Educação financeira no ensino fundamental e médio: Perspectivas para a construção de uma cultura financeira sustentável

FINANCIAL EDUCATION IN PRIMARY AND SECONDARY EDUCATION: PERSPECTIVES FOR BUILDING A SUSTAINABLE FINANCIAL CULTURE

EDUCACIÓN FINANCIERA EN LA ENSEÑANZA PRIMARIA Y SECUNDARIA: PERSPECTIVAS PARA LA CONSTRUCCIÓN DE UNA CULTURA FINANCIERA SOSTENIBLE

Autor

Ronald Fernandes Bardella
ORIENTADOR
Prof. Dr. Fábio Terra Gomes Junior

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/F6E310

DOI

Bardella, Ronald Fernandes . Educação financeira no ensino fundamental e médio: Perspectivas para a construção de uma cultura financeira sustentável. International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

Este estudo de caso tem como objetivo analisar a implementação da Educação Financeira no Ensino Fundamental e Médio, em escolas públicas de São Paulo, com base no Currículo Paulista e na BNCC. A pesquisa busca compreender os hábitos financeiros dos estudantes, focando no uso do dinheiro, consumo e planejamento financeiro. No Ensino Fundamental, atividades lúdicas e cálculos simples introduzem conceitos financeiros básicos, enquanto no Ensino Médio, temas como juros, investimentos e endividamento são abordados de forma mais aprofundada. A pesquisa também investiga o impacto de ferramentas digitais, como o Repositório do CMSP, no aprimoramento do ensino. As atividades práticas, como simulações de orçamento e controle de gastos, permitem que os alunos apliquem conceitos matemáticos no cotidiano. Os resultados indicam que a integração da Educação Financeira ao currículo de Matemática é eficaz para promover a conscientização financeira, embora desafios em adaptação pedagógica e uso de novas tecnologias ainda precisam ser superados.
Palavras-chave
educação financeira; ensino fundamental; ensino médio; matemática; ferramentas digitais.

Summary

This case study aims to analyze the implementation of Financial Education in Elementary and High Schools in public schools in São Paulo, based on the Paulista Curriculum and the BNCC. The research seeks to understand students’ financial habits, focusing on money usage, consumption, and financial planning. In Elementary School, playful activities and simple calculations introduce basic financial concepts, while in High School, topics such as interest, investments, and indebtedness are explored in more depth. The research also investigates the impact of digital tools, such as the CMSP Repository, in enhancing teaching. Practical activities, such as budgeting simulations and expense control, allow students to apply mathematical concepts to everyday life. The results indicate that integrating Financial Education into the Mathematics curriculum is effective in promoting financial awareness, although challenges in pedagogical adaptation and the use of new technologies still need to be addressed.
Keywords
financial education; elementary school; high school; mathematics; digital tools.

Resumen

Este estudio de caso tiene como objetivo analizar la implementación de la Educación Financiera en las Escuelas Primarias y Secundarias en escuelas públicas de São Paulo, basándose en el Currículo Paulista y la BNCC. La investigación busca comprender los hábitos financieros de los estudiantes, enfocándose en el uso del dinero, el consumo y la planificación financiera. En la Educación Primaria, las actividades lúdicas y los cálculos simples introducen conceptos financieros básicos, mientras que en la Secundaria, temas como los intereses, las inversiones y el endeudamiento se abordan de manera más profunda. La investigación también analiza el impacto de las herramientas digitales, como el Repositorio del CMSP, en la mejora de la enseñanza. Las actividades prácticas, como simulaciones de presupuestos y control de gastos, permiten a los estudiantes aplicar conceptos matemáticos en su vida cotidiana. Los resultados indican que la integración de la Educación Financiera en el currículo de Matemáticas es eficaz para promover la conciencia financiera, aunque los desafíos en la adaptación pedagógica y el uso de nuevas tecnologías aún deben ser superados.
Palavras-clave
educación financiera; educación primaria; educación secundaria; matemáticas; herramientas digitales.

INTRODUÇÃO

A educação financeira é uma habilidade fundamental para o desenvolvimento de uma cidadania responsável e consciente, especialmente em um cenário global marcado por constantes mudanças econômicas, sociais e tecnológicas. No Brasil, a falta de conhecimento sobre finanças pessoais representa um desafio significativo, refletido no alto número de brasileiros endividados e com dificuldades para administrar seus recursos de forma eficiente. Nesse contexto, a inclusão da educação financeira nas escolas de ensino fundamental e médio surge como uma estratégia essencial para preparar os jovens para enfrentar tais desafios.

