Autor
Resumo
INTRODUÇÃO
O uso da tecnologia na educação descreve qualquer aprendizado que ocorra sem que os alunos estejam fisicamente presentes na lição. Agora mais do que nunca essa tecnologia se fez presente no cotidiano dos alunos. Mais recentemente, a educação a distância trouxe uma enorme variedade de sistemas e métodos de ensino a praticamente qualquer dispositivo conectado.
A crise atual expõe e amplia as desigualdades existentes em muitas áreas da vida, e o setor educacional não é exceção. Com a maioria dos países da Europa fechando instituições de ensino e forçando professores, acadêmicos e outros profissionais da educação a trabalhar em casa, muitas questões surgem sobre o impacto dessas circunstâncias na qualidade e inclusão da educação(Brasil, 2020).
Estudantes e instituições adotam o ensino à distância por um bom motivo. As universidades se beneficiam com a adição de alunos sem a necessidade de construir salas de aula e moradia, e os estudantes colhem as vantagens de poder trabalhar onde e quando quiserem. Segundo Aguiar 2013) os sistemas de escolas públicas oferecem cursos especializados, como idiomas para pequenas matrículas e aulas de colocação avançada, sem a necessidade de criar várias salas de aula. Além disso, os estudantes em casa têm acesso a instruções centralizadas.
O objetivo geral é analisar o uso da leitura e da tecnologia na educação. Como objetivo específico de compreender de que forma a tecnologia implica na leitura dos alunos, demonstrar formas de tecnologias usadas para o ensinamento.
O USO DA LITERATURA PARA O ENSINO
Para motivar os alunos, os professores usam vários métodos para ensinar o conteúdo. Nessa perspectiva, inserir obras literárias com o apoio de materiais de trabalho é uma ferramenta interdisciplinar que pode refletir o pensamento dos alunos. No que se refere à narrativa literária, ela tem a capacidade de situar a trama dos personagens no pano de fundo histórico, para que possa analisar a sociedade, o território, a paisagem, o lugar, a cultura, o espaço, a política e a economia. As obras literárias também podem melhorar a criatividade e a imaginação dos leitores. Exige que você compreenda novos espaços, sociedades e culturas, portanto, proporciona novas oportunidades de vivência e ajuda crianças e jovens a formarem ideias que enriquecem seu idioma(Ferreira, 1999).
Utilizando a linguagem literária como método de ensino, é possível desenvolver atividades de expressão escrita e oral, como debate e comentário, plasticidade, expressão dramática ou musical(Passini, 2007).
Sobre essa interdisciplinaridade, o ensino significa sensibilizar os alunos para a realidade a partir das relações espaciais, pelo que a construção de uma visão crítica através da ciência deve envolver um ensino multi escala em várias línguas. Além de suavizar a linguagem acadêmica e os manuais de ensino (como os livros didáticos), outras linguagens que podem criticar os alunos em termos de sociedade, política, economia, cultura, espaço e história também surgiram. Essas linguagens partem da composição estética exposta na arte. Assim, música, literatura, artes plásticas, dança, teatro, cinema e escultura são as fontes detalhadas do corpo humano, ou seja, a formação do ser humano pela geografia também decorre da linguagem estética(Silva, 2015).
LEITURA E SUA IMPORTÂNCIA
No Brasil Império a escrita e leitura já tinham todos os seus signos e códigos, já estavam prontos por assim dizer, mas poucos aqui sabiam ler e escrever, as pessoas que aqui possuíam essa capacidade eram imigrantes de Portugal ou membros da igreja que também cuidavam da alfabetização de alguns brasileiros. Os escritos aqui no início eram somente cartas, relatos de viagens ou a bíblia. Mesmo em condições precárias, a leitura já se mostrava como um grande modificador de pensamentos para aqueles que tinham oportunidade de estudar.
