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Resumo
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo falar sobre a língua de sinais no Brasil (Libras), sua implantação dentro das escolas, a aceitação perante a comunidade, seus benefícios para o desenvolvimento sociocultural, o cognitivo das pessoas surdas a inclusão, e a defesa do o ensino de libras como a primeira língua para o surdo.
Sabemos que é através da língua de sinais que o surdo pode se desenvolver, integrar e interagir com o mundo do surdo e dos ouvintes. A língua de sinais tem sua própria cultura, sua própria identidade e escrita, de acordo com cada região do país ocorrem algumas variações, muitas pessoas surdas têm vergonha de sua condição, mas surdo deve ter orgulho de seu modo de se expressar e ter a percepção que não é um deficiente e sim diferente, já que consegue se comunicar percebendo o mundo através da visão, mas ao mesmo tempo com o mesmo interesse e envolvimento dos ouvintes. “Cinderela Surda” (Hessel; Rosa; Karnopp 2003), discute a identidade surda e a importância da cultura surda em suas obras, enfatizando a linguagem de sinais e sua relevância para a comunidade surda.
A língua de sinais se tornou uma ferramenta que permite ao surdo se comunicar de forma mais clara e objetiva se fazendo entender e entendendo o outro com maior mobilidade e fluidez nas informações discursivas, como também fornece subsídios que o ajudam na construção de suas identidades frente às imposições culturais do ouvinte. O tema da surdez envolve questões históricas e conhecer a história de surdos não nos proporciona apenas a ocasião para adquirimos conhecimentos, mas também para refletirmos e questionarmos diversos acontecimentos relacionados com a educação em várias épocas, por exemplo, por que atualmente, apesar de se ter uma política de inclusão, o sujeito surdo continua excluído. Acredita-se que ainda há muito que estudar e contribuir para educação de surdos, e para começar essa educação é preciso estar ciente que o ensino de libras não deve ser voltado somente para o aluno surdo mas para toda a comunidade escolar já que o surdo depende do outro para se comunicar e não tem como o intérprete de libras acompanha-lo o tempo todo, e se assim fosse o surdo não teria a sua independência social.
A linguagem é essencial no desenvolvimento de todas as pessoas, sendo um instrumento de poder que todos temos direito e aos surdos não pode ser negado o direito de usufruir dos benefícios de uma língua, portanto, aceitar a diferença do surdo e conviver com a diversidade humana é um desafio proposto à sociedade, e obrigação do governo e de toda a comunidade exigir e assegurar que esse direito seja mantido e oferecido a todas as pessoas surdas assim como os demais ouvintes considerando que ambos comunicam entre si.
A história da educação de surdos no Brasil, contando os passos dos conceitos educacionais que já delinearam os processos de ensino-aprendizagem destes sujeitos, assim como o desenvolvimento cognitivo, cultural e a identificação do sujeito surdo perante a sociedade por meio da interação social e da aquisição da sua língua natural, a língua de sinais, que apesar de ser garantida pela Lei nº 10.436/2002 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão dos surdos, mas ainda assim pouco reconhecida pela comunidade ouvinte, que forma a parte majoritária da nossa sociedade.
O que mais preocupa as pessoas surdas não é a surdez em si, mas o obstáculo na comunicação que ela proporciona. A maioria da população brasileira não estabelece a Língua de Sinais na comunicação, porque desconhecem a importância dela para o desenvolvimento psíquico-social. Perante essa situação deve ser criado programas governamentais com o objetivo de incentivar a população sobre a importância de se aprender a língua de sinais.
A metodologia utilizada na pesquisa foi um estudo bibliográfico documenta e não pretende esgotar o assunto, pois considera que há, ainda, muito a se pesquisar a esse respeito.
