As dificuldades administrativas enfrentadas pelas escolas públicas

ADMINISTRATIVE DIFFICULTIES FACED BY PUBLIC SCHOOLS

DIFICULTADES ADMINISTRATIVAS QUE ENFRENTAN LAS ESCUELAS PÚBLICAS

Autor

Francisco Romério Rodrigues dos Santos
ORIENTADOR
 Profª Drª Simone Aparecida Marendaz

URL do Artigo

https://iiscientific.com/artigos/438BDA

DOI

Santos, Francisco Romério Rodrigues dos . As dificuldades administrativas enfrentadas pelas escolas públicas. International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Resumo

O artigo enalteceu algumas das principais dificuldades administrativas que as instituições de ensino públicas do país apresentam no dia a dia, e que por essa razão, tendem a ampliar o número de barreiras para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça de uma maneira mais proficiente. Objetiva-se compreender os motivos para que essas limitações de cunho administrativo existam por parte das instituições de ensino, a fim de que, possa haver uma maior possibilidade de êxito com relação ao desenvolvimento de novas estratégias para combater os problemas existentes. A metodologia adotada para a idealização do presente artigo foi à pesquisa de cunho bibliográfica. A fundamentação destacou a necessidade de haver algumas mudanças, no que concerne a administração escolar e como a formação qualificada desses profissionais responsáveis pela condução do processo, deve ser mais bem delineada, voltada a atender as necessidades apresentadas pelo sistema educacional.
Palavras-chave
dificuldades; gestão; educandos; escolas.

Summary

The article highlighted some of the main administrative difficulties that public educational institutions in the country face on a daily basis, and which, for this reason, tend to increase the number of barriers to the teaching and learning process occurring in a more proficient manner. The objective is to understand the reasons why these administrative limitations exist on the part of educational institutions, so that there may be a greater chance of success in relation to the development of new strategies to combat the existing problems. The methodology adopted to idealize this article was bibliographical research. The justification highlighted the need for some changes, with regard to school administration and how the qualified training of these professionals responsible for conducting the process, must be better outlined, aimed at meeting the needs presented by the educational system.
Keywords
difficulties; management; students; schools.

Resumen

El artículo destacó algunas de las principales dificultades administrativas que enfrentan cotidianamente las instituciones educativas públicas del país y que, por ello, tienden a incrementar el número de barreras para que el proceso de enseñanza y aprendizaje se lleve a cabo de manera más eficiente. El objetivo es comprender las razones por las cuales existen estas limitaciones administrativas por parte de las instituciones educativas, para que exista una mayor posibilidad de éxito en relación al desarrollo de nuevas estrategias para combatir los problemas existentes. La metodología adoptada para la creación de este artículo fue la investigación bibliográfica. La justificación destacó la necesidad de algunos cambios, en lo que se refiere a la administración escolar y cómo debe perfilarse mejor la formación cualificada de estos profesionales encargados de conducir el proceso, visando atender las necesidades que presenta el sistema educativo.
Palavras-clave
dificultades; gestión; estudiantes; escuelas.

INTRODUÇÃO

O presente artigo aborda as dificuldades administrativas apresentadas pelas instituições de ensino, relatando a necessidade de haver um engajamento maior em relação ao processo de formação de educandos, principalmente valorizando o conhecimento e o diálogo entre profissionais e comunidade escolar. 

O objetivo é mostrar o desenvolvimento da forma como as instituições de ensino públicas se tornam cada vez mais acentuada, bem como os alunos brasileiros vêm cada vez mais sendo contemplados por gestões que se mostram muito mais capacitadas e profissionais. 

A metodologia usada para a escrita do presente tema foi à pesquisa de cunho bibliográfico, sendo que diversas pesquisas foram realizadas em publicações e obras de autores renomados, e que contribuíram muito com o desenvolvimento do tema. 

A justificativa usada para a escrita do presente tema foi à necessidade de mostrar como a administração escolar é um trabalho árduo, que esbarra em diversas dificuldades, e que por essa razão, necessita ser valorizado quando é bem realizado.

A fundamentação teórica foi dividida em duas partes, sendo que a primeira cita a gestão que compactue com uma boa administração escolar, ou seja, que valorize o diálogo e a participação da comunidade escolar, enquanto que a segunda parte cita a profissionalização dos gestores escolares e sua real importância, sendo que a obtenção de conhecimento para administrar corretamente uma escola é fundamental. 

