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Resumo
INTRODUÇÃO
O presente estudo analisa a importância de trabalhar a ludicidade em sala de aula, especialmente na disciplina de Matemática, frequentemente vista pelos alunos com receio e dificuldade desde a infância.
Dessa forma, considera-se que a utilização de uma metodologia baseada na construção do conhecimento, por meio de jogos lúdicos, desperta o interesse e a curiosidade dos alunos, facilitando a assimilação dos conteúdos propostos.
É relevante abordar essa temática ao tratar do ensino de Matemática, uma área essencial no cotidiano, que exige uma abordagem diferenciada, especialmente na socialização dos conteúdos previstos nas bases curriculares.
Com o baixo rendimento dos alunos e o alto índice de reprovação em matemática, segundo o último IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), com a utilização dessa técnica, o professor poderá constatar muitas vezes no próprio desenvolvimento as dificuldades e os bloqueios já ocasionados em etapas anteriores. No contexto de prática de ensino, o educador desenvolve, a partir de experiências diárias, as novas técnicas de ensino para todos os níveis de escolaridades (Paulo Freire, 1996).
O tema delimitado para esse estudo é Jogos Lúdicos na Aprendizagem Matemática, o qual foi agregado à opinião de diversos autores da área, cada qual com seu pensamento desafiador no campo educacional.
O trabalho está dividido em duas etapas. Primeiramente, foi necessário compreender conceitos metodológicos essenciais sobre jogos e ludicidade para fundamentar a pesquisa.
A matemática, uma área que traz consigo muitos resultados de aprendizagem com fragilidades, por ser passada pelo método tradicional baseado na transmissão mecânica de regras e fórmulas, ocasiona diversos problemas educacionais, como o bloqueio por parte dos alunos em entender os conteúdos propostos (Almeida; Diniz, 2003). Pensando nesse ponto, destaca-se a importância da inserção de métodos inovadores de ensino no Ensino Fundamental II, demonstrando que a abordagem pedagógica influencia significativamente o processo de ensino-aprendizagem.
O presente artigo objetiva analisar a aplicação de jogos lúdicos no ensino de Matemática, buscando estratégias para estimular a participação ativa dos alunos, desenvolver o raciocínio lógico e incentivar a interação social no ambiente escolar.
A temática escolhida foi considerada em relação às dificuldades existentes no ensino aprendizagem de matemática, visto que os alunos têm em suas mentes esse bloqueio desde o início da jornada estudantil, segundo as pesquisas de Freire. No ensino fundamental I, os conteúdos programáticos são trabalhados de maneira interdisciplinar, cada disciplina interligada uma com a outra, considerandoa alfabetização, focalizando a leitura e a escrita.
A metodologia aplicada foi bibliográfica, em uma perspectiva qualitativa, considerando os autores que trabalham com a temática, encontrados em repositórios acadêmicos como Google Acadêmico, Scielo, CAPES Periódicos, Redalyc, PePSIC e BDTD. Além disso, foram consultadas as diretrizes e parâmetros que norteiam a educação brasileira, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
No Ensino Fundamental II, inicia-se a fase de aprofundamento do conhecimento matemático, na qual os alunos constroem e ressignificam conceitos essenciais. Nesta perspectiva, pretende-se trabalhar ou pesquisar metodologias que facilitem o ensino e a aprendizagem dos discentes, assim como também o trabalho do corpo docente.
JOGOS LÚDICOS COMO FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Ensinar matemática é desenvolver e estimular o pensamento lógico dedutivo do aluno, de acordo com as pesquisas de Muniz, tentando desenvolver a criatividade e a capacidade de lidar com os problemas do cotidiano, considerando que o mesmo deve estar adequado à realidade dos alunos.
Grando (2000) afirma que todo jogo acontece de maneira a obedecer a um espaço e tempo para ser executado, auxilia na determinação de objetivos, promove o conhecimento matemático inserido no conteúdo abordado.
A Matemática tem sido uma das disciplinas mais temidas pelos alunos, segundo estatísticas do município de São Luís do Quitunde (INEP, 2021), causando bloqueios no aprendizado desde as séries iniciais do Ensino Fundamental.