DESENVOLVIMENTO
Desde o período da pré-história, o homem utilizava as mãos para sua comunicação. Com o decorrer do tempo, o uso dos sinais foi substituído pela comunicação oral. A respeito disso foi relatado que “os homens pré-históricos trocaram a comunicação gestual pela comunicação oral, pela palavra, quando começaram a utilizar ferramentas; trabalhando com as mãos ocupadas, precisaram inventar uma alternativa para dialogar, Vygotsky (1987/1934) apud Reily (2004, p. 113).” Após a descoberta da comunicação oral, a comunicação por sinais restringiu-se aos surdos e a oralidade se tornou predominante.
As primeiras referências de pessoas surdas são encontradas no povo Hebreu, por meio da Lei Hebraica, na antiguidade, naquela época, eles eram adorados como deuses, servindo de mediadores entre deuses e faraós do Egito.
Já em outras regiões, os surdos eram tratados como seres inválidos condenados à morte, eles eram lançados ao mar ou de penhascos, ou ainda, oferecidos em sacrifício aos ídolos (deuses) por serem considerados impuros e pecadores. Segundo Goldfeld (1997) apud Araújo et al. (2015, p. 01): Os surdos eram tratados com impiedade e vistos como pessoas castigadas pelos deuses, sendo abandonados ou sacrificados, o século quinze foi visto como uma pessoa primitiva que não poderia ser educada.
Os Surdos tiveram seus direitos negados por séculos, pois os mesmos eram tratados como pessoas que não tinham o direito de participar ativamente da sociedade como cidadãos, como pessoas, como ser humano.
A audição é constituída por um sistema de canais que conduz o som até o ouvido interno, onde essas ondas são transformadas em estímulos elétricos que são enviados ao cérebro, esse é o órgão responsável pelo reconhecimento e identificação daquilo que ouvimos, existe vários tipos de surdez sendo classificados pela severidade os principais são leves, média e severa.
A Surdez considerada normal fica em torno de (0 A 20 dB NA) ouve todos os sons normalmente, leve; (21 A 40 dB NA) dificuldade para entender alguns sons de fala, moderada (41 A 70 dB NA) dificuldade para ouvir passarinho cantando, aspirador de pó, fala etc; Severa (71 A 90 dB NA),dificuldade para ouvir o som de um latido do cachorro, o toque do telefone, a fala etc; Profunda,(> 91 dB NA), dificuldade para ouvir máquina de cortar grama, caminhão, avião, etc, já a surdez é o nome dado à impossibilidade ou dificuldade de ouvir.
A educação para surdos só foi inserida na sociedade a partir de 1760, foi neste ano que ela ganhou espaço através do professor Alemão Samuel Heinicke, o qual criou uma máquina para ensinar o surdo a falar. Por volta de 1754, educou sua primeira aluna surda. Seu sucesso em ensinar esta menina foi tão grande, que tomou a decisão de se devotar inteiramente a este trabalho. Após ter sido prisioneiro de uma guerra que durou sete anos, conseguiu fugir e voltar a se dedicar ao ensino dos surdos.
Em 1768, voltou a viver em Hamburgo, onde ensinou com sucesso um menino surdo a falar, aplicando seus métodos prescritos em seus livros sobre os surdos. Passou então a se dedicar ainda mais nestas pesquisas. Inaugurou a primeira instituição para surdos em Leipzig, em 1778. Dirigiu esta escola até sua morte. Foi o autor de vários livros na instrução aos surdos. Seus métodos de ensino eram estritamente orais, diferentes dos usados hoje. Estes consideravam que a primeira prioridade no ensino às crianças surdas era a linguagem falada e a língua de sinais poderia prejudicar esta aquisição. Porém, ele e seus seguidores utilizavam os sinais e o alfabeto digital como instrumento para atingir a fala.
