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Resumo
INTRODUÇÃO
O presente artigo abordou como tema a alfabetização multissensorial e como a mesma representa uma ferramenta que deve ser adotada em larga escala quando se fala em promover um maior estímulo à alfabetização e na construção de uma aprendizagem mais sólida.
O objetivo foi demonstrar como existem diversas possibilidades a serem exploradas pelos educadores infantis através de recursos tecnológicos e midiáticos, que na atualidade tem a vantagem de atrair a atenção dos educandos de uma maneira mais consistente e produtiva.
A metodologia adotada foi à pesquisa de cunho bibliográfico, tendo sido realizadas diversas consultas em publicações e obras de autores renomados e que muito contribuíram com o desenvolvimento do presente tema específico.
A justificativa para a escolha do presente tema foi à necessidade de demonstrar de uma maneira mais clara, como a alfabetização vem sendo construída de uma maneira mais modernista na atualidade, e os elementos usados em sala de aula como recursos auxiliares pelos educadores, representam uma vertente absolutamente clara nesse sentido.
A fundamentação abordou fatores como a estimulação,a possibilidade de promover uma maior concentração por parte dos educandos, e isso em uma etapa de extrema importância que é a formação inicial dos educandos, o interesses que os mesmos devem ter sobre o conteúdo a ser aprendido, e o poderio que os recursos que beneficiam o viés visual dos estudantes, representam uma possibilidade maior para que o processo de ensino e aprendizagem seja desenvolvida de uma maneira mais intensa.
O artigo visou contribuir para que um número maior de educadores observem com maior atenção o que representa os recursos multissensoriais, como é preciso um planejamento de qualidade, a fim de que, esse tipo de metodologia possa surtir os efeitos desejados.
Nas considerações finais, os leitores podem observar como a educação infantil, o processo de alfabetização aos poucos vem se transformando, como se trata de um cenário completamente distinto para os educadores adotarem no dia a dia educacional.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A alfabetização multissensorial, vem apresentando uma grande crescente nas escolas infantis, pelo poderio que a mesma possui, em apresentar resultados mais específicos, ou seja, que contribua com um processo de ensino e aprendizagem mais sistematizado (Capovilla, 2007).
Trata-se de uma forma de em um primeiro momento, apresentar ao público infantil, uma metodologia de ensino que seja vista pelo alunado como mais atrativa, e que verdadeiramente prenda a atenção dos educandos por um período de tempo maior.
O que representa um viés de extrema importância, principalmente quando se trata de educandos que apresentam uma dificuldade de aprendizagem maior do que os demais, algo que na modalidade de educação infantil é algo completamente comum e esperado (Gadotti, 2005).
O educador infantil adota em um primeiro momento, o uso de recursos considerados como tradicionais, até para facilitar a adaptação das crianças ao ambiente escolar, e ao mesmo tempo, que os mesmos compreendam o que representa o processo de alfabetização.
Contudo, quando começa a aparecer uma grande diferença com relação à capacidade de aprender, mesmo os elementos considerados como mais simples, isso se tratando de início do processo de alfabetização, o docente necessita colocar em prática outras metodologias de ensino, e nesse momento, é que a alfabetização multissensorial começa a ganhar uma projeção mais intensa em sala de aula (Gadotti, 2005).
O educador tem como meta compreender o que causa as dificuldades de aprendizagem dos educandos, ou seja, o que leva a haver uma distinção tão significativa com relação à aprendizagem, e isso verdadeiramente representa uma grande preocupação ao educador infantil, haja vista que, se trata de profissionais que prezam pelo maior desempenho de seus alunos.
Especialmente pelo fato de que, a alfabetização representa o suporte, o arquétipo para que novas aprendizagens sejam desenvolvidas, ou seja, se trata de um elemento base de importância basilar na formação dos educandos (Oliveira, 2008).
Com efeito, a partir do momento em que os educadores conseguem observar que a criança não consegue prestar atenção nos conteúdos, ou seja, se dispersa com facilidade, ou mesmo, tem dificuldades com a memorização, é necessário que o docente use elementos em sala de aula, que vão além dos recursos considerados como tradicionais.
