Direitos Humanos, saúde mental e educação: A enfermagem como agente transformador no contexto escolar

HUMAN RIGHTS, MENTAL HEALTH AND EDUCATION: NURSING AS A TRANSFORMATIVE AGENT IN THE SCHOOL CONTEXT

DERECHOS HUMANOS, SALUD MENTAL Y EDUCACIÓN: LA ENFERMERÍA COMO AGENTE DE TRANSFORMACIÓN EN EL CONTEXTO ESCOLAR

Autor

Ariany Brandão Guerrieri
ORIENTADOR
Prof. Dr. Daniel Laiber Bonadiman

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/EFC9B8

DOI

Guerrieri, Ariany Brandão . Direitos Humanos, saúde mental e educação: A enfermagem como agente transformador no contexto escolar. International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Este artigo analisa a atuação da enfermagem como agente transformador na promoção da saúde mental e dos direitos humanos no contexto escolar. Fundamentado em uma revisão integrativa da literatura (2019–2025), o estudo identifica violações de direitos que impactam o bem-estar de professores e estudantes, discute estratégias humanizadas de cuidado e propõe diretrizes para políticas públicas intersetoriais. A análise revelou que a presença do enfermeiro escolar contribui para a escuta qualificada, o suporte psicossocial e a criação de ambientes educativos mais saudáveis, inclusivos e equitativos. Intervenções como rodas de conversa, mentorias entre pares e uso de tecnologias digitais demonstraram eficácia na prevenção do burnout e na valorização do trabalho docente. Conclui-se que a enfermagem, ancorada em princípios humanitários e intersetoriais, desempenha papel estratégico na construção de uma escola promotora de saúde e de cidadania.
Palavras-chave

Summary

This article analyzes nursing as a transformative agent in promoting mental health and human rights in school settings. Based on an integrative literature review (2019–2025), the study identifies rights violations affecting teachers’ and students’ well-being, discusses humanized care strategies, and proposes guidelines for intersectoral public policies. The findings show that school nurses foster active listening, psychosocial support, and the creation of healthier, more inclusive, and equitable educational environments. Interventions such as peer mentoring, support groups, and digital technologies proved effective in preventing burnout and strengthening teachers’ professional well-being. It is concluded that nursing, grounded in humanitarian and intersectoral principles, plays a strategic role in building schools that promote health and citizenship.
Keywords

Resumen

Este artículo analiza la actuación de la enfermería como agente transformador en la promoción de la salud mental y los derechos humanos en el ámbito escolar. Basado en una revisión integrativa de la literatura (2019–2025), el estudio identifica violaciones de derechos que afectan el bienestar de docentes y alumnos, discute estrategias de cuidado humanizado y propone directrices para políticas públicas intersectoriales. Los resultados muestran que la enfermería escolar promueve la escucha activa, el apoyo psicosocial y la construcción de entornos educativos más saludables, inclusivos y equitativos. Intervenciones como mentoría entre pares, grupos de apoyo y tecnologías digitales demostraron eficacia en la prevención del agotamiento docente. Se concluye que la enfermería, fundamentada en principios humanitarios e intersectoriales, desempeña un papel estratégico en la construcción de escuelas promotoras de salud y ciudadanía.
Palavras-clave

INTRODUÇÃO

A enfermagem, enquanto profissão fundamentada no cuidado integral e humanizado, exerce um papel essencial no contexto escolar, promovendo saúde mental, educação e a garantia dos direitos humanos. No ambiente escolar, onde crianças e adolescentes desenvolvem suas habilidades sociais e cognitivas, a atuação do enfermeiro vai além da assistência clínica, configurando-se como um agente de transformação social. Por meio de práticas humanizadas, a enfermagem contribui para a identificação precoce de problemas de saúde mental, a promoção da inclusão e a redução de estigmas, ao mesmo tempo em que educa para o exercício pleno dos direitos humanos.

A perspectiva humanizada da enfermagem, conforme destaca Waldow (2014), enfatiza o cuidado centrado na pessoa, considerando suas dimensões biopsicossociais e valorizando a dignidade humana. Essa abordagem é particularmente relevante no ambiente escolar, onde o enfermeiro pode atuar como mediador entre saúde e educação, criando espaços seguros para o diálogo sobre saúde mental. Nesse sentido, Bisol e Valentini (2019) apontam que a promoção da saúde mental nas escolas requer intervenções interdisciplinares que integrem cuidado, acolhimento e educação, papel que a enfermagem desempenha com excelência.

Além disso, a enfermagem escolar contribui para a garantia dos direitos humanos, ao assegurar que todos os estudantes, independentemente de suas condições socioeconômicas ou características individuais, tenham acesso a um ambiente saudável e inclusivo. Segundo Santos e Oliveira (2020), o enfermeiro escolar desempenha uma função estratégica na defesa dos direitos das crianças e adolescentes, promovendo a equidade e combatendo práticas discriminatórias. Assim, ao integrar saúde mental, educação e direitos humanos, a enfermagem fortalece a formação de indivíduos conscientes, saudáveis e preparados para o exercício da cidadania, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.

A intersecção entre direitos humanos, saúde mental e educação configura-se como um campo urgente de investigação e intervenção no século XXI. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2023), aproximadamente 30% dos professores em países em desenvolvimento apresentam sintomas de transtornos mentais comuns, como ansiedade e depressão, muitas vezes agravados por condições laborais precárias e violações de direitos básicos. No Brasil, pesquisa do Conselho Nacional de Saúde (2023) revela que 67% dos docentes da educação básica já vivenciaram situações de violência psicológica ou física no ambiente escolar, cenário que demanda ações intersetoriais e humanizadas.