A educação financeira nas escolas públicas de ensino fundamental e médio tem se tornado um tema de crescente importância na formação dos alunos, considerando o cenário econômico atual e as dificuldades enfrentadas por muitos jovens ao lidarem com suas finanças pessoais. O acesso limitado a informações sobre gestão financeira nas escolas reflete uma lacuna que pode ser preenchida com a inclusão de conteúdos e práticas pedagógicas voltadas à conscientização e ao desenvolvimento de competências financeiras. Com o avanço das tecnologias e a digitalização dos processos financeiros, torna-se fundamental que os jovens compreendam não apenas os conceitos básicos de finanças, mas também as implicações de suas escolhas no ambiente digital, como o uso de cartões de crédito, empréstimos e plataformas digitais de pagamento.

Além disso, é importante destacar que a implementação de programas de educação financeira nas escolas não se limita ao ensino de conceitos técnicos, mas envolve a construção de uma visão crítica e reflexiva sobre o consumo, o endividamento e a sustentabilidade financeira, promovendo a autonomia dos estudantes. Nesse sentido, espera-se que a formação de uma cultura financeira sólida possa impactar positivamente a sociedade, contribuindo para o enfrentamento das desigualdades econômicas e para a construção de um futuro financeiro mais equilibrado e consciente.

Este artigo propõe analisar as perspectivas para a construção de uma cultura financeira sustentável nas escolas públicas de ensino fundamental e médio, investigando como práticas educacionais voltadas à educação financeira podem contribuir para o desenvolvimento de competências essenciais. A partir de uma revisão das principais abordagens teóricas e práticas adotadas no país, busca-se compreender como as escolas podem se tornar instrumentos eficazes na formação de uma geração mais preparada para tomar decisões financeiras responsáveis e conscientes.

REVISÃO DE LITERATURA

A educação financeira pode ser compreendida como um processo contínuo no qual os indivíduos desenvolvem conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para tomar decisões conscientes e eficazes no gerenciamento de recursos financeiros. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a educação financeira consiste em “o processo pelo qual os consumidores e investidores financeiros melhoram sua compreensão dos produtos, conceitos e riscos financeiros, por meio de informação, instrução e/ou aconselhamento objetivo” (OCDE, 2005, p. 26). Essa definição destaca não apenas a aquisição de conhecimentos técnicos, mas também o desenvolvimento de uma postura crítica diante das escolhas econômicas.

No contexto da formação cidadã, a educação financeira torna-se essencial para que os indivíduos estejam aptos a lidar com as demandas do mundo contemporâneo, marcado pelo consumo, pela tecnologia e pela instabilidade econômica. Para Argôlo (2019, p. 20), a Educação Financeira “é uma ferramenta na qual os indivíduos podem se utilizar para tomar decisões eficientes com relação ao uso e controle do dinheiro”, reforça a ideia de que a Educação Financeira vai além da simples transmissão de conhecimentos teóricos sobre finanças. Ao considerá-la uma ferramenta, o autor evidencia seu caráter prático e instrumental, capaz de auxiliar os indivíduos na tomada de decisões conscientes e eficientes sobre o uso do dinheiro. Essa perspectiva é especialmente relevante no contexto educacional, pois indica que o ensino da Educação Financeira deve estar vinculado à realidade cotidiana dos estudantes, promovendo a autonomia e a responsabilidade na gestão de recursos desde os anos iniciais da formação escolar. 

Ademais, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 2017, reforça a importância da inserção da educação financeira desde os anos iniciais do ensino fundamental, ao tratar da educação para o consumo consciente e da competência de “responsabilidade e cidadania” (Brasil, 2017). Essa diretriz evidencia a necessidade de incluir no currículo escolar práticas pedagógicas que estimulem o pensamento crítico, o planejamento e a reflexão sobre o uso do dinheiro.

Uma educação financeira efetiva deve considerar a realidade sociocultural dos estudantes, pois não há como ensinar finanças pessoais de forma descontextualizada da vida cotidiana das famílias brasileiras, especialmente nas escolas públicas, onde os desafios econômicos são mais evidentes. Isso significa que a abordagem deve ir além da técnica, sendo integrada ao cotidiano dos alunos e aos dilemas enfrentados por suas comunidades. Dessa forma, a educação financeira se apresenta como uma ferramenta indispensável para o fortalecimento da cidadania e da autonomia, sendo cada vez mais necessária frente às exigências sociais, econômicas e tecnológicas da atualidade.