O artigo irá contribuir para mostrar como as escolas públicas vêm se desenvolvendo e se capacitando, e ao mesmo tempo se mostrando muito mais abrangentes e capacitadas para exercer sua função social e assim, passar a contemplar as necessidades dos alunos e as lacunas educacionais que ainda existem. 

Nas considerações finais, os leitores irão visualizar a forma como as escolas brasileiras da modalidade pública vêm se desenvolvendo muito, pensando na capacitação dos profissionais, beneficiando o processo de formação muito mais ampla e qualificada para seus adeptos, ou seja, os estudantes.

DESENVOLVIMENTO

Pensar na forma como os profissionais que atuam na educação, e que possuem a responsabilidade de gerenciar esse processo, bem como nos métodos adotados para a sua formação, representa uma questão absolutamente basilar, para se minimizar os problemas relacionados a uma possível reestruturação do modelo educacional vigente.

A educação como um todo é um tipo de organização, mesmo que tenha missão diferenciada, pois possui estrutura física, materiais, equipamentos, pessoas, valores, cultura própria, regras e normas, além de outros aspectos existentes em outros tipos de sistemas. Assim, faz-se a seguir uma interlocução entre diferentes autores sobre o entendimento do que seja uma organização.

Assim como se trata de um componente fundamental compreender como a aplicação ou não de recursos, representa uma condicionante, a fim de que os gestores educacionais, tenham possibilidades maiores de realizarem um trabalho mais proficiente e edificante no dia a dia (Rossi, 2008).

Com efeito, vale destacar como existe um grande desnível com relação à aplicação de recursos voltados à educação, principalmente com relação a contextos como densidade populacional, por exemplo, e também, sua geolocalização.

Com efeito, é possível apontar de uma maneira muito clara, como os profissionais que gerenciam as escolas públicas brasileiras, enfrentam no cotidiano de suas funções dificuldades distintas e que por essa razão, exigem estratégias e um planejamento peculiar, dependendo de cada caso (Rossi, 2008).

Sem recursos, pelo menos os que são considerados como os mais utilizados, é muito difícil que um educador tenha um mínimo de possibilidades de obter uma formação que possa vir a ser considerada como qualificada, e um gestor que se preza deve estar atento a esse tipo de situação (Reynolds, 2008).

Para isso, uma administração escolar qualificada conta muito com o auxílio dos professores, essa é uma questão absolutamente fundamental, e que, por esse motivo, faz grande diferença em relação ao ato de detectar os possíveis problemas existentes.

Isso porque é o educador quem dispõe das melhores possibilidades de observar quando existe algum tipo de anomalia no ambiente escolar, por exemplo, se houver um estudante que não possui materiais suficientes, nesse sentido, esse profissional deve comunicar imediatamente ao gestor escolar para que esse possa tomar as providências cabíveis.

Partindo desse pressuposto, é de extrema importância pensar que a formação de um plano de gestão eficaz deve contar com a participação de todos, que os profissionais que estejam inseridos em uma instituição de ensino possam ser engajados a realizarem um trabalho de qualidade, e que faça a diferença a favor do progresso cognitivo e cultural desses educandos (Reynolds, 2008).

Em casos onde existe um número muito elevado de pessoas que se encontram em estado de vulnerabilidade social, principalmente em uma mesma escola, o gestor escolar deve ser dinâmico, e ter voz para alertar sobre a situação complexa que a instituição de ensino se encontra.

O grande problema é o elevado número de trâmites que a instituição de ensino enfrenta para realmente ser beneficiada, para se ter uma ideia mais clara em relação à dimensão desse tipo de dificuldade, para a compra de materiais, é preciso que haja uma licitação, para que se comprem os produtos mais baratos, e assim, não se onere os cofres públicos (Luck, 2005, p. 45).

Com isso, leva-se muito tempo para que um problema que necessita de uma solução emergencial, possa ganhar contornos de resolução, essa é uma questão que denota como existem muitos problemas para que os gestores escolares possam realizar um trabalho realmente qualificado, e que venha a suprir as necessidades que os estudantes possuem.

Não são poucas as vezes que os gestores escolares têm que tirar dinheiro do próprio bolso, para que possa sanar a dificuldade de algum estudante que apresente uma dificuldade ainda mais acentuada, o que, no mínimo, mostra como se trata de uma atitude muito nobre e que ressalta comprometimento.