Bastos (1982), aponta que:
As escolas primárias praticamente não existiam, pois eram excluídos os escravos e, à mulher era ministrada um tipo de educação conhecida apenas por educação geral, para cumprir as atividades domésticas. Durante a colonização, as práticas escolares eram feitas nos engenhos e nos núcleos das fazendas por capelães, padres e mestres-escolas que eram contratados para essa finalidade(p.92).
Com a vinda da família real portuguesa para o Brasil, ocorreram grandes transformações. O país tinha que acompanhar as evoluções que vinham acontecendo mundo afora. O Brasil passou a ter necessidade de pessoas alfabetizadas para garantir mão de obra qualificada, com isso o número de alfabetizados aumentou, mas de apreciadores de leitura ainda eram poucos. Segundo Lajolo e Ziberman(2011):
Só por volta de 1840 o Brasil do Rio de Janeiro, sede da monarquia, passa a exibir alguns dos traços necessários para a formação e fortalecimento de uma sociedade leitora: estavam presentes os mecanismos mínimos para produção e circulação da literatura, como tipografias, livrarias e bibliotecas; a escolarização era precária, mas manifestava-se o movimento visando à melhoria do sistema(p.22).
Em Oliveira e Batista (2018), constata-se que, para o povo brasileiro era permitido a publicação somente de livros didáticos utilizados nas poucas escolas, a literatura que nesse período vinha na sua maioria de fora, que teriam que ser traduzidas, a população não tinha acesso. A habilidade da escrita dava às sociedades glamour e status de cultura letrada. A leitura era vista como um poder, sendo admitido somente entre os mais ricos e nobres. A educação do povo era toda voltada para capacitação de mão de obra, não visavam à população como leitora. Um longo caminho foi percorrido com a chegada da imprensa, autores puderam publicar seus livros, foram abertas bibliotecas públicas, os ideais de educação e pensamentos críticos começaram a ganhar espaço, meios de comunicação mais eficiente atingindo a grande população, as novas tecnologias que traz o livro num simples clicar; e chegamos aos dias de hoje.
Temos várias formas de leituras nos dias atuais, tais como jornais, revistas, livros ou telas de celulares e computadores; mas poucos fazem uso dela. A pesquisa realizada pela 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, desenvolvida pelo Instituto Pró-Livro em 2016, apontou que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano.
Olhar os resultados da pesquisa e ver o quanto deixamos de absorver conhecimento, e como a leitura está a nossa disposição praticamente o tempo todo. Com os avanços tecnológicos podemos ler em diversos ambientes sem necessariamente termos um livro em mãos. O primeiro passo para se tornar um leitor é a necessidade de ser um agente modificador da própria realidade. Em Lajolo e Ziberman(2011, p.232) “um dos efeitos previstos [dessa inserção] é integrar o indivíduo ao coletivo e à pátria, civilizando-o e tornando-o um cidadão útil à sociedade”.
Um mundo sem literatura se transformaria num mundo sem desejos, sem ideais, sem desobediência, um mundo de autômatos privados daquilo que torna humano um ser humano: a capacidade de sair de si mesmo e de se transformar em outro, em outros, modelados pela argila dos nossos sonhos.
Falando do país em relação a questões políticas e sociais ficando às margens da sociedade, muitos de nós mal sabemos dos nossos direitos e deveres, quando queremos reivindicar algo nem sabemos por onde começar. Sendo que está claro na constituição, como podemos observar:
Diz o artigo 205 da Constituição Federal de 1988: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Tem-se todos os dias direitos básicos e garantidos pela constituição violados e o que fazemos? Nada. Porque não se adquire , através da leitura, conhecimentos necessários para convivência em sociedade. A leitura traz conhecimento facilitando atividades mais simples do dia a dia, traz capacidade de avaliar, questionar, fazer do ser humano um crítico analista de sua própria existência. Através de informações coletadas em livros, em artigos e internet, não se pode deixar passar despercebido à necessidade da leitura, e assim, melhorar a realidade como leitores ativos, participando de uma sociedade consciente de seus direitos e deveres.