Entretanto, foi o monge beneditino espanhol Pedro Ponce de León que recebeu créditos como o primeiro professor para surdos ao desenvolver um alfabeto manual, que ajudava os surdos a soletrar as palavras. Em 1855 a convite de Dom Pedro ll, Ernest Huet, um professor surdo francês e sua esposa vieram para o Brasil, com o objetivo de fundar uma escola para surdos. No dia 26 de setembro de 1857 é fundado o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) e ainda hoje localizado na cidade do Rio de Janeiro é o centro nacional de referência na área da surdez no Brasil, sendo um órgão do Ministério da Educação por meio da Lei nº 839, de 26 de setembro de 1857. Este Instituto tratava crianças surdas somente do sexo masculino, excluindo as mulheres dessa educação. Inicialmente foi utilizado a língua dos sinais para ensino dos surdos, mas em 1911 os sinais foram extintos e passou a adotar o oralismo puro. (O oralismo puro consiste em efetivar a comunicação por meio do entendimento dos movimentos normais dos lábios).
Até o ano de 1960, a educação dos surdos era quase que exclusivamente oralista, nesta década estudos demonstraram insuficiência na eficácia dos métodos aplicados no desenvolvimento linguístico e cognitivo da pessoa surda, o que era ensinado não eram claramente entendidos pelos alunos. Nos anos 50, uma série de inovações aconteceu em benefício à surdez. Surgiram, por exemplo, as primeiras escolas normais e jardins de infância para crianças surdas.
Após esse período começou um movimento pelo resgate da língua de sinais, de forma bimodal (dois modos de linguagens) o surdo aprendia a oralidade utilizando os lábios e a língua de sinais (Libras), como uma fala de instrução, por meio da Filosofia da Comunicação Total (fazer uso simultâneo da língua de sinais e da língua oral.
No ano de 1970, surge o tratamento para bebês surdos. Em 1980, o INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos) intensificou o trabalho de pesquisas sobre a Língua Brasileira de Sinais e sobre a educação de surdos, criando o primeiro curso de especialização para professores na área da surdez e o Bilinguismo passou então a ser divulgado em todo o território brasileiro.
Nos anos 80 e 90 teve início um movimento com exigências e reivindicações pela comunidade surda, exigindo a prioridade a língua de sinais na educação dos surdos, simultaneamente com o ensino e aprendizado da linguagem oral de forma diglóssica (duas línguas independentes, ensinadas e praticadas em momentos distintos).
De acordo com Quadros et. al. (2009, p.15): Os gestos são visuais e representam a ação dos atores que participam da interação por meio da imitação do ato simbolizando as relações com as coisas. Atualmente, o INES é um centro de referência com atendimento diversificado para atendimento dos surdos no Brasil, dedica-se ao ensino de crianças surdas há mais de 160 anos e atende hoje cerca de 600 alunos da educação infantil, ensino fundamental l e ll e Ensino Médio, além de oferecer ensino profissionalizante e estágios remunerados que ajudam a inserir os surdos no mercado de trabalho.
O INES também apoia e promove a pesquisa de novas metodologias a serem aplicadas no ensino das pessoas surdas, além de prestar atendimento psicológico, fonoaudiólogo e social à comunidade surda. Mas para que o surdo pudesse se comunicar melhor com o mundo, no decorrer dos tempos foram desenvolvidos alguns meios para facilitar a comunicação, por exemplo, os aparelhos auditivos, leitura labial, oralismo, bilinguismo, comunicação total e o método da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, muitos acreditam que a LIBRAS não é língua natural, ou que é uma língua totalmente dependente das línguas faladas, observando a complexidade dessa língua pude observar que é necessário que os profissionais auxiliam na educação dos surdos, participando de cursos para reconhecerem a LIBRAS de forma clara e objetiva, tornando possível aprender e ensinar a língua portuguesa através da língua brasileira de sinais, assim os profissionais da educação serão capazes de desempenhar um papel de intermediador entre surdos e ouvintes. A respeito disso, Araújo et. al. (2015, p. 9) diz que “a presença de um intérprete é imprescindível no âmbito educacional para que ocorra de fato uma troca de conhecimentos”.