A escola geralmente recebe uma quantidade realmente ínfima se forem levadas em consideração as necessidades que as mesmas possuem, e isso faz com que os gestores tenham que ter muita habilidade, para que possam superar as muitas adversidades existentes (Luck, 2005).

A assistência governamental às escolas pode ser através de capacitação técnica e continuada, recursos financeiros e de material. Tanto podem ser direcionados recursos para serem geridos diretamente na unidade escolar como podem ser adquiridos bens (capital), material de custeio e contratados serviços também pelo órgão gestor da educação, sendo que no município, por exemplo, há corresponsabilidade do executivo com o secretário de educação pelos gastos com a educação sob-responsabilidade municipal.

Felizmente, houve grandes transformações em relação à forma como as escolas brasileiras são administradas, isso porque existe uma facilidade muito maior em relação à comunicação, a troca de experiências, e mais do que isso, que a mesma possa vir a se organizar melhor. 

Isso faz grande diferença, uma vez que, quando existe algum problema na instituição de ensino, é de extrema importância que haja uma resposta muito rápida para isso, para que não se prejudique os educandos (Gadotti, 2001). 

Principalmente quando se trata de comunicar à importância que existe na participação da comunidade escolar, que atualmente tem a possibilidade de trabalhar em conjunto com os profissionais da educação, isso no sentido de administrar as mesmas.

Isso porque é uma responsabilidade muito grande em relação a gerenciar uma instituição de ensino, principalmente pelo fato de grande parte das escolas terem uma quantidade de estudantes muito elevada que ela aborda, sem falar na proposta de transformação social que existe em relação ao processo de formação (Melchior 2007).

Nesse caso, os pais dos alunos têm a oportunidade de conhecerem um pouco melhor esses desafios que representam gerenciar uma instituição de ensino, como é o caso, por exemplo, a ausência de recursos, e não é a toa que em alguns casos, existe a necessidade de arrecadação de fundos, para solucionar os problemas existentes. 

Sendo assim, é de extrema importância que se pense em potencializar o processo de ensino e aprendizagem, mas, sem deixar de lado todos os entornos que existem nesse processo, até porque existem uma série de condicionantes que necessitam sempre serem levados em consideração (Paro, 2009).

Um diretor escolar necessita estar atento, inclusive, em relação à rotina dos estudantes, se estes estão realmente conseguindo desempenhar bem o seu papel, e mais do que isso, obtendo o desenvolvimento cognitivo dos alunos, isso em relação à maneira com que se espera. Por essa razão, hoje já não mais se fala em um administrador escolar, uma vez que, muitos profissionais possuem algum tipo de responsabilidade, o que torna a administração totalitária, o que vem a apresentar resultados muito mais expressivos, e que assim, favorecem o desenvolvimento dos seus educandos.

Por outro lado, não adianta um gestor realizar um trabalho qualificado, se o educador, ou mesmo o pedagogo não acompanha a qualidade do trabalho de uma maneira similar, essa é uma questão absolutamente fundamental, é preciso que haja sintonia nesse sentido (Paro, 2009). 

Em outras palavras, a gestão escolar atual é muito mais compartilhada, isso faz grande diferença, e mostra como as instituições de ensino realmente continuam apresentando um viés de evolução muito importante (Libâneo, 1994).

A gestão escolar realmente tem que se adequar a realidade e ao momento social que a comunidade vive, essa é uma questão muito importante, mas, que nem sempre foi seguida regiamente no passado, isso claro, pela total falta de conhecimento daqueles que gerenciavam as instituições de ensino no passado.

Administração significa dizer que, as instituições de ensino necessitam promover uma transformação benéfica do alunado, isso claro, em acordo com a realidade em que os mesmos estão inseridos, ou seja, é preciso que haja vínculo e também uma identidade cultural (Farenzena, 2006).

Por essa razão, quando se fala nos desafios de se administrar uma escola pública, isso não quer dizer que se trata de uma questão de viés puramente financeiro, pelo contrário, trata-se também da necessidade de citar o viés cultural, que é uma das principais metas a serem cumpridas pelas instituições de ensino (Libâneo, 1994).