LEITURA E EDUCAÇÃO E AS FASES DO EDUCANDO
O modo de ver a criança e suas necessidades é muito diferente do início da história. Na antiguidade a criança era vista como um adulto em miniatura, hoje a criança é vista como ser em desenvolvimento, como única, com especificidades individuais, com direitos e deveres garantidos por lei, mas nem sempre cumpridos. O ECA(Estatuto da Criança e do Adolescente) diz em seu artigo 71 que a criança e ao adolescente têm direito à informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. Segundo Goulart e Souza(2015):
Hoje a criança é considerada um sujeito, portador de direitos e deveres que devem garantir sua condição de cidadania. Com base em Vygotstk(2007, 2009 e 2010), compreendemos a criança como um sujeito histórica e culturalmente situado, ativo e produtor de cultura, com seus diferentes matizes atravessados por relações de etnia, classe social, gênero, cultura, características psicológicas e outras subjetividades. Nesse sentido, partimos de uma compreensão de ensino e aprendizagem que conceba a criança como um sujeito que aprende em um processo contínuo de interações, dando significado ao mundo que vive, transformando-o ressignificando- o (p.28).
Esse processo de rever o conceito de criança torna sua aprendizagem mais acolhedora, criativa e dinâmica, pois adequamos a cada faixa etária livros e demais matérias facilitadoras do aprendizado. Como já citado, o bebê ainda dentro da barriga podemos pensar que ele não participa do dia a dia, mas é bem o contrário, nesta fase a criança já é um ser ouvinte (a partir das 20 semanas de gestação) participando da rotina da mãe e é capaz de reconhecer vozes de pessoas mais próximas. Pensando nisso, podemos aproveitar uma parte pequena do dia para dar a essa criança um momento de leitura para que esse hábito continue depois do nascimento.
Estudos mostram que, mesmo antes de o feto nascer, ele já consegue identificar a emoção das palavras”, afirma a fonoaudióloga Sueli Yoko Nakano, do Hospital Sepaco (SP). Além disso, contatos sonoros dos pais com a criança, em tom harmonioso, como conversar, cantar e ler historinhas ajuda a estabelecer um laço entre o bebê, a família e o ambiente externo.
Sabendo das capacidades da criança, antes mesmo do nascimento, fica mais claro e evidente que o trabalho de formação dessa criança começou no ventre já visando desenvolvimento afetivo e compreensivo.
Logo depois do nascimento o diálogo com o bebê se torna uma constância, podendo essa fase ser proveitosa fortalecendo vínculos afetivos. “Criam-se, assim, novas necessidades na criança, as quais as levam ao aprendizado e desenvolvimento: a necessidade de comunicação, e de percepção – de ver, ouvir e pegar objetos”. Para Mello (2012):
O período do 0 aos 6 anos é considerado como a primeira infância. Este é um período importantíssimo no desenvolvimento humano. Entre outros fatores, nessa época da vida acontecem processos fundamentais, como o crescimento físico, o amadurecimento do cérebro, o desenvolvimento da fala e da capacidade de aprendizado e a iniciação social e afetiva. Um dos avanços da neurociência foi, justamente, descobrir as potencialidades da primeira infância, reconhecendo sua importância para a sociedade como um todo. Uma vez que o desenvolvimento humano é resultado da combinação da genética com a qualidade das relações que desenvolvemos e do ambiente no qual estamos inseridos, podemos dizer que quando as condições para o desenvolvimento durante a primeira infância são boas, maiores são as probabilidades de os pequenos alcançarem seu melhor potencial, tornando-se adultos mais equilibrados, realizados e felizes. (p. 22, Grifos do autor)
Chamada por Freire (2011 p.21) “leitura de mundo”, essa acontece de forma natural para a criança à medida que ela vai evoluindo suas capacidades e habilidades, se torna mais curiosa buscando saber e aprender com tudo que está a sua volta, é um instinto natural do ser. No mundo infantil tudo pode ser criado ou imaginado, desde que a leitura faça parte de sua rotina, “a literatura pode ocupar o lugar do brinquedo na vida de uma criança: o lugar de subjetivação e de criação de si,” Parreiras (2008, p.42).