A EDUCAÇÃO FINANCEIRA NAS ESCOLAS

A introdução da educação financeira desde os anos iniciais da educação básica é considerada fundamental para a formação de cidadãos mais conscientes, autônomos e preparados para lidar com os desafios econômicos do cotidiano.

Segundo Almeida, Vanderley e Silva (2020, p. 5):

A Educação Financeira na infância e na adolescência é algo que pode vir a modificar cenários futuros, pois com um estudo iniciado logo cedo, crianças e jovens adolescentes crescerão conscientes da importância de gerir com responsabilidades os recursos pessoais.

A escola, portanto, desempenha um papel estratégico nesse processo, ao promover não apenas o ensino de conteúdos técnicos, mas também a reflexão crítica sobre o uso do dinheiro, as práticas de consumo e as responsabilidades individuais e coletivas que envolvem a vida financeira.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reconhece a relevância da educação financeira como um tema transversal que pode ser trabalhado em diferentes componentes curriculares, como Matemática, Geografia e Ciências Humanas, por meio de projetos interdisciplinares (Brasil, 2018). Essa abordagem permite contextualizar o ensino da educação financeira a partir da realidade dos alunos, o que torna o aprendizado mais significativo e conectado com suas experiências cotidianas.

A ausência de conhecimentos básicos sobre finanças pessoais contribui para a formação de adultos despreparados para lidar com situações financeiras adversas, o que, muitas vezes, resulta em endividamento, uso excessivo de crédito e baixa capacidade de poupança. Dessa forma, a educação financeira escolar não apenas ensina a administrar recursos, mas contribui para o fortalecimento da cidadania e da equidade social, ao oferecer a todos os estudantes — especialmente os da rede pública — a oportunidade de adquirir competências essenciais para uma vida financeira equilibrada e sustentável.

A Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) destaca a importância de integrar a educação financeira ao currículo escolar, promovendo a compreensão crítica sobre consumo e finanças pessoais. A (ENEF, 2021, p. 33) destaca que: 

A escola é um dos ambientes de aprendizado dos alunos, é ali que os estudantes aprendem não somente os conhecimentos cognitivos, mas também o que provoca o sentimento de pertencimento, o que lhes proporciona capacidade de administrar sua vida em sociedade, de fazer escolhas e de sonhar, assim como de descobrir formas de realização dos caminhos que traçarem. A educação financeira, aqui compreendida como tema transversal, dialoga com os diversos conteúdos e competências especificadas na BNCC, tanto para o Ensino Médio como para o Ensino Fundamental.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2009), promover a educação financeira nas escolas requer mais do que a transmissão teórica de conceitos; é essencial integrá-la ao cotidiano dos alunos por meio de experiências práticas e contextualizadas que dialoguem com outras disciplinas. Essa abordagem favorece a compreensão e a aplicação dos conhecimentos financeiros na vida real. Complementando essa visão, o Referencial de Educação Financeira (MEC, 2013, p. 5) cita: 

A importância da Educação Financeira nas escolas advém sobretudo do facto de crianças e jovens, de forma progressiva e cada vez mais prematura, se constituírem como consumidores, e concretamente como consumidores de produtos e serviços financeiros

Portanto, é possível afirmar que a educação financeira no ambiente escolar contribui não apenas para o desenvolvimento de habilidades de gestão econômica, mas também para a formação de sujeitos mais conscientes, críticos e socialmente responsáveis.

A FORMAÇÃO PARA O CONSUMO CONSCIENTE E A EDUCAÇÃO FINANCEIRA 

Quando aliada à formação ética e cidadã, a educação financeira torna-se uma ferramenta poderosa para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. Integrada ao currículo escolar, ela contribui diretamente para o desenvolvimento do consumo consciente, estimulando os alunos a refletirem sobre os impactos de suas escolhas econômicas no meio ambiente, na sociedade e na própria vida.

Segundo Morin (2011), a educação deve preparar os indivíduos para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo, oferecendo instrumentos que favoreçam o pensamento crítico, ético e reflexivo. Nesse contexto, a educação financeira não deve se restringir à realização de cálculos ou à organização do orçamento pessoal, mas ampliar-se para incluir a reflexão sobre os hábitos de consumo, suas motivações e consequências. A formação voltada ao consumo consciente envolve a análise de fatores sociais, culturais e ambientais, promovendo práticas mais sustentáveis e adequadas à realidade econômica brasileira.