O administrador escolar não pode deixar que a instituição de ensino que gerencia, venha a trabalhar de uma maneira pragmática, como se a educação tivesse uma fórmula pronta para ser seguida, e assim, conseguir obter os resultados que julgue serem expressivos. 

A escola em si, deve apresentar projetos para que possam promover um vínculo com a comunidade em si, aproximar as pessoas, isso faz com que o processo de administração venha a ser mais enriquecedor, o que realmente vem a fazer a diferença em prol de uma sociedade mais evoluída, com um real conceito de educação e socialização (Castro, 2006, p. 49).

Sendo assim, não há como deixar de citar administração escolar, sem comentar o processo de socialização, que deve ser um marco em relação às instituições de ensino, ou seja, um dos principais objetivos a serem cumpridos, e uma necessidade em relação à transformação da sociedade.

Isso pelo fato de que as escolas devem se preocupar muito com o processo de socialização dos educandos, e não apenas desenvolverem o enfoque em relação ao desenvolvimento cognitivo, em outras palavras, desenvolver a inteligência dos educandos.

Claro que a cognição é importante, contudo, não há como deixar de lado o fato de que as instituições de ensino devem promover uma reflexão em relação aos alunos, isso em relação ao fato de que todos os indivíduos dependam uns dos outros. Todavia, essa é mais uma das muitas dificuldades em relação ao processo de administração escolar, ou seja, mais um desafio que necessita ser superado, para que seja mais pleno o processo de formação dos educandos (Melchior, 2007).

A escola deve criar condições para que haja uma participação mais abrangente por parte das pessoas, em outras palavras, desenvolver um vínculo mais elevado com o restante da sociedade, e não simplesmente deixarem de lado os problemas que existem na comunidade onde a instituição se encontra.

Sendo assim, os orientadores educacionais possuem liberdade para fazer as alterações que acham necessárias na escola, como, por exemplo, a troca de alunos de sala de aula, e os períodos de diálogo com os pais dos estudantes.

A escola que possui um modelo democrático é capaz de convencer as pessoas a serem mais atuantes, principalmente em relação à confiança que deve haver no diálogo e na troca de informações, e o mais importante é que os gestores permitem e favorecem esse momento (Saviani, 2006). 

Por essa razão existe o projeto político pedagógico, que se trata da elaboração de um documento de plena importância para o desenvolvimento de um plano de ação muito importante para a resolução de problemas sociais, e que de alguma maneira, também afetam as instituições de ensino (Pascoal, 2008).

 Esse documento leva em consideração muitos fatores que são importantes para o processo de administração escolar, isso pelo fato de que fornece informações muito importantes para esse gestor, ou seja, que o mesmo em conjunto com sua equipe possa sanar da melhor forma possível às dificuldades existentes.

O pedagogo escolar também possui uma importância ímpar em relação ao processo de administração escolar, isso pelo fato de que é o profissional que acaba tendo um nível de proximidade muito maior com os pais desses estudantes, ou seja, com a comunidade escolar. 

O que já representa uma vantagem muito interessante, isso pelo fato de que os estudantes podem apresentar algum tipo de problema que seja um pouco mais difícil de ser sanado, algo que vá além das dificuldades financeiras, como, por exemplo, o translado até as instituições de ensino.

O mais importante, é que haja uma verdadeira reflexão em relação a todas as condições que os educandos possuem, para que possam apresentar todo o potencial que possuem, essa é uma questão absolutamente fundamental.

Existem muitos educandos, que necessitam percorrer grandes distâncias para que possam chegar até as escolas onde estudam, uma realidade que, ao contrário do que muitos pensam, não condiz apenas com o público que mora no campo, muito embora, essa seja, de longe a mais afetada (Grispun, 2002).

Sendo assim, não é difícil imaginar como esses estudantes já chegam até as escolas cansados, ou melhor, exaustos, com isso, obviamente o seu desempenho está muito longe de poder ser considerado o ideal, e claro, acaba sendo muito nocivo nesse sentido.

Como pode ser visto, é muito importante que os profissionais que gerenciam as instituições de ensino, necessitam de um número muito mais elevado de informações, isso quer dizer que, a administração escolar atual deve ser um processo dinâmico, o que representa realmente um ganho real para a formação dos educandos.

