A escola especial e o atendimento ao aluno com autismo severo

SPECIAL SCHOOL AND CARE FOR STUDENTS WITH SEVERE AUTISM

ESCUELA ESPECIAL Y ATENCIÓN PARA ESTUDIANTES CON AUTISMO SEVERO

Autor

Janaina Maria Evaristo Da Costa
ORIENTADOR
 Profª Drª Simone Aparecida Marendaz

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/C06D5C

DOI

Costa, Janaina Maria Evaristo da. A escola especial e o atendimento ao aluno com autismo severo. International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O presente artigo abordou o tema a escola especial e o aluno autista que apresenta grande grau de severidade em seu grau de afetação. O objetivo é mostrar como ocorrem as metodologias de trabalho para esse público-alvo, ou seja, o autismo severo, a forma como esse aluno com transtorno global de desenvolvimento é trabalhada nas escolas especiais. A metodologia usada para a escrita do presente artigo foi a pesquisa de cunho bibliográfico. A fundamentação teórica foi dividida em duas partes: sendo que a primeira relata a relação afetiva entre o professor e o aluno autista, enquanto a segunda aponta como são trabalhados os estudantes com autismo severo e seu modo de comportamento. O artigo irá contribuir para que os educadores da modalidade de educação especial, identifiquem como a relação afetiva com os alunos com autismo representa um diferencial para o desenvolvimento de um trabalho mais sólido. Nas considerações finais, os leitores podem visualizar como a socialização dos autistas é muito trabalhada nas escolas especiais.
Palavras-chave
escola; autismo; severo; socialização.

Summary

This article addressed the topic of special schools and autistic students who present a high degree of severity in their degree of affection. The objective is to show how work methodologies occur for this target audience, that is, severe autism, the way in which students with pervasive developmental disorders are worked on in special schools. The methodology used to write this article was bibliographic research. The theoretical foundation was divided into two parts: the first reports the emotional relationship between the teacher and the autistic student, while the second highlights how students with severe autism are worked on and their behavior. The article will help educators in the special education modality identify how the emotional relationship with students with autism represents a difference in the development of more solid work. In the final considerations, readers can see how the socialization of autistic people is worked on in special schools.
Keywords
school; autism; severe; socialization.

Resumen

En este artículo se abordó el tema de las escuelas especiales y el alumnado autista que presenta un alto grado de severidad en su nivel de afectación. El objetivo es mostrar cómo se utilizan las metodologías de trabajo para este público objetivo, es decir, el autismo severo, y cómo se trabaja con este alumnado con trastorno global del desarrollo en los centros de educación especial. La metodología utilizada para la elaboración de este artículo fue la investigación bibliográfica. La base teórica se dividió en dos partes: la primera relata la relación afectiva entre el docente y el estudiante autista, mientras que la segunda señala cómo se trabaja con los estudiantes con autismo severo y su comportamiento. El artículo ayudará a los educadores en educación especial a identificar cómo la relación emocional con los estudiantes con autismo representa un diferencial para el desarrollo de un trabajo más sólido. En las consideraciones finales, los lectores podrán comprobar cómo en las escuelas especiales se trabaja en gran medida la socialización de las personas autistas.
Palavras-clave
escuela; autismo; severo; socialización.

INTRODUÇÃO

O presente artigo abordou o tema a escola especial e o aluno autista. Como acontece essa relação, e a forma como as crianças que desenvolvem autismo podem ser trabalhadas de uma maneira que permitam a sua progressão. 

O objetivo é mostrar a realidade das escolas especiais em relação ao trabalho voltado para as crianças autistas, e, como ocorrem às metodologias de trabalho para esse público-alvo, ou seja, o autismo é trabalhado de que maneira.

A metodologia usada para a escrita do presente artigo foi à pesquisa de cunho bibliográfico, sendo que diversas pesquisas foram realizadas em publicações e obras de autores renomados e que muito contribuíram com o desenvolvimento do tema. 

A justificativa usada para a escolha do tema foi a necessidade de se relatar como as relações sociais das pessoas autistas contribuem muito para o seu desenvolvimento, essa é uma das principais temáticas adotadas pelas escolas especiais.

A fundamentação teórica foi dividida em duas partes: sendo que a primeira relata a relação afetiva entre o professor e o aluno autista, o quanto ela é importante, enquanto a segunda aponta como os estudantes que possuem autismo severo, se comportam no ambiente educacional. 