Silva e Gómez (2015) destacam que a prática educacional, especialmente por meio da educação ambiental, tem papel fundamental na construção de uma sociedade mais crítica e sustentável, pois permite a compreensão dos impactos do consumo inconsciente e incentiva atitudes responsáveis. O consumo consciente, nesse sentido, está estreitamente relacionado ao planejamento financeiro, à avaliação das reais necessidades e ao entendimento do papel do consumidor na cadeia produtiva. Ao compreenderem a lógica de mercado e os mecanismos de crédito e publicidade, os estudantes tornam-se mais aptos a fazer escolhas responsáveis e evitar o endividamento precoce — uma realidade recorrente entre os jovens.

Saviani (2008), em sua obra, defende que a escola pública deve exercer uma função transformadora na sociedade, democratizando o acesso ao conhecimento e contribuindo para a emancipação dos sujeitos. Nessa mesma perspectiva, Cardoso e Lara (2008) afirmam que a escola deve resgatar o conhecimento historicamente acumulado e oferecer condições para que os estudantes compreendam criticamente sua realidade social e econômica. A escola, portanto, assume um papel educativo e transformador, sobretudo no contexto das instituições públicas, onde muitos alunos têm acesso limitado à orientação financeira no ambiente familiar.

Ao promover o consumo responsável, o planejamento financeiro e a compreensão do papel social do indivíduo na economia, a escola reafirma sua função transformadora e emancipatória. Investir na formação financeira desde os anos escolares, portanto, é um passo essencial para a construção de uma cultura mais justa, sustentável e equitativa.

POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS

Nas políticas educacionais recentes, destaca-se a iniciativa do Governo do Estado de São Paulo, que passou a incluir a Educação Financeira como disciplina obrigatória em seu currículo escolar. De acordo com uma notícia publicada no Portal da Secretaria da Educação de São Paulo (2023), cerca de 1 milhão de estudantes do Ensino Médio e dos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental passaram a contar com esse novo componente curricular. A proposta visa ampliar o aprendizado de conteúdos matemáticos aplicados à realidade financeira dos alunos, promovendo competências relacionadas à gestão de recursos, planejamento e consumo consciente, alinhando-se às diretrizes nacionais de formação integral e à Base Nacional Comum Curricular.

Além das iniciativas estaduais, políticas públicas em nível federal também vêm sendo articuladas para fortalecer a inserção da Educação Financeira nas escolas brasileiras. Em abril de 2025, o Ministério da Educação (MEC) apresentou o Programa de Educação Financeira, com o objetivo de promover o letramento financeiro desde a Educação Básica até o Ensino Superior. A proposta visa desenvolver competências relacionadas à gestão de recursos, planejamento financeiro e consumo consciente, contribuindo para a formação de cidadãos mais autônomos e críticos diante das dinâmicas econômicas contemporâneas (Brasil, 2025).

De acordo com o MEC, o programa será estruturado em quatro eixos principais: políticas públicas, formação docente, produção de materiais didáticos e estratégias pedagógicas. Essa abordagem visa garantir a transversalidade do tema nos currículos escolares e oferecer apoio contínuo às redes de ensino e aos educadores. Tais diretrizes demonstram o reconhecimento da importância da Educação Financeira como elemento essencial para a promoção da cidadania, da sustentabilidade econômica e da inclusão social.

Essa preocupação reflete os dados disponibilizados por pesquisas recentes, que reforçam a urgência da inclusão da educação financeira nos currículos escolares. Segundo a OABPrev (2024), mais de 76% das famílias brasileiras enfrentam algum tipo de endividamento, o que revela uma fragilidade significativa na gestão das finanças pessoais. Esse cenário evidencia a necessidade de políticas públicas que promovam o letramento financeiro desde a infância, como estratégia para reduzir o ciclo de dívidas e promover maior autonomia financeira ao longo da vida. A falta de planejamento financeiro tem sido apontada como a principal causa do endividamento entre as novas gerações. Um estudo publicado pelo Jornal da USP (2024) revela que a escassez de educação financeira contribui para a dificuldade dos jovens em gerenciar suas finanças, aumentando o endividamento. Esse cenário reforça a necessidade urgente de inclui-la no currículo escolar, como uma ferramenta essencial para promover escolhas mais conscientes e sustentáveis.