Dinamismo para a troca de informações é fundamental, assim, evita-se que um problema venha a ganhar uma dimensão muito maior, e dessa forma, prejudique-se muito mais esse aluno, o que faz com que os profissionais da educação tenham que ter liberdade para se comunicarem, e mais do que isso, respaldo para a realização das mudanças que se fazem necessárias para o bom andamento do trabalho.

Muitas vezes, os profissionais da educação, pelo menos no que diz respeito às escolas públicas, acabam tendo algumas dificuldades que levam a reflexão em relação ao seu papel, ou seja, na forma como os educandos são desenvolvidos (Dourado, 2006).

Nesse sentido, não é um exagero dizer que os profissionais que gerenciam a educação tenham que ser motivadores, isso para que haja a manutenção de um ambiente equilibrado e que ofereça as condições necessárias para que o trabalho venha a ser realmente muito qualificado, que é uma exigência em relação ao processo de ensino e aprendizagem (Bruner, 2001).

Principalmente em relação à prestação de contas, essa é uma questão de extrema importância, isso porque o governo depende muito desses dados para o repasse correto dos valores, e esse tipo de trabalho não pode ser realizado de uma maneira amadora. Nesse sentido, é muito importante que os gestores tenham a possibilidade de terem um nível de conhecimento um pouco mais aprofundado em relação à administração, ou seja, em relação ao emprego correto das verbas que a instituição de ensino vem a receber.

Inclusive, seria muito interessante que fosse cedida esse tipo de formação a todos os profissionais, inclusive, em relação aos professores, uma vez que, são esses que na grande maioria das vezes passam a ocupar esse cargo. 

Por essa razão, pode-se dizer que merece amplo destaque a preparação dos profissionais para a ocupação desse cargo, uma vez que, se trata de um grande nível de evolução, o que acaba acarretando em resultados muito mais expressivos.

Preparação dos profissionais que irão gerenciar uma escola brasileira sempre tem a meta de acrescer muito aos seus educandos, e ao processo de gerenciamento de formação dos educandos, e essa é uma questão que denota como existe sim, a possibilidade de desenvolvimento ainda maior desse sistema, superando as adversidades que grande parte das escolas públicas apresenta (Cury, 2006, p. 56).

Trata-se de um nível de dificuldade muito ampla para os educadores de uma maneira geral, terem que conviver com um cenário de dificuldades a todo o momento, sem que haja uma possibilidade real de transformação, que verdadeiramente possa projetar uma proficiência maior no futuro.

O aparato técnico, material e tecnológico disponível se configuram como elemento de suporte ao processo ensino-aprendizagem, requerendo avaliação no sentido de se identificar o grau de influência direta e mesmo indireta de cada um deles na formação escolar.

Mesmo assim, existem muitos fatores que denotam essa profissionalização, como é o caso, do número cada vez mais elevado de profissionais trabalhando nas instituições de ensino da modalidade pública (Dourado, 2006).

Fato é que deveria haver um incentivo maior, para que haja o surgimento de mais profissionais, essa representa uma etapa de sumária importância, a fim de que a qualidade do processo de ensino e aprendizagem, viesse a ganhar uma elevação, um nível maior de proficiência.

Um verdadeiro problema que o gestor escolar necessita enfrentar e superar, uma vez que, esse é um profissional que é amplamente cobrado, para que a escola sempre oferte resultados positivos, e mais do que isso, sem levarem em consideração a realidade difícil que muitas vezes a instituição enfrenta (Beisigiel, 2005).

Por outro lado, ser ‘mais’ ou ‘menos’ formal, como no caso da escola pública, não depende do gestor escolar, pois a característica do sistema educacional mantido com recursos da própria sociedade, por si só já ‘exige’ todo um aparato legal e obediência a princípios como legalidade, publicidade e impessoalidade, além de outros.

Preparar um gestor escolar é uma das tarefas mais complexas que existe na educação brasileira, por mais que esteja havendo uma verdadeira explosão nos cursos de capacitação sobre gestão escolar no país, uma vez que, se trata de uma necessidade que a pessoa conheça a realidade da instituição.