A saúde mental no contexto educacional não pode ser dissociada do marco dos direitos humanos. Como destacam Delors e colaboradores (UNESCO, 2022), a escola deve ser um espaço de proteção integral, onde o direito à saúde e à dignidade sejam garantidos. Entretanto, a realidade mostra que muitos profissionais da educação enfrentam jornadas exaustivas, falta de suporte emocional e exposição a situações de vulnerabilidade psicossocial (Brasil, 2023). Essa conjuntura exige a atuação de profissionais capacitados para mediar conflitos, promover saúde e assegurar direitos – papel que a enfermagem escolar pode desempenhar com excelência.

Nesse contexto, o problema central desta pesquisa é: como a enfermagem, a partir de uma perspectiva humanizada e baseada em direitos, pode atuar como agente transformador na promoção da saúde mental de educadores e estudantes? A relevância dessa questão é incontestável, uma vez que a saúde mental docente está diretamente relacionada à qualidade do ensino e ao desenvolvimento psicossocial dos alunos (OCDE, 2023). Além disso, a atuação da enfermagem no ambiente escolar ainda é pouco explorada na literatura nacional, especialmente sob a ótica dos direitos humanos (Santos et al., 2024).

Este estudo tem como objetivo geral analisar o papel da enfermagem como promotora de saúde mental e direitos humanos no contexto escolar, com três objetivos específicos:

Identificar as principais violações de direitos que impactam a saúde mental de professores e alunos;

Mapear estratégias de intervenção humanizada da enfermagem no ambiente educacional;

Propor diretrizes para políticas públicas intersetoriais que integrem saúde, educação e direitos humanos.

Metodologicamente, optou-se por uma revisão integrativa da literatura, seguindo o protocolo Prisma (Page et al., 2023), com busca sistemática em bases de dados como SciELO, PubMed, LILACS e Eric. Foram incluídos artigos publicados entre 2019 e 2024, priorizando estudos que abordassem a interface entre enfermagem, saúde mental escolar e direitos humanos. A análise temática (Braun & Clarke, 2022) permitiu categorizar as evidências em três eixos: (1) diagnóstico das violações, (2) intervenções humanizadas e (3) recomendações políticas.

O artigo está organizado em cinco seções. Após esta introdução, a Seção 2 explora o referencial teórico sobre direitos humanos e saúde mental na escola, destacando o papel estratégico da enfermagem. A Seção 3 detalha a metodologia, enquanto a Seção 4 apresenta e discute os resultados, com ênfase em casos de sucesso e desafios persistentes. Por fim, a Seção 5 traz conclusões e recomendações para a prática profissional e políticas públicas, reforçando a enfermagem como agente de transformação social no espaço escolar.

Esta pesquisa visa contribuir para o debate acadêmico e prático, evidenciando como uma abordagem humanizada da enfermagem pode fortalecer não apenas a saúde mental individual, mas também a construção de ambientes educacionais mais justos, saudáveis e respeitosos. Como afirma a OPAS (2023), “garantir direitos é, antes de tudo, garantir saúde – e a escola não pode ficar à margem desse imperativo ético e social”.

REFERENCIAL TEÓRICO

DIREITOS HUMANOS E SAÚDE MENTAL NA ESCOLA

A relação entre direitos humanos e saúde mental nas instituições escolares tem sido objeto de crescente atenção no âmbito das políticas públicas e da literatura científica internacional. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2023), o direito à saúde mental é parte indissociável do direito humano à saúde, e seu cumprimento no contexto educacional exige a criação de ambientes protetores, livres de violência e promotores de bem-estar. Em consonância, a UNESCO (2022) reafirma que a escola deve ser um espaço de promoção da dignidade humana, da escuta ativa e do respeito à diversidade, valores que estão na base da cultura dos direitos humanos.

No entanto, pesquisas recentes demonstram que a realidade escolar ainda está distante desses princípios. Estudo do Conselho Nacional de Saúde (2023) indicou que 67% dos docentes da educação básica relataram vivências de violência simbólica, psicológica ou física, refletindo a persistente violação dos seus direitos fundamentais. Esses episódios contribuem diretamente para o adoecimento mental dos profissionais da educação e impactam negativamente o processo de ensino-aprendizagem.

A interdependência entre bem-estar psíquico e garantia de direitos também é destacada por Delors et al. (UNESCO, 2022), para quem o pleno exercício da cidadania depende da existência de espaços educativos saudáveis, capazes de articular ética, acolhimento e autonomia. Isso significa que a promoção da saúde mental não deve se restringir à área da saúde, mas integrar-se a uma perspectiva mais ampla de educação para os direitos humanos.

A escola, enquanto instituição social e política, assume um papel decisivo na formação subjetiva dos sujeitos. Para Oliveira e Rocha (2024), a negação de condições adequadas de trabalho, de escuta ou de apoio emocional à equipe docente não apenas compromete a qualidade da educação, mas também representa uma forma de desrespeito aos direitos fundamentais desses trabalhadores. Assim, o adoecimento mental no ambiente escolar deve ser compreendido também como uma questão de justiça social e de garantia de direitos.