Essas iniciativas demonstram o reconhecimento da educação financeira como uma competência essencial, corroborando as argumentações apresentadas na revisão de literatura sobre a importância da formação financeira para o fortalecimento da cidadania e a promoção de práticas econômicas mais sustentáveis.

METODOLOGIA

Este estudo de caso tem como foco o comportamento de estudantes do Ensino Fundamental e Médio, matriculados em escolas municipais e estaduais da rede pública de ensino. A pesquisa está fundamentada no Currículo Paulista e na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com o objetivo de analisar o conteúdo programático relacionado à Educação Financeira, bem como observar o interesse e o envolvimento dos alunos com os temas propostos.

Foi realizada uma sondagem de caráter qualitativo, voltada à compreensão dos hábitos financeiros de estudantes de diferentes faixas etárias. A investigação buscou identificar como os alunos lidam com o dinheiro que recebem, seus padrões de consumo e suas atitudes em relação ao planejamento financeiro.

Embora a BNCC não apresente habilidades específicas voltadas exclusivamente à Educação Financeira, o tema está inserido no componente curricular de Matemática e deve ser trabalhado de forma transversal. O Currículo Paulista reforça essa abordagem, oferecendo aos professores a possibilidade de integrar esses conteúdos às práticas pedagógicas.

Adicionalmente, destaca-se a importância do Repositório do Centro de Mídias de São Paulo (CMSP), que disponibiliza materiais digitais e recursos interativos. Esses materiais contribuem para a formação continuada dos professores da rede estadual e municipal, permitindo o enriquecimento do acervo pedagógico e a qualificação do planejamento das aulas no Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

ESTRUTURAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL I E II 

Neste momento serão analisados os hábitos comportamentais no Ensino Fundamental. Como destaca Rezende (2014, p.19):

A educação financeira envolve o conhecimento e a utilização de métodos e ferramentas contábeis, administrativas na vida pessoal. Embora a educação financeira pessoal esteja diretamente ligada às importantes decisões quanto ao futuro, muitas pessoas não têm a instrução de como administrar o seu dinheiro, seja por falta de interesse ou instrução. […] o interesse de adquiri-la é de responsabilidade de cada indivíduo.

A Educação Financeira Escolar (EFE) é apresentada por Santos e Groenwald (2024, p. 5), que afirmam: “ao considerar a EFE para crianças que estão iniciando sua jornada escolar, é importante refletir sobre como abordar tópicos que sejam adequados para serem trabalhados com alunos neste nível de ensino, visando o desenvolvimento da EFE”.

No Ensino Fundamental I, que abrange crianças de 6 a 10 anos, já se observam os primeiros movimentos para a inserção da Educação Financeira no contexto escolar. Nesse ciclo, os alunos começam a ter contato com o dinheiro de forma lúdica e didática, realizando cálculos simples de adição e subtração com notas e moedas

Geralmente, os professores utilizam atividades contextualizadas, como simulações de compras em supermercados, nas quais os estudantes devem resolver problemas envolvendo valores em reais e centavos. Essas práticas contribuem para o desenvolvimento do raciocínio lógico e da capacidade de lidar com situações cotidianas. Embora o uso de ferramentas contábeis e administrativas ainda não seja apropriado para essa etapa inicial e também não é adequado colocá-las na etapa final, o objetivo principal está pautado em proporcionar o primeiro contato com conceitos matemáticos e financeiros de maneira integrada, despertando desde cedo a consciência sobre o uso do dinheiro.

No Ensino Fundamental II, que abrange estudantes de aproximadamente 11 a 14 anos, a Educação Financeira pode ser trabalhada com maior aprofundamento, considerando o avanço no desenvolvimento cognitivo e na compreensão de situações mais complexas. Nesse ciclo, os conteúdos relacionados à matemática — como porcentagem, proporção, frações e números decimais — ganham destaque nas atividades voltadas à Educação Financeira. Os alunos começam a refletir sobre questões como orçamento pessoal, consumo consciente, poupança, planejamento de gastos e até mesmo noções básicas de juros simples. Para promover uma maior integração dos estudantes com a Educação Financeira Escolar, é importante que o docente proponha situações interessantes e desafiadoras, estimulando os alunos a buscar soluções para os problemas apresentados (Santos; Groenwald, 2024).