Os alunos questionam frequentemente a aplicabilidade da Matemática em seu cotidiano e em suas futuras carreiras profissionais. Muitos profissionais do ensino, infelizmente, ainda utilizam o ensino tradicional, aqueles de memorização, regras, etc.
Na atualidade, os mecanismos de ensino aprendizagem vêm sendo reestruturados e inovados, cabendo aos professores elaborarem seus métodos de ensino que se adaptem a seus conhecimentos (Moran, 2015)
Como aprender matemática de maneira fácil e significativa? Pensando nessa perspectiva, surge a necessidade de inovar os métodos de ensino, principalmente na matemática. A utilização de jogos lúdicos no ensino aprendizagem facilita e prende a atenção dos discentes, levando-os a ter mais disposição e facilidade de entendimento.
O estudo da matemática com jogos lúdicos faz com que as atividades sejam significativas, partindo da realidade do aluno e ajudando-o a construir o pensamento lógico. A utilização do lúdico com o estudo de matemática proporcionará ao aluno mais prazer em aprender.
Com o passar dos tempos verificou-se a necessidade de serem inovados os mecanismos de ensino aprendizagem, constatou-se que os métodos adotados não seriam suficientes para promover a aprendizagem, os Base Nacional Comum Curricular – BNCC (Brasil, 2017), estimulam que os profissionais utilizem meios que chamem a atenção dos alunos, levando-os a aprender com mais facilidade e a perder o medo da ciência matemática.
O jogo por si só promove o desenvolvimento competitivo,o espírito de equipe e a socialização, principalmente o envolvimento, atualidade e conteúdo matemático. O professor analisa e associa os termos técnicos a cada partida jogada, observando o desempenho de cada aluno.
SIGNIFICADOS E FUNÇÕES DOS JOGOS E SEU USO NA EDUCAÇÃO FORMAL
A definição de jogos apresenta diversas maneiras de significados. Como, por exemplo, no (Aurélio, 2004, p. 847), jogo é: “atividade física ou metal fundada em sistema de regras que definem a perda ou ganho, passatempo, jogo, vício de jogar, série de coisas que forma um todo, balanço, oscilação, manha, astúcia”. (Bueno, 2000, p. 670) Jogo é: “brinquedo, folguedo, divertimento, partida esportiva, molejo, conjunto de molas”.
Jogo é: diversão; folguedo; exercício recreativo com as cartas; brincadeira infantil; passatempo sujeito a regras em que, às vezes, se arrisca dinheiro; regras segundo as quais se deve jogar; conjunto de peças que forma uma coleção ou série: um jogo de obras de Eça; vício de jogar; aposta; manha; joguete; ludíbrio; escárnio; jogo de azar: o que depende só do acaso; jogo de palavras: trocadilho. (Zero Hora, 1994, p. 720)
Algumas pessoas veem jogos como sendo apenas para brincadeira, recreação e momentos de descontração, pois bem, eles servem para momentos diversos, mas se tratando de ensino e aprendizagem ele traz benefício educacional, principalmente para transmissão do conhecimento, agregando os conteúdos programáticos.
De acordo com Kishimoto (1994), para alguns psicólogos e filósofos existem concepções diversas referindo-se ao jogo:
Para uns, o jogo apresenta a possibilidade de eliminar o excesso de energia represado na criança (Spencer). Para outros, prepara a criança para a vida futura (Gross) ou ainda, representa um instinto herdado do passado (Stanleyhall) ou mesmo um elemento fundamental para o equilíbrio fundamental da criança (Freud, Claparéde, Erikson, Winicott). Entre representantes da psicologia cognitiva, o fenômeno jogo assume os seguintes significados: para Wallon (1975), é uma forma de infração do cotidiano e suas normas. Bruner (1976) tem interpretação semelhante ao atribuir ao ato lúdico o poder de criar situações exploratórias propícias para a solução de problemas (Kishimoto, 1994, p. 10).
Considerando o lado da mediação de conhecimentos, o jogo pode ser definido como uma técnica lúdica do ensinar e aprender, ou seja, é uma metodologia sugerida pelos PCN’s, para facilitar o entendimento dos alunos, despertando nos mesmos a curiosidade e entendimento de modo descontraído.