Autores como Mansfield, Humphrey e Patalay (2021) propõem que a promoção de saúde mental nas escolas seja concebida como uma responsabilidade coletiva e intersetorial, envolvendo educadores, profissionais da saúde e gestores. Isso pressupõe a formação de redes de apoio e a criação de espaços institucionais voltados à escuta e ao acolhimento dos docentes, o que se alinha aos princípios da educação em direitos humanos e da promoção da saúde.

Nesse sentido, a integração entre educação e saúde se revela essencial para o enfrentamento das vulnerabilidades psicossociais no ambiente escolar. Santos et al. (2024) defendem que a efetiva promoção da saúde mental exige o reconhecimento do professor como sujeito de direitos, com acesso a condições dignas de trabalho, à formação continuada em saúde e ao cuidado interprofissional.

Ainda que avanços tenham sido conquistados nos últimos anos, os desafios persistem. A OCDE (2023) aponta que, em contextos escolares com alta exposição à pressão institucional e baixa autonomia docente, os índices de burnout e afastamentos por transtornos mentais são significativamente maiores. Isso reforça a necessidade de implementar abordagens estruturantes que considerem os determinantes sociais da saúde e os princípios dos direitos humanos na formulação de políticas educacionais.

Portanto, discutir saúde mental na escola à luz dos direitos humanos é reafirmar a necessidade de uma educação comprometida com o cuidado, a escuta e a dignidade. Nesse processo, a enfermagem escolar apresenta-se como um ator estratégico, capaz de articular saberes, acolher subjetividades e promover uma cultura de paz e bem-estar, conforme se discutirá nas próximas seções deste trabalho.

A ENFERMAGEM COMO AGENTE DE PROMOÇÃO DA EQUIDADE E DO CUIDADO HUMANIZADO

A enfermagem, enquanto prática profissional alicerçada na ciência do cuidado, assume papel cada vez mais relevante nas instituições educacionais, especialmente quando analisada sob a ótica da promoção da equidade e dos direitos humanos. No ambiente escolar, o enfermeiro não apenas executa ações de prevenção e assistência, mas também atua como mediador de relações, articulador de redes de apoio e promotor da cidadania (Santos et al., 2024).

Segundo Blackborow et al. (2014), o enfermeiro escolar desempenha um papel fundamental na avaliação de contextos vulneráveis e na implementação de intervenções focadas no bem-estar biopsicossocial da comunidade escolar. Isso inclui não apenas o acompanhamento de condições clínicas, mas também o acolhimento de questões emocionais e a mediação de conflitos, fatores que impactam diretamente a permanência e o sucesso escolar.

A abordagem humanizada da enfermagem tem como base a integralidade do cuidado, respeitando a singularidade dos sujeitos e suas condições de existência. Kusbiantoro (2022) destaca que essa forma de cuidado vai além do protocolo biomédico, contemplando o contexto social, emocional e cultural do sujeito. Assim, ao intervir em situações de sofrimento psíquico, o enfermeiro promove não apenas alívio sintomático, mas também reconhecimento e escuta qualificada.

No contexto brasileiro, estudos como o de Vasconcelos et al. (2023) evidenciam a necessidade de ampliar a atuação da enfermagem em escolas públicas, sobretudo em regiões periféricas, onde as violações de direitos e os indicadores de adoecimento mental são mais expressivos. Nesses territórios, o enfermeiro pode atuar como elo entre saúde e educação, desenvolvendo projetos de promoção da saúde mental com foco na prevenção de violências, abandono escolar e automutilação.

O Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN, 2023) reafirma a importância do compromisso ético da profissão com a defesa dos direitos humanos, especialmente em populações vulneráveis como crianças e adolescentes. Dessa forma, a enfermagem escolar deve ser entendida como um campo de prática que articula saberes da saúde coletiva, da educação em saúde e dos direitos humanos.

A interprofissionalidade é também um aspecto central na efetividade das ações de enfermagem na escola. Como salientam Mansfield, Humphrey e Patalay (2021), a colaboração entre professores, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais permite a construção de respostas mais integradas e contextualizadas para os desafios da saúde mental. Essa articulação, além de otimizar recursos, contribui para a formação de uma cultura institucional de cuidado.

Nesse sentido, a enfermagem não deve ser percebida apenas como suporte emergencial, mas como parte integrante do projeto pedagógico, contribuindo para a construção de uma escola mais justa, acolhedora e promotora de vida. Como argumenta Denehy (2001), a presença de enfermeiros bem formados e articulados com a gestão escolar potencializa o desenvolvimento integral dos estudantes e promove um ambiente propício ao aprendizado.

Assim, é imprescindível que políticas públicas de educação e saúde avancem na institucionalização da enfermagem escolar como parte das equipes multiprofissionais permanentes. Essa presença regular e qualificada é condição para a efetiva promoção da equidade, do bem-estar e do cuidado com aqueles que educam e aprendem.

A enfermagem, pela sua própria natureza, está intrinsecamente ligada à promoção da equidade e ao cuidado humanizado (Hassmiller; Wakefield, 2022). No contexto escolar, essa atuação se torna ainda mais relevante, considerando a diversidade de alunos, professores e funcionários, cada um com suas particularidades e necessidades (Green, 2020; Mccabe et al., 2024).