Os recursos multissensoriais são considerados como novidades na educação, especialmente na educação infantil, contudo, também vem recebendo a nomenclatura de serem materiais que agregam muito ao processo de ensino e aprendizagem dos educandos, especialmente pela possibilidade de estimular a acuidade visual dos alunos.
Reter a atenção das crianças por um período de tempo que possa ser considerado como um pouco maior, representa uma grande possibilidade para que a mesma consiga aprender um pouco melhor, isso representa um estímulo que faz grande diferença na realidade desse alunado.
A alfabetização multissensorial em um primeiro momento, tem a capacidade de estimular as crianças, de fazer com que as mesmas consigam observar as informações que necessitam serem aprendidas de uma maneira mais abrangente (Oliveira, 2008).
O educador consegue observar essa evolução dos educandos, logo nas primeiras vezes em que oferta esse tipo de recurso, no entanto, é preciso compreender que os mesmos apresentam outras vantagens, por exemplo, existem salas de aula da modalidade de educação infantil que possuem um número muito elevado de estudantes.
Quando a sala de aula se encontra abarrotada de alunos, a visão de muitos destes passa a ser prejudicada, e mais do que isso, a dificuldade de concentração das crianças passa a ser muito maior, sem falar das conversas paralelas, que verdadeiramente representam uma grande barreira para a aprendizagem (Sales, 2018).
Os recursos multissensoriais apresentam uma grande possibilidade de tornar o ambiente de sala de aula muito mais rentável e produtivo, o que para os educadores se mostra como uma grande vantagem e uma motivação a mais para o uso dos mesmos.
Como se isso não bastasse, felizmente, existem maiores opções para que os educadores possam trabalhar em sala de aula, ou seja, muitos recursos multissensoriais, que devem ser adotados na modalidade de educação infantil como um todo.
A forma como o aluno observa as informações com uma clareza maior, também representa uma vantagem adicional, que oferta uma maior consistência, para que a aprendizagem ocorra de uma maneira mais intensa, e mais do que isso, que se desenvolva toda a harmonia e a habilidade que as crianças verdadeiramente possuem (Sales, 2018).
Algo que representa uma questão absolutamente válida, e que deve ser explanada de uma maneira mais eloquente, isso porque, o estudante necessita ter o seu potencial desenvolvido em seu máximo, estimulado de acordo com as suas possibilidades.
Fato é que os recursos multissensoriais representam também uma vantagem de extrema importância, com relação às possibilidades que as crianças possuem de reterem a informação de uma maneira mais eloquente, ou seja, que a sua memorização possa ser construída em pilares mais sólidos (Brito; Purificação, 2008).
Isso ocorre, pelo fato de que as crianças de uma maneira geral, conseguem aprender muito bem através de associações, essa é uma forma de neuroaprendizagem extremamente edificante, e por essa razão, deve ser colocada em prática pelos educadores infantis.
Com recursos multissensoriais que emitem a visão do elemento com aquilo que deve ser aprendido, a possibilidade de a criança memorizar aquela informação e de processar a mesma com maior facilidade, ou seja, com uma velocidade de raciocínio maior, passa a ser muito mais notória.
Além da possibilidade de os educadores colocarem lembretes, promover formas e figuras que estimulem o aluno, insiram músicas, enfim, os recursos multissensoriais se destacam amplamente nesse sentido, principalmente quando os educadores sabem usar os mesmos nos momentos corretos (Brito; Ppurificação, 2008).
A criatividade das crianças, também representa uma questão absolutamente notória, e que também pode ser estimulada através do uso de recursos mais modernos por parte dos educadores infantis, quando as crianças começam a ganhar um vocabulário um pouco maior, e além disso, passam a relacionar informações de uma maneira mais dinâmica.
Dinamismo, aliás, que também representa um componente de extrema importância na modalidade de educação infantil, e que também pode ser obtido através do uso de recursos multissensoriais, como pode ser observado de uma maneira muito clara, os educadores necessitam promover uma interação maior com o seu alunado.