Quando a criança pequena frequenta uma creche ela tem os cantinhos apropriados para contar histórias e ouvir e cantar músicas e desde bem pequenos eles já sabem qual histórias ou músicas gostam mais, nessa fase de meses até os 4 anos observamos de perto as evoluções no andar, falar, equilíbrio, sociabilidade, preferências e imaginação. Goulart e Souza (2015), afirmam que:
Como se vê, a criança produz saber linguístico permanentemente para aprender a falar, depois, para aprender a escrever e a ler, e também para diferenciar as duas modalidades da linguagem verbal. O saber linguístico produz um processo de conhecer o mundo e de aprender a falar sobre ele, primeiramente, e, depois, a escrever sobre ele (p.66).
Pode até parecer pouco tempo, mas da primeira infância até a chegada à escola pode ser uma aventura literária propiciada pelos pais ou responsáveis, dando à criança possibilidades infinitas de aprendizado e conhecimento. Hoje no Brasil, a criança sai da creche para a escola, para o chamado pré-escolar, começando aos 4 anos e terminando aos 6 anos, a partir daí o primeiro ano e a fase de alfabetização.
A educação é uma das principais fontes de conhecimentos ao longo de nossa vida (Carlos, 1996). Existem algumas modalidades na vida de uma pessoa onde a educação pode fazer uma grande diferença, demonstrando como a mesma pode solucionar certos problemas, qual a melhor postura a ser tomada e principalmente uma análise minuciosa antes de tomar qualquer atitude em qualquer que seja a área de sua vida (Carlos, 1996).
No desenvolvimento da educação são criados alguns métodos ou processos que podem ser aplicados para facilitar ainda mais a compreensão dos conteúdos abordados, assim como avaliar de que forma os conteúdos podem ser expressos de forma positiva ou chamando a atenção das pessoas. Esse pode ser considerado o ponto alto para uma ramificação da educação e de como promover cada vez mais ferramentas educativas (Vasconcelos, 2018).
Para Brandão (1981), os significados para o termo educação, vão de acordo com as transformações do mundo moderno que tem exigido cada vez mais, de homens e mulheres, uma constante reciclagem de conhecimentos e uma contínua readaptação a uma realidade que está em constante mudança.
No contexto educacional o ensino é realizado de forma ramificada, por meio de disciplinas os alunos passam a conhecer determinados processos de diversas áreas (Vasconcelos, 2018). Tal ramificação procura facilitar a compreensão dos alunos sobre todas as questões necessárias aos mesmos, tanto no que se refere ao campo individual como coletivo, muitas disciplinas são consideradas necessárias ao desenvolvimento intelectual do estudante (Vasconcelos, 2018).
Os PCN (Brasil, 1997) apresentam-se por conteúdos (Português, Matemática, História, Geografia) com o objetivo de subsidiar ao professor a oportunidade de oferecer aos estudantes um conteúdo que visa prepará-los para o mercado de trabalho e na formação de sujeitos. Na verdade, esse documento foi criado de forma “impositiva”, ou seja, não levaram em conta as especificidades regionais de cada estado da federação e, o que é mais grave, não houve participação dos professores na elaboração e discussão dos conteúdos programáticos (Gonçalves, 2019).
Estudar a história das disciplinas escolares, segundo Chervel (1990), é algo novo e ainda há muito a ser pesquisado. Podemos utilizar como corpus leis, decretos, regulamentos, 30 programas de ensino, bem como as produções realizadas pelos alunos. Por esta razão, recorremos, a princípio, à história da educação no Brasil e à sua relação com a sociedade, pois estima-se ordinariamente de fato, que os conteúdos de ensino são impostos como tais à escola pela sociedade que a rodeia e pela cultura na qual ela se banha. Na opinião comum, a escola ensina as ciências, as quais fizeram suas comprovações em outro local (Chervel, 1990, p. 180).