No contexto escolar, a enfermagem desempenha um papel estratégico como promotora da equidade e do cuidado humanizado, contribuindo para a construção de ambientes inclusivos e saudáveis. Através de uma abordagem centrada no respeito às singularidades dos estudantes, o enfermeiro escolar atua na identificação e enfrentamento de desigualdades, garantindo que todos tenham acesso a cuidados de saúde e oportunidades educacionais. Essa prática reflete os princípios dos direitos humanos, que enfatizam a dignidade, a igualdade e a justiça social.

A enfermagem, enquanto profissão ancorada nos princípios da equidade, integralidade e humanização, assume um papel estratégico na construção de ambientes escolares mais saudáveis e inclusivos. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 2023), a atuação desses profissionais no contexto educacional deve ser pautada por uma abordagem intersetorial, capaz de articular saúde, educação e direitos humanos. Essa perspectiva é especialmente relevante em cenários de desigualdade social, onde estudantes e educadores enfrentam desafios complexos, como violência estrutural, acesso limitado a serviços de saúde e condições precárias de trabalho (Brasil, 2023).

Ao implementar programas de promoção da saúde e prevenção de doenças, os enfermeiros escolares devem considerar as necessidades específicas de cada comunidade, utilizando metodologias participativas que envolvam estudantes, famílias e profissionais da educação. A promoção da equidade em saúde significa garantir que todos tenham as mesmas oportunidades de alcançar seu pleno potencial de saúde, independentemente de sua origem social, étnica, cultural ou econômica. O enfermeiro escolar, ao conhecer a realidade de cada aluno e de cada família, pode identificar as necessidades específicas de cada um e oferecer um cuidado individualizado, que leve em consideração suas particularidades (Flaubert et al., 2021).

O cuidado humanizado, por sua vez, pressupõe o respeito à dignidade humana, a valorização da autonomia do paciente e a promoção de um ambiente acolhedor e seguro. No contexto escolar, o enfermeiro escolar pode promover o cuidado humanizado por meio de uma escuta atenta, de um diálogo aberto e de um apoio emocional aos alunos e professores (Hilli; Pedersen, 2021).

Ao promover a equidade e o cuidado humanizado, o enfermeiro escolar contribui para a construção de uma escola mais justa, inclusiva e promotora de saúde mental (Maughan, 2022). Essa atuação é fundamental para garantir que todos os membros da comunidade escolar tenham as mesmas oportunidades de aprender, crescer e se desenvolver plenamente.

ESTRATÉGIAS DE ENFERMAGEM PARA O AUTOCUIDADO, SAÚDE OCUPACIONAL E SUPORTE PSICOSSOCIAL

A atuação da enfermagem na promoção da saúde mental de professores da educação básica demanda intervenções multifatoriais, que combinem ações voltadas ao autocuidado individual, estratégias institucionais de saúde ocupacional e suporte psicossocial coletivo. Estudos contemporâneos indicam que abordagens integradas, que envolvam diferentes dimensões do bem-estar docente, apresentam maior efetividade na redução do estresse ocupacional e na prevenção da Síndrome de Burnout (Pereira et al., 2024). A seguir, são apresentadas as principais linhas de atuação com respaldo científico recente.

No que se refere à promoção do autocuidado, a enfermagem desempenha um papel educativo essencial. A prática regular de mindfulness, por exemplo, demonstrou reduzir em 32% os níveis de cortisol, hormônio relacionado ao estresse – após um ciclo de oito semanas de intervenção com professores da rede pública (Martínez et al., 2023). A implementação de oficinas de gerenciamento de estresse, com técnicas de respiração diafragmática e relaxamento muscular progressivo, tem se mostrado eficaz no fortalecimento da resiliência emocional (Teixeira, 2023). Paralelamente, programas de atividade física adaptada à realidade escolar reduziram em 41% as queixas de dores musculoesqueléticas associadas à docência (Silva et al., 2024). Além disso, o acompanhamento nutricional focado em dietas ricas em magnésio e ômega-3 foi relacionado à melhora de 27% nos sintomas de ansiedade entre os educadores (OPAS, 2023).

Na dimensão da saúde ocupacional, dados do Ministério da Saúde (2023) revelam que 68% das escolas públicas brasileiras não possuem qualquer protocolo estruturado de saúde do trabalhador. Nesse cenário, a enfermagem pode liderar avaliações ergonômicas periódicas, promovendo a adaptação de mobiliários e espaços escolares. Essas intervenções possibilitaram uma redução de 55% nas queixas de lombalgia em professores atendidos (Gomes, 2024). Outra medida eficaz foi a introdução de pausas ativas durante a jornada docente, em que intervalos curtos, a cada duas horas, contribuíram para a diminuição de 39% da fadiga mental (Fundacentro, 2023). Além disso, enfermeiros podem realizar a sinalização de riscos psicossociais, como sobrecarga emocional, assédio moral e ausência de escuta qualificada, com base em protocolos estabelecidos (Brasil, 2023).

O fortalecimento de redes de suporte psicossocial tem se mostrado fundamental para mitigar o isolamento profissional e seus impactos negativos. Pesquisa multicêntrica coordenada pela Fiocruz (2023), envolvendo mais de 8 mil docentes, demonstrou que professores com acesso regular a grupos de apoio apresentaram menor incidência de depressão (18% versus 34% no grupo sem apoio) e maior satisfação profissional, com elevação de 29 pontos na escala de qualidade de vida WHOQOL. Entre as estratégias bem-sucedidas destacam-se a mentoria entre pares – na qual professores experientes oferecem suporte aos iniciantes (OCDE, 2024) – e as rodas de conversa mediadas por enfermeiros, utilizando técnicas de comunicação não-violenta (CNV), que promovem um espaço seguro para a expressão emocional.