As práticas pedagógicas incluem simulações de orçamento familiar, pesquisas de preços, comparações de produtos e análise de folhetos de supermercado, entre outras propostas interdisciplinares que integram matemática, ciências humanas e cidadania. Esse tipo de abordagem favorece o desenvolvimento do pensamento crítico e da autonomia na tomada de decisões relacionadas ao consumo e à gestão do dinheiro.

Durante o primeiro bimestre de 2025, nas turmas de 8º ano do Ensino Fundamental, foi realizada a atividade intitulada “Economizando no Supermercado”. Os alunos foram incentivados a trazer panfletos de ofertas de diferentes jornais locais, com o objetivo de selecionar cinco produtos em promoção para cada grupo, composto por no máximo seis integrantes. Em seguida, os alunos observaram a data de término da promoção e retornaram ao supermercado para registrar o preço dos produtos após o fim da oferta. Em sala de aula, utilizando a fórmula da taxa de aumento ou desconto, que relaciona o valor final ao valor inicial do produto, os estudantes calcularam a porcentagem de aumento dos preços após o término da promoção.

O objetivo dessa atividade foi demonstrar o potencial de economia ao escolher produtos em oferta, evidenciando um hábito importante na gestão do dinheiro. Além disso, foi possível trabalhar de forma prática os conceitos de porcentagem e de análise crítica sobre o consumo. É importante ressaltar também que a introdução de reflexões sobre publicidade, impulsos de compra e influência da mídia contribui para que os estudantes compreendam os fatores que influenciam seus hábitos de consumo. Assim, o trabalho com a Educação Financeira no Ensino Fundamental II não apenas reforça conteúdos curriculares, mas também contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis financeiramente. Andrade et al., (2022, p. 4) reflete que: 

Sendo assim, é importante que a Educação Financeira, agregada ao ensino da matemática, seja desenvolvida de maneira que o discente perceba não somente a teoria, mas também a prática, ou seja, cabe capacitar o educando para ele traduzir as ideias de cálculos e a sua interpretação para a sua realidade, que ele seja capaz de interagir no seu ambiente de convívio, associando o aprendido com as circunstâncias da vida.

Dessa forma, compreende-se que a Educação Financeira no ambiente escolar deve ir além da mera transmissão de conteúdos teóricos, sendo essencial que esteja associada ao ensino da matemática de maneira contextualizada. Quando os estudantes conseguem perceber a aplicação prática dos conceitos matemáticos em seu cotidiano, eles passam a atribuir mais significado ao que aprendem. Assim, o papel do professor é fundamental para mediar situações em que os alunos possam refletir sobre seus hábitos de consumo, tomar decisões conscientes e desenvolver autonomia financeira, associando o conhecimento escolar às circunstâncias reais de suas vidas.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA NO ENSINO MÉDIO

No Ensino Médio, que contempla estudantes entre 15 e 17 anos, a Educação Financeira pode ser explorada de forma mais aprofundada, levando em conta a maturidade crescente dos alunos e sua proximidade com a entrada no mercado de trabalho, vestibulares ou outras decisões típicas da vida adulta. Na perspectiva de Silva e Pereira (2015, p.26):

Consumo, no contexto Educação Financeira, é a renúncia de capital em troca de bens ou serviços. Ele faz parte de um processo longo e complexo que engloba produção, distribuição, consumo propriamente dito e descarte. O consumo se torna consciente, responsável e sustentável, quando causa nos consumidores as atitudes de refletir, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. 

É importante que nesta etapa, os jovens tenham o discernimento sobre o consumo e o porquê é tão necessário ter controle sobre aquilo que ele quer e o que ele realmente precisa, para que esses pensamentos impliquem em hábitos que vão contra a educação financeira e esteja aliado ao endividamento.

Na escola estadual do município de Pradópolis, por exemplo, muitos estudantes estão inseridos no mercado de trabalho por meio do programa Jovem Aprendiz, que permite a contratação de alunos a partir dos 16 anos para estágios com carga horária entre 4 e 6 horas diárias. Para manter-se no programa, o estudante precisa apresentar frequência regular e desempenho escolar acima do mínimo exigido, o que reforça a importância do compromisso com os estudos e da organização pessoal e financeira. Nesse contexto, os alunos já possuem uma base matemática sólida, o que permite a abordagem de conteúdos mais complexos, como juros simples e compostos, inflação, crédito, endividamento, investimentos básicos e planejamento financeiro de curto, médio e longo prazo. A inserção desses temas amplia não apenas o repertório matemático, mas também promove discussões sobre aspectos sociais, éticos e econômicos relacionados à vida financeira, preparando o jovem para decisões conscientes e sustentáveis em sua trajetória pessoal e profissional.