Atualmente, muitas são as escolas que buscam ter intérpretes para promover a inclusão dos alunos surdos, porém, sabe-se que para haver uma real inclusão é preciso que ocorram muitas mudanças. De acordo com Lima (2006, p. 60): O acesso das pessoas surdas ao ensino ainda é precário, não apresentando, portanto, bons resultados, pois há muita retenção nas séries iniciais, e faltam serviços de Educação Especial nas escolas comuns, além do preconceito e a exclusão que infelizmente ainda é muito presente dentro das escolas.
É importante ressaltar ainda que a LIBRAS não passou a ser utilizada somente na educação dos surdos, mas também por outras pessoas com incapacidades ou distúrbios na fala que necessitavam também da língua de sinais para serem compreendidas. O acesso desse idioma no contexto social brasileiro se faz necessário a todos, podendo desenvolvê-la com a participação dos surdos e ouvintes que queiram aprender e se envolver e torná-la mais conhecida perante a sociedade atual.
Com o decorrer dos anos foi observado que, no contexto médico, a surdez era enfrentada como uma deficiência e que o indivíduo teria que viver com ela e se adaptar de acordo com sua realidade e necessidades, no entanto, sabe-se que aquele que possui esta diferença não a enxerga como uma doença ou um sofrimento, os surdos apenas vivem a experiência da falta de um dos sentidos, analisando o contexto político atual pude observa que os surdos necessitam ter sua diferença reconhecida como direito intransferível, hoje as comunidades surda se encontram em uma posição em que a qualidade do ensino da LIBRAS deve desempenhar um papel determinante para a superação da condição de subordinação que tem caracterizado suas vidas, desde os tempos mais remotos, a grande luta dos surdos não é ser visto pelo mundo como uma pessoa deficiente, mas como uma pessoa que tem a sua capacidade, a sua forma de ver as coisas do mundo, e cabe aos meios educacionais estimular as suas potencialidades.
O poder público tem a obrigação de suprir todas as necessidades que o aluno surdo precisa para desenvolver seus saberes utilizando sua língua, a comunidade escolar, assim como os pais e amigos dos alunos surdos tem por obrigação cobrar o ensino de libras de qualidade dentro das escolas não só para os alunos surdos mas para todos, são muitas as instituições escolares que oferecem a educação em libras, mas não respeitam a individualidade do aluno e não levam em consideração o ensino social que englobam a família, colegas de sala de aula e as pessoas do convívio geral do surdo, do que adianta o surdo ser alfabetizado em libras se os que estão a sua volta desconhecer essa língua, é como se comunicar e com quem se comunicar. Se dentro da escola é oferecido o professor e intérprete em libras e fora do ambiente escolar o surdo fica totalmente sem comunicação, porque apesar de ter o conhecimento não tem com quem compartilha-lo levando em conta que a maioria dos surdos vem de família e de pais ouvintes.
Entretanto, se acreditarmos que a surdez pode capacitar o indivíduo para uma visão de mundo diferente, e que o conhecimento é construído ativamente, então poderemos esperar que as pessoas surdas venham apresentar um entendimento de mundo diferente daquele apresentado pelos ouvintes. (Leite apud Wilcox, 1994.p.110).
O indivíduo com ou sem necessidades especiais deve exigir o seu direito de acessibilidade, pois não devemos parar de lutar por direitos iguais, respeitando as diferenças em reivindicar melhores condições de vida. Dessa forma, criar projetos bem definidos de acordo com a legislação e enviá-los para os órgãos encarregados de execução e fiscalização tais como instituições de ensino, prefeituras e ministério público a fim de reivindicar as condições de acessibilidade necessárias para que todos tenham o direito de ser, ir e vir contemplando, assim a diversidade, sendo uma iniciativa pessoal envolvida por um sentimento coletivo, além da compreensão de que se é único e simples, mas que ninguém vive só, e que vivemos em sociedade. Portanto, é dever de todos, com ou sem uma necessidade especial, lutar por direitos que incluam a todos, inclusive suas diferenças, pois com isso se terá um mundo diversificado e de valores solidificados.