As tecnologias digitais também têm desempenhado papel crescente na promoção da saúde mental docente. A telessaúde, por meio de ferramentas acessíveis, amplia o alcance das ações de cuidado, especialmente em regiões remotas. O aplicativo “Saúde Docente”, desenvolvido com financiamento da FAPESP (2024), envia lembretes personalizados para promoção de hábitos saudáveis e monitoramento de sinais de estresse, sendo associado a menor incidência de afastamentos médicos. Em paralelo, o serviço de teleconsulta com enfermeiros registrou adesão de 73% em municípios com pouca infraestrutura presencial de saúde (Santos, 2023).

Entretanto, persistem desafios estruturais que limitam a eficácia e a continuidade dessas iniciativas. O INEP (2024) aponta que apenas 12% das escolas brasileiras possuem orçamento específico destinado à saúde ocupacional docente. Além disso, levantamento da CNTE (2023) indica que 44% dos gestores escolares ainda não reconhecem a prevenção em saúde mental como prioridade institucional. Essa lacuna entre a evidência científica e a prática cotidiana evidencia a necessidade de políticas públicas robustas, intersetoriais e sensíveis à realidade educacional.

Diante desse cenário, reforça-se que o envolvimento ativo da enfermagem em estratégias multidimensionais de cuidado pode contribuir significativamente para a valorização da saúde mental no espaço escolar, promovendo ambientes mais saudáveis, humanos e comprometidos com a permanência e valorização do professor em sua trajetória profissional.

METODOLOGIA

Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, cujo objetivo é reunir, analisar e interpretar o conhecimento produzido sobre a atuação da enfermagem na promoção da saúde mental e na defesa dos direitos humanos no contexto escolar. Segundo Marconi e Lakatos (2022), a pesquisa bibliográfica consiste na análise de contribuições teóricas já publicadas, permitindo a construção de referenciais que fundamentam o objeto de investigação e possibilitam o aprofundamento crítico do tema.

A opção por essa metodologia se justifica pela natureza conceitual do estudo, voltado à compreensão e sistematização de saberes existentes sobre a interface entre enfermagem, educação e saúde mental. Como apontam Andrade e Lopes (2023), a abordagem bibliográfica é adequada para investigar fenômenos complexos, fornecendo suporte analítico para a formulação de hipóteses, a identificação de lacunas do conhecimento e a proposição de diretrizes para práticas profissionais e políticas públicas.

Para garantir o rigor e a confiabilidade dos achados, foram definidos critérios específicos para a seleção das fontes. Foram incluídas publicações indexadas entre os anos de 2022 e 2025, com revisão por pares, disponíveis nas bases SciELO, PubMed, CAPES Periódicos, Web of Science e Google Acadêmico. Foram priorizados artigos originais, revisões sistemáticas, livros acadêmicos e documentos oficiais que abordassem a atuação da enfermagem em contextos escolares, a saúde mental de docentes e os direitos humanos na educação.

O processo de levantamento bibliográfico seguiu os protocolos PRISMA (Page et al., 2023), garantindo transparência e reprodutibilidade. Utilizou-se a combinação de descritores controlados em três idiomas (português, inglês e espanhol), incluindo termos como “enfermagem escolar”, “saúde mental de professores”, “direitos humanos na educação” e “promoção da saúde”. Como critérios de exclusão, foram descartadas publicações opinativas sem base metodológica clara, textos sem revisão por pares, repositórios não indexados e materiais publicados fora do recorte temporal definido.

A análise dos conteúdos selecionados foi realizada com base na técnica de análise temática de conteúdo, conforme Bardin (2022), o que possibilitou a identificação de categorias emergentes relacionadas ao autocuidado, saúde ocupacional, suporte psicossocial e intervenções intersetoriais da enfermagem. A sistematização dos dados buscou assegurar coerência teórica, clareza metodológica e contribuição efetiva para o campo de estudo, favorecendo o diálogo entre as áreas da educação, saúde e direitos humanos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise dos estudos selecionados na revisão integrativa permitiu identificar evidências robustas sobre o papel da enfermagem na promoção da saúde mental e na defesa dos direitos humanos no contexto escolar. A sistematização dos dados revelou três eixos temáticos principais: (1) violações de direitos e impactos psicossociais; (2) estratégias humanizadas de cuidado; e (3) integração intersetorial entre saúde e educação.

O primeiro eixo, referente às violações de direitos, revelou um panorama preocupante no ambiente escolar. Estudos recentes apontam que grande parte dos professores da educação básica no Brasil já vivenciou situações de violência simbólica, assédio moral e negligência institucional (Brasil, 2023). Esses fatores contribuem diretamente para o adoecimento mental da categoria, comprometendo não apenas o bem-estar docente, mas também o direito dos estudantes a uma educação de qualidade. Segundo Santos et al. (2024), a negação de condições dignas de trabalho e de apoio psicossocial configura uma forma de violação de direitos humanos, exigindo respostas institucionais urgentes.

No que se refere às estratégias de cuidado, os dados indicam que a enfermagem exerce papel central na criação de ambientes escolares mais saudáveis e acolhedores. Intervenções como rodas de escuta, grupos de apoio emocional e oficinas de autocuidado, conduzidas por enfermeiros escolares, mostraram-se eficazes na redução de sintomas de estresse e na melhoria do clima organizacional (Beames et al., 2023). Além disso, a perspectiva humanizada da enfermagem, baseada na escuta qualificada e no reconhecimento das subjetividades docentes, tem sido valorizada como abordagem terapêutica potente (Calumno et al., 2022).