O mais importante a ser destacado, diz respeito ao uso dos recursos tecnológicos, e como os mesmos apresentam uma vertente que pode ser explorada na modalidade de educação infantil, desde que, tenha elementos, figuras, que façam parte do universo da criança (Abud, 2007).
Algo que representa um cuidado maior por parte dos educadores infantis, no momento em que esses profissionais necessitam selecionar os recursos que deverão ser ofertados em sala de aula, de uma maneira que venham a potencializar o processo de alfabetização.
A tecnologia envolve criações humanas que buscam atender suas necessidades cognitivas, físicas, econômica e políticas que surgem ao longo da vida. Com a intenção de atender aos aspectos do pensamento do homem em relação ao seu fazer numa relação com as exigências cotidianas. Assim, partindo desse pressuposto, não há como negar que as criações atreladas ao universo lúdico, como o brincar e a brincadeira, também se constituem com criações humanas que contribuiu para sua evolução (Abud, 2007, p. 46).
As crianças na grande maioria das vezes, chegam à sala de aula desejosas de obterem novos conhecimentos, e isso faz com que seus educadores também se motivem, no entanto, é necessário que haja um período de tempo, para que os educadores encontrem a sintonia fina, o uso do recurso ou da metodologia de ensino que venha a ser aceita pelo seu alunado.
A cognição dos educandos deve ser estimulada da melhor maneira possível, eis uma condição que deve ser considerada como fundamental e que os educadores conseguem perceber no dia a dia, pelo nível de interesse dos educandos e claro, pela interação em sala de aula (Kenski, 2012).
Não se pode esperar de maneira alguma, que crianças permaneçam em silêncio na sala de aula durante todo o tempo, a interação entre elas, representa um componente de extrema importância para a troca de valores e de saberes, o que também representa um dinamismo maior.
Essa é uma preocupação pelo fato de os educadores terem que pensar na coletividade, atualmente o processo educacional brasileiro, principalmente a modalidade de educação infantil, vem perdendo a faceta de ser celetista, e sim, vem tentando encontrar formas de promover uma educação de qualidade, que beneficie a todos os educandos, inclusive, com a meta de reabilitar aqueles que apresentam um rendimento menor em sala de aula.
Por isso é que os recursos considerados como mais modernistas, devem ser considerados como suplementares, ou seja, não podem de maneira alguma ser vistos como carros chefes por parte dos educadores, devendo ser usados em momentos adequados (Kenski, 2012).
Até pelo fato de que, nem sempre as escolas infantis contam com a quantidade de recursos que podem ser considerados como plenamente satisfatórios nesse sentido, e principalmente, que os educadores tenham a possibilidade de obterem uma sequência de seus usos, respectivamente.
A temática sobre a Tecnologia Educacional tem crescido e o papel do professor ao trabalhar com essa perspectiva é o de se atentar aos recursos e ferramentas a serem usadas com seus alunos, bem como perceber a forma relevante de usá-la em sua prática pedagógica, tendo em vista que tudo que se encontra no interior da sua sala é permeada de artefatos e ideias tecnológicas (Silva, 2011, p. 57).
A partir do momento em que os educadores da modalidade de educação infantil, visam romper com o pragmatismo, mostra-se como uma grande vantagem para colocar novas práxis educacionais em pauta, muito embora, seja necessário dizer que existem educadores infantis que não observam os recursos multissensoriais como uma opção mais atrativa.
Principalmente pelo fato de o aluno poder se dispersar com um nível de facilidade um pouco maior, dependendo dos elementos que são acompanhados dos recursos multissensoriais, por essa razão, um planejamento maior quanto às possibilidades que os educadores podem colocar em prática, se faz necessário (Oliveira, 2010).
A tecnologia envolve criações humanas que buscam atender suas necessidades cognitivas, físicas, econômica e políticas que surgem ao longo da vida. Com a intenção de atender aos aspectos do pensamento do homem em relação ao seu fazer numa relação com as exigências cotidianas. Assim, partindo desse pressuposto, não há como negar que as criações atreladas ao universo lúdico, como o brincar e a brincadeira, também se constituem com criações humanas que contribuiu para sua evolução (Valência; Almeida, 2014, p. 56).