O artigo irá contribuir para uma reflexão em relação à socialização de quem possui essa síndrome, e para que os educadores da modalidade de educação especial, identifiquem como a relação afetiva com os alunos com autismo representa um diferencial para o desenvolvimento de um trabalho mais sólido. 

Nas considerações finais, os leitores podem visualizar como cada vez mais se planeja a evolução cognitiva e na socialização de quem possui autismo, como a socialização dos autistas é muito trabalhada nas escolas especiais que planejam um futuro melhor para esse alunado que sofre tanto com as suas limitações.

DESENVOLVIMENTO

Quando se fala em aluno com autismo severo, significa dizer que se trata de uma pessoa com elevado nível de comprometimento, e que apresenta extremas dificuldades para a obtenção de qualquer tipo de desenvolvimento, mesmo os menores.

Por essa razão, um dos principais fatores que os professores que se encontram atuando em uma escola especial, e que trabalham com alunos que possuem autismo severo, é a necessidade de se promover uma reflexão em relação a como é possível trabalhar com esse alunado (Vasconcelos; Vasconcelos, 2004).

Principalmente em relação ao trabalho de compreender o comportamento desse alunado, uma vez que, se trata de pessoas que apresentam elevado grau de imprevisibilidade, em outras palavras, os educadores nunca podem ter certeza do que esperar desse individuo (Soares, 2008).

Isso pelo fato de que pessoas que apresentam o autismo em um nível mais severo, tendem a apresentar um sentimento de isolamento muito maior do que os autistas clássicos, e a grande diferença é que reagem de uma maneira muito pior a qualquer tipo de aproximação.

O que quer dizer que os professores que atuam com esses estudantes, precisam de muito tempo, até que consigam se socializar com esse público-alvo, ou seja, mostrar para esses alunos que apresentam autismo severo, que realmente são pessoas de confiança, e que podem compartilhar suas atividades.

Não há como os professores adotarem uma mesma metodologia de trabalho com os alunos autistas, apenas pelo fato de eles receberem uma única nomenclatura, o fato é que existem muitas diferenças entre pessoas com esse mesmo tipo de transtorno

O que faz com que o atendimento sempre tenha um viés de individualização, essa é uma questão de extrema importância, e que necessita ser levada em consideração, cada criança com autismo, principalmente as que possuem um grau de severidade, se mostram como um desafio completamente diferente para os docentes.

Com efeito, é possível dizer que os educandos que possuem autismo em nível severo, precisam de um atendimento educacional especializado muito maior, principalmente no que diz respeito à observação, a forma como esse estudante se comporta no ambiente educacional (Correia, 2008).

O principal agravante nesse sentido, é no sentido de os educadores obterem conhecimento sobre esse aluno, que apresenta um nível mais comprometedor em relação ao autismo, pelo fato de que se aprende a trabalhar com esses alunos apenas com o passar do tempo (Belisario Filho, 2010).

Em outras palavras, o professor que se encontra inserido na modalidade de educação especial e inclusiva, literalmente aprende a trabalhar com cada aluno que possui autismo severo, essa é uma questão de extrema importância a ser detalhada, o que apenas denota como esses profissionais são extremante valorosos.

Com o passar do tempo, os professores aprendem a identificar o comportamento que esses alunos com autismo severo apresentam, o que também deve ser visto como uma forma de linguagem expressa por esses aprendentes tão complexos.

Para crianças com autismo severo, isto é, aquelas crianças que têm maiores dificuldades de socialização, comprometimento na linguagem e comportamentos repetitivos, fica clara a necessidade de atenção individualizada. Essas crianças já começam sua vida escolar com diagnóstico, e as estratégias individualizadas vão surgindo naturalmente. Muitas vezes, elas apresentam atraso mental e, com isso, não conseguem acompanhar a demanda pedagógica como as outras crianças. Para essas crianças serão necessários acompanhamentos educacionais especializados e individualizados (Silva, 2012, p. 109).

O educador tem a necessidade de compreender como o aluno com esse tipo de transtorno, mas, com um grau mais elevado, se relaciona com os demais que se encontram a sua volta, contudo, há a necessidade de haver um período de estudos em relação a esse ato.

E quanto maior for o grau de comprometimento que as pessoas com autismo desenvolverem, maior será a exigência em relação à qualidade do profissional, e a disposição para a realização das mesmas atividades, ou seja, trabalhar sobre um mesmo vértice, até que se reconheça algum tipo de progresso por parte desse alunado.