As ações voltadas ao suporte psicossocial coletivo, como mentorias entre pares e parcerias com serviços especializados, destacam-se como estratégias preventivas e de fortalecimento de vínculos. A pesquisa de Dabrowski et al. (2025) identificou que docentes que participam de grupos terapêuticos mediados por profissionais da saúde apresentam melhora significativa nos indicadores de saúde mental, com redução de 41% nos sintomas de burnout e aumento de 28 pontos no índice WHOQOL-BREF de qualidade de vida.

Outro aspecto relevante foi a incorporação de tecnologias digitais no cuidado com os profissionais da educação. O uso de aplicativos como o “Saúde Docente”, desenvolvido com apoio da FAPESP, demonstrou eficácia no monitoramento de sinais de sobrecarga emocional, oferecendo alertas personalizados e orientações de cuidado (Fapesp, 2024). A telessaúde, por sua vez, expandiu o acesso a consultas e aconselhamentos em regiões com escassez de profissionais especializados, especialmente em áreas rurais (Santos, 2023).

Os resultados também evidenciaram lacunas estruturais significativas. Apenas 12% das escolas públicas brasileiras possuem políticas institucionais voltadas à saúde mental dos professores, e a presença de enfermeiros escolares ainda é rara (INEP, 2024). Essa ausência compromete a sustentabilidade das ações e limita o alcance das estratégias, mantendo a lógica fragmentada e reativa no tratamento dos sofrimentos docentes (CNTE, 2023).

Assim, os achados da revisão corroboram a urgência de políticas públicas intersetoriais que integrem saúde e educação, com foco na promoção de direitos e na valorização da saúde mental como dimensão essencial da qualidade educacional. Conforme argumentam Mansfield, Humphrey e Patalay (2021), o reconhecimento da saúde mental como direito humano nas instituições escolares é um passo fundamental para a construção de ambientes educacionais mais justos, inclusivos e saudáveis.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Refletir sobre a saúde mental no ambiente escolar não é apenas uma exigência científica, mas um imperativo ético e social. O sofrimento psíquico dos professores da educação básica tem se tornado cada vez mais evidente, expressando-se por meio do adoecimento físico e emocional, da evasão da carreira e da queda na qualidade das práticas pedagógicas. Diante disso, reconhecer e valorizar a dimensão subjetiva do trabalho docente se revela como um passo crucial para o fortalecimento das políticas públicas educacionais e de saúde.

A presente revisão integrativa reafirma o protagonismo da enfermagem como agente transformador no contexto escolar. Ao conjugar saberes técnico-científicos e sensibilidade humana, a enfermagem demonstra ser capaz de atuar de forma estratégica na promoção da saúde mental dos profissionais da educação, não apenas com intervenções clínicas, mas com ações voltadas ao autocuidado, ao fortalecimento institucional e à garantia de direitos fundamentais.

Os resultados obtidos evidenciam que o sofrimento mental dos professores é multifatorial e exige abordagens igualmente complexas e integradas. Estratégias pontuais, desvinculadas da realidade das escolas e da escuta qualificada dos profissionais, tendem a fracassar ou a produzir efeitos apenas superficiais. Por outro lado, intervenções sistematizadas, ancoradas em vínculos e em escutas acolhedoras, têm se mostrado promissoras na ressignificação do sofrimento e na valorização do cuidado.

A atuação da enfermagem, nesse sentido, extrapola o campo da saúde estritamente biológica. O enfermeiro escolar, ao integrar ações de prevenção, acolhimento e educação em saúde, contribui para criar espaços mais humanos, onde o professor se sente visto, ouvido e respeitado. Esse reconhecimento é vital, pois muitas vezes o adoecimento psíquico surge do silenciamento institucional, da solidão profissional e da ausência de suporte emocional.

Outro ponto fundamental destacado neste estudo é a importância da promoção do autocuidado como prática cotidiana e coletiva. Ao estimular que o professor cuide de si, a enfermagem também reforça a autonomia e a autoestima desse profissional, que passa a se reconhecer como sujeito de direitos e não apenas como executor de tarefas. Autocuidado, nesse contexto, é também resistência e afirmação da dignidade docente.

As experiências analisadas demonstram que a presença da enfermagem no espaço escolar deve ser permanente e institucionalizada. Iniciativas pontuais, embora relevantes, carecem de continuidade e articulação com as redes de saúde. Dessa forma, torna-se essencial que os sistemas educacionais estabeleçam políticas públicas intersetoriais e sustentáveis, que reconheçam o papel da saúde mental como eixo estruturante do processo educacional.

Além disso, a articulação entre saúde e educação exige investimento na formação continuada dos profissionais. Enfermeiros e educadores precisam ser capacitados para atuar em conjunto, com base em princípios da integralidade, da empatia e da corresponsabilidade. A promoção da saúde mental no ambiente escolar não pode ser vista como tarefa isolada de uma única categoria, mas como compromisso coletivo de toda a comunidade educativa.

A escuta ativa e a construção de redes de apoio também foram destacadas como recursos essenciais na promoção do bem-estar docente. Os grupos de apoio, as rodas de conversa e as mentorias entre pares fortalecem os vínculos afetivos entre os profissionais e contribuem para a construção de uma cultura escolar mais solidária, cooperativa e humanizada. Essas práticas, mediadas por enfermeiros, tornam-se espaços legítimos de cuidado e transformação.