Algo que necessita acima de tudo de um diagnostico mais qualificado, ou seja, que estudos mais aprofundados possam ser colocados em prática, o que representa um componente que exige tempo e dedicação por parte daqueles que verdadeiramente expressam o desejo de promoverem uma transformação de qualidade em meio ao processo educacional, principalmente com a construção de uma dinâmica que envolva um número maior de pessoas dentro dessa comunidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A administração escolar brasileira, sem dúvida necessita de uma grande transformação, que possa haver em um primeiro momento, condições de trabalho que possam ser consideradas como específicas, ou seja, que permitam a esses profissionais extraírem ao máximo o potencial de todos os que se encontram inseridos em um mesmo ambiente, principalmente do alunado.

E para que isso aconteça, algumas questões necessitam ser debatidas, principalmente quanto à construção de um planejamento que respeite as peculiaridades de cada uma das instituições de ensino públicas do país.

Claro que os educadores necessitam se ajustar a essas limitações, assim como os gestores também, no entanto, a escola como um todo, necessita ao menos de uma projeção mais qualificada para o futuro, ou seja, flertando com uma aresta de evolução que deve ser considerada como padrão.

Os gestores escolares de uma maneira geral, dependem de condições de trabalho melhores, e isso em todos os ambientes, por essa razão, trata-se de um componente fundamental que os recursos possam ser aplicados de uma maneira que se ajuste e condiga com as necessidades de cada ambiente, algo que hoje não ocorre, sendo um dos principais fatores a serem acentuados pelos gestores públicos para a realização dos repasses é a densidade populacional.

Algo que representa um erro crasso, sumário, uma vez que, se trata de uma condição que apenas maximina os já colossais contrastes que existem nas escolas brasileiras em todo o país, e com isso, oferta-se uma pseudo formação a muitos educandos, o que representa um componente que exige uma mudança radical, principalmente com relação à elevação de fatores para a idealização de um diagnóstico mais completo sobre o que cada realidade apresenta.

Bem como a formação de profissionais que verdadeiramente apresentem um maior conhecimento com relação ao cargo que ocupam, bem como em relação à responsabilidade exígua que esses possuem, essa é uma questão crucial, o investimento na formação de profissionais que sejam capazes de realizar um trabalho de qualidade junto aos demais que se encontram inseridos no mesmo ambiente, a fim de também auxiliarem a toda a comunidade escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEISIEGEL, C. R. A qualidade do ensino na escola pública. Brasília: Líber Livro Editora, 2005.

BRUNER, J. A Cultura da Gestão na Educação. Porto Alegre: Artmed, 2001. 

CASTRO, C. M. Desenvolvimento econômico, educação e educabilidade. 2a ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: FENAME, 2006. 

CURY, C. R. O Direito à educação: um campo de atuação do gestor. Brasília, Ministério da Educação, 2006. 

DOURADO, L. F. Gestão escolar democrática; a perspectiva dos dirigentes escolares da rede municipal de Goiânia. Goiânia: Alternativa, 2006.

FARENZENA, N. A política de financiamento da educação básica: rumos da legislação brasileira. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2006.

GADOTTI, M. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. São Paulo: Cortez, 2001.

GRINSPUN, M. A Orientação educacional e os benefícios para a escola. São Paulo: Cortez, 2002.

LIBÂNEO, J. C. Didática. 19. ed. São Paulo: Cortez, 1994.

LUCK, H. A escola participativa: O trabalho do gestor escolar. 3. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

MELCHIOR, J. C. Administração de material e educação. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 5-42, jan./jun. 2007. 

PASCOAL, M. F. O orientador educacional no Brasil. Revista Educação, Belo Horizonte, n. 47, Junho 2008.

PARO, V. Gestão democrática da educação: desafios contemporâneos. 9. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

REYNOLDS, D. T. “Os processos da eficácia escolar“. Pesquisa em eficácia escolar. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2008. 

ROSSI, W. G. Capitalismo e educação: contribuição ao estudo crítico da economia da educação capitalista. São Paulo: Moraes 2008.

Santos, Francisco Romério Rodrigues dos . As dificuldades administrativas enfrentadas pelas escolas públicas.International Integralize Scientific. v 5, n 47, Maio/2025 ISSN/3085-654X

Referencias

BAILEY, C. J.; LEE, J. H.
Management of chlamydial infections: A comprehensive review.
Clinical infectious diseases.
v. 67
n. 7
p. 1208-1216,
2021.
Disponível em: https://academic.oup.com/cid/article/67/7/1208/6141108.
Acesso em: 2024-09-03.

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As dificuldades administrativas enfrentadas pelas escolas públicas

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