Para Costa-Renders (2007, p.22) “Quando se trilha caminhos pedagógicos diferenciados, pode-se então promover a construção do conhecimento acessível a todos, sendo que os desafios de aprender com as diferenças possibilitam a construção de um paradigma educacional flexível à inovação”.
O ensino de libras no Brasil ainda se encontra em um nível bem abaixo do esperado e entre tantas razões uma que chama bastante a atenção é a falta de profissionais como os intérpretes de libras, com o objetivo de aumentar o número desse profissional nas escolas do estado de Minas Gerais está sendo criado um projeto onde seja possível atingir as crianças com o ensino de libras, pela facilidade de aprendizagem e formação de possíveis profissionais e assim não ter tanta falta desses profissionais, tornando se possível encontrar pessoas que se identifiquem com a língua.
Imagina que se todos tiverem contato com essa língua ainda na pré-escola, a língua de sinais poderá ser utilizada para a comunicação entre todos como qualquer outra língua oral. É importante que todos lutem por esse objetivo para que o surdo tenha em sua certeza que a língua brasileira de sinais não é uma segunda língua, mas sim uma língua pátria como qualquer outra,
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após estudo, análise e reflexão sobre a importância da LIBRAS para inclusão escolar do surdo, ficou evidente que para o indivíduo se sentir parte desse grupo, e participar ativamente das atividades propostas, é necessário que todo o envolvido tenha conhecimento em língua de sinais, tanto os surdos como os ouvintes. Caso contrário, só existirá interação entre o surdo e o intérprete, e na maioria das vezes o intérprete não estará presente para fazer a mediação entre o surdo e o ouvinte, é de suma importância que os familiares e amigos do surdo se disponha a aprender a língua de sinais para que o convívio do surdo na sociedade seja a mais natural possível.
Dessa forma podemos afirmar que a língua brasileira de sinais Libras, é a principal ferramenta para que haja a inclusão com responsabilidade e comprometimento com a comunidade surda perante aos ouvintes. A partir do momento em que as pessoas surdas e ouvintes aprenderem a se comunicar de forma clara e objetiva entre si, a inclusão será seriamente praticada no Brasil e no mundo.
Mas para que a inclusão do surdo verdadeiramente se concretize é preciso prática, conhecimento, habilidade, responsabilidade e principalmente vontade de aprender Libras, por toda a população, incluindo principalmente os familiares e amigos e não só pelos surdos e sua intérprete, fazendo valer o que se compromete à política pública para com essa clientela, já que os cursos de libras são cada vez mais difícil de ser encontrados principalmente em cidades do interior onde as pessoas dificilmente são inseridas nesse convívio com a comunidade surdo, muitas vezes por falta de conhecimento ou mesmo falta de interesse, somente quando cada um fazer o que lhe compete, num contexto legal e moral, com o envolvimento de todos, poderemos finalmente dizer que a educação inclusiva está acontecendo.
A tarefa é criar espaços educacionais onde a diferença esteja presente, onde se possa aprender com o outro, sem que aspectos (Lacerda, 2006, Cad. Cedes p.183). Desse modo, podemos dizer que a inclusão acontece de maneira natural, sem preconceito, com respeito às diferenças e exclusividade para determinado grupo, podendo assim ser vista e aceita como educação para todos.
É correto afirmar que esse é um tema polêmico que gera sempre debates acalorados e aflorados de ideias e sugestões que indicam o quanto o assunto LIBRAS (língua brasileira de sinais) que se diz um modelo considerado inclusivo pode na verdade não ser nada inclusivo. O aluno surdo, apesar de presente fisicamente, não é considerado na maioria de seus aspectos, é excluído, desrespeitado e se cria uma falsa imagem de que a inclusão é um grande sucesso.
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