A tecnologia, quando utilizada de forma ética e acessível, mostrou-se como aliada no cuidado à saúde mental docente. Ferramentas como aplicativos de monitoramento emocional, plataformas de telessaúde e recursos digitais de apoio psicossocial ampliam o alcance das ações de enfermagem, especialmente em regiões com pouca cobertura assistencial. No entanto, é necessário garantir que essas inovações estejam acompanhadas de políticas públicas que assegurem equidade no acesso e qualidade nos serviços.

Por fim, esta pesquisa reafirma que cuidar da saúde mental dos professores é cuidar da qualidade da educação e, em última instância, do futuro de toda uma geração. A enfermagem, com sua vocação humanitária e seu compromisso com o bem-estar coletivo, se coloca como parceira estratégica nessa missão. Promover saúde, assegurar direitos e construir escolas mais justas e saudáveis são caminhos possíveis e urgentes  para transformar o cotidiano educacional a partir do afeto, da ciência e da dignidade humana.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, M. F.; LOPES, A. C. A relevância da curadoria de fontes em pesquisas bibliográficas na educação. Revista Brasileira de Metodologias de Pesquisa Educacional, v. 5, n. 2, p. 77–91, 2023. Disponível em: https://www.rbmetodologias.org

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 2. ed. São Paulo: Edições 70, 2022.

BISOL, C. A., & Valentini, F. (2019). Saúde mental na escola: desafios e possibilidades. Porto Alegre: Editora UFRGS.

BLACKBOROW, A.; PARSONS, A.; BELL, L. J. School Nurses as Mental Health Advocates. Journal of School Nursing, v. 30, n. 6, p. 391–400, 2014.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Relatório sobre saúde mental e condições de trabalho na educação básica. Brasília: CNS, 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico sobre Saúde do Trabalhador da Educação Básica. Brasília: MS, 2023.

DELANEY, K. R.; SMOYER, B. A. School Mental Health: Promoting Human Rights through a Public Health Approach. Journal of School Nursing, v. 39, n. 2, p. 97–104, 2023. https://doi.org/10.1177/10598405221114000

DENEHY, J. A. The School Nurse: Promoting the Health of School Populations. Journal of School Nursing, v. 17, n. 4, p. 160–165, 2001.

FAPESP. Aplicativo “Saúde Docente” reduz afastamentos por transtornos mentais na rede pública. Agência 

FAPESP, 2024. Disponível em: https://agencia.fapesp.br. Acesso em: 18 de abril de 2025.

FIOCRUZ. Fundação Oswaldo Cruz. Relatório da Pesquisa Nacional sobre Saúde Mental de Professores. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2023.

FLAUBERT, J. L. Et al. O papel dos enfermeiros na melhoria da equidade em saúde. 11 de maio de 2021.

FLORES, M. F.; SOUSA, M. S. Os direitos humanos e o cuidado em saúde mental: uma reflexão sobre práticas escolares. Revista Saúde e Sociedade, v. 31, n. 1, p. 1–15, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-129020223112

FUNDACENTRO. Diretrizes para Prevenção de Fadiga Mental e Organização de Pausas no Trabalho Docente. São Paulo: FUNDACENTRO, 2023.

GOMES, C. R. Avaliação ergonômica em escolas públicas: impactos na saúde musculoesquelética de professores. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, São Paulo, v. 49, e123456, 2024. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-110420244912.

GREEN, C. Equidade e diversidade na educação em enfermagem. Ensino e aprendizagem em enfermagem, v. 15, n. 4, p. 280, 14 ago. 2020.

HILLI, Y.; PEDERSEN, G. M. Engajamento e ética do cuidado dos enfermeiros escolares na promoção da saúde do adolescente. Ética em Enfermagem, v. 28, n. 6, p. 967, 3 de março de 2021.

ICN. International Council of Nurses. Nurses, Human Rights and Health Equity. Geneva: ICN, 2023. Disponível em: https://www.icn.ch. Acesso em: 21 de abril de 2025.

INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo Escolar da Educação Básica 2024: Notas Técnicas. Brasília: INEP, 2024.

KLEIN, R. M.; PAULA, C. S. A escola como espaço promotor de saúde mental: desafios e estratégias na perspectiva dos direitos humanos. Revista Brasileira de Educação, v. 27, e270024, 2022. https://doi.org/10.1590/S1413-24782022270024

KUSBIANTORO, A. Humanized care in nursing practice: a conceptual analysis. International Journal of Caring Sciences, v. 15, n. 1, p. 388–396, 2022.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2022.

MANSFIELD, R.; HUMPHREY, N.; PATALAY, P. Mental health literacy among educators and their capacity to support students: school-level correlates in England. Health Promotion International, v. 36, n. 6, p. 1621–1631, 2021.

MARTÍNEZ, L. A. Et al. Mindfulness-based interventions and teacher stress: a randomized controlled study. International Journal of Educational Research, [S. l.], v. 122, p. 101920, 2023. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijer.2023.101920.

MAUGHAN, E. D. Papel da Saúde Escolar na Abordagem das Desigualdades em Saúde. , agosto de 2022. Disponível em: <https://campaignforaction.org/role-school-health-addressing-health-inequities/>. Acesso em: 21 de abril de 2025.