O LÚDICO NAS AULAS DE MATEMÁTICA
O lúdico é um mecanismo que facilita o ensino e aprendizagem, por meio de técnicas de jogos, entre outras ferramentas disponíveis, facilitando a aquisição do conhecimento de forma prazerosa e concisa. Segundo Muniz (2010, p. 16), “[…] o jogo se configura como um medidor de conhecimento, de representações presentes numa cultura matemática, de um contexto sociocultural do qual a criança faz parte”.
Desse modo, constata-se que o mecanismo de transmissão de conhecimento faz toda a diferença no campo educacional, facilitando o entendimento dos alunos.
No contexto escolar, os jogos lúdicos trazem uma resolutividade de ações por parte dos discentes, levando-os a sentir prazer em aprender de modo diferenciado.
A utilização do lúdico, jogos matemáticos, no ensino da matemática trouxe uma inovação para o aprendizado, mostrando ao corpo discente que existem várias maneiras de socialização do conhecimento, cabendo ao professor a busca por meios facilitadores.
Grando ressalta que:
Ao analisarmos os atributos e/ou características do jogo que pudessem justificar sua inserção em situações de ensino, evidencia-se que este representa uma atividade lúdica, que envolve o desejo e o interesse do jogador pela própria ação do jogo, e mais, envolve a competição e o desafio que motivam o jogador a conhecer seus limites e suas possibilidades de superação de tais limites, na busca da vitória, adquirindo confiança e coragem para se arriscar. (Grando, 2000, p. 24)
Constata-se que o jogo não tem só o poder de dinamizar as aulas, mas é um modo de envolver os alunos no conteúdo inserido no mesmo, servindo também como base para o professor identificar as principais dificuldades, sempre analisando e observando o que está acontecendo no momento em que cada participante vai jogar, cabendo ao educador inserir a parte técnica no momento correto.
Segundo Borin:
Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Na situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo, em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem (Borin, 1996, p. 9).
O professor deve assumir o papel de mediador e incentivador, levando ao aluno a amadurecer a parte técnica do conhecimento matemático, levando-o a ir em busca de mais conhecimentos extra sala de aula, mesmo que ele ainda esteja no início do fundamental II, incentivando e conscientizando da necessidade de fazer pesquisas para se aprofundar nos conteúdos programáticos trabalhados, não só em matemática, mas em todas as áreas de conhecimentos.
Por meio de jogos, ou independentemente da ludicidade trabalhada, Grando (2000) diz que os alunos aprendem também a socializar com os demais, pois a grande maioria dos jogos é trabalhada em equipe, levando cada um a criar sua própria estratégia para ser o vencedor.
Essa prática docente tem sido uma ação bastante eficaz e de grande resolutividade na assimilação do conhecimento matemático, descartando o modelo tradicional da memorização, como regras e fórmulas.
A utilização desses jogos lúdicos no ensino aprendizagem desperta o interesse e motiva aos estudantes a busca pelo conhecimento de maneira criativa e dinâmica.
Como afirma Smole, Diniz e Cândido:
Em se tratando de aulas de matemática, o uso de jogos implica uma mudança significativa nos processos de ensino e aprendizagem, que permite alterar o modelo tradicional de ensino, o qual muitas vezes tem no livro e em 12 exercícios padronizados seu principal recurso didático. O trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem-planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização, que estão estreitamente relacionadas ao chamado raciocínio lógico (Smole, Diniz e Cândido, 2007, p. 11).
Apesar de ser defendido por alguns professores, o ensino tradicional, ao longo de sua existência, ocasionou diversos problemas educacionais, causando sequelas graves nos estudantes que até hoje têm dificuldade pelo método de ensino adotado. Sistema esse no qual quem tinha conhecimento só era o professor, o aluno não tinha direito de opinar, apenas ser um sujeito passivo, que recebia as instruções sem se quer questionar o porquê de qualquer coisa que fosse. Nessa metodologia, que muitos ainda insistem em abordar, ocasiona bloqueios, de acordo com os PCNS’s da área exata, e com isso impede que os discentes assimilem os conteúdos programáticos.