A abordagem pedagógica no Ensino Médio inclui atividades práticas que incentivam o desenvolvimento de competências financeiras mais sofisticadas. Entre essas atividades, destaca-se a elaboração de planilhas de controle de gastos, a análise de extratos bancários fictícios, simulações de financiamentos e cálculos comparativos de juros. Essas práticas não apenas proporcionam o domínio dos conceitos matemáticos, como também preparam os alunos para tomar decisões financeiras mais conscientes no futuro.

Analisando os estudantes do Ensino Médio de uma escola pública de Pradópolis, foi implementada uma atividade que envolveu a criação de um planejamento financeiro pessoal. Os alunos foram orientados a elaborar um orçamento mensal, considerando receitas e despesas, e a simular diferentes cenários de investimentos, aplicando os conceitos de juros simples e compostos que haviam aprendido nas aulas de Matemática. Além disso, debates sobre consumo consciente, sustentabilidade financeira e os riscos do endividamento foram incorporados à rotina escolar. A proposta visava não apenas aprimorar os conhecimentos matemáticos dos estudantes, mas também incentivar uma reflexão crítica sobre as implicações sociais e pessoais das decisões financeiras, especialmente para jovens que, no contexto local, já estão inseridos no mercado de trabalho por meio do programa Jovem Aprendiz.

A plataforma de simulações presente no Currículo Paulista foi utilizada para complementar as atividades práticas. Através dessa plataforma, os alunos puderam experimentar simulações de investimentos e entender como os juros podem impactar suas finanças a curto e longo prazo. Essas ferramentas permitiram que os estudantes vivenciassem, de maneira concreta, o impacto das decisões financeiras na vida cotidiana, tornando o aprendizado mais eficaz e aplicado à realidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados obtidos neste estudo de caso evidenciam os avanços no desenvolvimento das competências matemáticas e financeiras dos estudantes, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. As atividades realizadas, como o exercício “Economizando no Supermercado” no Ensino Fundamental II e a criação de um planejamento financeiro pessoal no Ensino Médio, mostraram a eficácia de integrar conceitos matemáticos ao ensino de Educação Financeira. Os alunos foram capazes de aplicar o conhecimento adquirido em situações cotidianas, como o cálculo de porcentagens de aumento de preços e a análise de seus próprios orçamentos, o que permitiu uma reflexão crítica sobre o consumo e a gestão financeira.

A utilização de ferramentas digitais, como as simulações do Currículo Paulista, contribuiu significativamente para o aprendizado dos estudantes, permitindo que experimentassem o impacto dos juros e investimentos de forma prática e acessível. As discussões sobre endividamento, consumo consciente e sustentabilidade financeira ampliaram a compreensão dos alunos sobre as implicações sociais e pessoais de suas escolhas financeiras. Esses resultados indicam que a integração da Educação Financeira ao ensino de Matemática é uma abordagem eficaz para formar cidadãos mais conscientes e preparados para tomar decisões financeiras informadas.

Apesar dos avanços, também foram identificados desafios, como a necessidade de adequação das atividades de acordo com as faixas etárias dos estudantes e seus níveis de compreensão. A adaptação dos conteúdos ao contexto de cada etapa do ensino é essencial para maximizar o impacto das ações pedagógicas. Assim, este estudo confirma a relevância da abordagem prática e interdisciplinar da Educação Financeira, sugerindo a continuidade dessa integração nas escolas, com maior ênfase no uso de tecnologias digitais e em atividades que favoreçam a reflexão crítica dos alunos.

No entanto, para que o impacto da Educação Financeira seja ainda mais eficaz e abrangente, são necessárias novas pesquisas que explorem as lacunas existentes. Tais investigações podem aprofundar a análise dos desafios enfrentados pelos docentes ao integrar esse tema ao currículo, além de avaliar a efetividade de novas ferramentas digitais e metodologias inovadoras para o ensino da Educação Financeira. Essas futuras pesquisas serão essenciais para continuar aprimorando as práticas pedagógicas e para garantir que os alunos estejam cada vez mais preparados para tomar decisões financeiras responsáveis em suas vidas pessoais e profissionais.

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