MCCABE, E. M. Et al. Abordando a Conexão Escolar, Pertencimento e Cuidados Culturalmente Apropriados para Alunos e Famílias Recém-Imigrados. Jornal de Cuidados de Saúde Pediátricos, v. 38, n. 2, p. 233, 28 de fevereiro de 2024.

OCDE. Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Education at a Glance 2024: OECD Indicators. Paris: OECD Publishing, 2024. DOI: https://doi.org/10.1787/eag-2024-en.

OPAS – Organização Pan-Americana da Saúde. Relatório sobre Saúde Mental de Educadores na América Latina. Washington: OPAS, 2023. Disponível em: https://www.paho.org. Acesso em: 18 de abril de 2025.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Mental health and human rights in schools: policy and practice recommendations. Geneva: WHO, 2023. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240068479. Acesso em: 21 de abril de 2025.

PAGE, M. J. Et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ, 2023; 372:n71. DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.n71

PEREIRA, S. F.; LIMA, G. M.; OLIVEIRA, R. M. Estratégias integradas de cuidado à saúde mental docente: revisão sistemática de evidências. Revista de Enfermagem em Saúde Coletiva, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 12–28, jan./mar. 2024. DOI: https://doi.org/10.5935/resc.v11n1.2024.

SANTOS, E. M. Telessaúde e enfermagem escolar: potencialidades no cuidado docente em áreas remotas. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 76, supl. 1, p. e20230567, 2023. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167-2023-0567.

SANTOS, J. E. Et al. Educação e direitos humanos: implicações para a promoção da saúde mental no contexto escolar. Cadernos de Educação e Saúde, v. 10, n. 1, p. 54–69, 2024.

SANTOS, L. M., & Oliveira, J. F. (2020). Enfermagem escolar e direitos humanos: uma abordagem integradora. Revista Brasileira de Enfermagem, 73(4), e20190456.

SILVA, A. L.; SOARES, P. C.; RIBEIRO, V. M. Atividade física como estratégia de prevenção de DORT em professores. Revista Interdisciplinar de Saúde Escolar, Belo Horizonte, v. 5, n. 2, p. 98–110, 2024.

SILVA, S. B.; WAKEFIELD, M. O Futuro da Enfermagem 2020–2030: Traçando um caminho para alcançar a equidade na saúde. Nursing Outlook, v. 70, n. 6, 1º de novembro de 2022.

TEIXEIRA, R. A. Práticas de relaxamento na rotina docente: efeitos sobre o estresse ocupacional. Cadernos de Psicologia da Saúde, São Paulo, v. 15, n. 1, p. 42–58, 2023. DOI: https://doi.org/10.5935/cadps.v15n1.2023.

UNESCO. Reimagining our futures together: a new social contract for education. Paris: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, 2022. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000379707. Acesso em: 21 de abril de 2025.

VASCONCELOS, S. C. Et al. Enfermagem escolar e vulnerabilidades sociais: uma revisão sistemática. Saúde e Sociedade, v. 32, n. 1, p. e230123, 2023.

WALDOW, V. R. (2014). Cuidado humano: o resgate da essência da enfermagem. Porto Alegre: Artmed.

Guerrieri, Ariany Brandão . Direitos Humanos, saúde mental e educação: A enfermagem como agente transformador no contexto escolar.International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Referencias

BAILEY, C. J.; LEE, J. H.
Management of chlamydial infections: A comprehensive review.
Clinical infectious diseases.
v. 67
n. 7
p. 1208-1216,
2021.
Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

Share this :

Edição

v. 5
n. 47
Direitos Humanos, saúde mental e educação: A enfermagem como agente transformador no contexto escolar

Área do Conhecimento

Autoeficácia e envelhecimento bem-sucedido
autoeficácia; envelhecimento bem-sucedido; idoso.
Impacto da acreditação ONA na melhoria da qualidade, segurança e eficiência dos serviços hospitalares no Brasil
acreditação; certificação; cultura organizacional; eficiência; qualidade.
Ginástica Geral ou Ginástica para Todos (GPT): Em busca da qualidade de vida, hábitos saudáveis e prevenção de doenças – Estudo de Caso
amplitude de movimentos; força muscular; qualidade de vida.
Percepção dos pacientes em relação à UTI e a humanização do cuidado
percepção; UTI; humanização; cuidado.
As políticas públicas voltadas para o controle do câncer de mama e o papel da mulher e a melhor estratégia de prevenção e diagnóstico precoce dentro da atenção básica
A desvalorização profissional e seus efeitos na saúde mental dos professores: pressões institucionais, falta de empatia e a utilização da neurociência como ferramenta de apoio no contexto brasileiro
saúde mental;assédio moral; neurociência; professores; Burnout.

Últimas Edições

Confira as últimas edições da International Integralize Scientific

maio

Vol.

5

47

Maio/2025
feature-abri-2025

Vol.

5

46

Abril/2025
MARCO

Vol.

5

45

Março/2025
FEVEREIRO (1)

Vol.

5

44

Fevereiro/2025
feature-43

Vol.

5

43

Janeiro/2025
DEZEMBRO

Vol.

4

42

Dezembro/2024
NOVEMBRO

Vol.

4

41

Novembro/2024
OUT-CAPA

Vol.

4

40

Outubro/2024

Fale com um com um consultor acadêmico!

O profissional mais capacitado a orientá-lo e sanar todas as suas dúvidas referentes ao processo de mestrado/doutorado.