Na atualidade uma grande parte dos profissionais utilizam novas técnicas que facilitam o ensino e a aprendizagem, como jogos lúdicos no ensino da matemática, proporcionando prazer em aprender os conceitos matemáticos, correlacionando teoria e prática, principalmente ligando os conteúdos abordados com o meio onde os envolvidos no processo estão inseridos, capacitando o aluno a tomar decisão rápida e precisa, através de análise e observação.
JOGOS LÚDICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
A matemática, quando não trabalhada de maneira satisfatória por parte dos docentes e discentes, causa diversos empecilhos, principalmente no ensino fundamental, no qual o aluno começa a estudar as ciências separadas, ou seja, um professor para cada área de conhecimento.
Essa etapa estudantil é a de maior relevância para o campo educacional, pois a partir desse momento é que as crianças irão traçar suas metas, descobrindo quais áreas possuem mais dificuldades e facilidades de compreensão e entendimento. Segundo RCNEI:
O jogo pode tornar-se uma estratégia didática quando as situações são planejadas e orientadas pelo adulto visando a uma finalidade de aprendizagem, isto é, proporcionar à criança algum tipo de conhecimento, alguma relação ou atitude. Para que isso ocorra, é necessário haver uma intencionalidade educativa, o que implica planejamento e previsão de etapas pelo professor, para alcançar objetivos predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe serão decorrentes. (RCNEI, 1998, p.212)
Muitos professores têm uma visão muito conservadora, dizendo que a fase de trabalhar com o lúdico é na etapa infantil. As estratégias inovadoras são muito importantes em qualquer etapa escolar. No fundamental, a série que necessita maior atenção no método de ensino é o 6º ano, pois é a série onde tudo é novidade para os alunos, é um novo ciclo.
Mesmo que esses alunos não tenham tido uma boa técnica pedagógica no infantil, caberá aos novos educadores abordar meios lúdicos que os façam perder o medo de aprender e aprender brincando, ou que utilize qualquer meio que seja para atender à necessidade do alunado.
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR – BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os educandos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento. A LDB diz a respeito da BNCC que:
A BNCC deve nortear os currículos dos sistemas e das redes de ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas da Educação Básica, considerando as necessidades, as possibilidades e os interesses dos educandos. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9.394/1996)
Fundamentada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica – DCNEB (Brasil, 2013), a BNCC (Brasil, 2017) soma-se aos propósitos que visam à formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Com a implantação da BNCC, os ensinos serão os mesmos em qualquer região, facilitando o ensino e aprendizagem de todos, independente do seu habitat, todos terão as mesmas instruções para concorrerem às bolsas ofertadas pelas universidades.
METODOLOGIA
Este artigo foi realizado a partir de pesquisas bibliográficas, que, segundo Lakatos e Marconi (1987), consiste no levantamento, seleção e documentação de toda a bibliografia já publicada sobre o tema em questão, permitindo ao pesquisador um aprofundamento teórico embasado em fontes confiáveis. Essa abordagem se justifica pela necessidade de inovar os métodos de ensino da Matemática, disciplina frequentemente considerada desafiadora no currículo escolar regular. A pesquisa bibliográfica possibilita compreender como diferentes estudiosos abordam a ludicidade no ensino matemático e quais estratégias têm sido propostas para melhorar a aprendizagem, fornecendo embasamento para a análise e a reflexão crítica sobre o tema.
Essa questão do ensinar por meio de metodologias mais eficazes e interessantes, que chamem a atenção dos alunos, é uma estratégia bastante satisfatória para o ensino e aprendizagem. Estes recursos devem ser adotado para todos os níveis de escolaridade. Segundo Vygotsky (1984, p. 87), a infância é a idade das brincadeiras, é nessa fase que a criança se submete a privilegiar a realidade, é nas brincadeiras que ela expressa a maneira como ordena, reflete, adquire sua autonomia, e se prepara para ser um adulto bem resolvido capaz de enfrentar dificuldades, segundo ele, a criança, por meio das brincadeiras, reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. Por isso, o professor/educador precisa trabalhar com modelos inovadores, independente da fase escolar, iniciando da etapa infantil, onde se ensina a ler e escrever, pois o mecanismo abordado pode facilitar muito o aprendizado para esses jovens alunos.