Ensinar para a inclusão social, utilizando os instrumentos pedagógicos da escola e inserindo também a família, é fortalecê-la como núcleo básico das ações inclusivas e de cidadania. Para a escola realizar uma educação adequada, deverá, ao incluir o educando no meio escolar, incluir também a sua família nos espaços de atenção e atuação psicopedagógica (Cunha, 2012).

Quando se fala em um aluno com autismo, é muito importante citar a relação afetiva que o educador deve ter com essa criança, principalmente pelo fato de que se trata de um indivíduo com uma vida social altamente restrita (Ramos, 2010).

A afetividade influencia no modo com que as pessoas percebem o mundo e na forma com que interagem dentro dele. Todos os acontecimentos da vida de uma pessoa trazem recordações e experiências para toda a sua história. 

Dessa forma, o afeto determina o modo com que um indivíduo se desenvolverá. Também determina a autoestima das pessoas desde a infância, pois quando uma criança recebe afeto das pessoas com quem convive, seja em casa seja na escola, consegue crescer e desenvolver-se com segurança e determinação.

Os alunos que possuem algum transtorno global de desenvolvimento, podem ser agrupados conforme as características comportamentais que permitem avaliar seu grau de severidade. No grupo considerado severo temos os indivíduos com comprometimento maior, um intermediário e um terceiro grupo com comprometimento mais discreto (Ramos, 2010).

O professor com o passar do tempo aprende a se afeiçoar aos seus estudantes, essa relação intrínseca na modalidade de educação especial é algo absolutamente comum, entretanto, passa a ser ainda mais importante no caso do autismo.

Para uma criança com autismo, o isolamento não chega a ser uma escolha e sim uma opção, uma vez que, esse indivíduo parece viver em um mundo à parte, tanto que realmente nem mesmo se preocupa em responder a estímulos.

Sendo que se trata de uma pessoa que precisa aprender a se relacionar com os demais, passar a fazer parte de uma equipe, que é o que ocorre nas escolas especiais (Sousa, 2011).

A educação especial trabalha no sentido de integrar as crianças, por essa razão é tão importante para romper os laços que separam esses educandos de um sistema de socialização mais complexo e que faça a diferença em relação à inclusão.

Muitas vezes, o professor leva certo tempo para trabalhar com habilidade em relação aos alunos autistas, por essa razão a afetividade é tão importante, para que haja um êxito mais rapidamente para a sequência desse processo.

Alunos autistas sofrem com diversos problemas, principalmente pela falta de conhecimento dos pais, que não compreendem como a socialização dessas crianças é um requisito fundamental para a sua reabilitação, essa é uma questão de extrema importância (Sousa, 2011).

Isso porque muitos pais optam pelo isolamento total dessas crianças, impedindo que elas se relacionem com outras, com isso, quando um autista chega à escola especial, se depara com um número muito elevado de dificuldades em se relacionar.

Em relação à superproteção para Penna (2006) a família que têm esse tipo de reação com sua criança autista, vive os problemas da criança como se fosse seu, tenta resolver qual, quer conflito que talvez ela possa enfrentar, pois a criança tem que ter sua própria individualidade, escolher por si só, expressar seus sentimentos.

Muitas famílias recebem como um fardo, ainda hoje, existem crianças e jovens com deficiências, condutas típicas de síndromes neurológicas, psiquiátricas ou quadros psicológicos graves escondidos pelas famílias, muitas vezes em compartimentos separados.

Partindo desse pressuposto, a afetividade nasce justamente de uma necessidade existente em relação às pessoas que possuem autismo, sendo que os educadores necessitam conquistar essas crianças, para que elas aprendam a realizar as atividades que necessitam serem feitas em prol do seu desenvolvimento (Lorosa, 2011, p. 45).

Todavia, os educadores da modalidade de educação infantil são extremamente zelosos nesse sentido, uma vez que, sabem a importância que um carinho e afeto fazem em relação a esses alunos.

É preciso entender um pouco o ambiente educacional da modalidade de educação especial, como ele funciona, até para compreender as dificuldades que a criança autista enfrenta, e porque a afetividade possui um papel de tamanho destaque.

Primeiramente, as escolas especiais em nenhum momento deixam os alunos sozinhos, isso é uma metodologia de trabalho, uma estratégia, que por sinal se mostra como extremamente eficaz, fazendo muita diferença a favor do desenvolvimento das pessoas com necessidades especiais (Lorosa, 2011).

Ao estar sempre rodeada de crianças, a autista sente muito mais confiança em se relacionar com elas, e isso é muito importante ser identificado, além disso, é importante citar que essa proximidade faz com que as demais pessoas tenham uma visão mais especifica sobre quem possui o transtorno de espectro autista.