O trabalho dos educadores infantis com relação ao processo de alfabetização é longo, uma vez que, é preciso certificar-se que os educandos verdadeiramente se encontram em condições de alcançar as novas etapas do processo de seriação, e isso envolve uma série de fatores, como os índices de aprendizagem e também o desenvolvimento do grau de maturação cognitiva dos respectivos educandos (Silva, 2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo contemplou alguns dos principais benefícios que a estimulação apresenta aos educandos como um todo, com amplo destaque, para os que se encontram inseridos em meio ao processo de alfabetização.
Os educadores verdadeiramente necessitam utilizar metodologias de ensino que possam ser capazes de estimulam os educandos da modalidade de educação infantil a obterem uma neuroaprendizagem que possa ser considerada como mais significativa.
Os recursos multissensoriais representam uma nova possibilidade, que além de estimular a aprendizagem, aguçam a criatividade dos educandos, fazendo com que os mesmos consigam apresentar um nível de aprendizagem mais intenso, de acordo com as suas necessidades.
A alfabetização é um processo que deve ser considerado como longo, complexo e extremamente detalhista, por essa razão, estimular as crianças representa uma etapa fundamental a ser ofertada, além disso, a possibilidade de fazer com que esses alunos consigam aprender de uma maneira mais dinâmica e por associação, representa uma vertente que agrega diversos valores a esse alunado.
Ao mesmo tempo, o educador consegue ofertar uma opção a mais para os alunos aprenderem, sem que esse processo possa ser considerado como simplório ou reprodutivista, na realidade, o dinamismo representa um componente extremamente valoroso, e cujo educadores necessitam desenvolver, de acordo com as possibilidades que a instituição apresenta.
Com efeito, é fato de que o contexto escolar não precisa ficar tão aprisionado às tecnologias digitais, ou seja, é possível que haja uma mescla com relação ao uso dos recursos que o profissional pode adotar.
Ele pode coexistir entre o digital e o analógico. E ao fazermos essa abordagem sobre o analógico, tivemos a intenção de resgatá-lo, e aliá-lo ao digital, para potencializar o desenvolvimento das crianças da modalidade de educação Infantil, inclusive, para aquelas que apresentam um nível de dificuldade de aprendizagem mais acentuado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABUD, M. M. O ensino da leitura e da escrita na fase inicial de escolarização. São Paulo: EPU, 2007.
BRITO, G. PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias: um repensar. 2ª edição revista, atualizada e ampliada. Editora Ibipex, Curitiba-Pr. 2008.
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GADOTTI, M. A questão da Educação formal/Não-Formal. In: Droit à l´education: solution à tous les problèmes ou problème sans solution?, 2005, Institut internacional des droits de l’enfant, Sion, Suíça, Anais. Sion, Suíça, p. 1-11, 2005.
KENSKI, V. Educação e tecnologias: Um novo ritmo da informação. 8. ed. Campinas: Papirus, 2012.
OLIVEIRA, Z. Educação Infantil: fundamentos e métodos. Ed. Cortez. São Paulo. 2008.
OLIVEIRA, V. Brincar: caminho de saúde e felicidade. In: OLIVEIRA, Vera Barros de; SOLÉ, María Borja, Fortuna, Tânia Ramos. Brincar com o outro: caminho de saúde e bem estar. Petrópolis: Vozes, 2010. Cap.1, p. 13-46.
SALES, M. As tecnologias no contexto educativo: perspectivas de inovação e de transformação. SALES, Mary Valda Souza. (Org). Tecnologia e educação à distância: os desafios para a formação. Eduneb. 2018. V. 1, p. 79 – 102.
SILVA, J. M. O som da integração das tecnologias digitais de informação e comunicação ao currículo: a rádio na internet – voz, poder & aprendizagem. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo: PUC-SP, 2011.
VALENTE, J. A.; ALMEIDA, M. S. Curso de especialização em educação na cultura digital: núcleo de base 2. 1.ed. Ministério da Educação. Brasília, DF: MEC, 2014.
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