Para que os métodos de ensino sejam favoráveis para os discentes, é necessário que o corpo docente esteja capacitado para a obtenção de resultados positivos, ou seja, se os professores obtiverem mais conhecimentos sobre as técnicas e instrumentos a serem adotados, certamente isso será de grande importância para os alunos também. De acordo com Freire (1996, p. 57), quem ensina também aprende no ato de ensinar.
Moura (1994, p. 81) diz que o surgimento do jogo está num grande cenário que procura apresentar a educação, especificamente à educação matemática, em bases científicas. Já que a ludicidade tem a finalidade de desenvolver no aluno habilidades de resolução de problemas, acaba avaliando seus resultados durante o próprio ato de jogar, pois será um processo de observação, onde o professor ficará observando cada passo dado pelos alunos, assim também como as atitudes dos mesmos perante as dificuldades dos desafios que aparecerão pelos caminhos que serão percorridos.
Com a utilização de mecanismos inovadores, o ensino e aprendizagem da matemática vêm trazendo consigo muitas mudanças. Hoje, todo o profissional de ensino precisa interligar seus conhecimentos a outras disciplinas, incentivando assim o aluno a captar melhor cada conteúdo programático.
Os resultados da pesquisa foram analisados e organizados sobre fontes bibliográficas, tendo como fonte teórica autores que tratam o ensino e aprendizagem em matemática por meios lúdicos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na pesquisa bibliográfica realizada para a construção deste artigo, constatou-se a necessidade de inovação contínua nas estratégias de ensino e aprendizagem da Matemática no Ensino Fundamental. A análise dos estudos consultados revelou que a abordagem lúdica contribui significativamente para a superação das dificuldades dos alunos, reduzindo bloqueios cognitivos e tornando a disciplina mais acessível e interessante.
O estudo proporcionou uma reflexão sobre a prática pedagógica adotada, conduzindo à busca por novas metodologias e recursos que favoreçam o ensino da Matemática. Dentre as estratégias identificadas, destaca-se o uso de jogos lúdicos como uma ferramenta eficaz para estimular a participação ativa dos alunos, desenvolver o raciocínio lógico e promover a interação social no ambiente escolar.
Dessa forma, recomenda-se a adoção de metodologias inovadoras que tornem as aulas mais dinâmicas e acessíveis, garantindo a aplicação das diretrizes estabelecidas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e contribuindo para desmistificar a ideia de que a Matemática é uma disciplina difícil e sem aplicação prática no cotidiano. Além disso, é essencial estimular a criatividade dos alunos, incentivando-os a traçar metas e desenvolver estratégias nos jogos matemáticos, promovendo a fixação dos conceitos de maneira significativa.
A consolidação do aprendizado matemático deve ocorrer por meio da resolução de problemas contextualizados, aproximando os conteúdos da realidade dos estudantes. Ademais, recomenda-se a valorização do desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos, ressaltando a importância do convívio social, do respeito às regras e do trabalho em equipe, fortalecendo uma competição saudável e colaborativa. Por fim, enfatiza-se a necessidade de demonstrar, de forma prática, a aplicabilidade da Matemática no cotidiano, utilizando jogos como recurso pedagógico para tornar o ensino mais envolvente e eficaz.
O artigo reforça que o educador precisa assumir um papel ativo na construção do conhecimento, refletindo sobre sua prática pedagógica e buscando estratégias que melhorem a experiência de ensino-aprendizagem. Quando o docente adota abordagens inovadoras, além de facilitar o aprendizado dos alunos, contribui para a formação de cidadãos críticos e preparados para os desafios do mundo contemporâneo.
Considerando esses aspectos, o lúdico não deve ser tratado como um mero complemento, mas sim como um elemento essencial do processo educativo. Seu uso adequado pode proporcionar experiências de ensino mais ricas e instigantes, incentivando os alunos a desenvolverem autonomia e interesse genuíno pela Matemática, promovendo, assim, uma educação de qualidade e significativa.
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