Voltando a falar na afetividade, o professor trabalha muito através do diálogo, que é uma metodologia muito importante, em outras palavras, é preciso fazer com que a pessoa autista tenha o enfoque em algo, e não somente fique dispersa, como é o que acontece em muitos casos (Penna, 2006).

Afetividade não tem apenas a ver com gestos, e sim palavras, por essa razão é que a interação entre os educandos é tão importante, pelo fato de que o aluno autista aprende muito através das observações, esse é um sentido muito importante no desenvolvimento desse público-alvo específico (Correia, 2008).

O professor da modalidade de educação especial também trabalha a questão da afetividade através das recreações, das brincadeiras que são realizadas no ambiente educacional, que também possui uma importância significativa.

Nesse sentido, vale lembrar o poder de interação que o educador possui em relação ao aluno autista, sendo que nos momentos de recreação, o professor abraça o aluno, estimula, oferece apoio para a realização delas, ou seja, é algo que possui muita relevância para que a relação de ambos seja mais saudável.

O professor em muitos casos necessita se adaptar à realidade do estudante que possui autismo, essa é uma questão muito preponderante, uma vez que, nesse tipo de caso, não há metas a serem estipuladas por nenhum profissional (Correia, 2008).

Em outras palavras, os estudantes autistas possuem um nível de aprendizagem e desenvolvimento muito lento e gradual, por essa razão é uma questão muito importante que haja uma boa sintonia entre o educando e o educador.

Com o passar do tempo, com as rotinas de aula, os alunos que possuem autismo passam a gostar cada vez mais do ambiente escolar das escolas especiais, visto que se trata de uma mudança muito significativa em relação ao que encontram em suas respectivas casas.

Ter sempre uma pessoa a disposição do autista é sempre algo muito importante, isso porque com o passar do tempo, essa criança aprende a superar o problema do isolamento, e passa a manifestar o desejo de interagir com as demais, mesmo que isso não seja contundente em suas expressões faciais.

Raramente as crianças que possuem autismo são capazes de rir, porém., isso não quer dizer que não estão gostando ou das atividades, ou mesmo da companhia de quem está ao seu lado, apenas é uma questão de extrema importância que as pessoas tenham em mente como identificar, até para que não pareça que o trabalho desses profissionais tenha sido infrutífero, sem resultados (Soares, 2008, p. 39).

O estímulo há que os professores tanto buscam no autismo é a atenção, o que na grande maioria das vezes é algo muito difícil de obter, porém, um professor que tenha conhecimento da afetividade, sabe como explorar o potencial desse tipo de atividade.

Ela vem com um aperto de mão, com um afago, e assim, com o passar do tempo vai se desenvolvendo, essa é uma questão de extrema importância e que sempre deve ser levado em consideração pelo educador especial (Soares, 2008).

Infelizmente, ainda existe muito preconceito em relação às pessoas que possuem algum tipo de deficiência, e quem desenvolve o autismo não fica imune a esse tipo de sentimento tão negativo, e que se mostra tão nocivo para essas crianças. 

Muitas vezes, a criança que possui autismo é plenamente capaz de compreender a rejeição, ou seja, não se trata de uma pessoa que não tenha nenhum tipo de cognição, pelo contrário, são inteligentes, mas, necessitam serem estimuladas.

Porém, é preciso identificar como se aproximar dessas crianças, em como uma relação pode ser extremamente afetiva, porém, para ganhar a confiança do autista, a pessoa deve ser alegre, persistente e estar sempre em volta, em um mesmo ambiente.

Por essa razão é que o professor da escola inclusiva consegue se aproximar da criança autista, isso porque se encontra a todo o momento trabalhando com ela, e isso em uma série de atividades que duram o ano todo, sendo que essa continuidade é o que se mostra como algo tão importante e que garante o sucesso da relação de ambos (Brasil, 2005).

Pode-se notar que as escolas especiais raramente mudam os educadores, sendo que essa é uma estratégia que pode ser classificada como muito inteligente, uma vez que, o educador precisa conhecer a realidade desse aluno, suas características, sendo que isso vem apenas com o tempo, ou seja, não se trata de algo fácil de ser obtido, mas, algo de extrema importância (Kanner, 2010).

Em outras palavras, afetividade é fundamental para que o autista supere as dificuldades existentes no seu dia a dia, e passem a buscar de uma maneira cada vez mais intensa o seu desenvolvimento, e isso é vital para que a criança apresente benefícios em relação à forma como enxerga a vida (Brasil, 2005).