Dessa maneira, a escola “é, em cada época, tributária de um complexo de objetivos que se entrelaçam e se combinam numa delicada arquitetura da qual alguns tentaram fazer um modelo” (Chervel, 1990, p. 188). Portanto, para se estudar a história de uma disciplina, torna-se necessário estudar, também, a história da educação e da sociedade na qual o sistema de ensino está inserido. Conforme Chervel (1990, p. 188), “as disciplinas escolares estão no centro desse dispositivo. Sua função consiste em cada caso em colocar um conteúdo de instrução a serviço de uma finalidade educativa”.
Neste texto, adotamos a concepção de escola “como lugar de produção do conhecimento, a história das disciplinas escolares deve ser analisada como parte integrante da cultura escolar para que se possam entender as relações estabelecidas com o exterior, com a cultura geral e com a sociedade” (Bittencourt, 1953, p. 26).
Dentre as disciplinas trabalhadas em sala de aula, podemos destacar a Literatura, que estimula a leitura que na verdade é nosso foco em questão.
A leitura é algo importante na vida do ser humano. Ler estimula a criatividade, trabalha a imaginação, exercita a memória, contribui com o crescimento do vocabulário e a melhora na escrita, além de outros benefícios. O hábito da leitura cresceu nos últimos anos, a mesma tem como intuito o fato de enriquecer os conhecimentos dos alunos, seja como um mero entretenimento ou como uma fonte de conhecimento, reflexão com certos valores e ideias. Sabemos também, que a literatura está presente no nosso cotidiano. O tempo todo a nossa volta, nas histórias contadas por nossos avós, nos livros, nas peças de teatro, novelas, filmes, jornais, ou até mesmo na música, dança e outras formas de linguagem que o homem pode usar para se comunicar. Um ato de grande importância para a aprendizagem do ser humano, a leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdo específicos, aprimora a escrita.
O USO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA
Hoje a tecnologia está crescendo na educação. No passado, tudo era diferente. Hoje em dia estamos cada vez mais dependentes da tecnologia para cumprirmos as tarefas que garantem a nossa sobrevivência.
Os avanços tecnológicos têm sido criados pelo homem, para ter mais conhecimento, aprender mais e buscar melhores condições de vida.
As novas tecnologias avançaram muito rapidamente e trouxeram muitas informações, mudando a forma como vivemos e aprendemos, facilitando nosso trabalho diário.
Por isso, precisamos estar informados sobre as novas mudanças tecnológicas que vêm ampliando nosso conhecimento neste mundo tão moderno, que nem sempre são fáceis e exigem empenho e dedicação.
Esses são os desafios que todos enfrentamos à medida que a tecnologia invade nossas vidas diárias.
Várias expressões são normalmente empregadas para se referir ao uso da tecnologia, no sentido visto, na educação. A expressão mais neutra, “Tecnologia na Educação”, parece preferível, visto que nos permite fazer referência à categoria geral que inclui o uso de toda e qualquer forma de tecnologia relevante à educação (“hard” ou “soft”, incluindo a fala humana, a escrita, a imprensa, currículos e programas, giz e quadro-negro, e, mais recentemente, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, o vídeo e, naturalmente, computadores e a Internet).
O uso de tecnologias na educação, a qualidade dos recursos de aprendizagem, das situações que se criam, dos ambientes que se desenvolvem, são essenciais para a ampliação
do processo de aprendizagem, do envolvimento e da capacidade de interação dos alunos.
