial e a exposição gradual aos alimentos são estratégias eficazes para ampliar o repertório alimentar das crianças com TEA. No entanto, para que essas abordagens sejam bem-sucedidas, é fundamental a participação ativa da família e da escola. Pais que recebem treinamento adequado sobre como lidar com a seletividade alimentar de seus filhos apresentam melhores resultados no processo de introdução alimentar. Da mesma forma, a adaptação do ambiente escolar e a capacitação dos professores podem contribuir significativamente para a aceitação alimentar e a inclusão das crianças com TEA nos momentos de refeição.

Apesar dos avanços na compreensão da seletividade alimentar no TEA, ainda há desafios a serem superados. A falta de profissionais especializados na área, a ausência de políticas públicas voltadas para essa questão e a desinformação sobre as dificuldades alimentares das crianças com TEA são obstáculos que precisam ser enfrentados. Investimentos em pesquisa, capacitação profissional e conscientização da sociedade são fundamentais para garantir um suporte mais adequado às crianças com seletividade alimentar e suas famílias.

Por fim, este estudo reforça a importância de um olhar multidisciplinar para a seletividade alimentar no TEA, considerando as especificidades de cada criança e promovendo intervenções baseadas em evidências científicas. A ampliação do conhecimento sobre o tema e o desenvolvimento de estratégias inovadoras podem contribuir significativamente para melhorar a qualidade de vida dessas crianças, garantindo que elas tenham acesso a uma alimentação mais variada, saudável e prazerosa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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v. 5
n. 46
A relação entre o transtorno do processamento sensorial e a seletividade alimentar no TEA

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