O educador tem sempre desafios a superar, no tocante ao aluno especial, transpor estes desafios só é possível se houver um envolvimento real, uma transferência movida pela afetividade. Grande número de iniciativas individuais de professores em todo mundo, alcançam êxito com crianças e jovens deficientes.

Até mesmo os pais saem ganhando com o trabalho que o professor faz em relação à afetividade, o que é algo muito importante de ser identificado, uma vez que, nem sempre existe o conhecimento da forma correta como lidar com essa criança, algo que o professor tem prazer em ensinar (Kanner, 2010).

As pessoas precisam vivenciar sua afetividade, e as crianças necessitam ainda mais, para isto, é preciso despertar em todas, inclusive nas que desenvolveram o autismo, as potencialidades que possuem e que reúnem condições para isso. 

Por essa razão, o professor necessita trabalhar muito mais o viés afetivo do que o cognitivo, e esse tipo de atuação faz com que as pessoas que possuem autismo, passem a ter uma oportunidade de desenvolvimento muito maior.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo aborda o trabalho que é realizado pelos profissionais que se encontram inseridos nas escolas especiais, e que apresentam um grau de autismo severo, sendo esse, um fator muito mais complexo para a atuação desses educadores.

Isso pelo fato, de que esses educandos com autismo severo, demonstram muito mais complexidade em suas ações, principalmente as comportamentais, que representam a necessidade de os professores serem realmente observadores e mediadores, em relação ao que se pode considerar como um processo de aprendizagem sobre esse público-alvo que se mostra tão desafiador.

Um dos principais fatores que diferenciam os alunos que possuem autismo severo, é que são pessoas que possuem muito mais dificuldades em relação ao seu processo de socialização, em outras palavras, optam pelo isolamento das demais pessoas em um nível muito mais acentuado.

Partindo desse pressuposto, é fundamental que haja uma mentalidade mais voltada para o processo de inclusão desse alunado, e mais do que isso, que o autismo severo, seja compreendido como casos mais complexos, e que exigem a necessidade de um atendimento educacional especializado de maior qualidade.

Não se pode em hipótese alguma descaracterizar o viés de severidade, que realmente destoa das demais formas de autismo, ou seja, trata-se de um mesmo transtorno, entretanto, as metodologias de trabalho podem ser completamente diferentes.

Existem muitos fatores que auxiliam na reabilitação dos educandos que apresentam um grau de autismo mais severo, como é o caso da afetividade e da paciência que esses indivíduos precisam para obterem um mínimo de desenvolvimento.

Da mesma maneira que se trata de algo fundamental que os professores da modalidade de educação especial inclusiva, tenham maior facilidade para a articulação dos educandos, essa é uma questão de extrema importância para o progresso cultural, pedagógico e acima de tudo social, dos educandos que possuem autismo severo.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELISÁRIO FILHO, J. F. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Educação Inclusiva – Documento Subsidiário à Política de Inclusão. Brasília, 2005.

CORREIA, L. Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares. Porto. 2008.

CUNHA, E. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. 4 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012.

KANNER, L. Organizadoras. Desenvolvimento Humano, educação e inclusão escolar. Brasília, Editora UnB, 2010. 

LOROSA, C. A. Autismo e seus desafios: intervenções psicoeducacionais. Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Revista Brasileira de Psiquiatria, c. 28, Supl I, p. 47-53. Porto Alegre, 2011.

PENNA, E. C. G. Qualidade de Vida de Mães de pessoas com o diagnóstico de Autismo. Caderno de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, 2006.

RAMOS, R. Inclusão na prática: estratégias eficazes para a educação inclusiva. Summus, 2010.

SOARES, M. O. C. O papel da família no Tratamento da Criança com Autismo. 2008. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Faculdade Integral Diferencial. Teresina-Piauí. 

SOUSA, L. A. A Interação da Família com a Criança Autista. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Psicologia) – Faculdade Integral Diferencial. Teresina-Piauí.

VASCONCELOS, A.; VASCONCELOS, C. O brilho no olhar. In: LIMA, S. Saúde na Escola: Tempo de Crescer. Recife, PE: Unicef, 2004.

Costa, Janaina Maria Evaristo da. A escola especial e o atendimento ao aluno com autismo severo.International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Referencias

BAILEY, C. J.; LEE, J. H.
Management of chlamydial infections: A comprehensive review.
Clinical infectious diseases.
v. 67
n. 7
p. 1208-1216,
2021.
Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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A escola especial e o atendimento ao aluno com autismo severo

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