Atualmente, um grande número de recursos tecnológicos e midiáticos encontram-se à disposição da educação, mas muitos desses recursos ao invés de agregar qualidade ao processo de ensino e aprendizagem, acabam confundindo, desestimulando ou até mesmo dispersando a atenção dos alunos. Saber escolher, ou construir, um recurso tecnológico que venha ao encontro de uma boa educação passa a ser um desafio para todos os elementos envolvidos na educação de uma geração ávida por todo o tipo de tecnologia.
Segundo Martins (1990), a educação é um processo de ação da sociedade sobre o educando, visando integrá-lo aos padrões sociais, econômicos e de interesses.
Peters (2001, p. 192), diz que “a educação não é mais vista como transmissão de conhecimentos, mas como um processo permanente que se desenrola no ser humano e o leva a apresentar-se a si mesmo, a comunicar-se com outros, a questionar o mundo com base em 2 experiências próprias”. Seguindo essa ideia, Freire (1979, p. 28), afirma que “a educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados. Estamos todos nos educando”.
De acordo com a visão de Warschauer (2006), seria muito difícil tentar modificar ou aprimorar a educação em nosso país, pois até os países desenvolvidos encontram a mesma dificuldade. Ele diz que, mesmo que se queira melhorar, sempre haverá alguma barreira para que tal mudança possa acontecer.
No entanto, Delors (2003) salienta que a educação deve transmitir de forma maciça e eficaz, cada vez mais saberes, adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro. E para o autor, ainda, cabe à educação fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a ‘bússola’ que permita navegar através dele.
METODOLOGIA
O presente trabalho classifica-se como qualitativa pesquisa bibliográfica e documental. Na pesquisa qualitativa pode ser definida como a que se fundamente pela não utilização de instrumentos estatísticos na análise de dados (Vieira; Zouain, 2006). Onde visa entender, descrever e explicar os fenômenos sociais de modos diferentes, por meios de análise de experiências individuais ou grupais (Flick, 2009). “As técnicas qualitativas focam a experiência das pessoas e seu respectivo significado em relação a eventos, processos e estruturas inseridos em cenários sociais” (Skinner; Tagg; Holloway, 2000).
De acordo com Stake (1983) “a pesquisa qualitativa enfatiza principalmente a compreensão da singularidade e a contextualização dos fatos e eventos, , e que segue complementando que esta não é uma distinção fundamental”. A distinção mais importante é a de natureza epistemológica entre as generalizações que os dois tipos de pesquisa proporcionam.
A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em materiais que já foram publicados, tais como, livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos (Gil, 2010). Pode ser feita a partir de levantamentos de teorias já analisadas e publicadas. “Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto” (Fonseca, 2002).
E a pesquisa documental, utiliza os mesmos caminhos que a pesquisa bibliográfica, através do uso de dados que já foram publicados, porém a documental, utiliza de fontes mais diversificadas e dispersas, sem um tratamento analítico, que são: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc. (Fonseca, 2002, p. 32).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificou-se que manter aberta a linha de comunicação entre escola e comunidade é fundamental para uma educação de qualidade. Por meio dessa pesquisa, reconheceu-se que apesar do momento caótico vivido por toda a humanidade, existe a oportunidade de se alcançar um ensino efetivo com a literatura, por exemplo, por meio de: uso correto das mídias e tecnologias digitais, planejamento educacional voltado para as reais necessidades dos alunos levando em consideração o nível de maturidade destes e desenvolvimento cognitivo, bem como suas formas de comunicação e a interação entre escola e família.
Não apenas o contexto da pandemia impactou a economia ou a saúde pública, mas também o sistema educacional que foi afetado e com isso os profissionais da educação foram solicitados a considerar possíveis alternativas para continuar as atividades do ano letivo.
No entanto, há uma necessidade urgente de revisar e adaptar o atual modelo de educação mediado pela tecnologia por meio de novos formatos que garantam uma aprendizagem significativa dos alunos e possibilitem uma avaliação assertiva desse caminho educacional. Tais pontos dependem não apenas da busca de novos formatos tecnológicos, mas também da formação intensiva e competente dos educadores. Modelos híbridos de ensino novos e aprimorados devem ser capazes de garantir a educadores e alunos o melhor dessas duas realidades, e uma vez utilizados com proficiência, trabalharão juntos em tempos de crise ou não diretamente na transição para as aulas presenciais.
Por isso, dadas as dificuldades encontradas no cenário hodierno, ficou claro que concordar com a mudança na educação e no novo papel do professor requer um grande movimento que também exige um investimento maciço tanto na política social – como na igualdade de acesso aos bens sociais, na formação e aperfeiçoamento de professores e na política educacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, J.P. Refino de ouro.In: TRINDADE, R.B.E.; BARBOSA FILHO, O. Ed.). Extração de ouro: princípios, tecnologia e meio ambiente. Rio de Janeiro:
[online], Trad. José Carlos Eufrázio. Disponível em <
<http://www.mct.gov.br/CEE/revista/Parcerias11/05onildomendes.PDF>. Acesso em: 15 de dezembro de 2024.
BASTOS, Sílvia Aparecida. A leitura e a escrita em pleno Brasil Colonial. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
BITTENCOURT, Raul. A educação brasileira no Império e na República. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 19, n. 49, p. 41-76, 1953.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Vocação de criar: anotações sobre a cultura e as culturas populares. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 138, p. 715-746, 1989.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. — Brasília: MEC/SEF, 3v, 1998.
CARLOS, Ana Fani Alessandri et al. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
CETEM/MCT, 2002. cap. 6, p. 157-177.
CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & educação, v. 2, n. 2, p. 177-229, 1990.
DELORS, Jacques. Educação um caminho a descobrir. São Paulo: Cortez, UNESCO, 2003
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
FREIRE, Paulo. Importância do Ato de ler: em três artigos que se completam. 51 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
GONÇALVES, Me Jonas Rodrigo. Como escrever um Artigo de Revisão de Literatura. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v. 2, n. 5, p. 29-55, 2019.
http://ftp.infoeuropa.eurocid.pt/database/000046001-000047000/000046258.pdf> Acesso em: 11 de dez de 2024
LAJOLO Marisa; ZIBERMAN Regina. A formação da leitura no Brasil. 1.ed. São Paulo: Ática, 2011.
LEITE, P.R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo:
MARINI, Onildo João. Panorama técnico-científico do setor mineral brasileiro.
MARTINS, J. Didática Geral. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1990.
MEDINA, S.F., LÓPEZ, F.; MORCILLO, M. La investigación siderúrgica en el CENIM. Revista de Metalurgia, v. 39, n. 2, p. 193-204, mayo-jun. 2003.
MELLO, S. A. Uma teoria para orientar o pensar e o agir docentes: o enfoque histórico-cultural na prática de educação infantil. In: CHAVES, M. Intervenções Pedagógicas e Educação Infantil. Maringá: EDUEM, 2012.
OLIVEIRA Mônica Luiza Lages de; BATISTA Geisa Mara. Breve história da leitura escolar no Brasil: A formação de leitores, vol. 22, N°44, 2018.
Parcerias Estratégicas, n.11, jun. 2001.
PETERS, O. Didática de ensino à distância. São Leopoldo: Unisinos, 2001.
Prentice Hall, 2003.
SANT’ANA, P.J.P. As parcerias para a bioprospecção no Brasil. Parcerias Estratégicas, Brasília, DF, n. 15, p .111-127, out. 2002
VASCONCELOS, Soraya Cassia de Almeida. O papel da arte e tecnologia na caracterização da cidade como espaço inovador de aprendizagem. 2018. Tese de Doutorado.
WARSCHAUER, Mark. Tecnologia e inclusão social: a exclusão digital em debate. São Paulo: Senac São Paulo, 2006.
Área do Conhecimento
Submeta seu artigo e amplie o impacto de suas pesquisas com visibilidade internacional e reconhecimento acadêmico garantidos.